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Diante das mudanças que apontam para um mercado da moda cada vez mais sustentável, as grifes estão de olho em matérias-primas menos poluentes e tinturas naturais, que ajudam a criar um vestuário atento às necessidades ecológicas. "Um ponto decisivo das peças de roupa é, sem dúvida, a cor escolhida para o produto final. Pode ser um jeans Levi's azul, uma camiseta branca ou um vestido tubinho vermelho; cada um passa por um longo processo de tingimento que, atualmente, dispõe de muitas alternativas de finalização", explica a personal stylist Erika Ometto.

Esses processos de tingimento podem ser feitos a partir do uso de frutos, flores e outros tipos de alimentos. Grandes empresas ou marcas que integram o conceito de slow fashion tem buscado pela coloração feita com matéria-prima naturalNo mundo, por ano, a indústria têxtil usa entre seis a nove trilhões de litros de água apenas para tingir tecidos, segundo pesquisa da Vogue Brasil, realizada em 2018. "Em um momento em que os continentes estão enfrentando questões de escassez de água, novas formas de projetar um futuro mais consciente, ecológico e sustentável deixa de ser tendência e vira necessidade", afirma Ometto.

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Materiais usados e recortes também entram no vestuário e dão espaço para o reuso de matérias-primas, como a madeira, rede e palha em confecções. "Falar de moda sustentável é garantir que todo o seu processo seja humanizado, responsável e consciente. Garantir o acesso de seus funcionários às necessidades básicas e assegurar que seus métodos sejam os menos nocivos possíveis é apenas o início de um longo caminho a ser traçado", comenta a personal stylist.

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Grifes como Balmain, Stella McCartney e a brasileira Sou de Algodão são quase pioneiras em introduzir e intensificar suas relações com uma moda com propósito. Por meio de cores que fogem de estilo baseado em tons extremamente artificiais, como o rosa millenial, cores sóbrias como o areia, verde, lilás e amarelo, que facilmente podem ser extraídos de produtos naturais, surgem e dominam as mais recentes semanas de moda.

Entre as grifes renomadas que praticam esse olhar sustentável está a francesa Jacquemus. O dono e estilista da marca, Simon Jacquemus, 28 anos, nasceu em Mallemort, um vilarejo com pouco mais de seis mil habitantes no sudeste da França, que serve de inspiração para as coleções da maison. "Minha marca não tem a ver com sair à noite ou clubbing. Tem mais a ver com frutas, legumes e rolar na grama", definiu Jacquemus, em entrevista a revista Dazed.

A grife francesa segue a estética cottagecore, que tem apego pelo simples, pelo rural e pelo artesanato, e que foi impulsionada pelo êxodo urbano provocado pela pandemia do coronavírus. "Jacquemus é o nome mais interessante que temos hoje na moda mundial. Ele [Simon] é o que melhor define os rumos da indústria, com caminhos que se preocupam com o futuro de um ecossistema que sofre suas mazelas por indústrias poluentes, como a moda", comenta a estilista e especialista em tendências e desenvolvimento de coleção Fer Faustino.

 

Como de costume, é esperado que o final de ano, assim como o início do próximo, seja marcado por uma maior procura por sol e praia. Para este verão, entretanto, a pandemia do coronavírus requer maior cautela ao se expor ao público.

Para quem pretende aproveitar praias e piscinas com muita consciência, o LeiaJá separou os biquínis que serão hit da estação mais quente do ano.

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Hot pants

"Este nunca sai de moda", afirma a personal stylist Erika Ometto. O corte resgata o visual das décadas de 1960 e 1980. O modelo conquiste em uma calcinha maior, estilo cintura alta que acompanha o sutiã de mesma estrutura.

Poá

Ainda seguindo os clássicos, a estampa de bolinhas também é outra grande tendência do passado que veio para ficar. O print charmoso e minimalista é aposta certa para quem procura um look praiano básico, mas ao mesmo tempo super fashionista. 

Tie Dye

Vinda da década de 1970, junto com a ascensão hippie, a estampa mais livre de todas se estabelece ao lado do crescimento da tendência Cottagecore. "Apesar de muitos a considerarem saturada, não há dúvidas de que ela transitará entre outras peças e acessórios’’, comenta a especialista.

Animal print

O animal print é outra tendência que muito presente nos looks de beachwear para o verão que se aproxima. A padronagem selvagem é perfeita para quem procura um biquíni atual, cheio de personalidade, fashionista e elegante na medida.

Maiôs

Sendo o mais democrático e elegante de todos, "o maiô se firma como o mais atual de todos através de modelos ultracoloridos que remetem aos oitentistas, mas com uma pegada mais divertida e nada óbvia. Dica de styling: vale apostar neles também para arrematar o outfit de street style’’, ensina Ometo.

A semana de moda de Londres vinha sido considerada obsoleta por muitos críticos e profissionais da moda. Entretanto, em meio à crise da pandemia do novo coronavírus, seus organizadores acharam uma forma de resgatar a relevância dessa fashion week.

Com uma programação extensa, trazendo a junção de desfiles masculinos e femininos, reuniões digitais, exposições, curtas metragens, entre outros, a capital londrina superou sua crise criativa e entregou um resultado inspirador.

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Hoje, o LeiaJá separou 5 iniciativas que farão diferença no mercado de moda daqui para frente.

1 - Diário do designer

Para transformar a experiência em algo ainda mais intimista, os organizadores e estilistas fizeram uma espécie de diário no IGTV do Instagram, onde dividiram todo o processo criativo e bastidores de estilistas como Bethany Williams e Lou Dalton.

2 - Coleções com personagens digitais

Stephen Jones mergulhou em sua criatividade para criar os chapéus mais desejáveis da indústria em uma parceria com a Noonouri, a boneca virtual queridinha entre os fashionistas. A apresentação de Analogue Fairydust, "um voo imaginário para o futuro, dentro de onde nós esperamos estar em um mundo melhor", durou 1 minuto e 23 segundos no IGTV da grife e expôs as principais tendências do acessório para a primavera/verão 2021.

3 – Foco na playlist

"Qual é o som que define a moda?" foi a pergunta de destaque para alguns DJs, designers e outros nomes da moda que responderam com a criação de várias playlists no Spotify. Vale o play na da designer Bianca Sauders, referência em modelagem masculina.

4 - Educação em primeiro lugar

Muito se discute sobre o papel da moda na sociedade contemporânea, sendo a indústria uma das maiores produtoras de arte e espelho de seu tempo, de acordo com palestra da CFDA (Council of Fashion Designers of America). A London Fashion Week levou essa responsabilidade a sério e dedicou um espaço para conteúdos educativos, como um artigo sobre antirracismo na moda ou um guia para fotografar as suas coleções de moda com poucos recursos.

5 – Entrevistas por vídeo

As ligações de vídeo têm sido fortes aliadas do business durante a quarentena por conta do novo coronavírus. Atendendo a essa necessidade, a fashion week investiu em entrevistas por vídeo de até 15 minutos, como a conversa com a stylist Susan Bender.

Pós semana de moda é quando paramos e reunimos os melhores desfiles e as tendências que certamente pegarão. Pensando nisso, pós temporada nas principais capitais do hemisfério norte (ainda tem SPFW), o Leia Já separou as trends que certamente você usará.

Conversamos com a estilista e especialista em pesquisa, planejamento e desenvolvimento de coleção, Fernanda Faustino, que nos contou como são definidas essas tendências e como podemos incorporá-las em solo nacional. "Uma vez, li em algum lugar que tendência é uma direção ou uma sequência de eventos que tem determinado impulso e direção. Pensando no Brasil, um país que é definido como 'adotador' retardatário de qualquer tendência, identificamos que algo está na moda pela frequência que vemos isso no dia-a-dia, na protagonista da novela, na blogueira que usou três vezes o mesmo tipo de decote, etc", explica Fernanda.

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Além do fato de celebridades definirem o que será visto nas ruas, a estilista continua: "O olhar mais apurado fica pra quem identifica essa tendência lá fora e traz pra cá. Pensando que uma macro tendência precisa ser adaptada ao nosso país devido ao clima, comportamento do consumidor, entre outros fatores. Quanto mais intimidade você tiver com quem você quer atingir, mais dócil e atento fica o seu olhar a tudo que te rodeia e pode ser transformado em referência de criação’’, aponta.

Considerando as declarações da estilista, vamos às maiores tendências do segundo semestre do ano:

MANGAS BUFANTES

A modelagem estruturada apareceu em diversos desfiles e durante a semana de moda, muitos fashionistas foram clicados usando alguma peça que continha o estilo. A blogueira Thassia Naves é uma das adeptas, rendendo inúmeros modelos no Instagram.

CASACOS E CAPAS

Louis Vuitton, Balenciaga, Dior e Balmain. Essas são apenas algumas grifes que incorporaram looks com esse modelo em seus desfiles. Materiais como couro e látex foram os mais usados e já vimos nomes como Oliva Palermo, ex assistente da estilista Diane Von Furstenberg, ostentando as peças pelas ruas.

TERNOS E LOOKS UTILITÁRIOS

Sem dúvidas, essa é a tendência mais democrática da temporada. O look completo – se for de alfaiataria, melhor – atende a diversos compromissos e ocasiões, sendo o mais prático para o ambiente de trabalho. Tricôs e cardigãs são extremamente elegantes e podem ser a peça-chave do seu modelito.

TONS TERROSOS E SÓBRIOS

Não é o fim da moda CAMP, porém chegou a hora de guardar aquele casaco sintético fúcsia no armário. A pedida da vez e palavra de ordem da moda é sustentabilidade, portanto, é comum que tingimentos mais fáceis de atingir entrem em voga. Escolha cores como o bege, areia, tons de uva, verdes e afins.

 

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