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Um caso de covid-19 em um hotel onde estão hospedados tenistas, suas equipes e oficiais dos torneios cancelou a rodada dos torneios preparatórios para o Aberto da Austrália, que estão sendo disputados nesta semana, e aumentou a preocupação da organização do primeiro Grand Slam do ano, que agora corre até risco de ser adiado ou cancelado.

Um funcionário do Grand Hyatt Hotel, em Melbourne, testou positivo para o novo coronavírus nesta quarta-feira. Na sexta-feira, ele realizou seu último turno de trabalho no local onde estão hospedados cerca de 600 pessoas, entre tenistas, membros de suas equipes e funcionários da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), WTA (Associação Feminina de Tênis), ITF (Federação Internacional de Tênis) e da organização direta das competições australianas.

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Todas as pessoas voltarão a ficar em quarentena mais rígida nas próximas horas até saírem os resultados de novos testes em cada um. Só serão liberados para seguirem competindo aqueles que apresentarem exame negativo. Os eventuais casos positivos vão perder inclusive o Grand Slam, marcado para começar no dia 8.

Sede do Aberto da Austrália, a cidade de Melbourne recebe nesta semana seis torneios, três masculinos e três femininos, todos preparatórios para o primeiro Slam da temporada. Os tenistas e seus times estão competindo no formato de "bolha", com deslocamentos restritos, exames constantes e cuidados intensos com a higiene.

Todos os torneios tiveram suas rodadas desta quinta-feira (pelo horário local) canceladas. Na ATP Cup, competição entre países, Rafael Nadal tinha jogo agendado para defender a Espanha contra a Grécia. No masculino, Melbourne ainda recebe duas competições de nível ATP 250: Murray River Open, com presença dos brasileiros Marcelo Melo e Marcelo Demoliner, e Great Ocean Road Open, com participações de Bruno Soares e Thiago Monteiro.

Luisa Stefani já foi eliminada do torneio Gippsland Trophy. As outras duas competições femininas que estão sendo disputadas nesta semana em Melbourne são a Yarra Valley Classic e o Grampians Trophy.

"Vamos trabalhar com todos os envolvidos para facilitar a testagem o mais rápido possível", afirmou a federação australiana de tênis. "Não teremos partidas em Melbourne Park na quinta-feira. Uma atualização da programação para sexta-feira será anunciada ainda hoje (noite de quarta para quinta, no horário local)."

Pelos protocolos sanitários definidos pela própria federação, os tenistas que tiveram contato direto com um caso positivo de covid-19 devem permanecer em quarentena por 14 dias. Assim, se este critério rígido for aplicado para todos os atletas hospedados no hotel, eles não poderão disputar o Aberto da Austrália.

Geralmente disputado em janeiro, o primeiro Grand Slam do ano foi adiado para fevereiro por conta da pandemia. Um dos poucos países que vem controlando bem o espalhamento da doença, a Austrália aplica regras bem rígidas para viajantes que chegam ao país desde o ano passado. E a federação de tênis precisou se adaptar para atender essas regras e manter a competição no calendário deste ano.

O tenista brasileiro Thiago Monteiro está na Austrália disposto a conseguir bons resultados e subir no ranking da ATP. Nesta primeira semana de competições em Melbourne, depois do período de quarentena, ele tem se dado bem e nesta quarta-feira avançou às oitavas de final do Great Ocean Road Open, um dos dois ATP 250 que estão sendo disputados de forma simultânea na cidade como preparação para o Aberto da Austrália, ao bater de virada o australiano Matthew Ebden por 2 sets a 1 - com parciais de 6/7 (4/7), 6/4 e 6/3, após 2 horas e 34 minutos.

O número 1 do Brasil 83.º colocado do mundo deu sorte e nas oitavas de final não vai mais encarar o principal favorito ao título na competição. O espanhol Carlos Alcaraz, de 17 anos, conseguiu uma expressiva vitória sobre o belga David Goffin, cabeça 1 e número 14 do mundo, com um duplo 6/3 em 1 hora e 13 minutos.

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Em Melbourne, Monteiro estreou vencendo o australiano Thomas Fancutt, que entrou no lugar do lesionado canadense Vasek Pospisil, e buscou uma virada nesta quarta-feira contra o ex-Top 40 Matthew Ebden. Este será o primeiro encontro do brasileiro com Alcaraz, escolhido como a Revelação de 2020 pela ATP, no circuito profissional.

Em duplas, mais vitórias brasileiras. A retomada da parceria de Bruno Soares com o britânico Jamie Murray foi com resultado positivo sobre os espanhóis Pablo Andujar e Pedro Martinez por 2 sets a 0, com as parciais de 7/6 (7/4) e 6/3.

Cabeças de chave número 2, Soares e Murray entraram diretamente na segunda rodada e a vitória desta quarta-feira já os coloca nas quartas de final. Os próximos adversários podem ser os casaques Alexander Bublik e Andrey Golubev ou o sérvio Miomir Kecmanovic e o russo Karen Khachanov.

Soares e Murray formaram uma das duplas de maior sucesso do circuito profissional entre 2016 e 2019, sendo os campeões do Aberto da Austrália e do US Open em 2016 e terminando aquele ano como a melhor dupla do mundo. Dez dos 33 títulos de ATP de Bruno Soares foram conquistados ao lado do britânico.

Outro brasileiro a vencer nesta quarta-feira foi o gaúcho Marcelo Demoliner, que está disputando o Murray River Open. Ele e o mexicano Santiago Gonzalez são os cabeças de chave 8 e venceram os convidados locais James Duckworth e Marc Polmans por 6/4 e 6/2. Nas quartas, eles podem enfrentar os britânicos Cameron Norrie e Jonny O'Mara ou o americano Rajeev Ram e o britânico Joe Salisbury.

Pelo mesmo torneio, o mineiro Marcelo Melo atua ao lado do romeno Horia Tecau. Eles são os cabeças 8 da semana em Melbourne e estreiam apenas nesta quinta-feira contra os americanos Nicholas Monroe e Frances Tiafoe.

WAWRINKA - Na chave de simples do Murray River Open, o suíço Stan Wawrinka foi mais um dos que teve trabalho na estreia. Ele saiu atrás no duelo com o casaque Mikhail Kukushkin, se recuperou e venceu de virada com as parciais de 4/6, 6/3 e 6/1.

Depois do triunfo apertado em seu primeiro jogo na competição e também no ano, fazendo valer a condição de principal favorito, Wawrinka terá pela frente o atleta da casa Alex Bolt, que levou a melhor diante do americano Mackenzie McDonald em outro confronto de três sets, definido com o placar final de 6/4, 6/7 (7/9) e 7/5.

Duas das favoritas ao título do Yarra Valley Classic, um dos três WTA 500 que estão sendo disputados de forma simultânea em Melbourne como preparação ao Aberto da Austrália, a australiana Ashleigh Barty e a americana Serena Williams tiveram caminhos opostos nesta quarta-feira para conseguirem a classificação às quartas de final. A atual número 1 do mundo sofreu em seu partida, enquanto que ex-líder do ranking, hoje em 11º lugar, passou sem dificuldades.

O segundo jogo de Barty na competição começou com um "pneu" para cima da checa Marie Bouzkova, que depois empatou ao faturar a segunda parcial. Só que no terceiro e decisivo set, a anfitriã mostrou por que é a melhor do mundo na atualidade e sacramentou a vitória anotando parciais de 6/0, 4/6 e 6/3. Nas quartas de final, a australiana medirá forças com a americana Shelby Rogers, que tirou a croata Petra Martic, sétima pré-classificada, com triunfo por 2 sets a 0 - parciais de 7/6 (7/1) e 6/3.

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Sem trabalho, Serena superou a búlgara Tsvetana Pironkova por 6/1 e 6/4, em 1 hora e 14 minutos. Foi uma atuação bastante segura da americana, que não enfrentou break points, cedeu apenas nove games em seus games de saque e venceu 80% dos pontos jogados com seu primeiro serviço. Agora, a ex-número 1 vai enfrentar a compatriota Danielle Collins, que ganhou da checa Karolina Pliskova, sexta do mundo, por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/5) e 7/6 (7/3).

Cabeça 2 do torneio, a americana Sofia Kenin, atual campeã do Aberto da Austrália, copiou Barty e também levou um susto em sua partida. Saiu perdendo da compatriota Jessica Pegula e teve que buscar a virada para fechar o jogo com placar final de 5/7, 7/5 e 6/2. Nas quartas de final vai enfrentar a espanhola Garbiñe Muguruza, que bateu a russa Anastasia Pavlyuchenkova por 6/1 e 6/2. O duelo será uma reedição da final do Grand Slam australiano no ano passado.

HALEP AVANÇA - Em outro torneio em Melbourne, o Gippsland Trophy, a romena Simona Halep conquistou mais uma boa vitória nesta quarta-feira. Ela precisou de 1 hora e 34 minutos para superar a alemã Laura Siegemund em sets diretos, com as parciais de 6/2 e 6/4, e se garantiu nas quartas de final. Ela poderia cruzar com a polonesa Iga Swiatek, mas a atual campeã de Roland Garros foi surpreendida e não fez valer a condição de cabeça de chave número 6, caindo diante da russa Ekaterina Alexandrova por 6/4 e 6/2.

O dia não foi fácil para a japonesa Naomi Osaka e para a ucraniana Elina Svitolina. Ambas saíram perdendo suas respectivas partidas de terceira rodada e tiveram que buscar a virada. Cabeça 3, Svitolina foi a que teve mais trabalho para superar a letã Jelena Ostapenko com placar final de 6/7 (4/7), 6/3 e 6/2.

Osaka também levou um susto na primeira parcial e saiu perdendo contra a britânica Katie Boulter. Assim como fez Svitolina, foi buscar a virada e acabou vencendo depois de 1 hora e 48 minutos de confronto, fechando a partida com parciais de 3/6, 6/3 e 6/1.

Nas quartas de final, Svitolina medirá forças com a belga Elise Mertens, que despachou a francesa Caroline Garcia em sets diretos, com placar final de 7/6 (7/1) e 6/3. Segunda pré-classificada, Osaka jogará agora contra a romena Irina-Camelia Begu, que passou de virada pela britânica Johanna Konta por 2 a 1 - parciais de 4/6, 7/6 (12/10) e 7/6 (7/4).

KERBER - A quarta-feira em Melbourne teve também o início da disputa do Grampians Trophy, torneio que reúne as tenistas que ficaram totalmente isoladas durante a quarentena na Austrália. Ex-número 1 do mundo e campeã do Aberto da Austrália de 2016, a alemã Angelique Kerber foi uma das afetadas que esteve em quadra. Cabeça de chave número 8, fez valer o favoritismo contra a checa Katerina Siniakova e venceu por 2 sets a 1 - com parciais de 6/3, 4/6 e 6/3.

Na segunda rodada, Kerber medirá forças com a tunisiana Ons Jabeur, que passou fácil pela russa Anna Blinkova, aplicando um duplo 6/1.

Outras duas favoritas que também superaram a estreia foram Anett Kontaveit e Jennifer Brady. A estoniana fez valer a condição de sexta pré-classificada para cima da americana Christina Mchale, marcando parciais de 6/1 e 6/3. Sétima mais bem cotada, a americana bateu a experiente russa Svetlana Kuznetsova com o placar final de 6/3 e 6/0.

Kontaveit terá pela frente a americana Bethanie Mattek-Sands, algoz da checa Barbora Strycova com parciais de 7/6 (7/3) e 6/2. Por sua vez, Brady enfrentará a ucraniana Marta Kostyuk, que superou a canadense Gabriela Dabrowski em sets diretos (6/0 e 6/3).

Após quase um ano parada, a número 1 do mundo está de volta às quadras de forma oficial. Nesta terça-feira (2), a australiana Ashleigh Barty conseguiu uma boa vitória na estreia do Yarra Valley Classic, um dos três WTA 500 que a cidade de Melbourne recebe nesta semana. Ela marcou um duplo 6/3 contra a romena Ana Bogdan, 93ª do ranking, em 1 hora e 17 minutos.

Barty não disputava um torneio oficial desde o final de fevereiro do ano passado, quando foi semifinalista em Doha, no Catar. Isso aconteceu pouco antes de o circuito profissional ser paralisado por cinco meses devido à pandemia do novo coronavírus e a australiana preferiu não atuar nas competições do segundo semestre, por conta do risco de contaminação pela Covid-19 e das rígidas normas de quarentena na Austrália.

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"Eu me diverti muito aqui hoje (terça-feira) e acho que senti muito a falta de vocês também", disse Barty. "Este é um dos meus lugares favoritos para jogar no mundo inteiro. E depois de 11 ou 12 meses sem jogar, eu estava sentindo falta dessa sensação de vir aqui e competir", acrescentou.

A próxima adversária de Barty será a checa Marie Bouzkova, cabeça 16 do torneio e 52.ª do ranking. A tenista da República Checa venceu a espanhola Aliona Bolsova, 106ª colocada, por 2 sets a 1 - com parciais de 6/3, 6/7 (6/8) e 6/2.

Em outro torneio desta semana, o Gippsland Trophy, a japonesa Naomi Osaka, atual campeã do US Open, passou sem sustos pela francesa Alizé Cornet, superando a estreia com um duplo 6/2 em 1 hora e 11 minutos. Depois de vencer o seu primeiro jogo oficial desde o título em Nova York, a atual número 3 do mundo medirá forças com a britânica Katie Boulter, que foi a responsável pela eliminação da americana Coco Gauff.

A belga Elise Mertens foi outra das favoritas que avançou às oitavas de final. Sétima pré-classificada, ela superou a japonesa Mayo Hibi com um duplo 6/2. Sua próxima adversária será a francesa Caroline Garcia, que fez valer a condição de cabeça de chave 12 e venceu a húngara Timea Babos com duplo 6/4.

Depois de vencer as últimas 15 partidas que disputou, fechando 2020 com dois títulos seguidos e abrindo 2021 com uma conquista em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, a bielo-russa Aryna Sabalenka voltou a sentir o gosto amargo de uma derrota. Ela foi superada em sua estreia pela estoniana Kaia Kanepi, com parciais de 6/1, 2/6 e 6/1.

Depois de passar 14 dias de quarentena na Austrália, o brasileiro Thiago Monteiro teve uma boa estreia nesta terça-feira em um dos dois ATP 250 disputados de forma simultânea na cidade de Melbourne que servem de preparação para o Aberto da Austrália, que começa na semana que vem. Pelo Great Ocean Road Open, o tenista cearense derrotou o australiano Thomas Fancutt, convidado da organização e apenas o 562.º colocado do ranking, com um duplo 6/4.

Inicialmente, o número 1 do Brasil e 83.º do mundo deveria enfrentar o canadense Vasek Pospisil, que desistiu do torneio por conta de uma lesão na região lombar. Seu próximo adversário, pela segunda rodada, será o também australiano Matthew Ebden, ex-Top 40 e atualmente apenas o 320.º do ranking, que venceu o argentino Federico Delbonis por 6/3 e 7/6 (8/6). Ebden, aliás, também entrou no torneio de última hora, substituindo o bósnio Damir Dzumhur, que desistiu por bolhas na mão.

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Thiago Monteiro comemora a vitória de número 44 na carreira em torneios de nível ATP. Este ano ele já havia vencido um duelo nacional contra Thomaz Bellucci em Delray Beach, nos Estados Unidos, na primeira semana da temporada. Caso passe por Ebden, o brasileiro tem como possíveis adversários nas oitavas de final o belga David Goffin, cabeça 1, ou o espanhol Carlos Alcaraz.

FEMININO - Quem se deu mal nesta terça-feira foi Luisa Stefani. A brasileira e a americana Hayley Carter se despediram ainda nas oitavas de final do Gippsland Trophy, um dos três WTA 500 simultâneos que acontecem nesta semana no Melbourne Park. Elas foram superadas pela francesa Alizé Cornet e a romena Mihaela Buzarnescu por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/1.

Stefani e Carter seguem em Melbourne para a disputa do Aberto da Austrália. No ano passado, a dupla conseguiu passar por duas rodadas e caiu nas oitavas de final do primeiro Grand Slam da temporada.

Brasileira mais bem colocada no ranking de duplas na WTA, Luisa Stefani está atualmente no 30.º lugar, marca que é a melhor de sua carreira. Este ano, ela e Carter já disputaram uma final no WTA 500 de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, em janeiro.

A temporada de 2021 começou nesta sexta-feira para os dois melhores tenistas da atualidade. Após passarem 14 dias confinados em um quarto de hotel por conta das medidas sanitárias do governo da Austrália, o sérvio Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal entraram em quadra e venceram partidas de exibição na cidade de Adelaide, já se preparando para o Aberto da Austrália - primeiro Grand Slam do ano que começará no próximo dia 8.

Número 1 do mundo, Djokovic por pouco não jogou nesta sexta-feira. Depois de ser anunciada a desistência pelo próprio treinador, o sérvio surpreendeu a todos e decidiu disputar o segundo set da exibição. Nos 35 minutos em que esteve em quadra, superou o italiano Jannik Sinner por 6/3. A primeira parcial acabou sendo disputada pelo compatriota Filip Krajinovic, que entrou como substituto de última hora. O número 31 do mundo se aproveitou de várias falhas do rival e também ganhou por 6/3.

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"Este é o maior público que vejo em 12 meses", festejou Djokovic ainda em quadra, referindo-se aos 4 mil torcedores em Adelaide. "Não estava me sentindo tão bem nos últimos dois dias e não sabia exatamente se aguentaria dois sets", justificou sobre a dúvida de sua presença. Em certo momento, a TV focou na bolha que está na parte inferior da palma da mão direita.

Mais tarde, Nadal derrotou o austríaco Dominic Thiem por 2 sets a 0, com as parciais de 7/5 e 6/4, quebrando o serviço de seu adversário na reta final de cada uma das parciais. Depois do jogo, o número 2 do ranking da ATP colocou em perspectiva as dificuldades sentidas na quarentena e recordou a situação que se passa na Espanha e no planeta com a pandemia do novo coronavírus.

"Foi um ano difícil para o mundo, especialmente para nós na Espanha. Ainda estamos numa situação muito complicada. A Austrália é um ótimo exemplo de como controlar a pandemia. Não é ideal ficar 14 dias de quarentena no quarto (de hotel), mas foi o que tivemos de fazer e por isso só temos de agradecer", afirmou o espanhol.

Terceiro colocado do ranking, Thiem admitiu que é especial jogar com tanto público depois de um ano complicado. "Tem sido um ano muito difícil para todos, mas eu consegui ter grande sucesso. Hoje é dia de estar agradecido pela Austrália e pelo que têm feito por nós. Há um ano que não tínhamos tanto público e por isso agradecemos a todos. Ganhar o US Open tirou muita pressão de cima de mim, ganhar um Grand Slam era um dos meus sonhos e eu já tinha perdido três finais", disse.

O Aberto da Austrália é o primeiro Grand Slam da temporada, e muitos tenistas esperam ansiosamente pela competição em meio à pandemia do novo coronavírus. No entanto, o surto de Covid-19 ainda está longe de acabar e afetou recentemente o torneio, marcado para começar dia 8 de fevereiro, em Melbourne.

Ao todo, 72 jogadores, entre homens e mulheres, estão confinados em hotéis após passageiros testarem positivo para a Covid-19, neste fim de semana, em três dos 17 voos que transportavam os tenistas e seus treinadores rumo ao país sede da competição. Eles ficarão isolados em quartos por, pelo menos, 14 dias, sem terem a possibilidade de treinar.

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Seus rivais, pelo outro lado, podem treinar até cinco horas por dia, enquanto os tenistas em quarentena têm de se inovar. Alguns desabafam o desconforto nas redes sociais, outros tentam adaptar treinos mais contidos e usam até colchões como auxílio.

Número 12 do ranking da WTA, a suíça Belinda Bencic publicou um vídeo em suas redes sociais no qual aparece batendo bola contra a janela do seu quarto de hotel. Confinada, a tenista chega a brincar com o chão do local, que é de carpete. "Superfície errada, mas isso não importa para nós", escreveu, mostrando seu foco e ansiedade para o Grand Slam.

O mesmo foi feito por Pablo Cuevas, uruguaio e número 70 do mundo. Só que ao contrário da suíça, ele usa um colchão como aparato para devolver a bola de tênis.

No entanto, o bom humor não é compartilhado por todos. Em confinamento, muitos têm de recorrer a serviços de quarto que não agradam em boa parte das vezes. Atletas como Fabio Fognini, Pablo Carreño, Corentin Moutet e Marco Cecchinato foram alguns que foram às redes sociais reclamar da comida. Outros, como Benoit Paire e Damis Dzumhur, deixaram de lado a dieta e optaram por satisfazer a vontade de comer fast-food.

Philipp Oswald e Sorana Cirstea foram um pouco mais críticos. O austríaco chamou as duas semanas de isolamento social de "loucas" e disse ainda que as novas regras "nunca foram comunicadas". Já a romena declarou que, se soubesse do protocolo, jamais teria embarcado rumo a Austrália. "O que não posso fazer é competir depois de passar 14 dias no sofá", disse ela.

SEM REGALIAS - Isolados e sem terem onde treinar, os 72 tenistas não terão "vantagens" sobre seus adversários por terem de ficar em confinamento. Alguns pediram por restrições mais leves, a fim de retomarem a forma perto do ideal para suas partidas, mas não tiverem as solucitações atendidas.

Autoridades da Austrália confirmaram mais dois novos casos de covid-19 nesta segunda-feira, subindo para seis o número de pessoas infectadas que tiveram contato ou que dividiram espaço durante a viagem com tenistas que disputarão o Grand Slam.

Número 1 do mundo, o sérvio Novak Djokovic não teve nenhum caso em seu voo. Porém, ainda assim, solicitou para que fosse instalado em uma casa com quadra paticular. Seu pedido foi negado. Daniel Andrews, primeiro ministro do Estado de Victoria, ressaltou que "não há tratamento favorável. O vírus não trata ninguém de maneira especial."

Um grupo de jogadores da elite do tênis deve ficar confinado em seus quartos de hotel pelos próximos 14 dias, sem a possibilidade de treinar, depois que três pessoas que estavam em dois voos fretados para Melbourne para a disputa do Aberto da Austrália testaram positivo para o coronavírus.

Um total de 47 jogadores que estavam em dois voos fretados de Los Angeles e Abu Dabi já estão agora em quarentena antes da disputa do primeiro Grand Slam da temporada, que tem início no dia 8 de fevereiro.

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A Tennis Austrália informou que os dois casos positivos na aeronave vindo de Los Angeles envolveram um membro da tripulação e um passageiro que não é um jogador. O terceiro teste positivo, no percurso de Abu Dabi para Melbourne, também não é de um atleta. Os diagnósticos foram confirmados já em solo australiano.

A notícia do confinamento obrigatório nos quartos foi publicada nas redes sociais pelo tenista mexicano Santiago González, número 155 do ranking da ATP. Ele compartilhou o texto que todos que estavam no voo QR7493 vindo dos Estados Unidos receberam via e-mail.

De acordo com a imprensa europeia, o protocolo para evitar a propagação da doença impacta a preparação de nomes como a bielorrussa Victoria Azarenka, bicampeã do torneio australiano, a americana Sloane Stephens e o japonês Kei Nishikori. Os jogadores afetados estariam inconformados com a impossibilidade de deixarem seus quartos.

O diretor do Aberto da Austrália, Craig Tiley, emitiu um comunicado reforçando que os 24 tenistas que estavam no voo que partiu de Los Angeles não poderão deixar seus quartos no hotel por 14 dias, até que sejam liberados pelos médicos. No total, a aeronave levou 79 passageiros.

"Estamos nos comunicando com todos que estavam no voo, e particularmente com o

grupo de jogadores cujas condições mudaram, para garantir que suas necessidades sejam atendidas e que sejam avaliados", afirmou Tiley.

Mais tarde, a Tennis Australia disse que 23 jogadores estavam entre as 64 pessoas no voo de Abu Dabi, o EY8004, e que eles já estão confinados. Nesta viagem, houve um caso positivo de coronavírus. Segundo a imprensa espanhola, a pessoa em questão seria o técnico da tenista canadense Bianca Andreescu.

O isolamento no hotel impede que os atletas treinem nas quadras e permite apenas que eles façam exercícios físicos nas próximas duas semanas. Há uma bicicleta ergométrica e outros equipamentos no quarto de cada um. Os outros jogadores terão permissão para treinar sob condições restritas e por, no máximo, cinco horas diárias.

Os 15 voos fretados e as chegadas antecipadas fazem parte da tentativa da organização do torneio de realizar a competição apesar da proibição geral da entrada de estrangeiros na Austrália.

O país da Oceania foi uma das nações que melhor conduziu a pandemia de coronavírus. Até este sábado, foram registrados cerca de 28 mil casos da doença, com menos de mil mortes. O estado de Victoria, que tem como capital Melbourne, foi responsável por 820 óbitos durante uma segunda onda há três meses que resultou em toque de recolher noturno e outras medidas mais rígidas na cidade.

Luisa Stefani está na final de duplas do Torneio de Abu Dabi, nos Emirados Árabes. Nesta terça-feira, a brasileira e a norte-americana Hayley Carter derrotaram, na semifinal, a russa Vera Zvonareva e a alemã Laura Siegemunde, atuais campeãs do US Open, por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 1/6 e 10/8.

Na final, Stefani e Carter vão enfrentar a dupla japonesa Shuko Ayoama/Ena Shibahara, que eliminou a norte-americana Sofia Kenin e a australiana Ajla Tomljanovic em dois sets: 6/4 e 6/3.

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Stefani e Carter tiveram de buscar a virada no primeiro set, após terem o saque quebrado no sétimo game. Zvonareva e Sigemunde chegaram a ter 5/4 no placar, mas perderam os três games seguidos e o set por 7 a 5. O segundo set foi todo de Zvonareva/Sigemunde, que só perderam o sexto game: 6 a 1.

A vaga na final do torneio foi decidida no match-tiebreak. Stefani e Carter chegaram a abrir 5 a 3, mas Zvonareva e Sigemunde se recuperaram e marcaram 8 a 6. Em mais uma virada a brasileira e a americana somaram quatro pontos seguidos e fecharam o duelo em 10 a 8.

Ainda não será no Aberto da Austrália que Roger Federer voltará ao circuito. Neste domingo, seu agente, o americano Tony Godsick, afirmou que o tenista suíço só pretende voltar a competir após o primeiro Grand Slam do ano, que em 2021 será disputado somente a partir de 8 de fevereiro.

"Roger decidiu não jogar o Aberto da Austrália de 2021. Ele fez um bom progresso em seu joelho e em sua forma física nos últimos meses. No entanto, após consultar o seu time, decidiu que a melhor decisão para ele no longo prazo seria retornar ao tênis competitivo somente depois do Aberto da Austrália", afirmou Godsick, em comunicado enviado à agência Associated Press.

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O agente disse também que Federer pode voltar ao circuito no fim de fevereiro. "Eu vou começar na próxima semana a discutir com a organização dos torneios que começam no fim de fevereiro. E aí vamos construir um calendário para o restante do ano", declarou Godsick, sem entrar em detalhes.

Federer não joga uma partida oficial justamente desde o Aberto da Austrália deste ano - jogou apenas este torneio ao longo de toda a temporada 2020. Após competir em Melbourne, ele se afastou para ser submetido a uma cirurgia no joelho direito. E, como a operação não saiu como o esperado, o atleta de 39 anos foi operado novamente já durante a pandemia, enquanto o circuito estava paralisado.

Nas últimas semanas, ele disse não garantir que retornaria a jogar na Austrália. Mas avaliou que o adiamento do torneio, marcado inicialmente para janeiro, poderia aumentar suas chances de comparecer ao primeiro grande evento da nova temporada. A expectativa, contudo, não vai se concretizar, segundo Godsick.

O suíço chegou a ser incluído na lista inicial de jogadores da chave principal, nos últimos dias. No entanto, ele terá que encerrar uma longa sequência de presença no Aberto da Austrália. Foram 21 edições consecutivas em que ele competiu, desde 2000. Neste período, levantou o troféu por seis vezes.

Oficialmente, Federer ainda não se manifestou sobre a ausência em Melbourne, em suas redes sociais, como geralmente faz.

O retorno de Roger Federer às quadras parece cada vez mais perto. O suíço foi incluído na lista dos tenistas que entram diretamente na chave principal do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam do ano, com início previsto para 8 de fevereiro.

Federer aparece na quinta posição da lista, atrás somente do sérvio Novak Djokovic, do espanhol Rafael Nadal, do austríaco Dominic Thiem e do russo Daniil Medvedev. O suíço não joga uma partida oficial justamente desde o Aberto da Austrália do ano passado - ele jogou apenas este torneio na temporada 2020.

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Após competir em Melbourne, ele se afastou para ser submetido a uma cirurgia no joelho direito. E, como a operação não saiu como o esperado, o atleta de 39 anos foi operado novamente já durante a pandemia, enquanto o circuito estava paralisado.

Nas últimas semanas, ele disse não garantir que retornaria a jogar na Austrália. Mas avaliou que o adiamento do torneio, marcado inicialmente para janeiro e adiado para fevereiro, poderia aumentar suas chances de comparecer ao primeiro grande evento da nova temporada.

A lista de inscritos diretamente na chave principal do Aberto da Austrália tem apenas um brasileiro: Thiago Monteiro, 84º do mundo. Thiago Wild e João Menezes vão disputar o qualifying, em janeiro, para tentar a vaga na chave principal. Já Felipe Meligeni aguarda vaga no quali.

Roger Federer ainda não sabe se poderá jogar o Aberto da Austrália em 2021. Depois de uma temporada em que disputou apenas um torneio, justamente o primeiro Grand Slam do ano, o tenista suíço diz que ainda não está 100% e colocou em dúvida a sua participação em Melbourne, no início do próximo ano.

"Eu esperava estar 100% em outubro. Mas isso ainda não aconteceu. Terei pouco tempo para o Aberto da Austrália", afirmou o número cinco do mundo, após receber o prêmio "Sports Awards" na Suíça - ele foi eleito o melhor atleta do seu país dos últimos 70 anos.

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Federer viveu uma temporada atípica em 2020, e não somente por causa da pandemia. Ele passou por duas cirurgias no joelho direito, em fevereiro e em junho. Por isso, disputou apenas o Aberto da Austrália neste ano. Foram apenas seis partidas disputadas, com cinco vitórias e a eliminação na semifinal, diante do sérvio Novak Djokovic.

"A segunda operação no joelho foi muito forte, mas nestes últimos seis meses tivemos uma evolução constante. Vamos ver como serão os dois próximos. Tenho feito muita fisioterapia e trabalho físico ultimamente. Agora vamos ver como ficará o meu tênis", comentou o atleta que completará 40 anos em agosto de 2021.

A seu favor, o suíço tem o adiamento quase certo do Aberto da Austrália. Marcado inicialmente para 18 de janeiro, o torneio deve começar apenas em 8 de fevereiro devido à pandemia e às restrições impostas pelo governo australiano nas últimas semanas.

"É uma corrida contra o tempo para o Aberto da Austrália. Estou curioso para ver se começará no dia 8 mesmo. Claro que vai ajudar se eu tiver um pouco mais de tempo", reconheceu Federer.

Desde que se aposentou das quadras, em 2008, Gustavo Kuerten vem se dedicando à formação de talentos no tênis brasileiro. O tricampeão de Roland Garros dá sua contribuição para o desenvolvimento de novos atletas por meio da Escola Guga, do Time Guga e do Instituto Guga Kuerten, atendendo a milhares de crianças e adolescentes. Mas o futuro do tênis brasileiro pode estar em sua própria casa, se depender do ex-número 1 do mundo.

Os dois filhos do ex-atleta catarinense, Luiz Felipe, de sete anos, e Maria Augusta, de oito, já estão se acostumando com as raquetes e as bolinhas. E o pai orgulhoso não nega que incentiva as práticas. Até leva a dupla para torneios de iniciantes.

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"Eles estão se encantando com o tênis, gostam bastante. O menino brinca um pouquinho e fui nos campeonatinhos para já iniciar esse lado de viajar, de estar com os amigos. Um pouquinho da competição. A menina é mais dedicada ao piano. Mas também curte bastante o tênis. É uma alegria poder ver isso", diz Guga, em entrevista coletiva para relembrar o título da Masters Cup, em Lisboa, em 2000 - o troféu garantiu ao brasileiro o topo do ranking.

Duas décadas após este feito, que envolveu vitórias sobre Pete Sampras e Andre Agassi, Guga vive novo papel no tênis. Ele tenta equilibrar seu trabalho de ex-atleta, com sua escola e o instituto, com as funções de pai.

"No começo, tinha aquela dúvida: como é que eu me relaciono com eles? Eu sou o Guga da Escola, do tênis, da carreira, ou o Guga pai? Meu Deus do céu!", comenta, entre risos. "Aos pouquinhos, fui aprendendo a lidar com esta dinâmica. E a convivência com os filhos é bem isso, um aprendizado diário e sempre tentando fazer o melhor possível."

Curiosamente, as crianças costumam jogar no Lagoa Iate Clube (LIC), local onde o próprio Guga treinou na infância, em Florianópolis. "Eu vim do LIC agora, deixei o meu pequeno lá. Eu, com aquela idade, e o Larri (Passos) íamos várias vezes ao LIC. Iniciei naquelas quadras do clube, arrastando a raquete para lá e para cá", recorda.

Guga diz que, por enquanto, o tênis é uma mistura de diversão com aprendizado para Luiz Felipe e Maria Augusta. "No fim de semana, fui com a minha filha num campeonatinho. A bola da outra menina pegou na linha e ela ficou ali torcendo para ir para fora... poxa, mas a bola foi boa. E foi difícil para ela aceitar na hora algo que não é o que a gente quer. E isso o esporte também traz para você", afirma o tricampeão de Roland Garros.

O catarinense evita pensar no futuro, mas admite que ficaria feliz se um deles tentasse seguir carreira no esporte. "Tomara que eles continuem gostando, competindo ou não. Estando perto das quadras, para mim é sempre um privilégio e uma satisfação enorme. Com os meus filhos, se eles quiserem, eu vou incentivar."

Troféu na mão, vitórias sobre as lendas Pete Sampras e Andre Agassi e o status de número 1 do mundo. São muitos os motivos para Gustavo Kuerten lembrar com carinho da Masters Cup de 2000, disputada em Lisboa. Nesta quinta-feira (3), o ex-tenista celebra os 20 anos de uma de suas maiores conquistas da carreira - tão grande que a data se tornou oficialmente o Dia Nacional do Tênis, em homenagem ao catarinense. Mas o feito também contou com momentos negativos, revelados só agora pelo ex-atleta.

De acordo com Guga, as semanas que precederam a disputa da Masters, antigo nome do ATP Finals, foram marcadas por dúvidas, medos e pela busca incessante pelo topo do ranking. "Fui campeão em Indianápolis, em agosto daquele ano. A partir dali, a cada semana eu podia virar o número 1 do mundo. E ali eu me atrapalhei, neste cenário de ver aquele negócio grandioso, fantástico... ali eu me dei conta do tamanho do negócio. E a vontade passou do ponto, virou uma obsessão, uma loucura", revela o ex-tenista, em entrevista coletiva.

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A "obsessão" trouxe prejuízos dentro de quadra. "Queria de qualquer jeito, precisava ser o número 1. Fiquei uns três meses ganhando uma ou duas partidas por semana, derrapando nos próprios pés, esquecendo todo o aprendizado e toda a sutileza que nos levou até lá. Decidi que queria ser número 1 do mundo e ponto final. Tinha que ser e isso virou um pandemônio. Eu não tinha capacidade de suportar."

Focando somente na busca pelo número 1, o especialista no saibro acabou tendo dificuldades nas quadras mais rápidas, principalmente o carpete. A recuperação do seu melhor nível técnico aconteceu somente no Masters 1000 de Paris, último torneio antes de competir em Lisboa.

"Só em Paris eu pude entender como o meu jogo funcionava para aquela situação, naquela superfície, de carpete. Teve um dia em que ficamos duas horas, entre 21h e 23h, eu e o Larri (Passos, seu técnico) fazendo um treinamento específico. Até que, de repente, percebi o que estava faltando. E ficamos repetindo isso por mais meia hora", relembra.

O esforço se justificava. A Masters Cup, assim como acontece hoje, reúne os oito melhores tenistas da temporada, incluindo lendas como os americanos Sampras e Agassi. "Eu aprendi a jogar contra o Sampras a 10, 12 dias do início da Masters. Tinha que aprender ali, de qualquer jeito. Eram os caras que íamos enfrentar. Não tinha mais ninguém para nos ajudar, não tinha vídeo de internet."

Guga entrou na competição como número 2 do mundo. Dependia apenas de si para virar o número 1. E, assim, não apenas assumiria a posição como também terminaria o ano no topo, feito raro no circuito. Mas a instabilidade mental pesava e o brasileiro levou uma virada de Agassi logo na estreia.

"Fomos para a Masters com a embalagem pronta, mas com a cabeça totalmente alterada. 'Eu sou bom, eu sou péssimo. Eu tô feliz, eu tô completamente frustrado', eu pensava. No jogo de estreia, eu tive as duas respostas. Fiz um primeiro set estupendo contra o Agassi, jogando em um nível tênis que eu nunca tinha feito. E a partir dali, fui me deparando com algumas encruzilhadas e me afundando sozinho."

Guga revelou que chegou a pensar em desistir do torneio. "Eu parecia um zumbi e isso contagiou toda a nossa equipe. Todo mundo foi murchando, até o Larri", recorda o ex-tenista, que contou com a ajuda de sua mãe para se recuperar. "Ela foi a peça extraordinária nesse momento. Ela ficou comigo no quarto até 5h ou 6h da manhã, quando eu consegui dormir. Eu estava com tantas coisas todas na cabeça, e ela lá me dando carinho, amor e afeto. É a melhor solução que tem na vida. Foi aquilo que me trouxe de volta."

"É a esperança que sempre me moveu. Foi mais do que o tênis, ou a possibilidade de título, ou de me transformar no número 1. Eu continuei no torneio pela a esperança de vencer mais um jogo. Foi assim que eu entrei em quadra contra o Norman. Uma hora antes da partida, eu não sabia se ia jogar."

VITÓRIAS SOBRE LENDAS - Após perder de Agassi e vencer o sueco Magnus Norman, Guga bateu o russo Yevgeny Kafelnikov. Na semifinal, ele derrotou, de virada, Sampras, que era a maior lenda de sua geração. Foi a primeira e única vitória do brasileiro sobre o americano, então recordista de títulos de Grand Slam.

O catarinense revelou que assistiu a diversos jogos entre Agassi e Sampras para aprender a vencê-los. "Cada jogo que via do Agassi contra o Sampras, eu olhava o que um fazia para jogar contra o outro. Lembro que eles fizeram um jogaço no US Open e que o Sampras venceu. Mas eu comecei a perceber uma jogada que ele fazia com o Agassi, que me chamou atenção. Era subir à rede na esquerda do Agassi com boas profundas, ao invés de uma bola mais rápida. E se vocês olharem no 5/4 do terceiro set (na final), 30 iguais, é a bola que eu uso direitinho para chegar ao match point."

Guga não escondeu a alegria ao recordar a decisão, em que bateu Agassi por 3 sets a 0, com triplo 6/4. "A final foi a partida mais perfeita da minha vida. Estava sereno do começo ao fim. Acertando pancada para tudo que é lado", afirmou.

Vinte anos depois, o ex-atleta avalia que aquela vitória ajudou a mudar o cenário do tênis no Brasil. "Foi um divisor de águas por completo. As pessoas começaram a jogar tênis em todas as classes sociais e regiões do Brasil. Em cima dessa empolgação, o dever de casa é que ficou faltando", ponderou.

Guga acredita que o País tem melhor estrutura agora para gerar novos talentos na modalidade. "Agora nós torcemos com toda a força e esperamos para que aconteça metade disso ou 20%, de tão impactante que foi aquele momento. Do tênis estar na casa das pessoas e fazer parte do Brasil inteiro. A estrutura está mais bem montada para ter um resultado desse."

A terceira edição do Open de Tênis Reserva do Paiva começa a partir desta quinta-feira (26) nas quadras dos condomínios Morada da Península e Parque do Paiva. São mais de 100 participantes no evento. 

O torneio conta com atletas de diversos níveis de habilidade, divididos em duas fases da competição. Os primeiros jogos acontecem já nesta quinta e vão até a primeira semana de dezembro. 

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O organizador do evento, Wilson Fraga falou sobre o torneio. “Como professor, quero que os alunos participem de torneio para terem a experiência. E realizando o evento no Paiva, um ambiente mais reservado, fazemos com que os participantes se sintam mais à vontade, como se estivessem realmente em casa”, pontuou.

Serviço

Open de Tênis Reserva do Paiva 2020

Local: Quadras dos condomínios Morada da Península e Parque do Paiva.

Dias e horários:

26/11: a partir das 18h

27/11: a partir das 17h

28/11: a partir das 08h

Inscrições para participar do torneio: a partir de R$ 150 pelo telefone (81) 9 8718.6888

Com informações da assessoria

O aumento de casos do novo coronavírus na Austrália e em boa parte do mundo tem causado indefinições com relação à disputa da edição de 2021 do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada em janeiro. Nesta quarta-feira (25), o ministro dos Esportes de Victoria, Martin Pakula, disse que o evento de tênis "provavelmente" será atrasado por uma ou duas semanas, mas reiterou que a situação está evoluindo rapidamente. As negociações entre a Tennis Australia, que organiza a competição, e o governo da região onde fica a cidade de Melbourne estão em andamento.

"Há uma série de datas possíveis na mesa. Tenho visto relatórios que sugerem que é provável que demore uma ou duas semanas. Acho que ainda é mais provável. Mas não é a única opção. Como você sabe, Roland Garros (Grand Slam na França) atrasou muitos meses e Wimbledon (Inglaterra) nem aconteceu. Ainda acho que é muito mais provável que seja um atraso mais curto do que mais longo", disse Pakula, em entrevista ao jornal australiano Sidney Morning Herald.

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A provável decisão pelo adiamento é devido à falta de um acordo até aqui entre organizadores, ATP, WTA e o governo local sobre medidas de precaução contra o novo coronavírus. A competição está programada para ser realizada entre os dias 18 e 31 de janeiro.

Na última terça-feira, a direção do Grand Slam australiano se mostrou esperançosa de que o torneio ainda poderá começar na data planejada. Foi estabelecido um plano para jogar todos os eventos em Melbourne, mas o governo local segue firme na cobrança de uma quarentena rígida de 14 dias dos tenistas e isso tem complicado a situação.

Os jogadores gostariam de ser capazes de treinar em um ambiente de bolha antes da competição, mas Pakula não entrou nos detalhes. "Os requisitos de quarentena serão aqueles que finalmente forem acordados com o departamento de saúde pública e então caberá ao ATP e ao WTA se eles são aceitáveis ou não", afirmou o ministro.

Campeão do ATP Finals, em Londres, na última semana, o russo Daniil Medvedev afirmou que a integridade física dos tenistas estaria em risco caso fossem impedidos de treinar durante a quarentena antes do Aberto da Austrália.

"Se, por exemplo, você não conseguiu competir ou treinar durante a quarentena um pouco antes do torneio, não acho que o torneio deva acontecer. Não estou reclamando que é chato ou algo parecido. Acontece que sair do quarto depois de 14 dias sem fazer nada e jogar cinco sets imediatamente seria muito perigoso para a saúde de qualquer esportista", afirmou o número 4 do mundo em entrevista à CNN.

Atual número 2 do mundo, o espanhol Rafael Nadal se disse satisfeito com o que apresentou em quadra nesta temporada, marcada por tantos problemas causados pela pandemia do novo coronavírus. Mesmo com a paralisação do circuito profissional por cinco meses, entre março e agosto, o tenista conseguiu somar 27 vitórias e faturou dois títulos. O mais importante deles foi em Roland Garros, onde levantou o seu 20.º Grand Slam na carreira.

"Não dá para avaliar muito este ano, que acabou sendo negativo devido à situação extrema que vivemos, com uma dificuldade que ninguém imaginou. Tudo vai para o baixo. Mas a nível pessoal, pelo pouco que tenho jogado, posso dizer que foi bom e fico satisfeito", afirmou Nadal, em entrevista ao jornal espanhol As.

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Na última semana, para encerrar a temporada, Nadal disputou o ATP Finals, em Londres. Em mais uma tentativa de ganhar um título que ainda não possui no currículo, o espanhol foi eliminado nas semifinais pelo russo Daniil Medvedev, que depois foi campeão com vitória sobre o austríaco Dominic Thiem. "Perdi uma oportunidade importante, mas a vida continua", disse.

De férias, o espanhol já pensa na pré-temporada e espera que as coisas em 2021 melhorem. "Esperamos que as vacinas sejam eficazes e depois de alguns meses possamos voltar a uma certa normalidade", comentou o tenista, que tem na cabeça os próximos passos como a disputa do Aberto da Austrália.

"Meu planejamento é descansar alguns dias e começar a treinar para estar pronto no dia 15 de janeiro, tentando estar no máximo das minhas condições para os torneios que terei pela frente. Tenho que me esforçar neste próximo mês e meio para ser um jogador o melhor possível e assim me dar chances de competir porque o próximo ano vai ser importante", finalizou.

Em um jogo intenso, equilibrado e disputado em alto nível, Dominic Thiem despachou Novak Djokovic neste sábado e vai disputar a final do ATP Finals pela segunda vez consecutiva. O austríaco carimbou a vaga na decisão ao superar o sérvio por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 6/7 (10/12) e 7/6 (7/5), em 2h54 de partida. O triunfo poderia ser mais tranquilo, visto que ele chegou a ter quatro match points na segunda parcial.

Em busca de seu primeiro título no torneio, Thiem, atual vice-campeão, aguarda o vencedor da outra semifinal, disputada entre o vice-líder do ranking da ATP, Rafael Nadal e o quarto colocado, Daniil Medvedev, para saber quem será seu adversário na decisão.

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Aos 27 anos, o atual número 3 do mundo já conseguiu seu primeiro troféu de Grand Slam ao vencer o US Open neste ano. No domingo, ele disputa a 28ª final de sua carreira na elite do circuito e persegue o seu 18º título. Neste sábado, o jovem tenista classificou o duelo com Djokovic como uma "batalha mental".

"Foi, com certeza, uma batalha mental. Foi muito apertado o tie-break do segundo set, especialmente, porque jogar contra essas lendas é muito difícil, mas sempre especial", resumiu Thiem em entrevista na quadra, após a vitória. "Estou incrivelmente feliz por ter chegado à final e vou novamente me preparar ao máximo para amanhã", completou.

Com sua quinta vitória sobre Djokovic, Thiem se juntou a Andy Murray como o único jogador a vencer cada membro do "Big Three" em cinco ou mais ocasiões. O austríaco também tem seis triunfos contra Rafael Nadal e outros cinco diante de Roger Federer.

Cinco vezes campeão do ATP Finals (2008, 2012, 2013, 2014 e 2015) e duas vezes vice (2016 e 2018), Djokovic ficou fora da final pelo segundo ano consecutivo. Mesmo assim, o sérvio encerra a temporada na liderança do ranking da ATP, feito que conseguiu pela sexta vez na carreira, igualando o recorde de Pete Sampras. Nesta temporada, ele foi campeão do Aberto da Austrália, do Torneio de Dubai e dos Masters 1000 de Roma e de Cincinnati. Também conquistou a primeira edição da ATP Cup, representando seu país.

O jogo - O duelo em Londres foi muito parelho e contou com altos e baixos dos dois tenistas. Os rivais empurraram cada um ao seu limite desde o começo, com os serviços de ambos sendo muito pressionados. No primeiro set, o momento decisivo ocorreu no 11º game, quando Thiem quebrou o saque de Djokovic com um erro do sérvio na rede. Depois, o número 3 do mundo confirmou seu serviço e fechou em 7/5.

O segundo set foi ainda mais equilibrado. Os dois passaram a se arriscar mais e foram mais agressivos. Com isso, protagonizaram belo golpes, mas também erraram muito. Thiem teve um break point no quinto game, mas não aproveitou, e o número 1 confirmou seu serviço. No oitavo game, foi a vez de o sérvio ter a sua primeira oportunidade de quebra na partida, mas também desperdiçou. Com um ace e uma bola vencedora de esquerda, o tenista da Áustria venceu o game e o placar ficou em 4/4. Depois, no 12º game, ele cometeu uma dupla falta e cedeu a Djokovic o duplo set point. No entanto, conseguiu salvar ambos.

No tie-break, Djokovic abriu 4/2, mas Thiem empatou. Depois, ele teve três match points, mas não aproveitou nenhum. O sérvio, então, reagiu, definiu a parcial, enfim, e levou a partida para o terceiro set.

Com o equilíbrio imperando, e nenhum dos dois dando brechas em seus saques, o set final foi também decidido no tie-break. Djokovic abriu 4/0, mas Thiem mostrou força mental e poder de reação para empatar, virar com um ace e chegar ao match point com uma linda bola cruzada. O sérvio se salvou com um ace, mas o austríaco abriu nova vantagem e finalmente fechou a parcial em 7/6 (7/5) e o duelo por 2 sets a 1.

Rafael Nadal se tornou, nesta quarta-feira, o quarto tenista da história a atingir a marca de mil vitórias na carreira, ao derrotar o compatriota Feliciano Lopez, por 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 7/6 (7/5) e 6/4, em 2h30 de jogo válido pela segunda rodada do Masters 1000 de Paris.

Aos 34 anos, o espanhol só fica atrás do norte-americano Jimmy Connors (1.274), do suíço Roger Federer (1.242) e do checo naturalizado norte-americano Ivan Lendl (1.068).

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Em seu primeiro jogo, após conquistar o 13º título em Roland Garros, Nadal se reencontrou com o piso duro após oito meses. O experiente López tentou obter a terceira vitória seguida sobre Nadal, que não o vencia desde 2012.

Sem ritmo e cometendo vários erros, Nadal não teve sucesso para responder ao forte saque de López no primeiro set e ainda teve seu serviço quebrado logo de cara. A dificuldade permaneceu no segundo set, quando a decisão só foi favorecê-lo no tie break.

No terceiro set, após quase duas horas de jogo, Nadal conseguiu quebrar o serviço de López e precisou lutar muito para manter o seu serviço e chegar à vitória.

O Masters 1000 de Paris, juntamente com o de Xangai e Miami, são os únicos que faltam na galeria de Rafael Nadal. Seu próximo adversário será o australiano Jordan Thompson, que bateu o croata Borna Coric, por 2 sets a 1, com parciais de 2/6, 6/4 e 6/2. Os dois nunca se enfrentaram.

Marcelo Melo derrotou os britânicos Jamie Murray e Neal Skupski neste domingo (1º), na final do Torneio de Viena, e conquistou o tricampeonato na competição austríaca. O brasileiro e o polonês Lukasz Kubot, dupla cabeça de chave número 3, venceram os rivais por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/5) e 7/5, em 1h55min de confronto.

Recordista brasileiro, Melo tem agora 35 títulos na carreira, 15 ao lado de Kubot. Destes troféus, nove são de nível ATP 500, sete conquistados com o polonês. Foi a 65ª final da carreira do mineiro, a 26ª jogando ao lado do atual parceiro.

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Melo e Kubot disputaram a quarta decisão em Viena, duas de forma consecutiva. Neste ano, eles somam dois títulos - o primeiro foi no Torneio de Acapulco, no México, em fevereiro, antes da paralisação do circuito em função da pandemia da Covid-19. Também foram vice-campeões em Colônia, na Alemanha.

O título é importante para a classificação para o ATP Finals. Melo e Kubot iniciaram a semana no décimo lugar na corrida para Londres. Com os 500 pontos assegurados em Viena, entram na zona de classificação. A dupla segue, agora, para a França, para a disputa do Masters 1000 de Paris.

Chaves de simples - A outra final de Viena reuniu o russo Andrey Rublev e o surpreendente italiano Lorenzo Sonego, algoz do sérvio Novak Djokovic nas quartas de final. Um dos melhores tenistas da temporada, Rublev confirmou o favoritismo e venceu o oponente por 2 sets a 0, com um duplo 6/4.

Número oito do mundo, o russo, de 23 anos, foi superior em quase toda a partida diante do "lucky loser" italiano, 42º do ranking, e conquistou seu quinto título em 2020. Ele tem mais taças do que qualquer outro jogador nesta temporada. Antes, havia sido campeão em Hamburgo e São Petersburgo, ambos de nível ATP 500, e em Doha e Adelaide, duas competições de nível ATP 250.

Em Viena, Rublev fez uma campanha perfeita, e se despediu do torneio sem perder um set sequer. Para vencer a final, ele quebrou o serviço de Sonego duas vezes, uma em cada parcial, e não concedeu break points.

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