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Imagens impressionantes do planeta Júpiter, mostrando duas pequenas luas, anéis escuros e auroras nos polos norte e sul, foram tiradas pelo Telescópio Espacial James Webb da Nasa, informou a agência espacial dos Estados Unidos.

"Para ser honesto, não esperávamos que isso ficaria tão bom", comentou o astrônomo Imke de Pater, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, em um comunicado datado de segunda-feira.

"É realmente notável que possamos ver detalhes sobre Júpiter junto com seus anéis, seus minúsculos satélites e até galáxias, em uma única imagem", afirmou.

De Pater liderou as observações de Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar, juntamente com Thierry Fouchet do Observatório de Paris.

As imagens foram tiradas com a câmera de infravermelho próximo (NIRCam) do observatório e coloridas artificialmente, já que a luz infravermelha não é visível ao olho humano.

As auroras sobre os polos norte e sul de Júpiter aparecem em cores mais vermelhas, enquanto a Grande Mancha Vermelha, uma tempestade maior que a Terra, aparece em branco. Uma imagem mostra os anéis escuros de Júpiter e suas luas Amalthea e Adrasthea.

Lançado em dezembro de 2021 da Guiana Francesa em um foguete Ariane 5, o Telescópio Espacial James Webb está orbitando o Sol a uma distância de 1,6 milhão de quilômetros da Terra, em uma região do espaço chamada segundo ponto de Lagrange.

Demorou quase um mês para o telescópio chegar à região, onde permanece em uma posição fixa atrás da Terra e do Sol para ter uma visão clara do cosmos.

O Telescópio Webb é uma colaboração internacional entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA), envolvendo mais de 10.000 pessoas.

O lançamento do telescópio espacial James Webb (JWST), que segundo astrônomos propiciará uma nova era de descobertas, foi adiado de 18 a 22 de dezembro após um "incidente" na plataforma na Guiana Francesa, informou a Nasa nesta segunda-feira (22).

Os técnicos se preparavam para acoplar o James Webb ao "launch vehicle adapter", usado para inserir o telescópio de 10 bilhões de dólares na parte superior de um foguete Ariane 5.

"Um súbito desprendimento inesperado de uma argola de sujeição, que fixa o Webb ao launch vehicle adapter, causou uma vibração através do observatório", explicou a agência espacial americana, destacando que o incidente ocorreu enquanto as operações eram realizadas "sob a responsabilidade geral da Arianespace".

A Arianespace é uma empresa francesa, contratada para o lançamento do telescópio.

Uma investigação da Nasa visa a determinar como ocorreu e testes são realizados para "determinar com certeza que o incidente não danificou nenhum componente".

O telescópio vai orbitar em volta do sol, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, muito além dos limites de seu irmão mais velho, o Hubble, que opera a 600 km de altitude desde 1990.

Os cientistas querem usar o telescópio James Webb, o maior e mais potente já construído, para olhar para trás no tempo mais de 13,5 bilhões de anos e ver as primeiras estrelas e galáxias formadas, cem milhões de anos após o Big Bang.

Apresentado como o sucessor do Hubble, o JWST foi construído nos Estados Unidos, sob a direção da Nasa, e incorpora instrumentos das agências espaciais da Europa (ESA) e do Canadá (CSA).

Uma de suas características principais é a sua habilidade para detectar o infravermelho, pois quando a luz dos primeiros objetos chega aos nossos telescópios, se deslocou para o extremo vermelho do espectro eletromagnético como resultado da expansão do universo.

O telescópio Hubble, que está em serviço há mais de 30 anos no espaço, parou de funcionar há vários dias, anunciou a Nasa nesta sexta-feira (18), afirmando que continua "trabalhando para resolver o problema".

"O próprio telescópio e os instrumentos científicos estão em boas condições", garantiu a agência espacial norte-americana.

O problema é que o computador que controla esses instrumentos "parou de funcionar no domingo, 13 de junho" no final da tarde dos Estados Unidos. Um teste para reiniciá-lo falhou no dia seguinte.

De acordo com as primeiras indicações, o problema estaria em um módulo de memória danificado. Uma tentativa de mudar para um módulo de memória de backup também falhou.

O sistema para este computador foi desenvolvido na década de 1980. Ele está a bordo de um módulo que foi substituído em 2009 durante uma missão de manutenção do telescópio.

O Hubble, lançado em 1990, revolucionou a astronomia e nossa visão do Universo, registrando imagens do sistema solar, da Via Láctea e de galáxias distantes.

Um novo telescópio espacial, o James Webb, entrará em órbita no final de 2021. Apresentado como o "irmão mais velho" do telescópio Hubble, permitirá observar o universo distante com precisão incomparável.

O telescópio espacial Cheops deixou a Terra nesta quarta-feira (18), após o adiamento do seu lançamento na véspera, com o objetivo de observar exoplanetas e avançar na compreensão da origem da vida.

Um foguete Soyuz decolou às 05h54 (horário de Kourou e de Brasília) do centro espacial da Guiana Francesa com o telescópio Cheops a bordo. A duração da missão, da decolagem à separação dos satélites, será de 4 horas e 13 minutos.

"A missão Cheops representa uma etapa suplementar para melhor compreender a astrofísica de todos esses planetas estrangeiros que descobrimos e que não têm equivalência no sistema solar", explicou à AFP Didier Queloz, prêmio Nobel de 2019 de Física.

Quase 4.000 exoplanetas - orbitando uma estrela que não seja o Sol - foram detectados desde a descoberta do primeiro, 51 Pegasi b, há 24 anos, pelo astrofísico e seu colega Michel Mayor.

Hoje, estima-se que há na galáxia ao menos tantos planetas quanto estrelas, ou seja, 100 bilhões. "Queremos passar das estatísticas e estudar em profundidade", explicou à AFP David Ehrenreich, cientista responsável pela missão Cheops, dirigida pela Suíça e pela Agência Espacial Europeia (ESA).

O objetivo do Cheops (CHaracterising ExOPlanet Satellite) não é encontrar novos exoplanetas, mas analisar aqueles já identificados, para tentar entender do que eles são feitos, um passo na longa busca por condições de forma de vida extraterrestre, mas também das origens da Terra.

Embutido em um satélite, o telescópio orbitará 700 km acima da Terra, para não ser perturbado pela atmosfera, e acessará todo o céu, com o Sol nas costas.

Seu objetivo: Proxima Centauri, 55 Cancri, Koro 1 ... pelo menos 400 sistemas planetários, a algumas centenas de anos-luz de distância - a "perifeira próxima" do Sol na escala da Via Láctea.

Os dados coletados por Cheops, combinados com as informações coletadas pelos telescópios terrestres, possibilitarão medir a densidade, um parâmetro essencial para determinar a composição do planeta. Um critério fundamental para definir a probabilidade de um planeta abrigar vida.

"A missão também vai permitir medir a quantidade de luz refletida por esses planetas. Ao analisar esta luz, poderemos ter ideia da estrutura da sua atmosfera", acrescentou Didier Queloz.

O foguete Soyouz também leva um satélite de observação da Terra COSMO-SkyMed Second Generation, para a Agência Espacial Italiana (ASI) e o ministério da Defesa italiano. E três cargas auxiliares: Angelss, primeiro nanossatélite produzido e financiado pelo Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) francês; Eyesat, também financiado pelo CNES; e Ops-Sat, em nome da ESA (Agência Espacial Europeia).

"O lançamento é um momento importante, uma etapa emocionante, mas o momento mágico para nós será quando os dados recolhidos chegarem", disse Didier Queloz. O que não deverá tardar, segundo a ESA, que estima "que os primeiros resultados de Cheops chegarão em alguns meses".

Uma equipe internacional de astrônomos ratificou a descoberta, nesta segunda-feira (18), através do telescópio espacial americano Kepler, de 104 exoplanetas (planetas fora do nosso sistema solar), dos quais quatro orbitam uma mesma estrela e poderiam ser parecidos com a Terra.

A confirmação e a definição das características desses exoplanetas foram realizadas por vários observatórios, incluindo os quatro telescópios Keck, no Havaí.

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Desde 2009, a missão espacial Kepler permitiu a descoberta de mais de 4.600 planetas, dos quais 2.326 foram confirmados. Destes, 21 se situam a uma distância considerada habitável de sua estrela, de modo que a água pode existir em estado líquido na superfície, permitindo potencialmente a existência da vida.

Esses novos planetas variam em tamanho, sendo desde menores que a Terra até maiores do que Júpiter. Todos eles orbitam próximo demais de suas respectivas estrelas, o que faz que sejam muito quentes.

Os quatro que podem ser parecidos com a Terra são entre 20% e 50% maiores do que o nosso planeta e são, aparentemente, rochosos. Como sua estrela é muito mais fria do que o sol, as superfícies de dois deles poderiam ter temperaturas similares às registradas na Terra, segundo os astrônomos.

Esse sistema estelar se encontra a 400 anos-luz do nosso planeta, acrescentaram os cientistas.

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