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Em um longo embate de 2h34, algum incomum para jogos de duplas no atual formato, o brasileiro Marcelo Melo e o polonês Lukasz Kubot derrotaram os colombianos Robert Farah e Juan Sebastian Cabal, que lideram o ranking da ATP, e faturaram o ATP 500 de Acapulco, no México. Os vencedores tiveram de salvar dois match points e triunfaram com parciais de 7/6 (8/6), 6/7 (4/7) e 11/9.

"Eu e Kubot estamos muito felizes por conquistar esse título em Acapulco. Significa muito para nós", celebrou o brasileiro. "Estávamos prontos para colocar nosso melhor tênis em quadra. A partida foi muito dura e decidida por um ou dois pontos", avaliou.

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Foi o primeiro título de Melo e Kubot em 2020. Os dois não venciam um torneio de nível ATP desde agosto do ano passado, quando triunfaram em Winston-Salem, nos Estados Unidos. No final de 2019, a dupla amargou três vices em sequência.

Melo disputou a 24ª final ao lado de Kubot e a 63ª de sua carreira. O tenista mineiro tem 34 troféus de nível ATP, sendo 13 ao lado do polonês, e se tornou bicampeão em Acapulco, onde também venceu em 2015, quando atuava ao lado do croata Ivan Dodig. Kubot ostenta três troféus do evento mexicano - venceu também em 2010 e 2013.

O confronto foi extremamente disputado. Para se ter ideia, no primeiro set, houve quatro quebras nos cinco primeiros games e Melo e o polonês chegaram a desperdiçar um set point. No entanto, foram superiores no tie-break e fecharam o set. Na parcial seguinte, os colombianos cresceram e foram dominantes. Não houve quebra, mas a dupla número 1 do mundo levou a melhor em outra disputa no tie-break.

No match tie-break, a disputa foi aberta. Melo e Kubot abriram 3 a 0, mas viram os oponentes reagirem. O brasileiro e o polonês perderam o saque e ficaram em desvantagem. No entanto, conseguiram salvar dois match points e fecharam o jogo na primeira chance que tiveram.

Melo e Kubot somam 500 pontos cada no ranking mundial individual de duplas e subirão três posições na lista, recuperando o quinto lugar. Os dois dividem a premiação de 119 mil dólares (cerca de R$ 535 mil).

Agora, eles se concentram na disputa dos dois primeiros torneios de nível Masters 1000 da temporada, em Indian Wells e Miami, ambos nos Estados Unidos, neste mês de março.

Ainda que tenha se complicado no segundo set, o espanhol Rafael Nadal derrotou, por 6/2 e 7/5, o sérvio Miomir Kecmanovic, em partida concluída apenas na madrugada desta quinta-feira (27), para avançar às quartas de final do Torneio de Acapulco.

Nadal, número dois do mundo e primeiro cabeça de chave no México, sacava para ganhar a partida quando liderava o segundo set por 5/3, mas permitiu que o sérvio rompesse o seu serviço e igualasse o placar em 5/5, antes do espanhol ganhar dois games seguidos.

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Agora, ele enfrentará o sul-coreano Soon-Woo Kwon, que se impôs por 7/6 (7/2) e 6/0 sobre o sérvio Dusan Lajovic. A partida deve começar em torno da 1 hora da madrugada de quinta para sexta-feira (no horário de Brasília).

"Eu joguei um ótimo primeiro set e o começo do segundo, mas depois ele começou a jogar bem, é verdade que desperdicei o 5/3 sacando para a partida, mas estive bem no restante, melhorei em relação a ontem (a estreia na terça-feira), isso é positivo", disse Nadal em entrevista coletiva. "Agora é descansar e me preparar para o jogo de amanhã (esta quinta-feira), pois já é um pouco tarde".

O espanhol, dono de 19 títulos do Grand Slam, soma 10 vitórias e 3 derrotas nesta temporada e segue na briga pela sua terceira conquista no México, onde foi campeão em 2005 e 2013 e tem 17 triunfos em 19 duelos. No ano passado, caiu nas oitavas de final do Torneio de Acapulco para o australiano Nick Kyrgios.

Os outros três confrontos das quartas final no México são: Stan Wawrinka (Suíça) x Grigor Dimitrov (Bulgária), Taylor Fritz (Estados Unidos) x Kyle Edmund (Grã-Bretanha), e John Isner (Estados Unidos) x Tommy Paul (Estados Unidos).

As inúmeras lesões e batalhas contra o próprio corpo foram demais para Maria Sharapova. Dona de cinco títulos de Grand Slam e ex-número 1 do mundo, a tenista russa de 32 anos anunciou nesta quarta-feira (26) que está se aposentando profissionalmente do esporte que começou a praticar quando tinha apenas quatro. O anúncio foi feito em uma carta de despedida aos fãs publicada pelas revistas norte-americanas Vogue e Vanity Fair.

"Como você deixa para trás a única vida que você já conheceu? Como você se afasta das quadras em que treinou desde pequena, o jogo que você ama - um jogo que lhe trouxe lágrimas não contadas e alegrias indizíveis - um esporte em que você encontrou uma família, junto com fãs que se uniram atrás você por mais de 28 anos? Eu sou nova nisso, então por favor me perdoe. Tênis, estou me despedindo", escreveu a russa.

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Desde 2007, quando teve a sua primeira grave lesão no ombro direito (operado duas vezes), Sharapova batalhou com, pelo menos, outras nove lesões entre braço, cotovelo, coxa e tornozelo. Antes das contusões, conquistou o título de Wimbledon, em 2004, e o US Open de 2006. Já convivendo com elas, faturou o Aberto da Austrália, em 2008, e Roland Garros por duas vezes - em 2012 e 2014.

"Eu aceitei esses sinais finais quando eles vieram. Um deles aconteceu em agosto do ano passado durante o Aberto dos Estados Unidos (US Open). Atrás de portas fechadas, trinta minutos antes de entrar na quadra, eu tinha um procedimento para 'entorpecer' meu ombro... Compartilho isso não para obter pena, mas para pintar minha nova realidade: meu corpo se tornou uma distração", contou Sharapova.

Em 2016 veio o pior momento da carreira da russa, que foi pega em um exame antidoping realizado no Aberto da Austrália daquele ano com o uso de Meldonium - uma substância que tomava desde 2006, mas que se tornou proibida em 1.º de janeiro daquele ano. Ela acabou suspensa por dois anos, mas recorreu e viu a pena cair para 15 meses. Porém, desde o retorno a russa sofreu com lesões e nunca mais repetiu o tênis de antigamente.

Na carta de despedida, Sharapova faz uma espécie de viagem pela própria carreira. Em Sochi, na Rússia, ela deu os primeiros passos no tênis aos quatro anos, inspirada pelo pai. Hoje, com 32, ela expressou gratidão ao esporte e garantiu que sentirá saudades da antiga rotina.

"Ao dar minha vida ao tênis, o tênis me deu uma vida. Sentirei falta todos os dias. Vou sentir falta do treinamento e da minha rotina diária: acordar de madrugada, amarrar o sapato esquerdo à direita e fechar o portão da quadra antes de acertar minha primeira bola do dia. Vou sentir falta da minha equipe, dos meus treinadores. Vou sentir falta dos momentos sentados com meu pai no banco da quadra de treino. Os apertos de mão - ganhar ou perder - e os atletas, sabendo ou não, que me pressionaram a ser o meu melhor", disse.

A russa termina a sua carreira profissional no tênis com 36 títulos e somando 21 semanas na liderança do ranking da WTA. Ela ainda conquistou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Seu último jogo foi a derrota para a croata Donna Vekic por 2 sets a 0 - com parciais de 6/3 e 6/4 -, em janeiro, pela primeira rodada do Aberto da Austrália.

A chuva deu uma trégua no Rio de Janeiro neste domingo e a programação do Rio Open, nas quadras de saibro montadas no Jockey Club Brasileiro, pode ser disputada após dois dias seguidos com interrupções por conta das más condições climáticas. No entanto, o tênis brasileiro não se deu bem e agora ficou sem representantes nas chaves de simples e de duplas do ATP 500.

Os sucessivos adiamentos no sábado acabaram forçando o cancelamento das duas partidas de semifinais de duplas, que começaram a ser disputadas neste domingo a partir das 10h30. Na quadra Guga Kuerten, a principal, o brasileiro Marcelo Melo e o polonês Lukasz Kubot, cabeças de chave número 2, enfrentaram os italianos Salvatore Caruso e Federico Gaio e perderam por 2 sets a 1 - com parciais de 3/6, 6/3 e 10 a 4 no match tie-break.

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A outra semifinal, que começou meia hora depois, foi disputada na quadra 1, onde o paulista Felipe Meligeni e o cearense Thiago Monteiro tentaram a virada para cima do espanhol Marcel Granollers e do argentino Horacio Zeballos, cabeças de chave 3. O jogo recomeçou com a dupla estrangeira ganhando por 7/6 (8/6) e 0/1 e os brasileiros não tiveram força para reagir e perderam o segundo set por 6/4.

A decisão da chave de duplas do Rio Open está marcada para começar às 15 horas, antes da final de simples, que está programada para 17h30. Nas semifinais, também prejudicadas pelas interrupções por causa da chuva, o chileno Cristian Garin, número 25 do mundo, está ganhando do croata Borna Coric (32.º) por 6/4 e 4/4 e o italiano Gianluca Mager, 128.º do ranking, fazia 7/6 (7/4) e 3/3 no húngaro Attila Balazs (106.º).

Como aconteceu nos últimos anos, Dominic Thiem será a maior aposta do Rio Open, cuja chave principal terá início nesta segunda-feira (17). Desta vez, porém, o austríaco disputa o maior torneio da América do Sul, de nível ATP 500, com status de estrela inquestionável do tênis mundial. Número quatro do mundo, ele se tornou o maior candidato a desbancar o chamado Big 3 nas competições mais importantes do circuito.

Estrela em ascensão, Thiem ganhou atenção definitiva dos fãs do esporte e da imprensa em janeiro ao ficar muito perto de desbancar Novak Djokovic na final do Aberto da Austrália, Grand Slam marcado pela forte hegemonia do sérvio. Ele já tinha no currículo dois vice-campeonatos em Roland Garros, ambos com derrota para o espanhol Rafael Nadal.

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Na Austrália, porém, ele fez Djokovic jogar cinco sets e mostrou estar em condições de desbancar os favoritos até no piso duro, que não é sua especialidade. "É realmente impressionante a evolução do Thiem, a evolução do seu status de estrela. Na primeira vez que ele jogou no Rio Open, não era tão badalado. E a diferença que faz uma final de Grand Slam na carreira... Ele já tinha feito duas em Roland Garros, mas a decisão na Austrália deu um status ainda maior para ele. Acabou catapultando a sua imagem ainda mais no mundo do tênis", atesta Luiz Fernando Carvalho, diretor do Rio Open, ao Estado.

Thiem jogou no Rio pela primeira vez em 2016, quando caiu na semifinal. No ano seguinte, foi campeão, confirmando sua condição de favorito na competição. Mas no ano passado ele decepcionou. Foi eliminado logo na estreia pelo sérvio Laslo Djere, que viria a ficar com o título.

Depois disso, porém, Thiem deslanchou na temporada, a melhor de sua carreira até agora. Derrubou Roger Federer na final do Masters 1000 de Indian Wells, onde o suíço costuma ser dominante. Bateu Nadal no saibro de Barcelona, venceu Federer novamente, no saibro de Madri, e bateu Djokovic em Roland Garros. Além disso, foi vice-campeão do ATP Finals. Neste ano, começou atropelando rivais na Austrália até a final, quando quase derrubou o sérvio.

"Ele não é mais uma promessa, já é realidade. Um dos melhores jogadores de tênis do mundo, franco favorito a desbancar o Big 3. Vamos ver como vai ser sua performance no Rio", projeta Carvalho.

No ranking, Thiem só está atrás justamente de Djokovic, Nadal e Federer, que compõem o chamado Big 3. Se fizer uma boa campanha no Rio, poderá até superar o suíço na lista da ATP e alcançar o terceiro posto. "É um grande objetivo e, se for bem aqui, vai me ajudar a ir atrás do terceiro lugar no ranking", diz o jogador de 26 anos.

A boa fase do austríaco é a grande aposta deste ano porque o Rio Open sofreu duas baixas de última hora. Matteo Berrettini e Diego Schwartzman alegaram problemas físicos para ficar de fora. O italiano é o número oito do mundo, enquanto o argentino é o 14.º e campeão em 2018. Sem Berrettini, a competição carioca conta com apenas um Top 10 do ranking em sua chave, como aconteceu no ano passado.

O Brasil terá três representantes na disputa em simples: Thiago Monteiro, Felipe Meligeni Alves e Thiago Wild, os dois últimos por convite. Meligeni, por sinal, será o adversário de estreia de Thiem. Nas duplas, Bruno Soares e Marcelo Melo e seus respectivos parceiros são os favoritos, ao lado dos colombianos Roberto Farah e Juan Sebastian Cabal, que formam a dupla número 1 do mundo.

TECNOLOGIA - A grande novidade em quadra na edição deste ano do Rio Open é a estreia do desafio eletrônico, que detecta se uma bola foi dentro ou fora da quadra ao fim de uma jogada. O desafio é presença constante em torneios disputados sobre quadra dura e grama, mas nunca é utilizado no saibro. A competição brasileira, portanto, será pioneira. A ferramenta conta com nova tecnologia e será usada em caráter de testes, o que vai acontecer com outros dois torneios na sequência da temporada.

Surpreendente campeã do Aberto da Austrália, a norte-americana Sofia Kenin entrou pela primeira vez no Top 10 do ranking da WTA, na atualização desta segunda-feira (3). Ela subiu oito posições e alcanço o sétimo lugar, mais perto das líderes da lista. Nas duplas, a brasileira Luisa Stefani deu um salto de 21 posições.

Com o título, Kenin somou pontos suficientes para sonhar ainda mais alto no ranking nas próximas semanas. E isso porque ela está próxima da canadense Bianca Andreescu, da suíça Belinda Bencic e da ucraniana Elina Svitolina, respectivamente sexta, quinta e quarta colocadas do ranking.

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Estas três mudaram de posições, assim como a romena Simona Halep e a checa Karolina Pliskova. Halep assumiu a vice-liderança, atrás somente da australiana Ashleigh Barty, mesmo sem conquistar o sonhado título diante de sua torcida. Pliskova caiu para o terceiro lugar. Já Svitolina ganhou um lugar e Bencic, dois.

Ainda dentro do Top 10, a holandesa Kiki Bertens subiu um lugar e figura agora em oitavo, logo à frente de Serena Williams, que sustentou o nono lugar mesmo sem brilhar em Melbourne. Já a japonesa Naomi Osaka e a checa Petra Kvitova foram as maiores "derrotadas" na atualização pós-Aberto da Austrália.

Sem defender o título do ano passado, Osaka perdeu seis postos. É a 10ª colocada. Kvitova caiu três posições, para o 11º lugar. Em situação oposta, a espanhola Garbiñe Muguruza subiu 16 postos e aparece agora em 16º após ser vice-campeã na Austrália.

BRASIL - Luisa Stefani foi o grande destaque brasileiro na atualização desta segunda-feira. Campeã do Torneio de Newport Beach, nos Estados Unidos, no fim de semana, ela subiu do 66º para o 45º lugar do ranking de duplas. Ela foi campeã ao lado da parceira habitual, a norte-americana Hayley Carter. Foi o primeiro título da dupla na temporada.

"Entrar no Top 50 vai ajudar a entrar e mais torneios, nos Grand Slams, até nos Premieres que é a meta principal, com chaves menores será mais difícil entrar, agora o alvo é muito mais alto então é mais um degrau no caminho certo", comentou a brasileira, que agora defenderá o Brasil na Fed Cup, contra a Alemanha, em Florianópolis, na sexta-feira e no sábado.

Entre as demais brasileiras, Beatriz Haddad Maia caiu 21 posições, ainda cumprindo suspensão provisória por doping. Ela figura em 144º, sendo a melhor brasileira do ranking de simples. Gabriela Cé e Teliana Pereira vêm logo atrás, com boas subidas nesta segunda. Elas saltaram nove e 15 posições, respectivamente.

Confira a lista das 20 melhores tenistas do ranking:

1.º - Ashleigh Barty (AUS), 8.367 pontos

2.º - Simona Halep (ROM), 6.101

3.º - Karolina Pliskova (RCH), 5.290

4.º - Elina Svitolina (UCR), 4.775

5.º - Belinda Bencic (SUI), 4.675

6.º - Bianca Andreescu (CAN), 4.665

7.º - Sofia Kenin (EUA), 4.495

8.º - Kiki Bertens (HOL), 3.965

9.º - Serena Williams (EUA), 3.915

10.º - Naomi Osaka (JAP), 3.626

11.º - Petra Kvitova (RCH), 3.466

12.º - Madison Keys (EUA), 2.962

13.º - Aryna Sabalenka (BLR), 2.820

14.º - Johanna Konta (ING), 2.753

15.º - Petra Martic (CRO), 2.586

16.º - Garbiñe Muguruza (ESP), 2.527

17.º - Mareta Vondrousova (RCH), 2.430

18.º - Alison Riske (EUA), 2.360

19.º - Elise Mertens (BEL), 2.360

20.º - Angelique Kerber (ALE), 2.175

144.º - Beatriz Haddad Maia (BRA), 413

225.º - Gabriela Cé (BRA), 256

359.º - Teliana Pereira (BRA), 126

O tênis tem uma nova estrela. Na manhã deste sábado, a surpreendente americana Sofia Kenin, de 21 anos, conquistou o título do Aberto da Austrália com uma vitória por 2 sets a 1 (4/6, 6/2 e 6/2), de virada, sobre a espanhola Garbiñe Muguruza. Graças a esse triunfo, ela vai entrar pela primeira vez no grupo das dez primeiras colocadas do ranking mundial, tornando-se a número um dos Estados Unidos.

Nascida em Moscou, na Rússia, Kenin mudou-se para a América do Norte com a família com alguns meses de vida. Ela brilhou no circuito juvenil (foi a número dois do mundo na categoria), estreou como profissional em 2015 e deu um grande salto na carreira no ano passado, quando chegou à 12.ª colocação da classificação da WTA.

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Em Grand Slams, porém, o histórico da americana era modesto. O melhor que ela havia conseguido foi chegar às oitavas de final em Roland Garros no ano passado. Na Austrália, não havia ido além da segunda rodada, por isso entrou na decisão em Melbourne como zebra. Afinal de contas, do outro lado da quadra estava uma campeã de Roland Garros (2016) e Wimbledon (2017). Embora tenha vivido uma péssima fase nos últimos dois anos, a espanhola fez uma campanha muito boa na Austrália, mostrando um tênis próximo ao melhor de sua carreira.

No primeiro set, Muguruza justificou o favoritismo com uma atuação cheia de autoridade. Fiel a seu estilo, ela foi muito agressiva e só cometeu um deslize no oitavo game, quando liderava o placar por 4 a 2 e teve seu serviço quebrado por Kenin. Logo em seguida, porém, a espanhola voltou a quebrar o saque da adversária e fechou a parcial em 6/4.

Àquela altura, muita gente acreditava que a inexperiente Kenin iria desabar, mas ela colocou em quadra uma de suas principais virtudes: a garra. A americana se manteve firme mentalmente e dominou completamente o segundo set, que fechou com o placar de 6/2.

O começo da parcial decisiva foi bastante equilibrado. As duas jogadoras estavam atuando bem e o nível da decisão subiu bastante. No quinto game, um momento fundamental para o desfecho da partida: Muguruza teve três chances para quebrar o serviço de Kenin, mas a americana elevou demais o nível do seu jogo, conseguindo cinco bolas vencedoras consecutivas.

As chances perdidas parecem ter machucado Muguruza profundamente, pois a espanhola se perdeu depois daquele quinto game. Ela passou a errar seguidamente, cometendo várias duplas faltas, e a jovem americana só precisou controlar os nervos para aproveitar a pane mental da adversária e fechar o jogo com 6/2.

Mais jovem campeã do Aberto da Austrália desde 2008, quando a russa Maria Sharapova levou o título aos 20 anos, Sofia Kenin vai aparecer na segunda-feira na sétima colocação do ranking da WTA, tirando Serena Williams do posto de número um dos Estados Unidos. Com a conquista em Melbourne, ela receberá um prêmio de quase R$ 12 milhões.

Muguruza, por sua vez, vai saltar da 32.ª posição do ranking para a 16.ª. A espanhola receberá o equivalente a R$ 5,9 milhões pelo vice-campeonato do primeiro Grand Slam de 2020.

O sérvio Novak Djokovic vai jogar a sua oitava final do Aberto da Austrália. Nesta quinta-feira, ele se classificou para mais uma decisão em Melbourne ao derrotar o suíço Roger Federer em sets diretos, por 7/6 (7/1), 6/4 e 6/3.

Segundo cabeça de chave, Djokovic manteve sua marca de nunca ter perdido uma semifinal no Melbourne Park e está a uma vitória de estender outra série: ele ganhou todas as sete finais que disputou no Aberto da Austrália.

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Djokovic esteve sob pressão no início da partida, quando Federer, seis vezes campeão desse evento, quebrou o seu saque duas vezes e abriu 4/1, chegando a liderar o sexto game por 40/0. Mas o suíço foi incapaz de fechar a parcial, quando a liderava por 5/4 e permitiu que o sérvio quebrasse o seu saque.

Depois, então, Djokovic dominou o tie-break. E Federer utilizou o tempo médico ao fim da parcial. Havia dúvidas sobre as condições físicas do suíço de 38 anos, que dois dias antes salvou sete match points antes de derrotar o norte-americano Tennys Sandgren em uma partida de cinco sets. E ele atuou com uma lesão na virilha.

Foi o 50º encontro entre eles, sendo a sexta seguida em eventos no Grand Slam em que Djokovic superou Federer - está em vantagem de 11 a 6 em torneios desse tipo e 27 a 23 no retrospecto geral.

"Ele começou muito bem. Eu estava muito nervoso no começo", disse Djokovic. "Eu só quero dizer que respeito muito Roger por ter jogado hoje à noite (no horário local). Ele estava obviamente machucado. Não estava no seu melhor", acrescentou o dono de 17 títulos de Grand Slam, que agora tentará ficar mais próximo do recorde de 20 taças de Federer.

Na decisão da chave masculina do Aberto da Austrália, marcada para domingo, Djokovic vai enfrentar o vencedor da semifinal desta sexta-feira entre o austríaco Dominic Thiem e o alemão Alexander Zverev.

A morte de Kobe Bryant em um acidente de helicóptero, ocorrido no último domingo (26) nas proximidades de Los Angeles e no qual faleceram outras oito pessoas, incluindo sua filha Gianna, de 13 anos, chocou e comoveu fãs e atletas do mundo do esporte. E renderam diversas e diferentes homenagens, como as ocorridas nesta segunda-feira no Aberto da Austrália, que está sendo realizado em Melbourne.

Nick Kyrgios utilizou uma camisa número 8 do Los Angeles Lakers para homenagear Bryant antes de uma partida pelas oitavas de final contra o espanhol Rafael Nadal, prestando sua homenagem sem precisar dizer uma palavra.

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Fã da NBA, o australiano costuma usar camisetas da liga de basquete em seus treinos e prestou reverência a Bryant ao deixar o vestiário com a camisa do astro para aquecer na Rod Laver Arena. Ele a retirou antes do começo da partida.

Vários torcedores utilizaram camisetas de Bryant com os números 8 ou 24. Os organizadores do Aberto da Austrália também fizeram uma pequena homenagem em vídeo a ela antes do início da partida entre Nadal e Kyrgios.

Já eliminada da chave de simples, Coco Gauff, de 15 anos, tinha os números 8 e 24 de Bryant, junto com a inscrição "Mamba Mentality", em seus tênis em uma partida de duplas no Melbourne Park.

Outros tenista se mostraram abalados com o falecimento de Bryant, como a atual campeã de Wimbledon, a romena Simona Halep. "É uma perda enorme para o mundo, para o esporte, para a família", disse.

"Foi muito difícil esta manhã. Você sabe, é a primeira coisa, você sabe, quando acordei, várias mensagens. Definitivamente, quando eu descobri isso, eu fiquei muito, muito triste, porque era alguém que com certeza eu observei crescendo, é alguém muito especial", disse o francês Gael Monfils. "Para ser honesto com você, realmente estou arrasado por isso, porque significa muito para mim. Todos os meus pensamentos e orações para ele e sua família".

Ex-número 1 do Brasil, o tenista João Souza, mais conhecido como Feijão, foi banido do esporte neste sábado pela Unidade de Integridade do Tênis (TIU, na sigla em inglês). O atleta de 31 anos foi condenado por ter cometido "múltiplas infrações de manipulação de resultados e violações relacionadas à corrupção", segundo o órgão internacional. Foi ainda multado em US$ 200 mil, equivalente à R$ 834 mil. O jogador, que já estava suspenso provisoriamente, nega as acusações.

"Uma investigação da Unidade de Integridade do Tênis estabeleceu que, entre 2015 e 2019, o jogador cometeu diversas infrações on Programa Anticorrupção do Tênis. Isso inclui repetidos incidentes de manipulação de resultados em torneios de nível Challenger e Futures disputados no Brasil, México, Estados Unidos e República Checa", informou a TIU, em comunicado oficial.

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A entidade, criada pela ATP, WTA, ITF e pelo Grand Slam Board, alegou ainda que Feijão cometeu infrações ao não denunciar casos de corrupção no esporte, não cooperar com as investigações e por também solicitar que outros tenistas não jogassem "em seus melhores níveis".

A decisão, divulgada somente neste sábado, foi tomada em audiência realizada no dia 14 deste mês, sob a liderança do professor Richard McLaren. Conhecido por liderar as investigações que causaram as punições por doping ao esporte russo nos últimos anos, ele foi o responsável por julgar o caso.

Pela decisão, Feijão não pode mais participar das competições oficiais do circuito e nem mesmo estar presente em eventos promovidos por ATP e ITF. O ex-número 1 do Brasil já ocupou o posto de 69º do ranking mundial em simples. Atualmente é o 742º. Feijão nunca conquistou títulos de nível ATP, mas ficou famoso por participar da partida mais longa da história da Copa Davis, em 2015 - trata-se do segundo mais longo da história em todas as competições.

A punição aplicada ao tenista brasileiro é a segunda mais pesada já aplicada pela TIU. Só está abaixo da dura sanção sofrida pelo italiano Daniele Bracciali em 2018. Ele também foi banido do tênis, porém com multa maior: US$ 250 mil. Entre os brasileiros já punido por entidades internacionais, Feijão foi quem sofreu a pena mais severa. No ano passado, o gaúcho Diego Matos também foi banido.

O caso de Feijão vinha se arrastando desde o ano passado, entre idas e vindas inesperadas. Ele havia sido suspenso inicialmente em abril por manipulação de resultados. No entanto, apenas dois dias depois a punição foi revogada. O jogador chegou a voltar a jogar, mas voltou a ser suspenso. Na época, a TIU alegou que havia provas adicionais contra ele. Desde então, o atleta vinha cumprindo a suspensão provisória.

DEFESA - Em contato com o Estado, o advogado do atleta, Michel Assef Filho, avisou que vai recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). Ele negou que Feijão tenha se envolvido em qualquer caso de manipulação de resultados e disse que o tenista contribuiu com as investigações, diferentemente do que alega a TIU.

"O comunicado da TIU diz que o João teria apagado provas. Isso não é verdade. O João entregou o celular, a senha do celular, a senha do Facebook. Solicitaram extratos bancários e ele entregou tudo o que tinha. Toda e eventual conta que tivesse em aplicativos, entregou tudo. Até concedeu uma entrevista à equipe de investigação sem saber quais perguntas seriam feitas. Isso não é atitude de quem pratica ato de corrupção", disse o advogado.

No entanto, Assef Filho admitiu que o jogador não jogou com "seus melhores esforços" por questões pessoais. "Ele estava num momento difícil, de separação, com a filha recém-nascida. E isso ficou provado nos autos com depoimentos das testemunhas, arroladas pela própria acusação. Os atletas que disputaram os jogos de duplas com o João afirmam que, de fato, ele tinha viagem marcada para após o jogo. Ele havia comprado as passagens antes da partida porque não queria jogar. Ele confessou que não utilizou os melhores esforços em alguns jogos e isso é uma infração, sim. Mas deveria ter uma punição muito mais branda."

O advogado afirmou também que, se o tenista fosse alvo de um processo judicial, dificilmente teria sido condenado. Ele explica que, por ser um julgamento de cunho administrativo, o atleta está sujeito a punições mesmo sem a apresentação de "provas cabais".

"A questão é que o programa anticorrupção acaba punindo quando ele se convence de que há atitude que pode ser considerada como corrupção. É diferente de um processo judicial, que exige prova cabal do cometimento de uma corrupção. Se fosse uma processo judicial, dificilmente teria uma condenação."

Neste aspecto, ele também criticou a multa aplicada. "Não tem qualquer fundamento. Para aplicar multa, você tem que, de fato, ter a prova de recebimento de valor. E nos autos não tem nenhuma evidência de que o João teria recebido algum dinheiro, nada, zero", declarou o advogado.

A sexta-feira (24) foi de quedas inesperadas e até de despedida na chave feminina do Aberto da Austrália. A norte-americana Serena Williams e a japonesa Naomi Osaka foram eliminadas na terceira rodada, enquanto a dinamarquesa Caroline Wozniacki não apenas deixou a competição como também abandonou as quadras.

O resultado mais surpreendente do dia foi a derrota de Serena para a chinesa Wang Qiang, apenas a 27ª cabeça de chave. Embalada e uma das principais favoritas ao título, a ex-número 1 do mundo foi batida por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 6/7 (2/7) e 7/5, em 2h41min.

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Com uma postura agressiva em quadra, Serena arriscou demais ao longo do jogo e acabou cometendo 56 erros não forçados - a rival falhou apenas 20 vezes. Em compensação, a número nove do mundo disparou 43 bolas vencedoras, contra 25 da chinesa, atual 29ª do ranking.

Serena terminou a partida com apenas uma quebra de saque, em seis oportunidades. Do outro lado da quadra, Qiang se impôs mais em quadra. Foram três quebras, em 12 chances. Com a queda, a americana voltou a adiar o sonho de igualar o recorde de títulos de Grand Slam, que pertence à australiana Margaret Court, dona de 24 troféus.

Nas oitavas de final, a tenista da China vai duelar justamente com a tunisiana Ons Jabeur, algoz de Caroline Wozniacki pelo placar de 7/5, 3/6 e 7/5. A dinamarquesa de 29 anos já havia anunciado no ano passado que o Aberto da Austrália seria o seu último torneio da carreira.

Atual 36ª do ranking, ela se despede do circuito como uma das principais tenistas de sua geração e da última década, com 633 vitórias e 263 derrotas. Wozniacki conquistou 30 títulos de nível WTA em sua carreira, com destaque para o Aberto da Austrália de 2018, seu único troféu de Grand Slam.

A conquista foi muito aguardada pela tenista e pelos fãs. Ao longo de boa parte de sua trajetória, a dinamarquesa sofreu com as críticas de alcançar o topo do ranking sem um título de peso no currículo. No geral, a tenista terminou onze temporadas seguidas dentro do Top 20 do ranking, entre os anos de 2008 e 2018.

Nos últimos anos, porém, ela vinha sofrendo com as consequências de uma artrite reumatoide. A doença foi revelada no fim de 2018. Desde então, a atleta vinha reduzindo o seu calendário e até os treinos, caindo de rendimento em quadra e também no ranking.

ATUAL CAMPEÃ CAI - Campeã no ano passado, Naomi Osaka foi a protagonista de outra "zebra" nesta sexta. Ela foi batida pela jovem norte-americana Cori Gauff por 6/3 e 6/4. A tenista de apenas 15 anos já havia eliminado a veterana Venus Williams, logo na estreia.

Já as favoritas Ashleigh Barty e Petra Kvitova evitaram as surpresas. Número 1 do mundo, Barty contou mais uma vez com o apoio da torcida para fazer nova vítima. A tenista da casa derrotou a casaque Elena Rybakina (29ª cabeça de chave) por 6/3 e 6/2. Sua próxima adversária será a americana Alison Riske (18ª), algoz da alemã Julia Görges por 1/6, 7/6 (7/4) e 6/2.

Kvitova, por sua vez, despachou a russa Ekaterina Alexandrova (25ª) por 6/1 e 6/2. A sétima cabeça de chave, dona de dois títulos de Wimbledon, vai encarar agora a grega Maria Sakkari (22ª), algoz da americana Madison Keys (10ª) por duplo 6/4.

Ainda sem exibir o seu melhor tênis neste Aberto da Austrália, Rafael Nadal venceu bem nesta quinta-feira (23) e avançou à terceira rodada. Atual número 1 do mundo, o tenista espanhol derrotou o argentino Federico Delbonis por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 7/6 (7/4) e 6/1, em 2h30min.

Nadal fez boa exibição nesta quinta, principalmente no serviço, mas enfrentou maior dificuldade do que o esperado diante de Delbonis, 76º do ranking. Tanto que só faturou três quebras de saque em toda a partida, em 20 oportunidades. Ao mesmo tempo, não teve o serviço sob ameaça em nenhum momento do duelo.

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Consistente no serviço, o espanhol disparou oito aces e acertou 85% dos pontos quando jogou com o primeiro saque. Ele acertou ainda 33 bolas vencedoras, contra 22 do argentino. E cometeu 29 erros não forçados, diante de 43 do adversário.

Na terceira rodada, Nadal encontrará um amigo. Será o compatriota Pablo Carreño Busta, seu parceiro de equipe na Copa Davis e na ATP Cup. O espanhol avançou nesta quinta ao derrotar o alemão Peter Gojowczyk por 3 a 1, com parciais 6/4, 6/1, 1/6 e 6/4. Será o quinto confronto entre os dois tenistas da Espanha no circuito. Nadal venceu os quatro anteriores.

Se confirmar o favoritismo, Nadal poderá cruzar nas oitavas de final com o local Nick Kyrgios, contra quem vem nutrindo forte rivalidade nas últimas temporadas, em razão dos bons jogos e também das conhecidas declarações polêmicas do rival. Nesta quinta, o tenista da casa avançou à terceira rodada ao superar o francês Gilles Simon por 6/2, 6/4, 4/6 e 7/5.

O próximo adversário de Kyrgios será o russo Karen Khachanov. O 16º cabeça de chave sofreu nesta quinta para superar o sueco Mikael Ymer em cinco sets: 6/2, 2/6, 6/4, 3/6 e 7/6 (10/8).

MEDVEDEV E THIEM AVANÇAM - Entre os tenistas da nova geração com mais chances de título, o russo Daniil Medvedev e o austríaco Dominic Thiem também se garantiram na terceira rodada. O tenista da Rússia, número quatro do mundo, foi quem sofreu menos em quadra. Bateu o espanhol Pedro Martínez por 7/5, 6/1 e 6/3. Na sequência, o atual vice-campeão do US Open vai duelar com o local Alexei Popyrin, que superou nesta quinta o espanhol Jaume Munar por 6/2, 7/6 (7/5) e 6/2.

Thiem, por sua vez, sofreu mais do que o esperado. O quinto melhor tenista do mundo precisou de cinco sets para superar outro tenista da casa, Alex Bolt, por 6/2, 5/7, 6/7 (5/7), 6/1 e 6/2. Seu próximo adversário será o norte-americano Taylor Fritz (29º cabeça de chave), algoz do sul-africano Kevin Anderson por 4/6, 6/7 (5/7), 7/6 (7/4), 6/2 e 6/2.

Correndo por fora entre os mais jovens, o alemão Alexander Zverev avançou em três sets. Ele aplicou 7/6 (7/5), 6/4 e 7/5 no bielo-russo Egor Gerasimov. O número sete do mundo duelará com o espanhol Fernando Verdasco, que avançou ao desbancar o georgiano Nikoloz Basilashvili (26º) por 4/6, 7/6 (7/5), 6/4 e 6/4.

Também avançaram o francês Gael Monfils (10º), o belga David Goffin (11º), o suíço Stan Wawrinka (15º), o russo Andrey Rublev (17º), o norte-americano John Isner (19º) e o letão Ernests Gulbis.

SOARES VENCE NA ESTREIA - O brasileiro Bruno Soares venceu na estreia na chave de duplas masculina. Ele e o croata Mate Pavic, que formam a parceria cabeça de chave número dez, derrotaram o britânico Luke Bambridge e o japonês Ben McLachlan por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/4) e 7/5, em 1h49min.

Na segunda rodada, brasileiro e croata vão enfrentar o indiano Divij Sharan e o neozelandês Artem Sitak, que avançaram ao superar o português João Sousa e o espanhol Pablo Carreño Busta por 6/4 e 7/5.

Já Marcelo Demoliner foi eliminado logo em sua estreia. Ele e o holandês Matwe Middelkoop sofreram uma dura virada para os norte-americanos Tennys Sandgren e Jackson Withrow por 4/6, 7/6 (7/4) e 7/6 (10/8).

As estreias de Marcelo Melo e Luisa Stefani foram adiadas em razão da chuva. Melo, jogando ao lado do seu parceiro de costume, o polonês Lukasz Kubot, enfrentará os argentinos Guillermo Duran e Diego Schwartzman na madrugada desta sexta-feira, por volta das 3 horas (horário de Brasília). Inicialmente, o jogo estava marcado para esta quinta.

Luisa Stefani, por sua vez, enfrentaria as chinesas Yingying Duan e Saisai Zheng nesta quinta. As asiáticas foram a dupla cabeça de chave número nove do torneio. A brasileira jogará ao lado da norte-americana Hayley Carter. O jogo está marcado para as 22h30 desta quinta, pelo horário de Brasília (manhã de sexta, na hora local).

As principais favoritas ao título do Aberto da Austrália não decepcionaram nesta quarta-feira, terceiro dia de competições em Melbourne. A norte-americana Serena Williams, a local Ashleigh Barty e a japonesa Naomi Osaka venceram com facilidade, sem perder sets. Ao mesmo tempo, a dinamarquesa Caroline Wozniacki adiou sua aposentadoria.

Maior candidata ao título, Serena derrotou a eslovena Tamara Zidansek por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/3, em apenas 1h18min. Contra a 70ª do ranking, a nona do mundo não perdeu o saque em nenhum momento do duelo (salvou quatro break points), disparou 25 bolas vencedoras, contra 11 da rival.

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No entanto, cometeu mais erros não forçados do que de costume: foram 28, diante de 13 da eslovena. Na terceira rodada, Serena vai enfrentar a chinesa Wang Qiang, algoz da francesa Fiona Ferro por 6/1 e 6/2. Em Melbourne, onde venceu pela última vez em 2017, a norte-americana busca igualar o recorde de títulos de Grand Slam, que pertence atualmente à australiana Margaret Court, dona de 24 troféus.

No embalo da torcida, a local Ashleigh Barty também fez bonito nesta quarta. A número 1 do mundo superou a eslovena Polona Hercog por 6/1 e 6/4. Na terceira rodada, sua adversária será a casaque Elena Rybakina (29ª cabeça de chave), que despachou a belga Greet Minnen por 6/3 e 6/4.

Mesmo irregular, cometendo 30 erros não forçados, Naomi Osaka despachou a chinesa Zheng Saisai por 6/2 e 6/4. A número quatro do mundo e atual campeã em Melbourne vai duelar com a jovem americana Cori Gauff. A tenista de apenas 15 anos avançou na chave ao superar a romena Sorana Cirstea por 4/6, 6/3 e 7/5.

Também exibindo certa irregularidade, a checa Petra Kvitova eliminou a espanhola Paula Badosa por duplo 7/5. Número oito do mundo, ela enfrentará a russa Ekaterina Alexandrova (25ª cabeça de chave), que venceu a checa Barbora Krejcikova por 6/1 e 6/3.

Outro destaque da rodada foi a vitória de Caroline Wozniacki. A ex-número 1 do mundo, que pretende se aposentar ao fim do Aberto da Austrália, adiou sua despedida das quadras ao vencer a ucraniana Dayana Yastremska (23ª cabeça de chave) por duplo 7/5.

Avançaram ainda para a terceira rodada as norte-americanas Sofia Kenin (14ª) e Alison Riske (18ª), a chinesa Zhang Shuai, a alemã Julia Görges e a tunisiana Ons Jabeur.

Em outros válidos pela primeira rodada, em razão dos atrasos na programação devido à chuva, venceram nesta quarta-feira a belga Elise Mertens (16ª), a estoniana Anett Kontaveit (28ª), a russa Anastasia Pavlyuchenkova (30ª), a britânica Heather Watson e a espanhola Carla Suarez Navarro, algoz da bielo-russa Aryna Sabalenka (11ª).

CONFUSÃO - A vitória da grega Maria Sakkari (22ª) sobre a japonesa Nao Hibino por 7/6 (7/4) e 6/4, pela segunda rodada, foi marcada por uma confusão nas arquibancadas. A polícia local precisou conter parte dos torcedores da tenista grega. Cerca de 20 pessoas foram retiradas do complexo em razão de "mau comportamento".

"O grupo de torcedores [todos homens] recebeu diversas advertências, do árbitro, dos seguranças e da polícia, durante a partida disputada na Quadra 8. Ao fim da partida, o grupo foi convidado a se retirar do complexo e o fez de forma pacífica", anunciou a polícia local, em comunicado.

Antes, no jogo de estreia do também grego Stefanos Tsitsipas, a torcida do mesmo país havia protagonizado confusão nas arquibancadas, ao atrapalhar o rival do tenista grego. Ao fim do jogo, o próprio Tsitsipas cobrou dos torcedores um comportamento mais adequado na sequência da competição.

Sem sustos, o espanhol Rafael Nadal estreou com vitória no Aberto da Austrália, nesta terça-feira, em dia sem chuvas e de programação normal - na segunda, 32 partidas foram adiadas em razão do mau tempo. O número 1 do mundo, e atual vice-campeão em Melbourne, derrotou o boliviano Hugo Dellien com direito a um "pneu", pelo placar de 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 6/3 e 6/0, em 2h02min de duelo.

Franco favorito contra o 73º do ranking, Nadal terminou o jogo com 38 bolas vencedoras, contra 15 do rival. E 21 erros não forçados, contra 34 do sul-americano. No entanto, foi irregular no saque. Foram cinco aces e o mesmo número de duplas faltas. Além disso, faturou oito quebras de serviço, em 18 chances. O espanhol sofreu duas quebras na partida.

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Na segunda rodada, o tenista da Espanha vai encarar o argentino Federico Delbonis, que avançou na chave ao superar o português João Sousa também por 3 a 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 7/6 (7/2).

Líder do ranking, Nadal busca em Melbourne seu segundo título do Aberto da Austrália e o 20º de Grand Slam. Se isso acontecer, o espanhol vai igualar o recorde do suíço Roger Federer. No entanto, ele diz que este não é o seu foco.

"Eu não ligo para ter 20, 15 ou 16 títulos. Eu ligo apenas para continuar tentando, curtindo a minha carreira no tênis. Eu não estabeleci a meta de chegar a 20. Se eu alcançar, será fantástico. Se chegar a 21, melhor ainda. Se eu mantiver os 19, estarei super feliz por tudo que fiz na minha carreira. Eu não penso muito no futuro", declarou.

Atual número quatro do mundo, o russo Daniil Medvedev também venceu na estreia, porém cedendo set. O atual vice-campeão do US Open, derrotado justamente por Nadal naquela final, venceu o norte-americano Frances Tiafoe por 3 a 1, com parciais de 6/3, 4/6, 6/4 e 6/2.

O austríaco Dominic Thiem e o alemão Alexander Zverev, 5º e 7º do ranking, também avançaram. Thiem bateu o francês Adrian Mannarino por 6/3, 7/5 e 6/2. Zverev despachou o italiano Marco Cecchinato por 6/4, 7/6 (7/4) e 6/3. Na segunda rodada, o tenista da Áustria enfrentará o convidado local Alex Bolt.

Já o suíço Stan Wawrinka (15º cabeça de chave) precisou de quatro sets para superar o bósnio Damir Dzumhur por 7/5, 6/7 (4/7), 6/4 e 6/4. Seu próximo adversário será o italiano Andreas Seppi.

O francês Gael Monfils (10º) bateu o taiwanês Yen-Hsun Lu por 6/1, 6/4 e 6/2, enquanto o italiano Fabio Fognini (12º) superou o americano Reilly Opelka por 3/6, 6/7 (3/7), 6/4, 6/3 e 7/6 (10/5).

Também avançaram nesta terça-feira o argentino Diego Schwartzman, os locais Nick Kyrgios, John Millman, Jordan Thompson e Alexei Popyrin, o letão Ernests Gulbis, o belga David Goffin, o japonês Tatsuma Ito, o italiano Jannik Sinner, o alemão Peter Gojowczyk, o esloveno Aljaz Bedene e os espanhóis Jaume Munar e Alejandro Davidovich Fokina, o chileno Christian Garin, o croata Marin Cilic, o canadense Milos Raonic e os russos Karen Khachanov e Andrey Rublev.

Atual campeão e forte candidato ao bicampeonato do Aberto da Austrália, o sérvio Novak Djokovic teve uma dura estreia nesta segunda-feira (20), em Melbourne. O número dois do mundo perdeu set contra o alemão Jan-Lennard Struff, 35º do ranking, e precisou mostrar serviço para vencer o duelo por 3 a 1, com parciais de 7/6 (7/5), 6/2, 2/6 e 6/1, em 2h16min. O suíço Roger Federer encontrou mais facilidade e arrasou o rival em sua estreia.

Djokovic entrou em quadra no embalo da conquista da ATP Cup, com a equipe da Sérvia, há uma semana. Na ocasião, chegou a derrotar o rival Rafael Nadal, na final contra a Espanha. Por isso e também pelo retrospecto de sete títulos em Melbourne ele se tornou um dos grandes favoritos ao título no Grand Slam disputado na Austrália.

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Nesta segunda, porém, o sérvio oscilou mais do que o esperado. Ele falhou mais do que o esperado - foram 28 erros não forçados em toda a partida, contra 34 do adversário -, exibiu irregularidade, principalmente no primeiro e no terceiro sets, e chegou a perder o saque por quatro vezes na partida.

Por outro lado, faturou sete quebras, em 11 oportunidades, e cravou 44 bolas vencedoras, diante de 39 do alemão. No saque, fez duelo parelho com Struff. Foram 14 aces, contra 13 do adversário. Além disso, venceu 77% dos pontos quando jogou com o primeiro serviço.

Na segunda rodada, Djokovic deve ter menos trabalho. Seu próximo adversário vai sair do confronto entre o indiano Prajnesh Gunneswaran, "lucky loser", e o japonês Tatsuma Ito, convidado da organização.

Este jogo estava marcado para esta segunda, mas a chuva adiou o duelo para terça. O mesmo aconteceu com outros 31 jogos agendados para este primeiro dia de jogos em Melbourne. A programação só pôde ser seguida completamente nas três quadras que contam com teto retrátil no complexo da competição.

FEDERER ARRASA - Em sua estreia na competição e também na temporada, o suíço Roger Federer não teve qualquer problema. O terceiro cabeça de chave arrasou o norte-americano Steve Johnson por 6/3, 6/2 e 6/2, em apenas 1h21min. Foi o jogo mais rápido da chave masculina nesta primeira rodada.

Ao entrar em quadra, o tenista da Suíça superou o recorde do australiano Lleyton Hewitt, que era o tenista com mais participações no Aberto da Austrália. Tem 20 aparições. Federer soma agora 21. Na segunda rodada, o número três do mundo vai duelar com o vencedor do duelo entre o francês Quentin Halys, que saiu do qualifying, e o sérvio Filip Krajinovic. O jogo entre eles chegou a ter início, mas foi paralisado em razão da chuva. Deve ser finalizado nesta terça.

Contra o 84º do ranking, Federer praticamente não sofreu em quadra. Precisou salvar apenas um break point e foi dominante do começo ao fim. No terceiro set, chegou a arriscar em golpes menos recorrentes, buscando ganhar ritmo de jogo e confiança. Afinal, era o seu primeiro jogo do ano.

Afiado no saque, o suíço disparou 11 aces e acertou 82% dos pontos quando jogou com o primeiro saque. Foram ainda 34 bolas vencedoras, contra 16 do rival. E 20 erros não forçados, diante de 19 do americano.

No Aberto da Austrália, Federer tenta defender seu recorde de títulos de Grand Slam. Ele soma 20, mas tem a ameaça do espanhol Rafael Nadal, que já alcança 19 e pode igualar sua marca em Melbourne. Além disso, o suíço tenta encerrar um jejum de conquistas deste nível. Ele não levanta um troféu de Slam desde o Aberto da Austrália de 2018.

OUTROS RESULTADOS - A rodada também contou com vitória de outros cabeças de chave, sem maiores surpresas. O grego Stefanos Tsitsipas, sexto pré-classificado, foi quem mais fez bonito em quadra. Bateu o italiano Salvatore Caruso por 6/0, 6/2 e 6/3. Na segunda rodada, o tenista da Grécia vai enfrentar o alemão Philipp Kohlschreiber, algoz do norte-americano Marcos Giron por 7/5, 6/1 e 6/2.

Já o italiano Matteo Berrettini, oitavo cabeça de chave, eliminou o local Andrew Harris por 6/3, 6/1 e 6/3. Seu adversário na sequência vai sair do duelo entre o americano Tennys Sandgren e o argentino Marco Trungelliti, em outra partida adiada pela chuva.

Outro a avançar foi o búlgaro Grigor Dimitrov, que chegou a perder um set em sua estreia. O 18º cabeça de chave bateu o argentino Juan Ignacio Londero por 4/6, 6/2, 6/0 e 6/4. O seu futuro rival vai sair do confronto entre o americano Tommy Paul e o argentino Leonardo Mayer.

As surpresas do dia ficaram por conta do canadense Denis Shapovalov (13º cabeça de chave) e do croata Borna Coric (25º), ambos eliminados logo na estreia. Shapovalov, que vinha embalado por boas atuações na Copa Davis, no fim do ano, e na ATP Cup, nas duas primeiras semanas deste ano, foi batido pelo húngaro Marton Fucsovics por 6/3, 6/7 (7/9), 6/1 e 7/6 (7/3). Coric, por sua vez, caiu diante do americano Sam Querrey por 6/3, 6/4 e 6/4.

Ainda nesta segunda, avançaram o argentino Guido Pella (22º), o britânico Daniel Evans (30º), o lituano Ricardas Berankis, o japonês Yoshihito Nishioka e o francês Gregoire Barrere.

Em um primeira dia de competições prejudicado pela chuva, o Aberto da Austrália contou com o domínio das favoritas na chave feminina, nesta segunda-feira (20). A norte-americana Serena Williams, em busca do recorde de títulos de Grand Slam, a australiana Ashleigh Barty, atual número 1 do mundo, e a japonesa Naomi Osaka, atual campeã, venceram em suas estreias. Já a veterana Venus Williams se despediu de forma precoce.

Primeira a entrar em quadra, ainda na noite de domingo, pelo horário de Brasília, Serena atropelou a russa Anastasia Potapova, pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 6/0 e 6/3. Oitava cabeça de chave, a americana enfrentará na segunda rodada a eslovena Tamara Zidansek, 70ª do mundo, que eliminou a sul-coreana Han Na-lae por duplo 6/3.

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Em Melbourne, Serena busca igualar o recorde de títulos de Grand Slam da australiana Margaret Court, dona de 24 títulos. A americana soma 23 e já perdeu a chance de alcançar a tenista aposentada em quatro finais, nos últimos dois anos.

Em busca do seu 2º título de Slam, a local Ashleigh Barty precisou suar mais do que o esperado para vencer na primeira rodada. A líder do ranking bateu a ucraniana Lesia Tsurenko, de virada, por 5/7, 6/1 e 6/1. Sua próxima adversária vai sair do duelo entre a eslovena Polona Hercog e a sueca Rebecca Peterson.

Ex-número 1 do mundo e atual campeã em Melbourne, Naomi Osaka venceu com facilidade a checa Marie Bouzkova, por 6/2 e 6/4. Na sequência, a japonesa, cabeça de chave número três, terá pela frente a chinesa Zheng Saisai, que avançou ao superar a qualifier russa Anna Kalinskaya, por 6/3 e 6/2.

Outra ex-líder do ranking, a dinamarquesa Caroline Wozniacki bateu a americana Kristie Ahn, por 6/1 e 6/3, e adiou sua aposentadoria. Ela disputa seu último torneio da carreira, na Austrália. Sua próxima rival ainda não foi definida. Sairá do confronto entre a eslovena Kaja Juvan e a ucraniana Dayana Yastremska.

Já a checa Petra Kvitova obteve a vitória mais fácil da rodada. A sétima cabeça de chave, dona de dois títulos de Wimbledon, massacrou a compatriota Katerina Siniakova por 6/1 e 6/0, em apenas 50 minutos de duelo. Em seguida, Kvitova vai encarar outra adversária que teve vida fácil na estreia. A espanhola Paula Badosa aplicou o mesmo placar, de 6/1 e 6/0, na sueca Johanna Larsson.

O resultado mais inesperado da rodada foi a nova derrota de Venus Williams para a jovem Cori Gauff, como aconteceu em Wimbledon. Na época, o triunfo da adolescente de 15 anos surpreendeu o mundo do tênis. Desta vez, a garota venceu a veterana de 39 anos por 7/6 (7/5) e 6/3.

Em outros confrontos desta segunda, avançaram a croata Petra Martic (13ª cabeça de chave), a americana Sofia Kenin (14ª), a russa Ekaterina Alexandrova (25ª), a alemã Julia Görges, a chinesa Zhu Lin, a romena Sorana Cirstea, as americanas Ann Li e Caty McNally e a checa Barbora Krejcikova.

A rodada de abertura do primeiro Grand Slam da temporada foi marcado pela chuva, que adiou a disputa de 32 jogos, das duas chaves de simples, para terça. A programação só seguiu intacta nas três quadras que contam com teto retrátil.

Muito criticado por outros tenistas em razão do seu comportamento quanto às condições adversas a que foram submetidos os jogadores que disputaram o qualifying do Aberto da Austrália diante da fumaça vinda da onda de incêndios florestais no país, Roger Federer se defendeu e disse que não poderia ter agido de outra maneira.

Federer, que é o maior vencedor de Gram Slam de todos os tempos, com 20 títulos, e o espanhol Rafael Nadal, líder do ranking da ATP, ouviram críticas de seus colegas que participaram dos jogos de quali do torneio. Eles entendem que faltou apoio dos tenistas já consagrados. A reclamação mais dura veio do canadense Brayden Schnur, que chamou Federer e Nadal de "egoístas".

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O auge das críticas quanto à preocupação com a qualidade do ar na Austrália se deu depois que a eslovena Dalila Jakupovic sofreu uma crise de tosse em quadra. Ela caiu de joelhos e teve de abandonar sua partida pois não conseguia mais respirar.

O local Bernard Tomic e a canadense Eugenie Bouchard também afirmaram terem tido dificuldade para jogar.

"Não acho que poderia ter feito mais do que fiz. Não posso entrar na quadra e mandar as pessoas pararem. Todos nos preocupamos uns com os outros", afirmou Federer, em entrevista coletiva neste sábado. O suíço, membro do Conselho dos Jogadores da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), disse que conversou com a organização do Aberto da Austrália sobre o assunto.

"Alguns caras sempre reclamam. Mas no final do dia, há sempre algo novo com a fumaça. Todos têm que compreender isso", completou o veterano de 38 anos, atual número 3 do mundo, que doou, em conjunto com Nadal, pouco mais de R$ 700 mil para instituições que atuam no combate aos incêndios e também para ajudar as vítimas.

Federer ainda enfatizou que os verdadeiros prejudicados pelas fumaças, em sua visão, são os animais, a vegetação, as pessoas e os bombeiros que trabalham na região para conter o fogo. "Eu me preocupo com pessoas que estão lutando contra o fogo. Podemos ficar dentro de casa o dia todo e sair só para jogar. Não estamos fora o tempo todo", considerou.

Roger Federer ainda não estreou em 2020. Ele optou por descansar e não jogou a ATP Cup, vencida pela Sérvia. Seu primeiro jogo no ano e no Aberto da Austrália será nesta segunda-feira contra o norte-americano Steve Johnson. Ele corre por fora na briga pelo título do torneio. Os favoritos ao troféu são Rafael Nadal e Novak Djokovic, finalistas em 2019.

Número 1 do mundo, a australiana Ashleigh Barty derrotou neste sábado a jovem ucraniana Dayana Yastremska, de apenas 19 anos e número 24 do ranking da WTA, por 6/2 e 7/5 e conquistou o Torneio de Adelaide. Foi o primeiro título da tenista da Austrália jogando em seu país.

Barty, que havia sido derrotada em Brisbane, na abertura da temporada, tinha batido na trave duas vezes em Sydney, perdendo as finais de 2018 e 2019, antes de triunfar em sua casa.

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"Eu amo jogar na Austrália. É sempre bom voltar aqui", disse a campeã em seu discurso após a partida. Barty também elogiou Yastremska, agradeceu o apoio da torcida e falou sobre a importância de conquistar um troféu no início da temporada. "Preciso juntar as experiências do ano passado, mas é importante começar com a mente fresca", afirmou.

Para ser campeã, a australiana colocou a rival da Ucrânia na defensiva e dificultou que a jovem encaixasse seus golpes. Desta forma, Barty ficou confortável para deixar seu jogo fluir, tanto que finalizou o primeiro set com oito bolas vencedoras e apenas um erro não forçado.

Na parcial seguinte, a número 1 do mundo teve mais dificuldade depois que Yastremska passou a errar menos. A ucraniana soube usar o slice nos momentos certos e teve duas oportunidades para fazer 5/3. No entanto, sucumbiu à força de Barty e falhou no momento final, período em que a australiana marcou 10 pontos seguidos e assegurou o triunfo.

Barty, agora, se concentra na disputa do Australian Open, o primeiro Grand Slam do ano. Ela estreia nesta segunda-feira, diante da experiente ucraniana Lesia Tsurenko. Yastremska tem como primeira adversária no torneio a eslovena Kaja Juvan.

Nas duplas, o título ficou com a parceira formada pela norte-americana Nicole Melichar e a chinesa Yifan Xu. Elas venceram na final a canadense Gabriela Dabrowski e a croata Darija Jurak, de virada, por 2/6, 7/5 e 10/5.

HOBARTT - No Torneio de Hobart, outro evento da WTA disputado nesta semana, na preparação para o Aberto da Austrália, quem levou a melhor foi a casaque Elena Rybakina. A jovem de 20 anos, número 30 do mundo, superou a chinesa Shuai Zhang (40ª), por 7/6 (9/7) e 6/3 e levou o título. Foi o segundo troféu de nível WTA da carreira de Rybakina.

Ao lado da ucraniana Nadiya Kichenok, a indiana Sania Mirza venceu a parceria formada pelas chinesas Shuai Peng e Shuai Zhang, por duplo 6/4, e conquistou seu primeiro título depois de ser mãe e o 42ª de sua carreira.

Número 1 do mundo, a australiana Ash Barty precisou de uma virada nesta sexta-feira (17) para derrotar a norte-americana Danielle Collins, a 27ª colocada no ranking da WTA, por 3/6, 6/1 e 7/6, pelas semifinais do Torneio de Adelaide, avançando à decisão.

Collins reclamou de dores nas costas durante o terceiro set e precisou receber atendimento médico, mas conseguiu terminar a partida. "Provavelmente foi o meu primeiro gosto real (neste ano) de adrenalina no final de um jogo. E é isso que estamos buscando, para tentar praticar as coisas da melhor maneira possível. Eu senti que fiz o que queria fazer bem hoje à noite", disse Barty.

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Barty vai se encontrar na decisão deste sábado (18) com a ucraniana Dayana Yastremska, de apenas 19 anos e número 24 do mundo, que passou pela bielo-russa Aryna Sabalenka, a 12ª colocada no ranking, por 6/4 e 7/6. A número 1 do mundo derrotou a tenista da Ucrânia no único encontro anterior entre elas, no ano passado, em Miami.

HOBARTT - Outro evento da WTA disputado nesta semana, na preparação para o Aberto da Austrália, o Torneio de Hobart também definiu suas finalistas nesta sextya-feira. A casaque Elena Rybakina (30ª) superou a britânica Heather Watson (101ª) por 6/3, 4/6 e 6/4, e agora duelará com a chinesa Shuai Zhang (40ª), que bateu a russa Veronika Kudermetova (42ª) por 6/3 e 6/4.

As oponentes da final feminina de Roland Garros em 2019, Ash Barty e Marketa Vondrousova, entregaram o mesmo resultado no Torneio de Adelaide, nesta quinta-feira (16): uma vitória dominante para a jogadora número 1 do mundo. A australiana derrotou a checa por duplo 6/3 para avançar às semifinais.

Na última vez em que elas tinham se encontrado, Barty conquistou seu primeiro título do Grand Slam. Já Vondrousova ainda não conseguiu vencer um set contra a australiana em quatro partidas.

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Em seguida, Barty duelará com a norte-americana Danielle Collins, que venceu Belinda Bencic, número 7 no ranking da WTA, por 6/3 e 6/1. A suíça havia caído na primeira rodada no Torneio de Brisbane na semana passada.

A bielo-russa Aryna Sabalenka se encontrará com a ucraniana Dayana Yastremska na outra semifinal, nesta sexta-feira. Yastremska venceu a croata Donna Vekic por 6/4 e 6/3, enquanto Sabalenka derrotou a romena Simona Halep, a número 2 do mundo e finalista do Aberto da Austrália em 2018, por 6/4 e 6/2.

HOBART - Dona de dois títulos de Grand Slam, Garbiñe Muguruza abandonou nesta quinta-feira o Torneio de Hobart por causa de uma virose. A espanhola estava prevista para enfrentar a russa Veronika Kudermetova, que assim nem precisou entrar em quadra para passar às semifinais.

Nos outros compromissos pelas quartas de final, a britânica Heather Watson venceu a belga Elise Mertens por 6/7, 6/4 e 7/5 e a chinesa Shuai Zhang derrotou a norte-americana Lauren Davis por 6/1 e 6/4.

Zhang jogará com Kudermetova em uma das semifinais nesta sexta-feira, e Watson enfrentará a casaque Elena Rybakina, que derrotou a australiana Lizette Cabrera por 6/7, 7/6 e 7/5.

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