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A Universidade de São Paulo oferece a partir desta terça-feira, 1, um teste rápido que identifica o coronavírus pela saliva. Criado pelo Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências, em parceria com o Instituto de Química, o teste RT-Lamp detecta casos de covid-19 em até 24 horas. Na fase inicial, ele estará disponível apenas na capital paulista para 90 pessoas por dia, entre atendimentos presenciais e remotos.

O teste simplifica o método de coleta e análise. É possível até solicitar o kit de coleta para fazer o exame em casa. O próprio paciente recolhe a saliva em um tubo de ensaio no sistema de autocoleta. Os resultados são enviados por e-mail. Indolor e não invasivo, o teste dispensa o uso de swabs, aquela espécie de cotonete que recolhe amostras de nasofaringe. Isso também significa menor risco de infecção, pois não há necessidade da atuação de um profissional de saúde. Tão preciso e sensível quanto o RT-PCR, referência na detecção de casos ativos do novo coronavírus, o teste pela saliva é mais barato. A coleta presencial custa R$ 90 enquanto o PCR oscila entre R$ 350 e R$ 400.

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A pesquisadora Maria Rita Passos-Bueno explica que a redução de custos se deve ao fato de o teste da saliva não precisar extrair o ácido nucleico das amostras. Isso requer reagentes importados e caros. Esse ácido, também conhecido como RNA, é um composto "primo" do DNA. Resumindo: os processos são mais simples no teste da saliva.

Um dos grandes desafios dos pesquisadores foi padronizar o teste, ou seja, criar soluções químicas que mantivessem o coronavírus estável, sem sofrer a ação das inúmeras enzimas presentes na saliva. Foram realizados mais de mil testes em 25 funcionários do Instituto de Química e 30 pessoas relacionadas ao Instituto de Biociências. "Com o teste RT-Lamp, a população poderá contar com uma opção mais acessível, segura e rápida de testagem", explica a coordenadora do projeto.

O teste da saliva e o PCR são diferentes dos chamados "testes rápidos", aqueles que pretendem detectar anticorpos contra o novo coronavírus em cerca de 20 minutos e são normalmente vendidos nas farmácias. Eles não servem para diagnosticar a covid-19 nem para definir casos assintomáticos. Eles identificam apenas se a pessoa possui anticorpos sem definir em que momento ela foi infectada. Além disso, nem todos os testes rápidos foram avaliados tecnicamente, o que pode contribuir para o aumento dos chamados falso negativos ou positivos.

Os pesquisadores alertam que as cargas do novo coronavírus são maiores do 2º ao 7º dia após o contágio, o que aumenta o risco de transmissão. Isso reforça a necessidade de realização de testes logo após a possível contaminação, assim que os primeiros sintomas forem percebidos.

O projeto de pesquisa do teste da saliva conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp) e da JBS, empresa do ramo alimentício que destinou R$ 50 milhões para 38 pesquisas científicas de enfrentamento ao coronavírus. Os pesquisadores agora buscam mais investimentos para ampliar a capacidade de testagem. O número de atendimentos por dia, por exemplo, pode aumentar.

Além disso, o objetivo é oferecer o teste em localidades com pouca infraestrutura para coleta e análise, incluindo os laboratórios de referência das universidades. "No momento atual é necessário um teste direto ao consumidor, de acesso fácil, custo acessível e que permita a testagem a fim de identificar pessoas infectadas. Qualquer teste deve apresentar uma boa sensibilidade para detectar altos níveis de cargas virais, que conferem maior risco de contágio. Esta estratégia é fundamental para detecção de assintomáticos e diminuição do risco de contágio", opina a pesquisadora.

Outras pesquisas

Detectar o novo coronavírus pela saliva é um tema que vem atraindo a atenção dos cientistas. Um grupo de pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, publicou artigo na revista científica MedRxiv apresentando o desenvolvimento de um teste para coronavírus a partir da saliva chamado SalivaDirect. Nos últimos meses, a Food and Drugs Administration (FDA), agência regulatória de medicamentos e alimentos americana, autorizou o desenvolvimento de cinco testes que utilizavam saliva como amostra.

Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) também desenvolveram um teste semelhante. O projeto está em fase final de validação e, depois, seguirá para aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Desenvolvido inicialmente para empresas e hospitais, o teste meuDNA Covid foi lançado no final do mês passado em uma parceria do laboratório Mendelics com o Hospital Sírio-Libanês. Disponível na capital e em algumas cidades da Grande São Paulo, o exame custa R$ 169 e o resultado também fica pronto em 24 horas.

Como fazer o teste da saliva?

Pessoalmente: Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP

Endereço: Rua do Matão, 106 - Cidade Universitária - Butantã

Remotamente: Kit para autocoleta entregue no endereço de preferência. O portador aguardará o paciente finalizar sua coleta para levar o material ao laboratório.

Valores: R$ 90,00 (USP) e R$ 150,00 (entrega)

Agendamento: www.genomacovid19.ib.usp.br/

Pagamento: cartão de crédito e boleto.

Prazo de entrega: 24 horas

O governo dos Estados Unidos emitiu na terça-feira (17) uma autorização de emergência para o primeiro teste rápido de coronavírus realizado pela própria pessoa, sem a necessidade de sair de casa, no momento em que aumentam as restrições em uma tentativa de deter o aumento de casos de Covid-19.

A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) aprovou um kit de teste para pessoas com mais de 14 anos suspeitas de ter o novo coronavírus. O exame, que só pode ser obtido com receita médica, mostra o resultado em 30 minutos.

De acordo com a empresa que desenvolveu o produto, Lucira Health, o kit custará menos de 50 dólares.

"Seguimos demonstrando uma velocidade sem precedentes na resposta a #COVID19", tuitou o comissário da FDA, Stephen Hahn.

"A FDA autorizou o primeiro teste #COVID19 que é totalmente autoadministrado e proporciona resultados em casa. É um avanço importante, o que destaca nosso compromisso de ampliar o acesso aos testes".

Uma autorização de emergência é uma permissão temporária ou sob certas condições concedida pela FDA para responder a uma situação urgente, como uma pandemia. Posteriormente pode ser revogada ou modificada, caso sejam revelados novos dados sobre sua eficácia ou segurança.

A FDA aprovou no fim de abril e início de maio o uso de testes em casa, mas, ao contrário do kit da Lucira Health, laboratórios autorizados deveriam apresentar os resultados.

Até terça-feira, os Estados Unidos registravam um balanço de 11.340.563 casos de Covid-19 e 248.429 mortes, o país mais afetado do mundo pela doença, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Cientistas indianos desenvolveram um teste rápido, confiável e barato para detectar o coronavírus com uma tira de papel de teste, que, em breve, estará disponível na Índia.

Chama-se "Feluda", nome de um popular personagem de detetive criado pelo grande cineasta Satyajit Ray (1921-1992) e acrônimo científico de FNCAS9 Editor-Limited Uniform Detection Assay.

Este teste utiliza a técnica de "tesouras moleculares" CRISPR-Cas9, desenvolvida pela geneticista francesa Emmanuelle Charpentier e pela americana Jennifer Doudna, recém-agraciadas com o Prêmio Nobel de Química.

Esse kit, que funciona com amostras colhidas por "swabs" nasais, parece um teste de gravidez caseiro com a tira onde aparecem duas linhas coloridas se o resultado for positivo. O resultado sai em até uma hora.

"Este teste não requer nenhum equipamento sofisticado, ou mão de obra altamente qualificada", explica seu coinventor Souvik Maiti, do CSIR-Institute of Genomics and Integrative Biology (IGIB).

"Muitos lugares remotos na Índia não têm laboratórios sofisticados", explica ele.

Com mais de 7,5 milhões de casos, a Índia é o segundo país do mundo com mais infecções por coronavírus, atrás dos Estados Unidos. Os cientistas esperam que este teste ajude a detectar o vírus nas regiões mais pobres deste país de 1,3 bilhão de pessoas.

A Índia usa, atualmente, testes virológicos de RT-PCR, os testes de referência que precisam de material da laboratório avançado, assim como testes de antígenos. Estes últimos são muito mais rápidos, porque não precisam de análises laboratoriais, mas são menos precisos.

O primeiro tipo detecta o material genético do coronavírus, enquanto o segundo detecta as proteínas do vírus.

Assim como outros em desenvolvimento em outros países, o teste Feluda é considerado um grande avanço na Índia por ter a confiabilidade do teste de PCR com a acessibilidade dos testes de antígenos.

Já recebeu sinal verde das autoridades reguladoras indianas. O ministro da Saúde, Harsh Vardhan, garantiu na semana passada que poderá ser implantado no país pelo conglomerado Tata nas próximas semanas.

Seu preço não foi divulgado, mas, de acordo com a imprensa local, pode custar cerca de 500 rúpias (em torno de US$ 6,8). Um teste de PCR pode custar até 2.400 rúpias em um laboratório privado em Nova Délhi.

No momento, o protótipo requer o uso de um termociclador, ou uma máquina de PCR, mas os cientistas estão trabalhando em uma versão baseada em saliva, ou em "swabs" que possam ser usados em casa, disse o coinventor e cientista do IGIB Debojyoti Chakraborty.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) anunciou nesta quarta-feira um teste de diagnóstico rápido "acessível e confiável" para a Covid-19, capaz de ser realizado "em qualquer lugar" e dar resultados "em minutos", que segundo a instituição pode transformar o resposta da região à pandemia.

"Hoje a Opas pode fornecer acesso a centenas de milhares desses testes por meio do Fundo Estratégico da Opas, e outros milhões são esperados nas próximas semanas", afirmou a diretora da organização, Carissa Etienne, que anunciou estudos piloto no Equador, El Salvador, México e Suriname. "Se amplamente distribuído, este novo teste transformará nossa resposta à covid-19", ressaltou.

Cientistas peruanos que criaram um teste rápido para detectar Covid-19 confiam que as autoridades de saúde lhes darão sinal verde para iniciar sua produção em massa.

"O vírus é um inimigo invisível e é por isso que os testes precisam ser rápidos, massivos e ter uma ampla cobertura", disse à AFP o biólogo Edward Málaga, chefe do Laboratório de Neurobiologia da Universidade Cayetano Heredia, que desenvolveu o teste rápido.

"É preciso buscar soluções alternativas e, enquanto não aparecerem medicamentos (vacinas), a coisa mais eficaz para combater a transmissão da doença é justamente visualizar o vírus", acrescentou.

Embora o Peru esteja desde a semana passada em fase de desconfinamento após mais de 100 dias de quarentena nacional, a aplicação em massa do teste ainda é necessária, afirmou Málaga, que anunciou o teste rápido em 19 de junho.

Ele disse que seu projeto exigiu trabalho árduo e vários experimentos. Da fase teórica passaram para a prática com ácidos nucleicos para extrair e copiar eficientemente o material genético do vírus da Covid-19, até fazer o anúncio.

Málaga afirmou que sua equipe aguarda agora a aprovação do teste pelo Ministério de Saúde para iniciar sua produção e distribuição em massa.

O pesquisador assistente Joaquín Abugattas explicou que "o método convencional (PCR) que alterna temperaturas" implica um tempo de reação "muito maior, de quatro horas aproximadamente". "Nós usamos uma tecnologia que tem como base a amplificação do DNA a uma única temperatura, por isso essa reação leva 30 minutos".

"O paciente entraria e nos daria uma amostra de saliva, que seria inativada. Então, seria uma questão de misturar mais dois tubos com essa amostra e em questão de 40 minutos o teste se torna eficaz e pode ser visualizado em uma 'tira' reativa semelhante ao teste de gravidez", acrescentou.

O Peru iniciou há seis dias o desconfinamento gradual após três meses e meio de quarentena nacional obrigatória. O país de 33 milhões de habitantes registra 305.703 casos e 10.772 mortes pela pandemia.

"No Peru, a taxa de contágio ainda não foi controlada e já estamos reativando tudo como se estivéssemos na Europa", disse Málaga.

"O mais provável é que teremos que enfrentar possíveis surtos, possíveis focos locais e, mais uma vez, se não soubermos quem está infectado, quem está portando o vírus através de testes moleculares e não serológicos, então mais uma vez estaremos perdidos", alertou.

Peru, o quinto país com mais casos de Covid-19, está em processo de desconfinamento desde quarta-feira passada.

Embora as autoridades digam que a pandemia começa a diminuir, os hospitais peruanos estão à beira do colapso com 11.400 pacientes com coronavírus.

Além disso, o país registra uma média de 174 mortes diárias por coronavírus nas últimas cinco semanas, segundo dados oficiais.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveu um modelo de teste rápido da Covid-19 usando exames de sangue e Inteligência Artificial. O invento possibilita que os resultados saiam em uma ou duas horas e confere, segundo a instituição, alta taxa de acerto com precisão de 96,68%.

O teste ainda está em fase experimental e foi desenvolvido levando em consideração as normas para software e de diagnóstico médico dos principais países que passam por essa pandemia. 

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O professor e um dos coordenadores do Grupo de Pesquisas em Computação Biomédica, do Departamento de Engenharia Biomédica (DEBM) da UFPE, Wellington Pinheiro, ressalta que no Brasil, a anvisa ainda não regulamenta software para diagnóstico médico. "Estamos buscando seguir as normas para regulamentação de equipamentos médicos que possam se aplicar a softwares de diagnósticos", explica. 

Dada a lacuna na legislação, o professor alerta que “os pacientes assinarão termos de consentimento livre e esclarecido (TCLEs), tendo ciência de que o método é experimental”.

Segundo seus idealizadores, o funcionamento é bastante simples. A ideia é que o paciente com sintomas característicos da Covid-19 se dirija a instituições de saúde e seja avaliado pela equipe médica, que irá solicitar alguns exames de sangue, recomendados pelo Ministério da Saúde. 

Após acessar os resultados, o profissional de saúde poderá, então, acessar o sistema Heg.IA onde deverá anexar ou digitar os resultados dos exames de sangue. Então, o sistema irá gerar imediatamente um laudo médico, com diagnóstico positivo ou negativo para a Covid-19 e um direcionamento de internamento. Com esse laudo, a equipe médica poderá decidir a melhor conduta clínica para o paciente.

Inicialmente, o município de Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, foi escolhido por estar em uma situação bem difícil quanto à disseminação da doença devido a dificuldaxde para aplicar medidas de isolamento social. 

“Além disso, existem poucos testes rápidos e testes RT-PCR para o diagnóstico da Covid-19 e a população só conta com o diagnóstico clínico, daí nossa solução vem auxiliar nesse cenário, dando mais elementos para que os médicos possam tomar decisões mais confiáveis”, pontua Pinheiro.

*Com informações da assessoria

Na última segunda (29), a microbiologista Natalia Pasternak falou, em entrevista, sobre a eficácia dos testes rápidos de Covid-19. Segundo ela, os testes vendidos em farmácias têm eficácia duvidosa e podem confundir a população que não está preparada para interpretá-los. 

Pasternak foi a convidada do programa Roda Viva e falou sobre diversos aspectos relativos ao atual momento de enfrentamento ao coronavírus pelo qual o Brasil passa. Segundo a cientista, os testes rápidos vendidos nas farmácias mais podem atrapalhar do que ajudar. “A maioria desses testes rápidos de farmácia não é bom. Eles são ruins. Além de tudo a qualidade deles é duvidosa, a sensibilidade deles é baixa, eles podem dar muito erro de falso-positivo, como de falso-negativo".

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Doutora em microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, ela  também assinalou a dificuldade da população em interpretar os resultados dos testes e deixou um alerta para o público. “Eles não servem para nada, não comprem. Não deveria ser vendidos em farmácias, mais confunde a população do que ajuda, as pessoas não sabem interpretar os testes".

Reabertura

Natália também comentou sobre a decisão de alguns estados de reabrir o comércio. De acordo com ela, o momento não é favorável para essa etapa e as consequências podem ser muito graves. Confira. 

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O Santa Cruz voltará às atividades na próxima segunda-feira (15) e, assim como Sport e Náutico, também adotou medidas protocolares pensando na saúde. Os materiais dos atletas serão todos individualizados e eles nem banho vão tomar no CT, para minimizar o risco de contágio. Os jogadores ainda treinarão em grupos separados.

Dr. Antônio Mário, médico coral, explicou que o clube vai testar mais 80 de pessoas. “Os grupos não vão se cruzar. Eles usaram todo o material individualizado, nem vão tomar banho no clube. Cada um com sua garrafinha de água, sua chuteira. Ao fim do dia, respondem um questionário para informar se estão sentindo algo diferente”, afirmou. 

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O dia exato da testagem não foi informado. No início das atividades, o estádio do Arruda não será utilizado. “Nós iremos fazer a primeira etapa com as testagens. Gira em torno de oitenta pessoas (...) A dependência do CT será utilizada. É uma área maior, mais tranquila para determinados exercícios”, explicou Dr. Antônio.

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A Secretaria de Saúde de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), divulgou, nesta segunda-feira (8), que uma caixa contendo 99 testes rápidos para Covid-19 foi encontrada descartada de forma irregular no bairro de Pau Amarelo, em uma área de acesso às praias. O material foi localizado no final do mês de maio.

Os exames não pertenciam ao município, segundo a Secretaria de Saúde. Um comunicado oficial foi feito à Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

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O número do lote aponta que o material foi encaminhado pelo Ministério da Saúde para algum município. "Quem cometeu esse crime, deixou alguma cidade descoberta. Estamos encaminhando a caixa para Apevisa e lá eles devem localizar de qual município o material foi desviado", disse a secretária de Saúde de Paulista, Fabiana Bernart.

Criado por cientistas argentinos, o teste para detectar o novo coronavírus é "mais simples, mais rápido e mais barato" do que os disponíveis no mercado, disse nesta quinta-feira (21) o chefe dos pesquisadores em Buenos Aires.

O teste, chamado "Neokit-Covid-19", foi desenvolvido pelo Ministério da Ciência, pelo Centro Estadual de Pesquisa Conicet e pelo instituto público-privado César Milstein, que leva o nome do Prêmio Nobel de Medicina da Argentina em 1984.

"O que chama atenção nessa criação é sua simplicidade, com poucos elementos e uma visualização diagnóstica absolutamente rápida", disse Adrián Vojnov, diretor do Instituto Milstein, em coletiva de imprensa da qual participou a AFP.

O teste mais comum usado até agora é o chamado PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), importado ou preparado no Instituto Malbrán, pertencente ao Estado.

"Não há estimativa definitiva, mas o custo do 'Neokit-Covid-19' será de US$ 8 a US$ 10, abaixo da metade ou de um terço do valor do PCR", disse Vojnov, gerente de projeto do novo teste.

Devido à simplicidade da análise e à manipulação dos testes, "não é necessário pessoal altamente treinado" para realizá-lo, explicou Vojnov.

Na Argentina, foram detectados 9.270 casos do novo coronavírus, com 404 mortes, segundo os últimos dados oficiais.

Desde o primeiro caso, em 4 de março, foram realizados cerca de 117.000 testes.

O governo planeja fabricar 10.000 testes imediatamente e atingir uma produção de 100.000 por semana, segundo os cientistas.

A agência responsável pelo setor de remédios e alimentos nos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) autorizou neste sábado (16) um novo kit para coletar amostras nasais para o diagnóstico do novo coronavírus.

A FDA já havia aprovado, em 21 de abril, o primeiro teste de uma amostra doméstica autoextraída do nariz e enviado à LapCorp, uma grande rede de laboratórios.

Em 8 de maio, a agência aprovou um teste da Universidade Rutgers, que usa uma amostra de saliva coletada na casa do paciente e deve ser enviada para um laboratório.

Neste sábado, a agência autorizou um kit nasal fabricado pela empresa Everlywell, que pode ser analisado com diferentes testes de detecção.

Um deles consiste em um cotonete e uma solução salina, na qual a amostra deve ser submersa e depois enviada com urgência para o laboratório.

Dois testes já receberam autorização para usar o kit Everlywell, e outros podem ser aprovados posteriormente, de acordo com a FDA.

Em cada caso, a amostra é coletada em casa, mas o teste é realizado no laboratório, que depois comunica o resultado.

"A autorização de um kit de coleta domiciliar para a COVID-19, que pode ser usado por vários testes em vários laboratórios, aumenta a acessibilidade dos testes de detecção para os pacientes e protege os outros de um possível contágio", explicou o diretor do centro de dispositivos médicos da FDA, Jeffrey Shuren.

Desde segunda-feira, foram realizados mais de 300.000 testes diários nos Estados Unidos, de acordo com o Covid Monitoring Project. Este número é quase o dobro do que o país fez no início de abril.

Em muitas jurisdições, são necessárias evidências de sintomas, ou de contato com um caso confirmado de coronavírus, para conseguir ter acesso a um teste.

A Rússia anunciou nesta segunda-feira (6) um teste capaz de detectar em 40 minutos uma infecção pelo novo coronavírus, com um equipamento de laboratório de alta qualidade, afirmou o ministério da Indústria em comunicado.

Os testes, com uma precisão "de mais de 94%", foram criados pela companhia farmacêutica russa Generium e desenvolvidos pelo consórcio de empresas médicas especializadas Unión Medicobiológica.

Generium, mencionada pela agência estatal de notícias TASS, informou que 16 regiões russas já receberam os testes.

"A utilização deste kit de detecção vai aumentar em várias vezes a produtividade dos laboratórios e a probabilidade de detectar uma infecção viral", destacou a companhia.

A Rússia tem no momento 6.343 casos de coronavírus e 47 mortes, segundo dados oficiais.

No próximo domingo (17), a partir das 14h, o trailer do Projeto Quero Fazer vai disponibilizar testes rápidos de HIV e sífilis, além de preservativos, na praça do Marco Zero, localizada na Região Central do Recife. A parceria com o Programa Estadual de IST (infecções sexualmente transmissíveis) /Aids vai atender até 70 pessoas.

Além dos testes, que duram em média 30 minutos, os pernambucanos e turistas vão receber aconselhamentos sobre saúde sexual. Caso seja diagnosticado, o paciente será encaminhado para uma unidade de referência, onde iniciará o tratamento. Vale lembrar que os exames já são disponibilizados em diversos postos de saúde do município, Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e ONGs.

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A Secretaria de Saúde da Bahia obteve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apresentou hoje (31) em Salvador, o primeiro teste sorológico rápido nacional para detecção do vírus Zika. Assim, o exame que costumava levar semanas terá resultado em até 20 minutos.

O Secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, destaca que o teste rápido facilitará a vida da população, ao permitir às mulheres, por exemplo, saberem se já foram ou estão infectadas pelo vírus.

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“Hoje existe uma quantidade de pessoas com sintomas que não têm o diagnóstico definitivo, ou seja, você acha que a pessoa tem a zika, mas pode ser uma outra virose. A partir de agora, principalmente para as mulheres em idade gestacional, ter a informação se ela teve ou ainda não zika é extremamente relevante para a decisão dela, em iniciar uma gestação”, ressalta Fábio Villas-Boas.

Procedimento

O dispositivo tem duas fitas portáteis (cassetes), que usam uma pequena amostra de soro do paciente. Uma das fitas reage com o anticorpo IgM, identificando infecções de até duas semanas. Já o segundo cassete reage ao IgC e identifica se o paciente já teve a infecção há mais tempo. Isso permite que o teste rápido detecte os anticorpos contra o vírus da Zika, no organismo do paciente, em qualquer fase da doença.

“A zika, antes era diagnosticada, em laboratório através do PRC [método que detecta a presença de carga genética do vírus], o que era demorado e muito custoso. A partir de agora, poderemos oferecer o diagnóstico em qualquer posto de saúde nos lugares mais distantes do país, e em apenas 20 minutos, a população terá a resposta se tem ou teve zika”, explica o secretário.

Parceria

O teste foi desenvolvido em parceria da Sesab com uma empresa sul-coreana, que transferiu a tecnologia ao laboratório fabricante, a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (BahiaFarma), ligado à Secretaria de Saúde do estado. Com a autorização concedida pela Anvisa, o laboratório aguarda o pedido do Ministério da Saúde para iniciar a fabricação e distribuição a toda a população brasileira. A previsão inicial pode ser de até 500 mil testes por mês.

“O processo iniciou-se em agosto do ano passado, com a assinatura do protocolo, porém o desenvolvimento do produto ocorreu entre setembro e janeiro, e nós começamos a fazer escalonamento de lotes-piloto, para registro do produto”, conta o diretor-presidente do Laboratório público, BahiaFarma, Ronaldo Dias.

A Agência Brasil procurou o Ministério da Saúde sobre a previsão de pedido para a fabricação dos produtos, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

 

O vírus Zika foi descoberto, na Bahia, em julho de 2015, quando casos associados à Síndrome de Guillan-Barré foram confirmados. De acordo com a Sesab, nos cinco primeiros meses deste ano, 36.725 casos foram registrados na Bahia.

Os laboratórios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciam na segunda-feira (15) testes rápidos para zika vírus. O teste de sorologia será feito em amostras de sangue, urina e saliva. O método identifica e diferencia o zika em relação a outros vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, como dengue e chikungunya. O resultado sai em cinco horas.

De acordo com a coordenadora de pesquisas da universidade, Clarisse Arns, o teste foi desenvolvido pela força-tarefa que estuda o vírus em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). O teste rápido tem eficácia de 100%, segundo a pesquisadora, e representa considerável avanço no controle do zika vírus. Atualmente, o exame é realizado apenas em sangue e o resultado demora pelo menos uma semana.

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Inicialmente, os testes estarão disponíveis para pacientes do Hospital das Clínicas de Campinas e da rede pública municipal. Em uma segunda fase, serão atendidos casos suspeitos de cidades da região, como Sumaré e Hortolândia. Até agora, foram confirmados cinco - dois em Sumaré e um em Campinas, Americana e Piracicaba.

O Ministério da Saúde promete também para este mês a distribuição de kits de testes rápidos de zika para laboratórios de todo o País. Esse foi desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é ligada ao governo federal. O teste permite realizar a identificação simultânea dos vírus de dengue, chikungunya e zika em uma mesma amostra de sangue.

Ribeirão

O secretário de Saúde de Ribeirão Preto, Stênio Miranda, já prevê que o número de casos de zika vai se igualar aos de dengue na cidade, em razão do rápido avanço dessa doença. "Se nossa projeção para janeiro é de 2 mil casos de dengue, a incidência de zika deverá ser dessa mesma ordem", afirmou, em nota oficial em que negou que haja caos na saúde na cidade, como mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta semana.

"Há sobrecarga, sim, as equipes de assistência estão trabalhando intensamente, há grande número de pessoas nas unidades - metade ou mais é acompanhante -, mas não há nada parecido com o caos", disse Miranda. "Caos seria se não houvesse atendimento, se faltassem medicamentos... se houvesse mortes sem assistência. Não há nada disso em Ribeirão Preto."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quem passar pelo Mercado São José nesta sexta-feira (10) vai poder realizar teste rápido de sífilis. A ação está sendo promovida para lembrar o Dia Nacional de Combate à doença, celebrado sempre no segundo sábado de outubro.

Os testes serão disponibilizados na praça Dom Vital, das 9h às 15h. O objetivo é conscientizar e ampliar o diagnóstico precoce da doença. Também será feita a distribuição de camisinhas e de folders informativos sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's).

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Com informações da assessoria

A população que deseja fazer o exame rápido gratuitamente de Hepatite C, poderá se deslocar até a Estação Joana Bezerra, no centro do Recife desta terça (11) até a próxima sexta (14). A enfermeira Lorena Lima estava no local para coordenar e realizar o procedimento, além de recomendar algumas prevenções aos passageiros que passavam pela localidade.

"Aqueles que trabalham em hospitais, têm piercing, agentes penitenciários, agulhas descartadas de forma incorreta, dentre outros profissionais como esses podem auxiliar na contaminação do vírus. A proposta é chamar as pessoas para que elas saibam mais sobre a doença, que é silenciosa", informou.

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Para a professora Fernanda Nascimento é importante saber um pouco mais sobre a Hepatite C. "É uma oportunidade tida poucas vezes. A gente tem que aproveitar essas ações de saúde, que deveriam ser rotineiras em grandes locais de circulação de pessoas como essa estação", afirma a professora.

O tratamento é realizado através de antibióticos para aqueles que pegaram a doença. Os principais sintomas são: fadiga, urina escura, vômitos, pele e olhos amarelados. Ainda não há vacina contra a Hepatite, por isso, é importante seguir as recomendações. O comerciante Luiz Antonio disse que às vezes o que dificulta são as condições financeiras. "Tem gente que não tem nem plano de saúde. Então, o ideal ter esse cuidado em não compartilhar escovas de dente e barbeadores para não pegar o vírus e não ter mais gastos e problemas de saúde mesmo", disse. A ação é uma iniciativa da Roche.

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