Passado o Natal, já é tempo de se preparar para as comemorações de Ano Novo. No início da noite desta sexta (26), a BR-232, uma das principais vias de acesso ao interior do Estado, já apresentava tráfego intenso. No Terminal Integrado de Passageiros (TIP), porém, a movimentação ainda era tímida. Os dias 25 e 31 de dezembro não são próximos apenas no calendário: para a maioria das pessoas, as duas datas devem ser comemoradas de forma especial, seja com pessoas importantes ou em lugares memoráveis.
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Passando por destinos como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, o alemão Jan Hoffman decidiu parar no Recife para passar o Natal com a família de um amigo. “Todos na minha família gostam muito de viajar. Em quase todo Natal, alguém está fora de casa. Dessa vez, fui eu”, explica, afirmando que a saudade de casa não está tão apertada. Apesar de ter gostado de passar o feriado natalino na capital pernambucana, Jan ainda pretende viajar para outros destinos do litoral brasileiro.
Apesar da dificuldade na pronúncia, Jericoacoara, no Ceará, é um destino certo para o turista, que viaja acompanhado de um amigo da Alemanha. A única incerteza de Jan é em relação ao lugar em que ele irá passar a virada do ano. “Estou viajando e vou decidir no caminho”, diz, despreocupado com o lugar em que irá começar o novo ano.
Já Maria das Graças de Souza sabe bem onde quer passar a noite do dia 31. Há 23 anos sem visitar Salvador, sua cidade Natal, ela decidiu começar 2015 ao lado dos seus seis irmãos. Até agora, os encontros com a família que ficou na Bahia aconteceram somente pela webcam. “Não pude ir antes porque a situação era apertada. Agora vou reencontrar o pessoal da minha família”, diz, acompanhada de seus dois filhos e de sua sobrinha neta.
Para Rosaline Lima e Ana Paula Bandeira, viajar de ônibus não é um incômodo. As primas saíram de Sapé, na Paraíba, até a capital, João Pessoa. De lá, pegaram um ônibus para o Recife para, enfim, embarcarem em direção a Petrolândia, 430km distante da capital pernambucana. Apesar da peregrinação, as duas parecem descansadas. “Devemos chegar em Petrolândia amanhã de manhã. Não tempos o horário certo, porque depende muito do motorista. Uma vez eu estava indo e ele errou o caminho”, lembra Rosaline.
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Apesar da imprevisibilidade da viagem, as duas parecem tranquilas. Quando questionadas a respeito do estresse e das quase doze horas de viagem pela frente, as primas não diferem na resposta. “Vale a pena viajar por causa da família. O cansaço passa quando a gente chega em casa”, comenta Ana Paula. Para todos os viajantes, a resposta é unânime: a estrada parece ser longa e interminável, mas a recompensa vem no momento da chegada.