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O Telegram eliminou o cartão SIM ou eSIM entre os requisitos para criar uma conta no mensageiro. Antes, assim como no WhatsApp, era preciso ter um chip e um número de telefone para acessar o aplicativo. O encerramento da obrigatoriedade de um SIM card foi anunciado pelo Telegram nesta terça-feira (6). Qualquer pessoa, mesmo aquela sem um número de telefone, poderá criar uma conta no aplicativo de mensagens.  

O app se associou ao Fragment, pois ainda é necessário verificar o processo. Além disso, o app adiciona opções extras de privacidade. Com a plataforma de compra de um número sem SIM, os usuários podem criar um número privado, anônimo e exclusivo. Ou seja, é possível criar um número e usá-lo para verificar a conta no Telegram. O Telegram também trouxe a expansão dos recursos de segurança da plataforma.  

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Uma das novidades é a opção de definir um cronômetro para que um bate-papo seja deletado após o tempo determinado e chats antigos podem ser adicionados. Quem frequenta grupos grandes vai encontrar a atualização 2.0 dos tópicos de mensagens. Chega ainda o “Aggressive Anti-Spam", que cuida do spam para proteger os usuários em grupos com mais de 200 membros.  

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, detalhou neste domingo, 30, as ações da Corte contra notícias que considerou falsas. Segundo Moraes, cinco grupos no aplicativo Telegram, com cerca de 580 mil participantes, foram banidos nas 36 horas anteriores ao 2º turno das eleições.

Em entrevista, o presidente do TSE relatou que, no mesmo período, foram retirados do ar 354 impulsionamentos e 7 sites foram desmonetizados. Moraes também disse que, a partir de 12 decisões judiciais, 701 urls foram removidas. Um total de 15 perfis "de grandes propagadores de fake news foram suspensos".

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"Nessa reta final, nessas últimas 36 horas, nós continuamos verificando, vistoriando as redes, exatamente para evitar o que ocorreu, ou pelo diminuir o que ocorreu às vésperas do 1º turno, nas 48 horas anteriores, que foi uma inundação de notícias fraudulentas, de fake news", afirmou.

O TSE não explicou quem são os donos dos perfis e dos sites desmonetizados ou os favorecidos com os impulsionamentos. As decisões foram tomadas com base na nova resolução da Corte que ampliou poderes do colegiado para determinar a remoção de notícias que considerasse falsas e acelerou o prazo para que a ordem fosse cumprida.

O texto aprovado permite à Corte ordenar a exclusão de conteúdos já classificados pelos ministros como fake news que tenham sido replicados em outras redes sociais sem abertura de um novo processo. Além disso, canais que, na avaliação da Corte, divulgarem sistematicamente desinformação poderão ser temporariamente suspensos.

Cabe ao presidente do tribunal autorizar a exclusão extensiva. O monitoramento das publicações é feito pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Por exemplo: se um vídeo classificado como inverídico pelo plenário da Corte estiver no Twitter, Moraes pode determinar ao Facebook que o apague também sem necessidade de um novo processo. A resolução define que a regra só vale se o conteúdo for idêntico. Nesse caso, a deliberação independe de provocação de partidos políticos ou coligações, o que preocupa especialistas.

Grupos bolsonaristas no Telegram têm espalhado, sem provas, mensagens sobre um suposto processo de fraude eleitoral em curso para impedir a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno. Segundo especialistas em monitoramento de redes sociais, o movimento se assemelha ao episódio em que o então presidente americano, Donald Trump, acusou o Partido Democrata de manipular o resultado das urnas para eleger Joe Biden. Parte da retórica já é usada no Brasil por Bolsonaro e por integrantes do governo.

A narrativa envolve negar os resultados de pesquisas eleitorais e dizer que há um conluio do PT de Luiz Inácio Lula da Silva com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para eleger seus candidatos ao Palácio do Planalto e aos governos e Legislativos estaduais.

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Levantamento feito a pedido do Estadão pelo Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia (LABHD/UFBA), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o InternetLab, mostra que, nos últimos 90 dias, uma em cada quatro mensagens (26%) sobre eleições em grupos bolsonaristas no Telegram cita termos relacionados à fraude eleitoral - o principal assunto mencionado ao falar sobre o pleito no Brasil.

Ao todo foram 56,7 mil mensagens compartilhadas de janeiro a 20 de setembro deste ano nos 185 grupos e 524 canais (que funcionam como listas de transmissão) monitorados. Foram registradas menções a fraude em 164 grupos e 293 canais. Os dados exibem, ainda, viés de crescimento dos disparos desde junho até alcançar um pico diário em setembro. Em agosto, por exemplo, foram 7.892 mensagens e neste mês já são 5.734. Procurado, o Telegram não respondeu.

FORÇAS ARMADAS

O teor das mensagens pede que os seguidores "não aceitem passivamente" o resultado da eleição e instiguem as Forças Armadas a atuar em caso de derrota de Bolsonaro. Usuários afirmam que o atual presidente vai vencer Lula com mais de 60% dos votos válidos. Pesquisas eleitorais, no entanto, mostram que o petista está à frente, com possibilidade de ser eleito no primeiro turno.

"Não somos os seguidores de Trump. Eles que não se atrevam a roubar os votos do presidente Bolsonaro, que já está reeleito no primeiro turno", diz uma mensagem, em circulação em um grupo com mais de 60 mil membros no Telegram. O texto afirma que, se o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, disser em rede nacional que Bolsonaro não saiu vencedor no dia 2 de outubro, ele terá de morar em Cuba.

No domingo passado, o presidente reverberou discurso semelhante. "Eu digo: se eu tiver menos de 60% dos votos, algo de anormal aconteceu no TSE, tendo em vista, obviamente, o Datapovo", afirmou Bolsonaro, em Londres, durante visita ao funeral da rainha Elizabeth II. No dia seguinte, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, contestou a credibilidade do Ipec (ex-Ibope) e disse que "a população vai cobrar o fechamento desse instituto".

ALERTA

A movimentação preocupa analistas. "Há uma tônica presente de construção da desconfiança do sistema eleitoral e a associação com uma fraude deliberada para retirar Bolsonaro do poder. Isso pode ser usado para mobilizar as pessoas a repetirem o Capitólio", disse Paulo Fonseca, doutor em Sociologia e pesquisador do LABHD/UFBA.

Na invasão à sede do Legislativo americano, em Washington, no dia 6 de janeiro de 2021, cinco pessoas morreram. A retórica de fraude, sem provas, perdura nos EUA e mantém o domínio de Trump sobre seu partido para eventual candidatura em 2024.

A antropóloga Isabela Kalil, pesquisadora do Observatório da Extrema Direita, disse que Bolsonaro segue a mesma cartilha. "Trump já dava sinais disso (discurso de fraude antes das eleições) e não foi uma surpresa o reforço. Bolsonaro faz o mesmo quando, por exemplo, convoca os embaixadores para uma reunião sobre as urnas eletrônicas." Ela citou três condições que podem viabilizar um processo agressivo contra o voto: a autorização do chefe de Estado, a atuação de forças de segurança e a disposição de grupos extremistas para se engajar nesses eventos, sendo esta última a mais imprevisível.

A radicalização nos grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Telegram aumenta na medida em que a eleição se aproxima. Usuários do aplicativo de mensagens pedem "contragolpe" das Forças Armadas contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

O relatório Democracia Digital, de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mostra a intensificação dos ataques à Corte desde junho, quando se tornaram mais frequentes as convocações para os atos de 7 de Setembro. Bolsonaro tem chamado reiteradamente apoiadores a participar das manifestações.

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"Percebe-se um forte esforço para fomentar a percepção de ameaça e de vitimização, que justifica a necessidade de ação imediata", diz o relatório.

O levantamento analisou conteúdos publicados entre o primeiro dia de janeiro e o último de junho deste ano. Foram mais de 6,4 milhões de mensagens coletadas em 156 grupos - onde é possível discutir assuntos entre usuários - e 479 canais do Telegram - que funcionam como listas de transmissão. Foram capturadas, ainda, 641 mil imagens no aplicativo. Segundo pesquisa Mobile Time/Opinion Box de fevereiro deste ano, o Telegram está instalado em 60% dos smartphones no Brasil.

Termos

Os pesquisadores desenvolveram um filtro para mensagens de texto com menção a termos específicos. Das 112.636 mensagens publicadas no formato em 145 grupos e 349 canais analisados, destaca-se a existência de suposto complô para fraudar a eleição.

"O número de mensagens que estão aparecendo sobre o 7 de Setembro desde o início deste ano é muito maior do que no ano passado", disse Leonardo Nascimento, um dos coordenadores da pesquisa, produzida com Letícia Maria Cesarino e Paulo Fonseca. O Telegram não comentou.

Apesar de estar judicialmente impedido de publicar no Telegram e em outras redes sociais, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) voltou a fazer postagens em seu canal no aplicativo de mensagens. O bolsonarista é alvo de uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que solicitou o bloqueio das contas do parlamentar. “Voltamos com tudo! Não é uma festa democrática, é uma guerra contra a corrupção", publicou Silveira na manhã desta sexta-feira (17), dando início a uma sequência de publicações.

Nas mensagens publicadas no canal, Silveira defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), em uma discussão envolvendo o mandatário e o ex-futebolista Walter Casagrande; e também fez publicações críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à esquerda do país.

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Publicação de Daniel Silveira nesta sexta-feira (17). Foto: Reprodução/Telegram

Daniel Silveira foi preso em flagrante em 16 de fevereiro por atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal e propagar “a adoção de medidas antidemocráticas”, além de defender o AI-5 em vídeo nas redes sociais. O deputado é alvo de duas investigações: uma delas apura a convocação de atos autoritários que defendiam o fechamento do STF e do Congresso no ano passado, e a outra investiga a divulgação de ataques e notícias falsas contra os ministros da corte nas redes sociais.

Por determinação de Moraes, Silveira teve suas contas banidas no Twitter, Facebook e Instagram, mas seu canal no Telegram continua ativo, com mais de nove mil seguidores. O vídeo que levou à sua prisão, em que ele ataca ministros do STF e defende o AI-5, foi excluído do YouTube e de outras plataformas, mas também segue em circulação na rede. Anteriormente, o canal enviava avisos aos inscritos dizendo que o proprietário estava inativo.

Em abril, Bolsonaro concedeu o indulto presidencial a Silveira por sua condenação no STF. Desde então, ele vem descumprindo decisões da Justiça, como o uso da tornozeleira eletrônica e a participação em eventos públicos.

Nesta semana, a Procuradoria-Geral da República apresentou manifestação ao Supremo recomendando que seja declarada extinta a pena contra o parlamentar em função do decreto de indulto.

Fora da agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta terça-feira (7) representantes do Telegram em seu gabinete do Palácio do Planalto. Os detalhes do encontro não foram divulgados. "Hoje, dia da Liberdade de Imprensa, tive excelente reunião com o vice-presidente mundial do Telegram, o Sr. Ilya Perekopsky, e o representante legal no Brasil, o sr. Alan Thomaz. Ótima conversa sobre a sagrada liberdade de expressão, democracia e cumprimento da Constituição", publicou Bolsonaro nas redes sociais.

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Nesta segunda-feira, 6, a cúpula do Telegram esteve com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, figura sempre atacada pelo presidente em discursos e entrevistas.

O Telegram foi a última rede social a fechar acordo com a Corte para ajudar no combate às fake news durante o processo eleitoral - e só cedeu após ter o funcionamento no País suspenso pelo ministro Alexandre de Moraes.

A ferramenta é o aplicativo preferido do bolsonarismo por ter regras de compartilhamento mais frouxas, inclusive de informações falsas. Apoiadores do presidente classificam a liberação como liberdade de expressão.

Muito brevemente, o Telegram não deve mais ostentar o seu famoso slogan "grátis para sempre". Isso porque, segundo o especialista em vazamentos Alessandro Paluzzi, a plataforma está trabalhando em um plano de assinatura chamado "Telegram Premium".

Com essa nova versão, os usuários poderão desbloquear adesivos premium, reações adicionais e outras novidades que devem estar sendo preparadas pelo aplicativo.

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O Telegram já vinha considerando uma nova versão com serviços exclusivos e pagos desde dezembro de 2020. Alessandro destaca que os usuários premium receberão um selo que será mostrado a outros usuários na lista de bate-papo.

Ainda não há informações oficiais dessa nova versão do aplicativo. Por isso, os novos usuários devem continuar sendo recebidos com o slogan "Telegram é grátis para sempre".

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou, nesta terça-feira (17), uma parceria com o aplicativo de mensagens Telegram para combate à desinformação. O acordo é válido até 31 de dezembro deste ano e prevê a criação de um canal oficial do TSE no Telegram, para a divulgação de informações oficiais sobre as eleições de 2022. 

A plataforma também assumiu o compromisso de criar um robô para tirar dúvidas de eleitores e desenvolver um meio de marcar conteúdos considerados “desinformativos”. A rede social é um dos principais canais utilizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que também é pré-candidato à reeleição. O presidente já teve diversos conteúdos bloqueados e submetidos a avisos de desinformação em outras plataformas. 

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De acordo com o TSE, o órgão vinha tentando convidar o Telegram para firmar uma parceria desde o ano passado, mas não havia obtido êxito até então. Em fevereiro, o Tribunal chegou a fazer acordos com o Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai. 

O Telegram mudou de atitude quando, em 18 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão da plataforma em todo o Brasil por descumprimento das decisões judiciais do STF. Depois que as decisões foram cumpridas, Moraes revogou a ordem de bloqueio

O acordo também prevê a criação de um canal extrajudicial para que o TSE faça denúncias no aplicativo. Nesses casos, a plataforma realizará uma investigação interna para apurar se houve violação dos termos de serviços e políticas da plataforma. 

O TSE firmou acordos diferentes com cada plataforma, a fim de definir como cada um vai utilizar as próprias ferramentas para impedir a disseminação das fake news e a interferência da desinformação sobre a legitimidade e a integridade das eleições. 

O Telegram assinou nesta sexta-feira (25) termo de adesão ao Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no Âmbito da Justiça Eleitoral, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A parceria tem como objetivo combater os conteúdos falsos relacionados ao processo eleitoral e o sistema eletrônico de votação. 

O acordo não tem implicações financeiras entre o Telegram e o TSE. Pelo termo, o aplicativo de mensagens se compromete a manter o sigilo necessário sobre as informações a que tiver acesso ou conhecimento no âmbito do TSE, salvo autorização em sentido contrário do tribunal.

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  Já participam do programa as plataformas Google, WhatsApp, Twitter, Facebook, TikTok e Kwai, além de agências de checagem, partidos políticos, entre outros. 

O programa tem como foco ampliar a divulgação de informações oficiais sobre as eleições de outubro. Outras iniciativas incluem a exclusão de conteúdos manifestamente inverídicos, considerados nocivos ao curso normal do pleito. 

Bloqueio

A parceria foi firmada depois de o Telegram ter nomeado seu representante no Brasil, o advogado Alan Campos Elias Thomaz. A medida foi tomada após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter bloqueado o funcionamento do aplicativo no país, sob a justificativa de que a plataforma não teria cumprido ordens judiciais anteriores. 

No sábado (20), Moraes revogou o bloqueio. O ministro disse ter recebido manifestação do Telegram informando o cumprimento das ordens anteriores, que incluíam o bloqueio de contas no aplicativo e a eliminação de mensagens falsas, bem como a adoção de diversas medidas para combater a disseminação de notícias falsas e desinformação.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o aplicativo de mensagens Telegram fizeram nesta quinta-feira, 24, a primeira reunião para falar sobre o enfrentamento da disseminação de conteúdos falsos durante as eleições.

O TSE vinha buscando contato com a plataforma há meses, mas todas as tentativas de contato das autoridades brasileiras haviam sido ignoradas. O cenário mudou depois que a empresa se viu sob ameaça de perder o direito de operar no Brasil. Diante do risco de suspensão das atividades, o aplicativo escalou o advogado Alan Campos Elias Thomaz, especialista em Direito Digital, como representante no País. Foi ele quem participou da reunião virtual com os membros do tribunal.

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A Corte informou que o encontro serviu para debater 'formas de colaboração para eleições legítimas e seguras'. A intenção do TSE é formalizar uma parceria nos moldes já firmados com as principais redes sociais e aplicativos de mensagem no mês passado para combater notícias falsas sobre o processo eleitoral. O foco de atenção serão os ataques ao sistema eletrônico de votação, capitaneados por apoiadores do governo e pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o TSE, o advogado do Telegram sinalizou que a plataforma está empenhada no combate à desinformação e se comprometeu a levar a proposta aos executivos. O Estadão entrou em contato com o escritório de Thomaz, mas a banca informou que 'não comenta os casos envolvendo os seus clientes'.

O termo de adesão já foi, inclusive, disponibilizado ao aplicativo. O tribunal propôs a assinatura imediata do documento. A parceria tem viés administrativo e colaborativo e não passa por regulação ou sanção em caso de descumprimento.

"Esse ato significa a concretização de um trabalho em parceria para tornar o ambiente digital mais saudável para a sociedade e pela democracia", afirma o TSE.

A suspensão do Telegram no Brasil, decretada na sexta-feira passada (18) e revogada no domingo (20) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, impulsionou os perfis da família Bolsonaro no aplicativo, mostra levantamento do Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia, realizado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a pedido do Estadão.

Nos últimos três dias, o presidente Jair Bolsonaro ganhou 142 mil inscritos em sua página no aplicativo, um aumento de 13,1%. Nesta segunda-feira (21), o perfil do chefe do Executivo tinha 1,2 milhão de seguidores. Bolsonaro ganhou quase três vezes mais seguidores que o total do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (51 mil) no Telegram.

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) registrou 11 mil seguidores a mais no período e chegou aos 100 mil inscritos na rede social, um aumento de 12,1%. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), que tinha 77 mil inscritos até sexta, ganhou 10 mil seguidores - um crescimento de 12,3%. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) conquistou 3 mil seguidores, um aumento de 5%.

"A ação de Moraes causou um redemoinho nos grupos de extrema direita", afirmou o coordenador do Laboratório de Humanidades Digitais, Leonardo Nascimento, que monitora articulações da extrema direita no Telegram. Segundo o pesquisador, os grupos monitorados trocaram cerca de 300 mil mensagens ao longo de sexta-feira, dia do anúncio do bloqueio do Telegram - número próximo ao registrado no 7 de Setembro passado, um dos mais intensos na plataforma.

"Se olharmos os efeitos políticos disso, a ação causa um clima de guerra nos grupos de extrema direita, algo que alimenta a ação deles", observou Nascimento.

'Implacável'

Bolsonaro voltou a criticar nesta segunda a decisão de Moraes e se disse alvo de "perseguição implacável" por parte do ministro. "Sabemos da posição do Alexandre de Moraes. É uma perseguição implacável para cima de mim", afirmou o presidente à Jovem Pan. "Sabemos o que eles querem. Querem eu fora de combate e o Lula, eleito." Bolsonaro considerou, ainda, a medida contra o aplicativo um "crime". "Um crime, um ato lamentável. São milhões de pessoas que usam Telegram, você não pode prejudicar", declarou.

  A BTG/FSB divulgou a primeira rodada da pesquisa, em que lista a ordem das principais redes sociais utilizadas por brasileiros como fonte de informação para as eleições presidenciais desse ano, nesta segunda-feira (21). 

Em primeiro lugar aparece o YouTube, com 42% dos votos. Logo atrás vem o Facebook com 39%, WhatsApp 37%, Instagram 32%, TikTok 14% e Twitter 13%.  Para surpresa de muitos, a plataforma que foi centro de polêmica nas últimas semanas, o Telegram, ficou em último no ranking com 7% dos votos.  

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revogou a ordem de bloqueio do Telegram neste domingo (20). A decisão foi tomada após o Telegram cumprir as determinações judiciais pendentes. 

Moraes havia determinado o bloqueio do aplicativo na sexta-feira (18). "Diante do exposto, considerado o atendimento integral das decisões proferidas em 17/3/2022 e 19/3/2022, revogo a decisão de completa e integral suspensão do funcionamento do Telegram no Brasil, proferida em 17/3/2022, devendo ser intimado, inclusive por meios digitais – , o Presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Wilson Diniz Wellisch, para que adote imediatamente todas as providências necessárias para a revogação da medida, comunicando-se essa Corte, no máximo em 24 horas", escreveu o ministro neste domingo.

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No sábado, o ministro recebeu uma comunicação oficial e um pedido de desculpas do fundador do Telegram, Pavel Durov. Após isso, Moraes estabeleceu um prazo de 24 horas para que a plataforma cumprisse medidas pendentes, incluindo a exclusão de links no canal oficial do presidente Jair Bolsonaro (PL) que permitem baixar documentos sigilosos da Polícia Federal.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou o bloqueio do aplicativo Telegram no Brasil, deu neste sábado (19) à empresa 24 horas para cumprir ordens judiciais pendentes e reverter a suspensão.

“O Telegram, até o presente momento, cumpriu parcialmente as determinações judiciais, sendo necessário o cumprimento integral para que seja afastada a decisão”, afirmou Moraes em nova resolução. Sua decisão de suspender a plataforma no território brasileiro por não colaborar com a Justiça foi divulgada na sexta-feira.

Peça-chave na estratégia eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, o aplicativo de mensagens continuava funcionando normalmente neste sábado, mas operadoras de telefonia móvel como a Tim vêm notificando seus clientes por SMS sobre o bloqueio a partir de segunda-feira.

O novo prazo para reverter a decisão foi dado depois que o fundador do Telegram pediu desculpas ao STF, alegando que as violações se deviam a uma "falha de comunicação" por e-mails extraviados, e pediu mais tempo para ficar em dia com as solicitações.

Após o estabelecimento de contato da plataforma com o STF, Moraes concordou em dar 24 horas para a empresa cumprir suas pendências, entre elas a nomeação de um representante legal no Brasil, a eliminação de perfis e o detalhamento de quais medidas a empresa adota para combater a desinformação.

Em paralelo, o governo brasileiro tentava reverter a suspensão. A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um recurso na manhã deste sábado à ministra Rosa Weber, argumentando que a medida é desproporcional e carece de base legal. Por enquanto, o STF não se pronunciou sobre esse pedido.

O número praticamente ilimitado de participantes em grupos no Telegram e o uso de ferramentas de programação aberta estão entre as principais diferenças da plataforma em relação a concorrentes como o WhatsApp. Ainda, a falta de representação no Brasil e a ausência de mecanismos que coíbam a distribuição de desinformação colocaram o aplicativo na centro da discussão sobre as eleições deste ano no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Estes problemas fizeram com que a Corte e o TSE tentassem repetidamente entrar em contato com a empresa, que cumpriu apenas uma das decisões do Supremo. Nesta sexta-feira, 18, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a suspensão "completa e integral" do aplicativo de troca de mensagens Telegram no País com base no descumprimento de medidas judiciais anteriores. Na madrugada deste sábado, 19, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso contra a decisão.

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Conforme o Estadão mostrou, grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, aproveitam a pouca moderação de uso do aplicativo e as regras flexíveis para a mobilização.

Para o diretor do InternetLab, Francisco Brito Cruz, o Telegram é um aplicativo que tem funções que se assemelham mais às de uma rede social e a outras que estão mais próximas a mensageria privada, o que o diferencia dos similares. "Eu diria que ele é quase um ‘anfíbio’, metade com a criptografia de mensagens e metade com seus canais abertos e grupos, que podem abrigar centenas de milhares de pessoas", afirmou.

Pesquisadora do departamento de Comunicação e Mídia da Universidade de Liverpool, Patrícia Rossini também elenca como principais particularidades do uso do Telegram a facilidade de disseminação de informações e funcionalidades de API (código) aberto que permitem, por exemplo, a criação de contas automatizadas.

Ela ressalta, contudo, que o bloqueio do Telegram não impede a ação de grupos extremistas, que continuarão a existir mesmo em aplicativos mais moderados e que colaboram com a Justiça. "As pessoas irão migrar para outros aplicativos semelhantes que ainda recebem pouco ou nenhum escrutínio. O simples bloqueio do Telegram não significa que grupos ideológicos e motivados a espalhar desinformação ficaram sem lugar", disse.

Entenda as diferenças

Telegram e WhatsApp têm criptografia ponta a ponta como funcionalidade de segurança, mas o aplicativo russo também possui chats secretos, que facilitam conversas reservadas e, segundo especialistas, têm regras mais flexíveis de uso.

Enquanto o WhatsApp tem um teto de 256 pessoas por grupo, o Telegram permite 200 mil, além de criar canais exclusivos de transmissão, como o do presidente Jair Bolsonaro, com aproximadamente 1,1 milhão de inscritos. Estes canais têm número ilimitado de participantes.

Na esteira, a empresa também não tem mecanismos reguladores de distribuição, enquanto o WhatsApp limita o número de pessoas para as quais uma mensagem pode ser retransmitida ao mesmo tempo, e marca como "encaminhada com frequência" quando há grande circulação.

Em seu site oficial, o Telegram apresenta um tópico chamado "qual a diferença do Telegram para o WhatsApp?" em que lista, por exemplo, a capacidade de desenvolvedores criarem programas dentro do próprio aplicativo como principal ponto. "E essa é apenas a ponta do iceberg", escreve. Também no site, a empresa oferece um "prêmio" de US$ 300 mil para quem conseguir decifrar as mensagens do aplicativo.

A ausência de representação no Brasil e a falta de colaboração da empresa se tornaram pontos cruciais para a decisão de Moraes. Para reverter a suspensão, o Telegram vai ter que excluir post de Bolsonaro que ataca urnas eletrônicas, pagar multas e indicar representação oficial no País.

Em resposta à decisão, o fundador do Telegram, Pavel Durov, pediu que a Corte considere adiar a suspensão para que o Telegram possa nomear um representante no Brasil e "estabelecer uma estrutura para reagir a futuras questões urgentes como esta de maneira acelerada".

Outros aplicativos

Na disputa presidencial de 2018, o WhatsApp ganhou protagonismo ao ser usado para a divulgação de mensagens e boatos, o que levou a ataques pessoais. Na ocasião, a empresa admitiu que registrou a atuação de grupos privados no disparo massivo de mensagens.

O chamado impulsionamento de conteúdo é permitido pela legislação eleitoral, mas seu uso deve ser identificado como tal e contratado apenas por partidos e coligações diretamente com as plataformas de redes sociais.

Já o Facebook foi tomado como problema central nas eleições americanas de 2016, após a imprensa divulgar que os dados de usuários fomentaram o banco de informações da firma britânica de marketing político Cambrigde Analítica. Agora, junto ao Instagram, a plataforma possui um projeto de verificação de notícias, que procura diminuir o alcance de informações falsas.

Em meio à pressão dos usuários, o Twitter também anunciou um botão que propõe regular a desinformação na plataforma. A iniciativa aconteceu em meio ao aumento de conteúdos falsos que circulam na rede durante a pandemia da covid-19.

Com funcionalidades diferentes, outras plataformas também são usadas para trocas de mensagens, como o Discord, o Signal, o Messenger, o Hangouts, o Skype e o Vibe.

Parlamentares bolsonaristas e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro foram às redes sociais criticar o bloqueio do Telegram no Brasil. Eles também acrescentaram ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, responsável pela decisão anunciada na última sexta-feira (18). As publicações acusam o ministro do Supremo de censura.

O deputado federal pelo Rio de Janeiro, Carlos Jordy (PL), está entre os que comentou sobre o assunto em seu Twitter, disparando acusações contra o magistrado. "Alexandre de Moraes determina a suspensão do Telegram no Brasil. Depois de inquéritos inconstitucionais, prisões ilegais e agora censura a mídias sociais. O Brasil já é oficialmente uma ditadura judicial!", afirmou.

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Carlos Jordy também compartilhou um vídeo que está sendo muito compartilhado pelos apoiadores do presidente Bolsonaro, em que um bolsonarista afirma que estão querendo os calar. " Vocês enxergam que não é justa essa batalha? Que eles estão calando todos os meios de comunicação de quem apoia o presidente?", indagou o apoiador.

A deputada Federal Bia Kicis (União Brasil-DF), também fez publicação, em seu perfil no Twitter, afirmando que a decisão vai prejudicar usuários que utilizam a plataforma para fazer comércio. “Usuários do Telegram que utilizam a plataforma para realizar cursos dos mais diversos temas, assim como donos de outros tipos de negócios, todos legais, estão desnorteados com a decisão de Alexandre que determinou o bloqueio do Telegram. O Brasil é um país inseguro para se investir e se viver.", declarou.

Um vídeo bastante compartilhado foi o do humorista e publicitário Antonio Tabet, que comparou o fato a um filme de ficção que ofende a moral de alguns "ser considerado censura, equanto bloquear um pedido da Polícia Federal (PF) porque a empresa ignorou as ordens judiciais não é considerado censura". "Parece óbvio. E é. Mas não custa ratificar", afirmou.

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A operadora de telefonia TIM começou a informar os clientes sobre o bloqueio do Telegram no Brasil. Por meio de SMS, a empresa alerta que a suspensão do aplicativo será a partir da próxima segunda-feira (21) em todo o país por tempo indeterminado. "Por determinação judicial, o aplicativo Telegram será bloqueado a partir de 21/03 em todo o território nacional por tempo indeterminado", diz o comunicado.

O Telegram será suspenso após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na ultima sexta-feira (18). Com isso, as operadoras e empresas, como a Apple e Google, devem acatar a decisão em um prazo de cinco dias, ou seja, até a próxima terça-feira (22). A ação dessas instituições deve ser feita no caso do aplicativo não cumprir as determinações judiciais apontadas desde fevereiro de 2022.

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   Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidir pelo bloqueio do uso do aplicativo Telegram no Brasil na última sexta-feira (18), grupo de bolsonaristas procuram meios para driblar essa decisão. Entre as alternativas que o grupo encontrou de burlar a determinação, foi usar os serviços de rede VPN ou Proxy, que possibilitam usuários a conectar-se a internet através de um canal criptografado e sigiloso.

O intuito dos serviços é para ocultar seu endereço de IP, e proteger sua privacidade de navegação. Tanto é que profissionais da área de TI vêm como uma solução de segurança, porém não é para essa finalidade que o grupo de bolsonaristas estão usando. Visto que, minutos após a determinação do STF, vários tutorias de como usar a rede social via VPN e Proxy, começaram a circular nos grupos. 

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A decisão do STF 

Vale lembrar que a decisão tomada pelo ministro, foi referente a um pedido da Polícia Federal (PF), que segundo a corporação o aplicativo não tem cooperado com ordens judiciais e policiais. A plataforma também era usada para propagar discursos de ódio, tráfico de drogas, comércio de dinheiro falso, vendas de certificados de vacinação e propagandas nazistas. 

Multa 

Mesmo com essas alternativas pensadas em ignorar a determinação, Moraes deixou claro que as pessoas que não cumprirem a medida podem ser enquadrados civil e criminalmente, além de estarem sujeitas a uma multa diária de R$ 100 mil reais.  

A Advocacia-Geral da União lançou estratégia, na madrugada deste sábado, 19, para derrubar a decisão que suspendeu o aplicativo de mensagens Telegram no País - um dos principais canais utilizados pelo presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O órgão pede que o Supremo Tribunal Federal determine que as penalidades previstas no Marco Civil da Internet - norma que fundamentou a decisão de suspensão - não podem ser impostas por inobservância de ordem judicial - como ocorreu no caso do aplicativo russo.

O pedido foi direcionado ao gabinete da ministra Rosa Weber, que é relatora de uma ação em que o Partido da República questionava decisões de juízos de primeiro grau que determinaram a quebra de sigilo de mensagens de investigados no Whatsapp, e, depois da recusa do aplicativo em fornecer os conteúdos, determinaram a suspensão, por algumas horas, da plataforma em todo o território nacional.

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Entre os principais argumentos da AGU está o de que as sanções previstas no Marco Civil da Internet são de natureza administrativa e não poderiam ser aplicadas em âmbito judicial. Além disso, o órgão sustentou que as penalidades de ‘suspensão temporária das atividades’ e ‘proibição de exercício das atividades’, previstas na lei, estão ligadas às infrações dos deveres de ‘garantir respeito aos direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros’.

"Daí porque sanções podem ser aplicadas a provedores de conexão ou aplicações de internet (como o Telegram e o Whatsapp) se eles não respeitarem o sigilo das comunicações, se fizerem uso indevido dos dados pessoais, mas não (pelo menos com fundamento no Marco Civil da Internet) por descumprirem uma ordem judicial", sustenta o pedido assinado pelo chefe da pasta, Bruno Bianco.

Com relação à decisão de suspensão do Telegram, Bianco argumentou que ‘eventual conduta antijurídica’ que se imputa a investigados pela corte máxima ‘não pode reverberar automática e indistintamente em banimento de todos os demais usuários do serviço que se pretende suspender, sob pena de claros prejuízos’.

"Os consumidores/usuários de serviços de aplicativos de mensagens não podem experimentar efeitos negativos em procedimento do qual não foram partes. Pensar diferente, a um só tempo, ofenderia o devido processo legal, com antijurídica repercussão do comando judicial em face de terceiros, além de ofender, ao mesmo tempo, o princípio da individualização da pena. In casu, pois, inequívoca a desproporcionalidade da medida que, para alcançar poucos investigados, prejudica todos os milhões de usuários do serviço de mensagens", registra trecho do pedido da AGU.

A decisão que suspensão o Telegram foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Polícia Federal, em razão do reiterado descumprimento da plataforma de decisões judiciais e dificuldade de comunicação com a empresa. No despacho de 18 páginas proferido nesta quinta-feira, 17, o ministro destaca que a empresa deixou de atender aos comandos, ‘em total desprezo à Justiça brasileira’. Alexandre argumenta que tal desrespeito ‘é circunstância completamente incompatível com a ordem constitucional vigente’ e contraria o Marco Legal da Internet.

Como mostrou o Estadão, para reverter a suspensão, o Telegram vai ter que cumprir uma série de despachos dados por Alexandre que, até o momento, foram ignorados pela plataforma. Entre as ordens descumpridas está a determinação para exclusão de uma publicação do presidente Jair Bolsonaro que ataca as urnas eletrônicas com alegações falsas e sem provas sobre supostas fraudes. Há também despachos com relação à contas do blogueiro bolsonarista foragido Allan dos Santos.

A empresa ainda precisará pagar as multas diárias fixadas em cada uma das decisões não cumpridas e indicar, em juízo, qual sua representação oficial no Brasil - um dos pontos centrais da decisão de Alexandre. O fundador do Telegram, Pavel Durov, pediu desculpas ao STF pelo que chamou de ‘negligência’ da empresa e solicitou um adiamento do bloqueio definitivo da plataforma, afirmando que vai ‘remediar a situação apontando um representante no Brasil’.

O aplicativo deixou de responder comunicações não só do Supremo, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, mas também do Tribunal Superior Eleitoral, que desenvolve uma série de estratégias para combater a desinformação nas eleições 2022. Tanto a corte eleitoral quanto a Procuradoria ensaiavam medidas mais duras contra o Telegram, em razão da falta de respostas da plataforma, mas decisão de bloqueio acabou vindo de Alexandre, que vai comandar o TSE no próximo pleito.

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