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A atacante Jenni Hermoso testemunhou nesta terça-feira no caso que investiga o beijo que o então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, deu na jogadora, ao fim da Copa do Mundo feminina, em agosto do ano passado. Discreta, ela se apresentou a um tribunal de Madri.

"Tudo correu bem. O processo judicial vai seguir o seu curso. Gostaria de agradecer pelo apoio que muitos de vocês tem dado a mim", comentou, de forma breve, a atleta, na saída do tribunal. Ela esteve no local na companhia dos seus advogados.

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O depoimento foi feito a portas fechadas. A imprensa espanhola disse que Hermoso pediu ao juiz que mantivesse sua presença no tribunal o mais discreta possível. Ela chegou vestindo um casaco cinza e acenou para os jornalistas antes de entrar no tribunal por uma de suas entradas principais.

A expectativa era de que Hermoso reiterasse na corte suas alegações de que o beijo não foi consentido e que Rubiales e sua equipe tentaram pressionar ela e sua família a esquecer o incidente, que marcou a cerimônia de premiação da Copa do Mundo, na Austrália.

Os promotores públicos da Espanha acusaram Rubiales de agressão sexual e coerção, alegando que ele tentou convencer Hermoso e seus parentes a minimizar publicamente o beijo. Nesta terça, o juiz do caso também vai ouvir depoimentos de outras jogadoras, treinadores e dirigentes da federação espanhola, antes de decidir se iniciará um julgamento.

Rubiales já negou qualquer irregularidade ao juiz que lhe impôs uma ordem de restrição para não entrar em contato com Hermoso. Ele renunciou ao cargo de presidente da RFEF e também de vice-presidente da Uefa, diante da forte repercussão mundial do caso, principalmente após pressão da Fifa, que impôs suspensão ao então dirigente.

A juíza substituta Kismara Brustolin, do Tribunal Regional do Trabalho da 12º Região (TRT-12), de Santa Catarina, que gritou com uma testemunha que não a chamou de "Excelência" durante depoimento na Vara de Trabalho de Xanxerê, pediu afastamento para tratamento de saúde por transtorno bipolar. O pedido foi concedido e é válido por 15 dias, segundo o tribunal.

Antes, o TRT-12 já havia informado que apura os fatos envolvendo a juíza e que ela ficaria afastada até o fim do procedimento interno. "A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico", informou o tribunal.

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Kismara Brustolin será alvo de uma investigação interna e de outra, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para apurar irregularidades na sua conduta.

De acordo com o jornal O Globo, não é a primeira vez que a magistrada é afastada dos serviços no tribunal por questões médicas. A publicação diz que a juíza vem de uma série de afastamentos para tratamento de saúde. De 2014 a 2021, segundo o jornal, Brustolin apresentou atestados frequentes, de 30 dias cada um, em média, por doença de transtorno bipolar. Foram, em média, três atestados de 30 dias por ano, durante oito anos. Desde janeiro de 2022, porém, havia o diagnóstico de estabilização da doença.

A investigação sobre Kismara Brustolin foi aberta após viralizar nas redes sociais a gravação na qual a magistrada grita com um homem, que prestava depoimento como testemunha. Irritada, a juíza desconsidera o depoimento.

Kismara Brustolin, juíza que gritou com testemunha em SC, ganha R$ 33 mil por mês

Juíza que gritou com testemunha recebeu R$ 297 mil em salários e penduricalhos neste ano

Vídeo da audiência mostra a juíza exaltada. Ela exige da testemunha tratamento reverencial. "Eu chamei sua atenção. O senhor tem que responder assim: 'O que a senhora deseja, Excelência?' Responda, por favor."

O homem demonstra não ter entendido o que aconteceu. Em seguida, a magistrada adverte: "O senhor não é obrigado, mas se o senhor não disser isso o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado", avisa. Ela o chama de 'bocudo'.

Em seguida, Kismara Brustolin determina que a testemunha seja removida da audiência virtual. Ela afirma ao advogado: "Eu desconsiderei o depoimento desta testemunha porque faltou com a educação. Se o senhor quer registrar os protestos eu aceito e, depois, o senhor pode recorrer, fica no seu direito. Ele (testemunha) não cumpriu com a urbanidade e a educação."

O Estadão também pediu um posicionamento da magistrada via assessoria de imprensa do TRT, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

O ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira prestou depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda (28). O general foi ouvido na condição de testemunha em mais uma ação que pede a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O PDT deu entrada na ação contra Bolsonaro por entender que as comemorações do 7 de setembro de 2022 foram usadas como campanha eleitoral em Brasília e no Rio de Janeiro.

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Na ocasião, o ex-presidente acompanhou o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios e depois subiu em um carro de som para pedir apoio aos eleitores. No Rio, Bolsonaro também fez um discurso que reforçou sua posição.

O depoimento de Nogueira estava marcado às 9h30 e foi concluído por volta das 10h30. O general, que também está na mira da CPI dos Atos Golpitas, foi a segunda testemunha na ação da Justiça Eleitoral. Na semana passada, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) foi ouvido pelo TSE sobre o uso eleitoral do 7 de setembro.

Um homem que apresentou à polícia uma denúncia sobre Christian Brückner, o principal suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann, que aconteceu em 2007, disse que sua primeira abordagem foi ignorada em 2008. Segundo ele, sua denúncia só foi levada a sério quando ele entrou em contato novamente, nove anos depois. As informações são do jornal The Guardian.

O homem alemão, identificado por Helge B, disse que relatou ao Scotland Yard a suspeita do envolvimento de Brückner no sequestro da criança, mas não teve resposta. Em 2017, ele contatou a polícia novamente.

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Ao jornal alemão Bild, Helge disse que revelar sua conexão com Brückner arruinou sua vida. Ele admitiu ter cometido pequenos crimes com Brückner quando ambos moravam perto da Praia da Luz, em Portugal, o resort de onde Madeleine desapareceu em 2007.

Helge disse: "liguei para o Scotland Yard em 2008, para a linha direta de Maddie. Disse-lhes que conheço alguém que tem algo a ver com isso e dei a eles o nome dele. Eles anotaram meus dados pessoais, meu número de telefone, mas nada aconteceu. Nada! Eles nem sequer me retornaram a ligação. Pensei comigo mesmo: acho que eles entrarão em contato em algum momento".

Após ser libertado da prisão em 2017, depois de ser condenado por tráfico de pessoas, Helge disse que o 10º aniversário do desaparecimento da menina o levou a entrar em contato novamente com a polícia. Ele disse que dois policiais foram encontrá-lo e, mais tarde, ele foi interrogado formalmente.

Em 2018, ele foi contatado pela polícia criminal alemã, BKA, para testemunhar em um julgamento em que Brückner foi condenado por estuprar uma mulher idosa americana em 2005. Brückner está preso na Alemanha após essa condenação.

Helge afirmou que informou a polícia sobre sua descoberta de um vídeo do estupro, supostamente feito por Brückner. O vídeo foi encontrado em 2007 no apartamento de Brückner. "Coisas de turistas, pensei, até que encontrei o vídeo da mulher mais velha."

Ele disse que inicialmente pensou que fosse "um filme". Ele relata que assistiu à mulher sendo estuprada por um homem mascarado, que, no final do vídeo, tirou a máscara. "Então vi que era o Brückner", disse ele. Helge disse que havia visto outros vídeos, inclusive um de abuso sexual infantil, segundo a reportagem.

Ele disse que um policial que era seu amigo e um advogado o alertaram para não relatar o que havia visto, porque traria problemas

Ele encontrou Brückner novamente em 2008 na, Espanha. Helge tentou evitar falar com ele. "Foi difícil para mim - afinal, eu sabia o que ele tinha feito e que ele era imensamente perigoso." Brückner perguntou a Helge se ele ainda viajava para Portugal para ganhar dinheiro. "Eu disse a ele: 'Desde que aquela garotinha desapareceu, há muita polícia por lá e eu não preciso disso.' Começamos a falar sobre Maddie e eu disse: 'Não entendo como a pequena poderia ter desaparecido sem deixar nenhum rastro. Christian tinha bebido duas ou três cervejas e, em resposta, ele disse: 'ela não gritou.'". Helge disse que entendeu o que ele quis dizer. Brückner fugiu durante a noite.

Ele afirmou acreditar que Brückner não é necessariamente o culpado. "Mas com tudo o que sei sobre ele, eu certamente acho que ele é capaz de cometer um crime assim. Acredito que ele a sequestrou. Se ele realmente a matou no final, eu não sei."

Em meio às investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO) na segunda fase da Operação Penalidade Máxima, sobre esquema de manipulação de resultados em jogos de futebol envolvendo apostas esportivas, Moraes Jr., ex-lateral do Juventude e atualmente no Atlético-GO, deixa de ser investigado no processo e passa a ser testemunha. Nesta terça-feira, a defesa do atleta, inicialmente investigado em jogo do Juventude, informou a atualização na Justiça por meio de nota.

Dos jogos que são alvo de investigação do MP, Moraes Jr. foi aliciado pelo grupo de apostadores em três destes, todos no Brasileirão do último ano, em passagem pelo Juventude: nas partidas contra Palmeiras, Fortaleza e Goiás. As promessas de pagamento, para que o lateral fosse advertido com cartão amarelo pela arbitragem variaram de R$ 30 a R$ 60 mil.

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"O atleta foi ouvido pelo promotor de justiça no dia 28 de abril de 2023, data em que foi assinado o Acordo de Não Persecução Penal, esse instrumento jurídico pode ser definido como uma espécie de colaboração jurídica entre o atleta e o Ministério Público", informou a defesa do atleta.

Com isso, ele promete ajudar na investigação do MP-GO. "A defesa reforça o compromisso de Moraes com a verdade, haja visto que o mesmo segue colaborando com as investigações, ficando à disposição do Ministério Público e da justiça para todo e qualquer momento ser ouvido."

Além dele, outros dois jogadores, que eram do Juventude no último ano e participaram do esquema de apostas, são investigados. Paulo Miranda e Gabriel Tota não defendem mais as cores do time gaúcho.

O time também prometeu colaborar nas investigações. "Em face das recentes publicações divulgadas na imprensa relacionadas à Operação Penalidade Máxima, citando nominalmente três atletas que atuaram pelo clube em 2022, e que atualmente estão vinculados a outras agremiações, como investigados na referida operação, reitera o seu firme posicionamento de colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações, para que os fatos sejam regularmente apurados e os responsáveis identificados e responsabilizados na forma e no rigor da lei".

No mesmo comunicado, o clube de Caxias do Sul reiterou seu compromisso com a ética e "absoluta intransigência em relação a qualquer comportamento que fira a lisura e a transparência que devem nortear a prática e as competições esportivas em todos os níveis".

O julgamento da ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza, apontada como mandante da morte do marido, pastor Anderson do Carmo, entra na reta final neste fim de semana. Na noite desta sexta-feira (11), a última testemunha começou a ser ouvida. 

 É o 24º depoimento colhido desde segunda-feira (7): 13 foram indicações da acusação e 11 das defesas dos réus.

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A previsão inicial era de que 30 testemunhas seriam ouvidas, mas algumas foram posteriormente dispensadas. Neste sábado (12), devem se iniciar os interrogatórios individuais de cada um dos cinco réus. 

Flordelis e mais quatro suspeitos de envolvimento no caso são julgados pelo Tribunal de Júri de Niterói, conforme decisão tomada em setembro do ano passado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Apenas crimes dolosos contra a vida podem ser submetidos ao Tribunal de Júri, que é composto por sete indivíduos selecionados mediante sorteio entre cidadãos previamente alistados e sob juramento. 

Cantora gospel e pastora em seu próprio ministério, Flordelis se elegeu deputada federal em 2019 pelo Partido Social Democrático (PSD) com grande apoio dos fiéis. Ela foi a mulher mais votada no estado do Rio de Janeiro. Após a conclusão da investigações em torno da morte de Anderson, ela teve seu mandato cassado. As investigações também implicaram parte de sua família, composta ao todo por mais de 50 filhos, dos quais três são biológicos e os demais adotivos ou classificados como afetivos. 

Anderson foi morto a tiros na noite de 16 de junho de 2019, logo após chegar na casa da família no bairro de Pendotiba, em Niterói (RJ). Em um primeiro momento, Flordelis sustentou se tratar de uma tentativa de assalto. No entanto, o inquérito policial concluído em agosto de 2020 indicou ter ocorrido um homicídio e apontou a então parlamentar como mandante. O motivo do crime teria sido a disputa por poder e pelo controle financeiro na família. 

Devido à imunidade parlamentar, a deputada não poderia ser presa no curso das investigações. Por outro lado foram presos o filho biológico do casal Flávio dos Santos, acusado de ser o autor dos disparos, e o filho adotivo Lucas dos Santos, que seria o responsável pela compra da arma. Posteriormente, com a conclusão do inquérito, foram presos os outros dois filhos biológicos - Adriano dos Santos e Simone dos Santos -, três filhos adotivos - Marzy Teixeira, André Luiz de Oliveira e Carlos Ubiraci Silva - e a neta Rayane dos Santos. Eles foram acusados de envolvimento no crime ou de tentarem atrapalhar a investigação. 

Com a repercussão das conclusões do inquérito policial, Flordelis foi expulsa do PSD e sua cassação foi aprovada na Câmara dos Deputados em agosto de 2021 por 437 votos contra sete. Sem foro privilegiado, ele foi presa dois dias dpeois. 

No julgamento em curso, caberá ao Tribunal de Júri dar a sentença de Flordelis, André Luiz de Oliveira, Marzy Teixeira, Simone dos Santos e Rayane dos Santos. Os trabalhos são presididos pela juíza Nearis Arce. Outros acusados de envolvimento no crime já foram julgados anteriormente. Flávio dos Santos e Lucas dos Santos foram condenados por homicídio triplamente qualificado e outros crimes.

  Já em abril desse ano, o Tribunal de Júri condenou por uso de documento falso Adriano dos Santos e mais duas pessoas sem parentesco com a família: o ex-policial militar Marcos Costa e sua esposa Andrea Maia. No mesmo julgamento, Carlos Ubiraci Silva foi absolvido da acusação de homicídio, mas condenado por associação criminosa a uma pena de dois anos, dois meses e 20 dias. Como estava preso desde agosto de 2020, ele obteve a liberdade condicional em maio. 

Júri

As testemunhas ouvidas no primeiro dia do julgamento já indicavam um julgamento longo. A delegada de polícia Bárbara Lomba, por exemplo, falou por mais de 4 horas. Ela presidiu a primeira fase das investigações que resultaram na prisão de Flávio dos Santos e Lucas dos Santos.  Inicialmente havia a expectativa de que o julgamento se encerrasse em três dias, mas ele vem se estendendo não apenas pelos longos depoimentos, mas também por um tumulto ocorrido ontem (10) e por atrasos no início de algumas sessões. Além disso, em momentos distintos, Flordelis e Marzy passaram mal e demandaram paralisações para atendimento médico.  No atual ritmo, o veredito não deve sair antes de domingo (13). Com o fim dos depoimentos das testemunhas, serão realizados os interrogatórios individuais dos cinco réus e, em seguida, as falas finais da acusação e da defesa. Só então os jurados tomam sua decisão. Durante todo o julgamento, eles ficam isolados em um hotel e incomunicáveis, sem acesso a telefone. 

A acusação é conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), tendo como assistente advogados que representam a família do pastor. Eles reiteram as conclusões do inquérito policial, no qual é apontada a motivação financeira do homicídio e a ocorrência de outras tentativas de assassinar o pastor, com a adição de veneno nas comidas e bebidas da vítima. 

Entre os reús, Simone dos Santos Rodrigues chegou admitir no curso do processo que deu dinheiro à Marzy para matar Anderson. Ela disse que desejava se livrar de absusos sexuais cometidos pelo pastor, mas não acreditava que a irmã teria coragem de atender seu pedido. Marzy, por sua vez, já alegou que teve sozinha a ideia de tirar a vida de Anderson e fez uma proposta à Lucas, que teria recusado, impedindo o plano de seguir adiante. Ela se declarou inocente. 

Flordelis também alega inocência e sua defesa argumenta que o crime foi resultado da reação de Simone ao comportamento de cunho sexual da vítima. A advogada que representa a ex-deputada, Janira Rocha, busca mostrar aos jurados que Anderson tinha um perfil de abusador. Além disso, na quinta (10) ela chegou a pedir a exumação do corpo do pastor, para que fosse analisada a alegação da acusação de que houve tentativas de envenenamento. O pedido, no entanto, foi negado pela juíza Nearis dos Santos.

É a vez do mestre do terror ficar "preocupado": Stephen King, autor de best-sellers aterrorizantes, explicou, nesta terça-feira (2), seus temores em um tribunal dos Estados Unidos sobre a crescente concentração no setor editorial.

O autor de livros como "O Iluminado" ou "It: a Coisa" testemunhou em Washington contra a proposta de fusão entre as editoras Simon & Schuster, com a qual tem contrato, e a gigante Penguin Random House, um acordo avaliado em quase US$ 2,2 bilhões.

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O governo americano se opõe à criação de um gigante com "influência grande demais sobre os autores e as obras que são publicadas e a quantidade de dinheiro que é paga aos autores", e pediu a Stephen King que seja sua testemunha principal no julgamento.

Vestido com terno e gravata cinzas que refletem a gravidade da situação, o escritor de 75 anos descreveu por quase uma hora a evolução do setor ao longo de sua longa carreira.

"Estou aqui porque acho que a consolidação é ruim para a competição", explicou.

"Estou no ramo de livros há cerca de 50 anos. Quando comecei, havia literalmente centenas de editoras. Uma a uma, elas foram compradas ou faliram", lembrou King.

Consequentemente, "está cada vez mais difícil para os escritores encontrar dinheiro suficiente para viver".

No centro da questão estão os pagamentos antecipados que as editoras oferecem aos seus autores antes de escreverem suas obras. Os recém-chegados geralmente não têm direito a tal pagamento, mas, para escritores de sucesso, as editoras competem pelo direito de publicar seus livros.

Stephen King revelou que seu primeiro cheque em 1974 foi de US$ 2.500 por "Carrie, a estranha", cujas vendas dispararam após sua adaptação cinematográfica.

Após vários outros sucessos de vendas, entre eles "O Iluminado", King ofereceu a seu editor reservar seus três livros seguintes por US$ 2 milhões. O editor rejeitou a proposta "com uma risada".

Com isso, Stephen King abriu sua obra para o mercado e teve uma série de sucessos na década de 1980 com editoras conhecidas, enquanto continuou publicando alguns de seus livros em casas menores e menos lucrativas.

"Tive a sorte de poder fazer isso, de parar de seguir minha conta bancária e poder seguir meu coração", disse Stephen King, que em 2012 defendeu uma maior tributação para os mais ricos nos Estados Unidos, incluindo sua própria fortuna.

Consciente de que é um privilegiado, King lamentou que seus colegas trabalhem "em um mundo difícil". Ao deixar a audiência, o autor acrescentou que estava "muito preocupado", enquanto assinava autógrafos para os fãs.

O julgamento tem previsão de durar duas semanas.

A morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, por asfixia após ser mantido no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com o que aparenta ser gás lacrimogêneo pode ser caracterizada como prática de tortura. A avaliação é do diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, que destaca que o recurso do gás não tem "papel de contenção individual".

As imagens da abordagem realizada nesta quarta-feira, 25, em Umbaúba, em Sergipe, repercutiram e causaram indignação nesta quinta-feira, 26. A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar o caso, que terá a atuação também de integrantes do Ministério Público Federal (MPF). "Eles transformaram um instrumento de contenção em área aberta em uma prática que pode ser classificada inclusive como tortura, porque ele já estava contido", apontou Lima.

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eia a seguir a entrevista do especialista, que comenta ainda sobre outros episódios envolvendo a PRF, como a operação com 25 mortos na Vila Cruzeiro nesta semana.

Como avalia a abordagem da PRF que resultou na morte de um cidadão de Sergipe?

Do ponto de vista técnico a abordagem da PRF tem vários problemas, a começar que bomba de efeito moral, gás lacrimogêneo, não tem o papel de contenção individual. É para dispersar manifestações e contenção de um número grande de pessoas. O manual de procedimentos da PRF a princípio não foi observado. O que existe para contenção individual é o uso gradual da força que exige armas de choque, que talvez eles não tivessem.

Eles transformaram um instrumento de contenção em área aberta em uma prática que pode ser classificada inclusive como tortura, porque ele já estava contido. Adotaram um procedimento completamente irregular diante do manual de procedimento que o Ministério Público Federal vai ter que apurar. Um instrumento usado contra as orientações técnicas e com ele já contido dentro da viatura. As imagens precisam ser custodiadas para que possam ser analisadas.

O que essa guarnição fez é extremamente grave porque não é só um problema político ou uma acusação de mal procedimento. É um erro formal e precisa ser apurada a responsabilidade. Se cometerem por desvio de conduta da patrulha, ou se há uma orientação institucional para que esse tipo de medida seja adotada, contrariando todas as regras adotadas no mundo todo.

É possível colocar esse caso no contexto de outras ações policiais violentas, como a morte de 25 pessoas no Rio?

Tivemos na semana passada o caso de dois policiais rodoviários federais que foram mortos aparentemente por uma pessoa que estava em surto psicótico. A conexão possível é de que a PRF não está fornecendo os equipamentos necessários aos policiais para que eles possam exercer o protocolo. No Ceará, dois policiais fizeram uma abordagem que deu espaço para que o assassino pegasse a arma de um deles e atirasse e, no caso de Sergipe, talvez eles estivessem influenciados pelo caso anterior, ou seja, faltou equipamento, não tinham treinamento necessário, portanto a questão é institucional.

Nesse ponto dá para chamar a atenção sobre o Rio de Janeiro. Se está faltando equipamento de abordagem nas rodovias, o que a polícia está fazendo fora da sua atividade, com a Polícia Militar na comunidade da Vila Cruzeiro? Nesse ponto a gente pode questionar por que estava em desvio de função na Vila Cruzeiro, se as condições de trabalho dos próprios policiais levam eles a morrerem, de um lado, ou cometerem um ato completamente fora do padrão e mataram uma pessoa que estava fora de si.

Qual o peso da chancela policial no chancela presidencial às ações policiais com mortes, como no caso do Rio?

O peso da chancela presidencial no caso do Rio é muito importante porque, no meu ponto de vista, é uma operação que começa com a polícia militar dizendo que estava monitorando os presos, atividade investigação, que é da Polícia Federal e da Polícia Civil. Quando o presidente elogia, na verdade ele se desresponsabiliza da tarefa de combater o crime interestadual, que é uma atividade típica da Polícia Federal.

Nesse tipo de operação, quem deveria estar liderando é uma dessas polícias, jamais a Polícia Militar, que só podia estar dando apoio. É uma operação que foi feita pela PRF e pela PM, com apoio da Polícia Federal. É uma inversão do trabalho de investigação. Há um desvio aqui muito forte e ninguém está discutindo isso.

Para uma operação que resultou em 25 mortes, apreender 12 fuzis, paralisar escolas, postos de saúde. Vale a pena parar a vida de 75 mil pessoas para dar conta de apreender 12 fuzis? Matar 25 pessoas, algumas ainda não identificadas? Mas como isso é em campanha (eleitoral), o presidente se antecipa, elogia e com isso vira tudo uma questão ideológica, esquerda versus direita, bandidolatria versus direitos humanos. Vai criando uma confusão. Tecnicamente é uma medida desproporcional e significa um enorme processo de radicalização das polícias brasileiras. Elas tomam a decisão do que fazer e como fazer, sem a interveniência de outros órgãos.

Isso representa uma ameaça de descontrole? Como pode ser evitada?

Isso é extremamente ruim para a sociedade. As polícias são necessárias, elas precisam estar ocupadas, mas elas não decidem o que vão fazer e quando vão fazer e ficam sem supervisão. É necessário que a tomada de decisões seja feita em um campo político e estratégico que não cabe às polícias. Elas têm o papel tático operacional inclusive para decidir que não iam entrar naquela comunidade de 75 mil pessoas e postergar para fazer depois como a própria PM já tinha feito tempos atrás numa apreensão de fuzis.

A gente vê uma radicalização acentuada porque quando a gente não controla o que a polícia faz, ela assume o lugar do dirigente. Quando o dirigente se abstém de tomar uma decisão, a polícia decide. E para ela é mais importante ir lá e fazer o enfrentamento. E aí tivemos escolas paradas, postos de saúde parados, as pessoas não puderam circular, ficaram dentro de casa com medo. Isso é uma boa ação? É válido para uma ação de combate ao crime?

São questões que mostram que incentivar o descontrole, no fundo é submeter as pessoas ao domínio do medo, domínio do terror. Não é falar mal da polícia, é fazer que ela trabalhe bem e que esteja a serviço da ideia que está prevista na Constituição, que segurança é um direito fundamental e condição para o exercício de outros direitos, como ir e vir, liberdade, saúde, educação, e isso não está sendo observado.

Foi por muito pouco que Kátia Giane Pacheco Siqueira pôde estar presente na quarta-feira, 1º, no Foro Central de Porto Alegre para ser a primeira testemunha no julgamento do caso Boate Kiss, que pegou fogo em Santa Maria (RS). Ela era funcionária do estabelecimento, trabalhava na cozinha naquela madrugada de 27 de janeiro de 2013 e está entre os 636 sobreviventes feridos no incêndio, mas poderia ser uma das 242 pessoas que nunca deixaram o local.

"A Kiss era um labirinto, eu mesmo trabalhava lá e quase não consegui sair", disse Kátia, durante o depoimento. Quando se iniciou o incêndio ela estava na cozinha, preparando lanches para os clientes, junto à colega Janaína, jovem que morreu na tragédia. Ao perceber que havia algo errado, Kátia teve dificuldade de deixar o espaço, que ficava relativamente próximo à saída.

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"Escutava gente gritando que era fogo e gente gritando que era briga. Não sabia o que estava acontecendo. Quando senti que era fogo mesmo, respirei fundo e tentei sair. Mas tinha gente empurrando porque a porta da cozinha era perto dos banheiros, e tinha gente imaginando que o banheiro era a saída", relatou ela. Relatos da época indicam que diversos corpos foram encontrados no banheiro após o incêndio.

Alguns fatores contribuíram para a confusão dos clientes. Segundo o depoimento, quando o incêndio começou, faltou luz na boate, o que teria dificultado a orientação, apesar de algumas luzes de emergências que foram acesas. Ainda conforme a testemunha, os extintores de incêndio eram retirados antes das festas. Um dos motivos seria que alguns clientes já teriam brincado e esvaziado extintores em ocasiões anteriores. Havia, também, na entrada e saída do estabelecimento, barras de contenção para organização interna e divisão de setores, que teriam atrapalhado a fuga das vítimas. Não haveria comunicação entre os seguranças da casa, o que teria causado demora para identificação do ocorrido e auxílio para a saída.

Em vários momentos do júri nesta quarta, foi usada uma maquete digital 3D da boate, que ajudou a elucidar algumas questões e detalhar os eventos para o juiz Orlando Faccini Neto, para os procuradores, os advogados de assistência da acusação, representada pela Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) e para as defesas dos réus Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da Kiss, Marcelo de Jesus dos Santos, músico, e Luciano Bonilha, produtor musical.

Ainda segundo a testemunha, shows pirotécnicos não eram novidade da boate. Eram, diz ela, frequentes - o que contraria o argumento das defesas de dois dos quatro réus de que os sócios não saberiam a intenção da banda Gurizada Fandangueira de realizar apresentação com sinalizadores. A depoente afirmou que outras bandas já haviam realizado apresentações parecidas, além de que a própria boate oferecia espumantes com pequenas velas com chamas, o que era moda na época.

Pouco depois da dificuldade de deixar o local, por causa das pessoas que pensavam que nos banheiros se localizava a saída, Kátia desmaiou, ainda dentro da boate. Ela não relatou quanto tempo ficou desacordada, mas retomou a consciência quando algumas pessoas perguntaram se ainda tinha gente dentro do local.

"Pedi ajuda. Duas pessoas tentaram me tirar lá de dentro, mas tinha gente em cima de mim. Tentaram me puxar e não conseguiram. Iam me deixar lá dentro. Então eu me agarrei nas pernas de alguém, de maneira que não conseguia se desvencilhar, foi quando fizeram força para me puxar e saímos de lá".

O depoimento de Kátia começou pouco depois das 14h e se estendeu por quase 5 horas. Ela perdeu cerca de 50 amigos, colegas e conhecidos naquela noite. Teve 40% do corpo queimado e, ao chegar ao hospital, desmaiou novamente e só acordou 21 dias depois, entubada, já em Porto Alegre.

"Tentaram me desentubar. Tive uma parada cardiorrespiratória e tiveram que me entubar de novo às pressas", contou ela. Nesse momento, Kátia começou a chorar, antes de conseguir prosseguir: "falaram que iam tentar me entubar de novo e, se caso eu não resistisse iam me deixar morrer, porque meu organismo tinha de reagir e ele não estava reagindo".

Foi com a ajuda e o estímulo da mãe que Kátia teve forças para lutar contra a morte: "Coloquei na cabeça que queria viver e o organismo começou a dar resposta". Ao todo, ela ficou 46 dias no hospital, e até hoje, quase 9 anos depois, necessita de acompanhamento dermatológico para tratar das queimaduras no corpo.

Nesta quinta-feira, 2, continuam os depoimentos de testemunhas.

Testemunha da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o servidor Luis Ricardo Miranda deixou o Brasil na noite desta quinta-feira, 28. Ele ingressou no programa de proteção a testemunhas da Polícia Federal porque, segundo o deputado Luis Miranda, seu irmão, vinha recebendo ameaças de morte. O parlamentar disse, ainda, que Luis Ricardo foi exonerado do cargo de chefe da Divisão de Importação do Ministério da Saúde após prestar depoimento à CPI da Covid, em junho.

"Por medo de represálias meu irmão não me falou nada e já está na custódia do programa de proteção a testemunhas", afirmou o deputado ao Estadão. No Twitter, Luis Miranda adotou estilo mais contundente. "O Brasil não é como nos quadrinhos, onde o bem sempre vence! Meu irmão continuou sendo atacado pelo governo, foi exonerado, por conta das ameaças teve que entrar para o programa de proteção à testemunha e sair do país!", escreveu ele. E concluiu: "@jairbolsonaro cria vergonha na cara, você sabe a verdade!"

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Os dois irmãos protagonizaram um dos momentos mais tensos da CPI da Covid há quatro meses, quando acusaram o presidente Jair Bolsonaro de ignorar denúncia feita por eles de que havia um esquema de corrupção no Ministério da Saúde para compra da vacina indiana Covaxin. Em duas ocasiões, eles afirmaram à CPI que contaram tudo a Bolsonaro em reunião no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março. Na conversa, o presidente teria dito que isso seria "rolo" do deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), ex-ministro da Saúde e líder do governo na Câmara. Um dos expoentes do Centrão, Barros negou participação no negócio.

Os depoimentos prestados pela dupla serviram para revelar informações importantes sobre a empresa Precisa Medicamentos, que intermediava a compra da Covaxin. O contrato exigia US$ 45 milhões de pagamento antecipado em uma offshore, a Madison Biotech, e depois se descobriu que a quantidade de doses do imunizante era menor do que vinha sendo cobrado. Após as revelações de Luis Ricardo e de seu irmão, o contrato foi cancelado pelo Ministério da Saúde.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar se houve prevaricação de Bolsonaro, ou seja, se ele deixou de tomar as providências para esclarecer as suspeitas após ser informado sobre o esquema. O caso Covaxin também é alvo de investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Responsável pelo programa de proteção a testemunhas, a Polícia Federal não comentou o caso, sob o argumento de que as informações sobre segurança dada aos colaboradores são sigilosas. O Estadão apurou que Luis Ricardo embarcou com a família para Portugal.

A CPI da Covid decidiu nesta quarta-feira (8) mudar a condição da ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Francieli Fantinato de investigada para testemunha. Como consequência, a comissão também suspendeu as ordens de quebra de sigilo que tinham sido anteriormente aprovadas pela CPI e miravam os dados de Francieli.

A mudança se deu após a cúpula da comissão avaliar que a ex-coordenadora tem colaborado durante seu depoimento à CPI. Ela disse que deixou o cargo do Ministério da Saúde devido à politização da vacinação no Brasil e chegou a citar o nome do presidente Jair Bolsonaro como um dos responsáveis por esse cenário.

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Francieli contou também que o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco foi quem ordenou a retirada de presidiários dos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19. Teria sido Franco ainda a justificar a ela o motivo pelo qual o Brasil aderiu ao instrumento Covax Facility com apenas 10%. Segundo Francieli, o ex-secretário disse que não se poderia "investir todos os ovos na mesma cesta".

Mirtes Renata Santana de Souza, mãe de Miguel Santana, menino de 5 anos que morreu após cair do 9º andar de prédio de luxo no Recife, está convocando um ato para a próxima quinta-feira (20) na capital. O protesto cobra a anulação da oitiva de uma testemunha, ocorrida sem a presença dos advogados de Mirtes.

O ato está marcado para as 9h em frente ao Centro Integrado da Criança e do Adolescente (CICA), no bairro da Boa Vista, área central do Recife, com a presença de movimentos sociais que apoiam a causa. Nesse local foram realizadas as audiências e oitivas anteriores sobre o caso.

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Segundo o Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (Gajop), que presta assistência a Mirtes, apenas os representantes de Sari Corte Real, que responde ao processo por abandono de incapaz com resultado morte, e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) estavam presentes na oitiva. "Tal fato gera nulidade processual, tornando a audição da testemunha imparcial, beneficiando uma das partes, no caso, a da acusada, Sari", acusa o Gajop.

Em 3 de maio, Mirtes Renata protocolou no MPPE um pedido de anulação da oitiva. Por não receber retorno, ela decidiu fazer o protesto. "Meus advogados não foram informados de forma alguma e o Judiciário  não  respondeu o porquê de ter agido dessa forma", disse Mirtes.

O Gajop destaca que a fase inicial do processo ainda não foi encerrada."Este e outros fatos demonstram as dificuldades diárias de acesso à justiça e os entraves enfrentados por Mirtes para conseguir a responsabilização efetiva de Sari", completa o gabinete.

O LeiaJá procurou o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e aguarda o posicionamento.

O caso

Miguel Otávio Santana da Silva morreu no dia 2 de junho após cair do nono andar, uma altura de cerca de 35 metros, do edifício de luxo Píer Maurício de Nassau, que integra o conjunto conhecido popularmente como "Torres Gêmeas" no bairro de São José, centro do Recife. A queda ocorreu durante os minutos em que Mirtes, que trabalhava como empregada doméstica, estava ausente levando a cachorra da patroa Sari Gaspar Corte Real para passear.

Miguel queria ficar com a mãe e tentou mais de uma vez usar o elevador para encontrá-la. Não suportando a desobediência do menino, Sari apertou o botão da cobertura no elevador e deixou o menino só dentro do equipamento. Ele saiu no 9º andar, de onde caiu.

No dia do ocorrido, Sari chegou a ser presa em flagrante, mas pagou fiança de R$ 20 mil e pôde responder ao processo em liberdade. Posteriormente, após análise das câmeras de segurança, a Polícia Civil indiciou a primeira-dama por abandono de incapaz que resultou em morte. As gravações mostravam que o menino entrou várias vezes no elevador querendo encontrar a mãe, sendo retirado por Sari. Na última vez, a primeira-dama apertou o botão da cobertura e deixou ele sozinho, voltando para o apartamento, onde fazia as unhas com uma manicure. 

O Ministério Público de Pernambuco denunciou Sari com agravamento da pena, pelo crime ter sido contra criança e em meio à conjuntura de calamidade pública.

Em 3 de dezembro, no Recife, ocorreu a primeira audiência de instrução e julgamento do caso. Na ocasião, foram ouvidas oito testemunhas de acusação, entre elas, Mirtes, Marta e o pai de Miguel, Paulo Inocêncio da Silva. Sari estava presente, mas não foi interrogada.

A modelo Bianca Domingues prestou depoimento na 16ª Delegacia de Polícia, localizada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, na última segunda (17), e revelou ter estado com MC Kevin minutos antes de sua morte. Segundo o relato da testemunha, ela e outro amigo do funkeiro, o também cantor Victor Elias Fontenelle, estariam no quarto 502 do hotel, onde tiveram relações sexuais. 

De acordo com o jornal O Globo, Bianca relatou à polícia ter conhecido Kevin e Victor na tarde do último domingo (16), em um quiosque na orla da praia. Em seguida, os três teriam ido para o quarto 502 do hotel onde os funkeiros estavam hospedados. No depoimento, a modelo afirmou ter mantido relações sexuais com Victor na sala da suite e, em seguida, teria ido para a varanda com MC Kevin, de onde ele caiu ao tentar passar para o quarto de baixo, com medo de ser flagrado pela esposa. 

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MC Kevin caiu de uma altura de aproximadamente 18 metros de altura e não resistiu aos ferimentos. Ele tinha 23 anos e chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros mas faleceu ao chegar ao hospital municipal Miguel Couto. A polícia segue investigando a morte do funkeiro. Oito pessoas já foram ouvidas e algumas disseram que o artista teria ingerido drogas e álcool no dia da sua morte. Exames toxicológicos foram solicitados ao Instituto Médico Legal (IML).

Vizinho da vítima, Paulão Paquetá contou à reportagem ter testemunhado o espancamento e morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, em um supermercado Carrefour de Porto Alegre na noite desta quinta-feira (19). "Estava chegando no local na hora das agressões. Eu estava a uns 10 metros quando começou. Tentamos intervir, mas não conseguimos", relata.

Paulão diz que a esposa da vítima, um homem negro, também viu o espancamento, mas foi impedida de intervir. "Ela viu o marido sendo morto", lamenta.

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Segundo ele, cerca de outros oito seguranças ficaram no entorno da área, impedindo a aproximação das pessoas que tentavam parar com as agressões. "Não pararam. A gente gritava 'tão matando o cara', mas continuaram até ele parar de respirar, fizeram a imobilização com o joelho no pescoço do Beto, tipo como foi com o americano (George Floyd, morto por policiais neste ano nos Estados Unidos)."

Presidente da Associação de Moradores e Amigos do Obirici, Paulão estima que as agressões duraram cerca de sete minutos. Ele diz que alguns motoboys que filmaram a violência tiveram os celulares tomados para não registrar toda a ação. "Quando viram que ele parou de respirar, eles se apavoraram. Chamaram a Brigada (Militar), que isolou ali e a Samu tentou reanimar."

Segundo o líder comunitário, a vítima morava no IAPI, bairro nas proximidades do supermercado. "Não é primeira ocorrência do tipo. É a primeira de óbito. Todo mundo sabe que são agressores (seguranças do local) mesmo."

"É muito difícil. Revolta pela maneira que ele foi morto brutalmente. Ser humano nenhum merece ser agredido daquela jeito, ter a vida ceifada de maneira tão brutal, tão animal."

Assassinato

O homem foi espancado e morto por dois homens brancos no estacionamento do Carrefour Passo D'Areia, na zona norte da capital gaúcha na véspera do Dia da Consciência Negra. Informações preliminares apontam que um dos agressores é segurança do local e o outro é um policial militar temporário que fazia compras no local. Seguem as investigações. Ambos foram detidos. Uma manifestação em frente ao supermercado está prevista para as 18h desta sexta-feira.

Pelo Twitter, o vice-governador do Rio Grande do Sul e secretário estadual da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, condenou a ação violenta dentro do supermercado e disse que irá apurar exaustivamente o caso. "Vamos apurar esse fato a sua exaustão, não podemos admitir ações dessa natureza", afirmou.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram parte das agressões e o momento que o cliente é atendido por socorristas. Em uma das gravações, o homem é derrubado e atingido por ao menos 12 socos. Ao fundo, uma pessoa grita "vamos chamar a Brigada (Militar)".

Uma mulher vestindo uma camisa branca e um crachá, que também seria funcionária do supermercado, aparece ao lado dos agressores, filmando a ação. Ela já foi identificada e será ouvida. Outro registro mostra a vítima desacordada, enquanto há marcas de sangue no chão.

Na cidade russa de São Petersburgo, na madrugada desta sexta-feira (5), um casal estava fazendo sexo no parapeito de uma janela e caiu do nono andar de um prédio residencial, escreve mídia russa, citando testemunha.

Segundo a mídia, a testemunha da queda ligou imediatamente para a polícia, que não demorou a encontrar o corpo de uma mulher deitado no asfalto perto de um rodo e de uma televisão quebrada.

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Surgiram relatos de que a russa, de 25 a 30 anos de idade, estava bebendo com amigos no apartamento e, mais tarde, decidiu fazer sexo com um deles no parapeito da janela.

Eles teriam perdido o equilíbrio e caído. O estado atual e localização do russo são desconhecidos e a polícia está investigando o caso insólito. Tudo indica que o parceiro, que sobreviveu, tenha se ferido pouco e fugido da cena da tragédia.

Da Sputnik Brasil

A Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) manteve a decisão da 5ª Vara do Trabalho de Natal, que condenou o Itaú Unibanco S.A a indenizar funcionária vítima de gordofobia no ambiente de trabalho. Os desembargadores aumentaram o valor de R$ 45 mil para R$ 60 mil.

A funcionária alegou ter sido levada ao adoecimento psicológico pela perseguição dos superiores com situações de constrangimento e humilhações, ao ser chamada de vaca em razão de estar acima do peso, sendo constantemente atingida em sua autoestima.

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Comprovado o assédio, o banco foi condenado pela 5ª Vara do Trabalho de Natal a pagar R$ 45 mil de dano moral à trabalhadora. Insatisfeito, o banco recorreu da decisão ao TRT-RN pedindo a nulidade da sentença.

A relatora do recurso, desembargadora Maria do Perpétuo Socorro Wanderley de Castro, considerou a prova testemunhal incluída no processo para esclarecimento do caso.

De acordo com uma das testemunhas, um superintendente do Itaú falou que a trabalhadora não tinha perfil compatível para trabalhar numa agência Personalitté, em que os correntistas são clientes com alta renda, já que pelo seu sobrepeso, "não combinava com a beleza e o ambiente da agência".

Em outro depoimento, uma testemunha revelou ter presenciado, por várias vezes, o gerente geral da agência xingando a trabalhadora, apontando o dedo e a chamando de vaca de presépio.

Não bastasse isso, a testemunha relatou ter escutado o gerente perguntar, por algumas vezes para a trabalhadora, se ela estava grávida e se quando subia as escadas suas pernas tremiam devido ao excesso de peso.

Na época, recordou a testemunha, notou que a trabalhadora permanecia de cabeça baixa, chorando.

Para a relatora do processo, os depoimentos mostraram que o aspecto físico da trabalhadora era motivo de comentários e objeto de críticas diretas e indiretas, de seu supervisor e de seus gerentes.

Para a desembargadora, trata-se de manifestação conhecida como gordofobia que, em razão de determinado padrão de beleza atual estabelecido na sociedade resvala para a desvalorização e hostilização de pessoas gordas, situação que é mais intensificada quando se trata de mulheres".

Perpétuo Wanderley reconheceu que ficou comprovado um quadro de discriminação que desaguou em assédio moral. Ela manteve a decisão de primeira instância e majorou o valor da reparação, de 45 mil para R$ 60 mil.

Os desembargadores da Segunda Turma acompanharam o voto da relatora, por unanimidade.

Fonte: Ascom - TRT/21ª Região 

O alagoano Carlinhos Maia, que no começo de fevereiro assumiu o seu relacionamento com Lucas Guimarães, está providenciado os detalhes do matrimônio que será realizado em maio, entre eles as pessoas que serão testemunhas.

De acordo com o site Uol, a cantora Anitta será uma das madrinhas de casamento de Carlinhos e Lucas. Além de Anitta, Simone, dupla com Simaria Mendes, fará parte também do seleto grupo que irá testemunhar o 'sim' do casal.

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Após pedir Lucas em casamento, e o vídeo do momento romântico ter viralizado, Carlinhos foi surpreendido com uma declaração do noivo. Enquanto fazia um show no Rio de Janeiro, no dia 3 de fevereiro, Lucas surgiu no telão para retribuir o carinho de Carlinhos Maia. "Acho que não poderia amar alguém como ao Carlinhos. Não existiria pessoa melhor para eu poder amar", disse.

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Uma testemunha informou nesta terça-feira (13) à Polícia Civil do Paraná que o empresário Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel Freitas, obrigou convidados da festa que ocorria na sua casa a limparem manchas de sangue deixadas pela agressão contra a vítima, que morreria horas depois. O atleta foi morto no dia 27, após ser espancado e ter o pênis cortado.

O depoimento é de Evellyn Perusso, de 19 anos. Segundo ela, o colchão do casal Brittes foi cortado na parte em que havia sangue e o tecido foi queimado junto com os documentos do atleta. Ao confessar, o empresário alegou ter flagrado o atleta tentando estuprar sua mulher. A polícia contesta essa versão, por acreditar que Daniel estava bêbado demais para o ataque sexual na noite do crime.

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Evellyn era amiga de Allana Brittes, filha do empresário, que está presa. Daniel tinha ido à casa da família para comemorar o aniversário de 18 anos de Allana. Evellyn chegou a trocar beijos com o atleta durante a festa.

De acordo com a testemunha, mesmo depois de as agressões ao jogador continuarem, o empresário disse que "não era para pedir ajuda de ninguém, que ele estava na casa dele". A mulher de Brittes, Cristiana, interveio em favor do atleta, segundo o depoimento, mas recebeu nova bronca do marido, que a questionou: "Está defendendo esse vagabundo?".

Evellyn ainda comentou que "em momento algum Cristiana relatou abuso sexual ou estupro por parte de Daniel".

Suspeitos

Há seis presos por suspeita de envolvimento com o crime - Brittes, a mulher, a filha e três homens que entraram no carro do empresário para levar o jogador até o matagal, onde seu cadáver foi achado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou adiar um depoimento de uma testemunha apontada pela defesa do candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), no processo em que é réu por injúria e incitação ao estupro. Ele responde a essa ação penal no Supremo por ter dito à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que "não estupraria a deputada porque ela não mereceria".

Aliado de Bolsonaro, o deputado federal Pastor Eurico (Patriota-PE) tinha depoimento marcado para 28 de agosto, mas pediu para adiar para 4 ou 5 de setembro, apontando que seria mais conveniente para ele próprio, em razão da campanha eleitoral que está disputando e do calendário de atividades parlamentares que tem a cumprir no Congresso. O ministro considerou que a fundamentação não era o suficiente para transferir a data. Assim, Pastor Eurico deverá comparecer no mesmo dia 28, quando também está programado depoimento do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

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Fux disse que a data havia sido sugerida inicialmente pelo próprio deputado. "Na ocasião, cabe enfatizar, a testemunha não efetuou qualquer ressalva quanto ao fato de que lhe seria mais conveniente que a designação do ato judicial coincidisse com o período em que serão realizadas as mencionadas reuniões parlamentares, usualmente promovidas, em anos eleitorais, no início do mês de setembro", disse Fux.

"Essa apontada conveniência quanto à realização de uma audiência única em outro fator a justificar o desacolhimento do pedido ora formulado, sobretudo diante da inconsistência da justificativa apresentada", argumentou Fux.

A Procuradoria-Geral da República já tinha se posicionado contra própria autorização para tomar depoimento das duas testemunhas indicadas pela defesa. Mas Fux permitiu.

Em fevereiro, Fux havia dito que esperava concluir o processo pelos próximos seis meses, o que não se confirmou.

Após a tomada dos depoimentos, será aberto um prazo para a Procuradoria e para a defesa enviarem suas alegações finais. Nesse cenário, é improvável que a ação penal seja julgada antes do primeiro turno das eleições, em outubro.

Uma testemunha do acidente de Gênova nesta terça-feira (14) disse à ANSA ter visto "um raio" atingir a Ponte Morandi antes da estrutura desabar.

"Passava das 11h30, quando vimos um raio atingir a ponte, que depois veio abaixo", contou Pietro M. Chovia muito em Gênova no momento do acidente e havia pontos de alagamentos na cidade.

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