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Além das dancinhas e memes, um assunto sério tem ganhado destaque na plataforma de vídeos curtos TikTok: saúde mental. Com músicas dramáticas e tristes - algumas entoadas pela jovem cantora americana Billie Eilish -, usuários compartilham resultados de "testes" de ansiedade, depressão e estresse feitos na web. O conteúdo é viral: só a tag #testedadepressao tem quase 4 milhões de visualizações.

Psiquiatras destacam que um check-list de sintomas não faz diagnóstico, que, obrigatoriamente, depende de avaliação médica. Os especialistas veem risco de automedicação por causa do autodiagnóstico e orientam que quem suspeite vivenciar um desses quadros busque profissional de saúde.

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Funciona assim: em sites fora do TikTok, a pessoa faz o "teste" em poucos minutos - por volta de dez. O internauta apenas avalia sentenças e manifesta seu grau de concordância. A página, então, gera os resultados que vão de "normal" até "severo" para cada um dos fenômenos (depressão, ansiedade e estresse). O usuário, por meio de vídeos ou fotos, compartilha sua "ficha" na plataforma de entretenimento.

FUNDAMENTO

A maioria dos testes divulgados no TikTok se baseia na versão reduzida da Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (Dass-21). Ela é um instrumento de autorrelato (a própria pessoa se avalia) projetado para medir estados emocionais que podem indicar as três condições. O questionário foi desenvolvido por pesquisadores da University of New South Wales, na Austrália, na década de 1990.

Conforme o site da universidade australiana, porém, alimentado pelo codesenvolvedor do método, Peter Lovibond, a aplicação não exige "habilidades especiais", mas a leitura dos resultados deve ser feita por um "profissional de saúde devidamente qualificado". A interpretação automatizada não é nunca recomendada, pois pode ser "enganosa" e "potencialmente perigosa".

TRIAGEM

O psiquiatra Jose Gallucci Neto, diretor do serviço de eletroconvulsoterapia (ECT) do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP, destaca que esse tipo de escala não foi "desenhada para fazer diagnóstico". Serve principalmente para pesquisa (triagem de casos) ou para analisar e aprimorar tratamentos aplicados em uma população já diagnosticada.

Apesar dos riscos e limitações, os "testes" podem ter um lado benéfico: o de reduzir o estigma em relação aos transtornos mentais. A avaliação é do psiquiatra e colunista do Estadão Daniel Martins De Barros. Em um vídeo em seu canal no YouTube, Barros diz que é "bom" que as pessoas compartilhem os resultados porque, segundo ele, mesmo com diagnósticos de profissionais, um grande número de pessoas com depressão não se trata por causa do preconceito.

A partir deste domingo (12) não haverá mais obrigatoriedade de que viajantes internacionais, vacinados ou não, apresentem um teste com resultado negativo para a Covid-19 para entrar nos Estados Unidos por via aérea. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos avaliou que as restrições não são mais necessárias. A medida será reavaliada após três meses.

Apesar do fim da obrigação, a testagem seguirá sendo recomendada. Até o momento, o exame precisa ser feito na véspera da viagem.

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O relaxamento foi autorizado após uma forte pressão das companhias aéreas e da indústria de viagens há meses. A expectativa é que as viagens internacionais aumentem com a mudança.

A Associação de Viagens dos Estados Unidos, um grupo comercial, projeta que a eliminação da exigência de testes trará 5,4 milhões de visitantes internacionais adicionais ao país norte-americano e US$ 9 bilhões em gastos adicionais com viagens até o final do ano.

O requisito de teste foi introduzido pela primeira vez em janeiro de 2021, quando menos de 10% dos americanos estavam vacinados e novas infecções estavam atingindo níveis recordes.

Com o avanço da varíola dos macacos pelo mundo e a chegada da doença ao Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), produziu, em uma semana, reagentes para auxiliar no diagnóstico do vírus. As primeiras remessas foram encaminhadas na quarta-feira (8) para distribuição entre os laboratórios de referência no Brasil, a pedido do Ministério da Saúde. Outra parte desse produto, conforme a Fiocruz, foi enviada para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), para distribuição em 20 países. O laboratório Roche também desenvolveu três kits diagnóstico para detectar a doença.

Pelo menos 29 nações já reportaram mais de mil infectados pelo vírus, conforme a OMS. O primeiro caso no Brasil foi confirmado na quinta-feira (9). O paciente é um homem de 41 anos, que mora na capital paulista e tem histórico de viagem para Portugal e Espanha. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e, segundo a secretaria estadual de Saúde, "em bom estado clínico". Não houve registro de morte em nenhum país neste surto. A varíola dos macacos é uma doença viral geralmente leve, caracterizada por sintomas de febre e lesões na pele.

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Elaborado em curto prazo pela Fiocruz e pelo IBMP para ajudar no diagnóstico da varíola dos macacos, as remessas entregues refletem a capacidade nacional de produção de insumos críticos para o diagnóstico.

"Essa ação estratégica, iniciada após o aprendizado na cadeia de suprimentos vivenciado na emergência da Covid-19, hoje se materializa no fortalecimento do arranjo produtivo local e amplia a capacidade de resposta nacional frente a emergências de saúde pública", afirma a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Para ajudar a detectar o vírus da varíola dos macacos, a Roche Diagnóstica desenvolveu três kits diagnósticos para a detecção da doença. Os testes utilizam ensaios PCR - amplamente utilizados para identificação do vírus da Covid-19 - para detecção dos ortopoxvírus, incluindo o vírus da varíola dos macacos, a partir da coleta de amostras de lesões de pele humana.

O primeiro kit a ser disponibilizado será o LightMix® Modular Orthopox, que detecta o ortopoxvírus, incluindo todos os tipos de vírus da varíola dos macacos, vindos da África Ocidental e da África Central.

Inicialmente, o teste estará disponível para uso em pesquisa na maioria dos países do mundo. Será disponibilizado para qualquer instituição, pública ou privada. "O kit estará disponível inicialmente como de uso exclusivo para pesquisa e, pela regulamentação brasileira, os laboratórios públicos e privados podem usar os testes de uso exclusivo para pesquisa para uso como diagnóstico, desde que esses laboratórios façam a validação do ensaio", disse, em nota.

A equipe da Roche Diagnóstica afirma que está acelerando o processo de importação dos testes para que sejam disponibilizados no mercado brasileiro nas próximas semanas. No entanto, a empresa, no momento, não tem mais detalhes sobre negociações ou preços a serem comercializados. Já o segundo teste é específico para detectar o vírus da varíola dos macacos (linhagem da África Ocidental e da África Central).

Para pesquisadores interessados em obter ambos os resultados, a Roche afirma que estará disponível um terceiro kit que detecta simultaneamente os diferentes ortopoxvírus e fornece informações sobre a presença ou não de um vírus da varíola dos macacos (linhagem da África Ocidental e da África Central). Esses dois últimos testes serão lançados posteriormente.

SindHosp alerta serviços de saúde sobre protocolos a serem adotados

Assim como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que sugeriu uso de máscara e distanciamento para retardar a chegada da doença, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) também alerta sobre os cuidados que devem ser tomados pelos serviços de saúde privados, em especial locais onde há pacientes com a suspeita do vírus. Recomenda-se ainda a suspensão de visitas para casos suspeitos ou confirmados.

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, as doenças respiratórias comuns no inverno, a Covid-19 e agora a varíola dos macacos podem confundir os profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento. Por isso, a entidade mantém contato permanente com as unidades para oferecer informações sobre a melhor forma de prevenção no atual momento.

"Precisamos disseminar rapidamente a nota técnica da Anvisa a fim de preparar todo o sistema de saúde para mais essa nova doença. Além disso, torna-se imprescindível a notificação às autoridades sanitárias para o controle epidemiológico do vírus", alerta ele.

Para Balestrin, é importante que os gestores mantenham a equipe informada sobre a doença, seus sintomas e adotem medidas protetivas, bem como um plano de contingência contendo ações estratégicas para o enfrentamento de possíveis casos.

A atenção deve ser redobrada "com relação aos pacientes que apresentam erupção cutânea aguda que progride em estágios sequenciais de máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas que são frequentemente associadas a febre, adenopatia e mialgia (dor muscular)", destaca o comunicado.

Segundo a entidade, deve-se ainda ser estabelecido o manejo dos casos para evitar a transmissão nosocomial (dentro do hospital), com fluxo adequado da triagem para as salas de isolamento (em qualquer nível de atenção), evitando contato com outros pacientes em salas de espera ou quartos e com pacientes internados por outros motivos.

"Durante a assistência aos pacientes com suspeita ou confirmação da doença, deve-se implementar as precauções padrão, com as precauções para contato, gotículas e aerossóis. A acomodação dos casos suspeitos ou confirmados deve ser realizada, preferencialmente, em quarto privativo com porta fechada e bem ventilado (ar-condicionado que garanta a exaustão adequada ou janelas abertas)", disse. Deve-se reduzir a circulação de pacientes e profissionais ao mínimo possível.

Os casos suspeitos, incluindo trabalhadores da saúde, devem ser imediatamente notificados ao Ministério da Saúde. Devendo ser iniciado imediatamente o rastreamento e a identificação de contatos, a fim de estabelecer medidas necessárias para prevenção da disseminação do vírus, segundo o SindHosp.

Surgimento dos casos

O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica. Desde então, países da Europa, assim como Estados Unidos, Canadá e Austrália, confirmaram casos. Atualmente, já são mais de mil casos registrados em ao menos 29 países, segundo a OMS. Os casos se concentram na Europa onde a doença não é endêmica. No continente africano, a doença já é endêmica e atinge 1,4 mil casos.

Transmissão

Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral geralmente se espalha por contato próximo e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda de casos fora do continente causa preocupação. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.

O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como através de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.

Sintomas

Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a OMS, os sintomas da doença duram de 14 a 21 dias.

Prevenção

Segundo o Instituto Butantan, entre as medidas de proteção, autoridades orientam que viajantes e residentes de países endêmicos evitem o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem.

Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes ferramentas para evitar a exposição ao vírus, além do contato com pessoas infectadas.

A OMS afirma trabalhar em estreita colaboração com países onde foram relatados casos da doença viral. A entidade também recomenda os países a aumentar suas medidas de vigilância sanitária para identificar todos os casos e os casos de contato para controlar esse surto e prevenir o contágio.

Uma companhia de cruzeiros marítimos exigiu, como requisito de admissão a um ex-funcionário, testes de HVI e toxicológico para a prestação de serviços em navio de bandeira estrangeira. O caso foi levado e julgado pela Vara do Trabalho de Santa Luzia, de Minas Gerais, que condenou a empresa a pagar indenização por danos morais ao ex-empregado.

A decisão do colegiado interpretou que a companhia agiu de forma desigual com o funcionário e cometeu ilegalidade a exigir os testes. Em contraponto, a empregadora alegou que o pedido “não é discriminatório, diante da atividade econômica explorada”. Durante os depoimentos, um funcionário afirmou que para a sua admissão na mesma empresa foram exigidos os exames.

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A companhia recorreu da decisão, assim como, o ex-funcionário, pois não estava satisfeito com o valor idenizatório. Os recursos foram julgados pela Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) e teve como relator o juiz Paulo Emílio Vilhena da Silva.

Para o magistrado, a solicitação dos testes fere a Portaria 1.246/2010 do Ministério do Trabalho, que proíbe empregadores de exigirem exame de HIV, seja por ocasião de admissão, demissão ou qualquer outra motivivação relacionada a vínculo empregatício.

O percentual de testes positivos para covid-19 subiu de 8,5% para 23,6% em um mês no País, aponta levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS). No fim de março, o índice de positividade havia caído para 3,6%, indicando uma possível melhora da pandemia.

Conforme a análise, agora os indicadores estão em alta em todas as faixas etárias e nos seis estados analisados pelos pesquisadores. Já a taxa de testes positivos para vírus sincicial respiratório (VSR), que pode acarretar em quadros graves em crianças e idosos, se mantém acima de 17%.

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O levantamento do ITpS, entidade sem fins lucrativos que visa a auxiliar no enfrentamento a emergências sanitárias, analisou 221,6 mil testes moleculares (RT-PCR e Flowchip) realizados de 1º de fevereiro a 14 de maio pelos laboratórios privados Dasa, DB Molecular e HLAGyn. 95% deles foram coletados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O percentual de positividade de covid no País, que havia caído para 3,6% no fim de março e subido para 8,5% há um mês (na semana até 16 de abril), passou a ser de 23,6% na semana que se encerrou no 14 de maio. O cenário pode indicar um possível aumento de casos, o que tem feito algumas cidades recomendarem o uso de máscara de proteção. Nesta quinta-feira, 19, foram registrados 10 mil novos casos de covid no País.

Em duas semanas (30 de abril a 14 de maio), a positividade de testes para SARS-CoV-2 subiu nos seis Estados analisados pelo ITpS: São Paulo (de 14% para 24%), Rio de Janeiro (de 11% para 23%), Minas Gerais (de 8% para 23%), Mato Grosso (de 6% para 19%), Goiás (de 3% para 19%) e Distrito Federal (de 3% para 11%).

Em relação à positividade por faixa etária, também houve aumento generalizado no período, com destaque para as pessoas de 10 a 19 (de 13% para 25%), de 50 a 59 (17% para 31%) e 70 a 79 (de 13% para 29%).

Os testes moleculares feitos pelos laboratórios identificam, além de SARS-CoV-2, o vírus sincicial respiratório (VSR) e os vírus influenza A e B. Na semana de 7 a 14 de maio, dos testes positivos, 95,9% apontaram SARS-CoV-2, 3,7% VSR e 0,4% influenza.

A taxa de positividade do VSR se mantém acima de 17%. Esse vírus causa resfriados comuns em todas as faixas etárias e pode gerar infecções graves em crianças e idosos. Na semana de 7 a 14 de maio, 41,6% de todos os casos positivos de VSR foram detectados entre crianças de 0 a 9 anos, principal faixa etária afetada pelo vírus.

Outono e inverno são consideradas as épocas mais propícias para a proliferação do vírus sincicial respiratório. Por serem estações mais frias e secas, é mais comum observar o aumento de crianças internadas com bronquiolite e pneumonia nesses períodos. Em material publicado nesta semana, o Estadão reuniu dicas para reduzir os riscos de crianças se contamianarem pelo vírus.

De acordo com a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA), a procura por testes de Covid-19 caiu significativamente no mês de abril. Segundo levantamento da Abrafarma, neste mês houve 58.534 resultados positivos, um número 83% inferior ao de fevereiro, que registrou 349.287 diagnósticos de coronavírus.

Após a flexibilização das medidas de segurança e a não exigência de testes em lugares como estádio de futebol, a procura por testagem diminuiu.

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"Embora haja claros sinais de recrudescimento da pandemia, o alerta ainda deve permanecer, já que ainda não voltamos à casa de um dígito algo que só ocorreu uma única vez, em novembro do ano passado”, enfatiza Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Preços de testes e autotestes

Os valores dos autotestes permanecem entre R$ 29 a R$ 69,90. Já os RT-PCR variam entre R$150 e R$ 300.

Uma equipe de cientistas informou nesta quarta-feira (23) ter desenvolvido uma pílula anticoncepcional masculina que demonstrou ser 99% eficaz em camundongos sem provocar efeitos colaterais. Os testes em humanos poderão iniciar até o final do ano.

As descobertas sobre este contraceptivo serão apresentados na reunião de primavera da American Chemical Society e representam um marco na oferta de métodos de controle de natalidade e responsabilidades para os homens.

Desde que a pílula anticoncepcional para mulheres foi aprovada na década de 1960, os pesquisadores têm interesse em desenvolver seu equivalente masculino.

"Vários estudos mostram que os homens estão interessados em compartilhar a responsabilidade contraceptiva com suas parceiras", afirmou à AFP o doutor Abdullah Al Noman, graduado da Universidade de Minnesota, encarregado de apresentar a pesquisa. Mas até agora, apenas preservativos e a vasectomia estão entre os métodos eficazes disponíveis para os homens.

No caso da vasectomia, a cirurgia reversível é cara e nem sempre bem-sucedida.

A pílula feminina usa hormônios para alterar o ciclo menstrual, e os esforços históricos para desenvolver um equivalente masculino se concentraram no hormônio da testosterona.

O problema com essa abordagem, no entanto, é que ela tem efeitos colaterais como ganho de peso, depressão e aumento dos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), o que aumenta o risco de doença cardíaca.

A pílula feminina também traz efeitos colaterais, incluindo riscos de coagulação do sangue, mas diante da possibilidade de engravidar na ausência de um método contraceptivo, o cálculo do risco é diferente.

- Não hormonal -

Para desenvolver um método não hormonal, Noman, que trabalha no laboratório da professora Gunda Georg, concentrou-se em uma proteína chamada "receptor de ácido retinoico (RAR) alfa".

Dentro do corpo, a vitamina A é processada de várias maneiras, incluindo o ácido retinoico, que desempenha um papel importante no crescimento celular, na formação de espermatozoides e no desenvolvimento embrionário.

O ácido retinoico precisa interagir com o RAR-alfa para desenvolver essas funções, e experimentos de laboratório mostraram que camundongos sem o gene criado pelo receptor RAR-alfa são estéreis.

Para seu trabalho, Noman e Georg desenvolveram um composto que bloqueia a ação do RAR-alfa. Eles identificaram a melhor estrutura molecular com a ajuda de um modelo computadorizado.

"Se soubermos como é o buraco da fechadura, podemos fazer uma chave melhor, é aí que entra o modelo computadorizado", explicou Noman.

Seu composto químico, conhecido como YCT529, também foi projetado para atuar especificamente com o receptor RAR-alfa, e não com outros receptores relacionados, como RAR-beta e RAR-gama, a fim de evitar ao máximo possíveis efeitos colaterais.

- Cinco anos para comercialização? -

Quando administrado oralmente a camundongos por quatro semanas, o YCT529 reduziu drasticamente a contagem de espermatozoides do animal e foi 99% eficaz na prevenção da gravidez sem efeitos adversos observáveis.

Os camundongos recuperaram a fertilidade 4 a 6 semanas após a interrupção do medicamento.

A equipe de pesquisa, que recebeu financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde e da Iniciativa de Contracepção Masculina, trabalha com uma empresa chamada YourChoice Therapeutics para iniciar testes em humanos no terceiro ou quarto trimestre de 2022.

"Estou otimista de que avançaremos rapidamente", disse a professora Gunda Georg, que acredita que seu medicamento poderá ser comercializado em até 5 anos.

"Não há garantia de que funcionará, mas seria realmente surpreendente se não observássemos um efeito em humanos também", acrescentou a cientista.

Uma questão persistente sobre o futuro das pílulas anticoncepcionais masculinas é se as mulheres confiarão nos homens para usá-las. Pesquisas mostram que a maioria das mulheres, de fato, confia em seus parceiros e um número significativo de homens indicou que estaria disposto a tomar a droga.

"Os anticoncepcionais masculinos se somarão aos métodos combinados, oferecendo novas opções que permitem que homens e mulheres contribuam da maneira que acharem adequada para seu uso", acrescentou a Iniciativa de Contracepção Masculina, sem fins lucrativos, que financia pesquisas e fornece consultoria jurídica.

O Santa Cruz inicia a venda dos ingressos para o jogo contra o Caruaru City, a partir das 16h desta sexta-feira (28). Serão mil ingressos disponibilizados para a torcida tricolor.

Das 16h até às 20h desta sexta-feira as bilheterias do Arruda estarão abertas, assim como o ponto de testagem para a Covid-19. Todos os torcedores que comprarem ingressos também terão direito a um teste gratuito, que é obrigatório apresentação para entrada no estádio.

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No sábado (29), dia do jogo, as bilheterias abrem às 08h e ficam até o meio-dia, mesmo horário em que acontecerão os testes. As entradas custam R$ 40. A partida acontece no estádio Antônio Inácio, em Caruaru, às 16h30.

A Coreia do Norte confirmou dois testes de mísseis esta semana, parte de uma intensa série de lançamentos desde o início do ano, e anunciou a visita do líder Kim Jong Un a uma "importante" fábrica de munições.

Pyongyang executou seis testes durante o mês, incluindo lançamentos de mísseis hipersônicos, parte do plano de Kim de acelerar o programa armamentista, ao mesmo tempo que ignora as ofertas do governo dos Estados Unidos para um diálogo.

A agência oficial norte-coreana KCNA informou que na terça-feira o país testou mísseis de cruzeiro de longo alcance que atingiram "uma ilha alvo a 1.800 km de distância" no Mar do Leste, também conhecido como Mar do Japão.

E na quinta-feira, o regime comunista, que possui armamento nuclear, lançou "dois mísseis táticos guiados" que atingiram outra "ilha alvo", em uma demonstração de que "poder explosivo das ogivas convencionais cumprem os requisitos de design", afirmou a KCNA.

A série de lançamentos, uma das mais intensas registradas em um mês, acontece depois de Kim ter ratificado o compromisso com o desenvolvimento militar durante um discurso em dezembro.

Washington respondeu com novas sanções, mas a reação de Pyongyang foi intensificar o programa e insinuar na semana passada uma possível retomada dos testes de armas nucleares e intercontinentais, após uma moratória de vários anos.

Nesta sexta-feira, a KCNA publicou imagens de Kim durante uma inspeção a uma fábrica de munições, que segundo a agência produz "um importante sistema armamentista". O dirigente aparece ao lado de outros oficiais que tiveram os rostos pixelados.

Kim disse que "aprecia muito" o papel da fábrica em seu programa de armas, afirmou a agência. "A fábrica tem uma posição muito importante e um dever na modernização das Forças Armadas do país", acrescentou.

A agência não informou se Kim compareceu a algum teste esta semana, mas outro meio de comunicação estatal afirmou que ele visitou uma fazenda próxima ao local de lançamento dos mísseis na quinta-feira.

- Melhorar o arsenal -

Os testes de janeiro fazem parte do plano quinquenal para "melhorar o arsenal estratégico", disse à AFP Hong Min, do Instituto Coreano para a Unificação Nacional em Seul.

"Os mísseis de cruzeiro disparados na terça-feira são uma extensão do mesmo tipo de mísseis lançados desde o final de setembro, com melhorias em alcance e velocidade", acrescentou.

O analista indica que os testes também respondem ao avanço do arsenal da Coreia do Sul, que em 2021 testou mísseis supersônicos e lançados de submarinos.

"O Norte demonstra que também desenvolve mísseis para contra-atacar o que o Sul tem em seu poder", disse Hong Min.

Os testes ocorrem em um momento delicado para a região, com a China, o único grande aliado da Coreia do Norte, se preparando para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro e a Coreia do Sul organizando as eleições presidenciais de março.

A nível interno, a Coreia do Norte se prepara para comemorar o 80º aniversário de nascimento do pai de Kim, o falecido Kim Jong Il, em fevereiro, e o 110º aniversário de seu avô, o fundador do país, Kim Il Sung, em abril.

A necessidade de celebrar "tantos aniversários importantes" ajuda a explicar os testes, disse o analista Ankit Panda. "Devemos esperar um primeiro semestre turbulento", acrescentou.

Panda também afirma que Pyongyang busca "propaganda positiva" entre seus cidadãos, que sofrem as consequências da severa crise econômica provocada pelas sanções internacionais e o bloqueio autoimposto pela pandemia.

Nesta quinta-feira (27), muitos recifenses não conseguiram agendar o teste da Covid-19 por meio do site Conecta Recife, disponibilizado pela prefeitura para que a população escolha o local e horário disponível para a realização do exame. 

Até o último domingo (23), os testes eram feitos na capital pernambucana por demanda espontânea, sem a necessidade do agendamento prévio. No entanto, com a grande demanda, que estava gerando aglomerações nos pontos de testagens, a Prefeitura do Recife determinou que a partir da última segunda-feira (24) os testes só possam ser realizados mediante agendamento.

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O problema é que, desde então, a população não consegue acessar corretamente o site e/ou aplicativo Conecta Recife para a devida marcação por conta das várias instabilidades que estão acontecendo na plataforma.

Nesta quinta-feira (27), a equipe de reportagem do LeiaJá ficou de olho para constatar se os problemas permaneciam. Às 15h, quando os agendamentos são liberados no site, apenas quatro localidades estavam sendo ofertadas. No entanto, quando se clicava em qualquer um dos locais disponíveis, já não existiam mais horários para agendamento. 

Às 15h04, a equipe do LeiaJá tentou mais uma vez e constatou a falta de lugares e horários disponíveis. Às 15h10 o site saiu do ar e em seguida voltou sem mais vagas disponíveis para a população recifense.

A Prefeitura do Recife disse que o sistema de agendamento para testagem da covid-19, o Bora Testar, funcionou normalmente no dia de hoje (27), e que os problemas de instabilidade foram solucionados, mas que a procura ainda é muito grande. 

Assegurou ainda que nesta quinta-feira, as 4.800 vagas disponibilizadas para agendamento no Recife foram esgotadas em seis minutos. 

Confira o que mais disse a Prefeitura do Recife

A prefeitura vem trabalhando fortemente para que novos postos de testagens sejam abertos ampliando, assim, a capacidade de oferta e atendimento ao cidadão. Da última semana pra cá, a Prefeitura do Recife ampliou em 128% o número de testes diários disponibilizados para a população, com um salto de 2,1 mil exames para 4,8 mil testagens por dia.

Em menos de uma semana, a Prefeitura inaugurou três novos centros de testagem no Sesc Santo Amaro, no Sesc Casa Amarela e na Universidade Federal Rural de Pernambuco, que se juntaram a outros dois que estavam funcionando desde o começo do mês no Parque da Macaxeira e no Compaz Ariano Suassuna. Somente este ano, a Secretaria de Saúde do Recife já realizou mais de 37 mil testes de antígeno.

O Procon de São Paulo notificou a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), solicitando esclarecimentos sobre reclamações de falta de testes de Covid-19. Segundo o órgão de defesa do consumidor, estão aumentando relatos de dificuldades para agendamento e realização de exames. 

Em resposta ao Procon, a Abrafarma informou que não há falta de testes nas farmácias. Apenas uma rede, de acordo com a associação, está com dificuldade para realizar os exames devido à alta procura na semana passada. Houve ainda, segundo a associação, recesso da indústria que reduziu o fornecimento. No entanto, a produção já foi retomada.

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Segundo a Abrafarma, o prazo médio para agendamento de testes é de 24 horas, mas a espera pode chegar a 48 horas em algumas regiões. 

Operação

Desde o última dia 14, o Procon está fiscalizando problemas sobre testes de Covid-19, como falta de exames e cobranças abusivas. Na semana passada, ao menos 267 farmácias e laboratórios foram visitados por representantes do órgão. 

Nos locais fiscalizados, foram solicitadas informações sobre testes disponíveis e preços cobrados para cada modalidade. Empresas devem apresentar notas fiscais de compra de insumos e de prestação de serviços que justifiquem  valores cobrados dos consumidores.

 Um relatório desenvolvido pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE) confirma a prevalência da variante Ômicron em Pernambuco. De acordo com os dados, divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) nesta sexta (21), dos 158 genomas analisados, 145 (91,8%) foram identificados como linhagem Ômicron, enquanto outras 13 amostras (8,2%) foram associadas à linhagem Delta.

Os casos de Delta foram registrados em munícipes das cidades de Araripina (1), Cabrobó (4), Recife (6), Petrolina (1) e Serra Talhada (1). Já os resultados de Ômicron foram oriundos de coletas em pacientes de Recife (94), Fernando de Noronha (45), Paulista (2), Carnaubeira da Penha (1), Sertânia (1), Garanhuns (1) e Jaboatão dos Guararapes (1).

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As amostras analisadas foram coletadas entre os dias 28/12/2021 e 13/01/2022. O último levantamento, divulgado no dia 14 de janeiro, indicava que 68% dos genomas observados eram de linhagem Ômicron.

"Por meio de nossa parceria com a Fiocruz-PE temos ampliado constantemente e agilizado o sequenciamento genético no Estado. Ontem anunciamos que, segundo análise da Opas/OMS, Pernambuco é o segundo Estado do país que mais realizou sequenciamentos genéticos, detectando a presença da variante Ômicron. Isso não significa que o Estado tenha mais casos, mas que conseguiu detectar mais, a partir de parceria firmada com o Instituto Aggeu Magalhães, responsável por esse trabalho", comenta o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Longo destaca ainda que o cenário de prevalência da Ômicron reforça a importância da vacinação. "A variante Ômicron tem uma capacidade de transmissão muito superior às outras variantes, conseguindo contaminar de forma recorrente até mesmo as pessoas que já estão vacinadas. No entanto, não podemos esquecer que mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito pior. O fato de não estar vacinado, ou só parcialmente vacinado, pode significar hospitalização e morte. Portanto, uma nova onda da Covid-19 terá seu tamanho e gravidade diretamente proporcional à cobertura vacinal completa que tivermos. Por isso, precisamos vacinar o maior quantitativo possível de pessoas, e rápido. Além disso, também é fundamental o respeito aos protocolos e o reforço nos cuidados para minimizar a aceleração viral e evitar ainda mais pressão sobre a rede de saúde", afirma Longo.

Atualmente, o Instagram está testando um recurso de assinatura paga para criadores e influenciadores na plataforma com um pequeno grupo. O recurso dá acesso a conteúdo exclusivo que foi disponibilizado para alguns criadores nos Estados Unidos, com uma garantia da rede social de que mais criadores serão adicionados a esta lista nas próximas semanas. 

Essencialmente, o recurso de assinatura paga faz com que fãs e seguidores paguem uma taxa mensal para acessar alguns conteúdos exclusivos para assinantes dos criadores e influenciadores que seguem. Este conteúdo inclui Lives e Stories que estarão disponíveis apenas para assinantes pagos. Os assinantes também receberão um selo roxo ao lado do nome, que mostrará seu status de exclusividade para o criador ao qual estão assinando. 

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Os níveis de preço para este modelo de assinatura variam de US$ 0,99 (aproximadamente R$ 5,40) a US$ 99,99 (R$ 545,10) por mês e os criadores podem escolher o preço das assinaturas. O Instagram não cortará os ganhos de assinatura dos criadores até pelo menos 2023, disse o co-chefe de produtos do Instagram ao TechCrunch. 

Atualmente, apenas 10 criadores fazem parte do teste inicial que a plataforma está executando, incluindo o atleta olímpico Jordan Chiles, a jogadora de basquete Sedona Prince e a astróloga Aliza Kelly. 

“Estou animado para continuar criando ferramentas para os criadores ganharem a vida fazendo trabalhos criativos e colocar essas ferramentas nas mãos de mais criadores em breve”, escreveu Mark Zuckerberg em um post no Facebook. O Facebook/Meta tem sua própria versão de um programa de assinatura para criadores em sua plataforma. 

O chefe do Instagram, Adam Mosseri, disse em um vídeo que as assinaturas são “uma das melhores maneiras” de criadores e influenciadores da plataforma gerarem uma “renda previsível”. 

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Tradução: “As assinaturas permitem que os criadores monetizem e se aproximem de seus seguidores por meio de experiências exclusivas: 

- Vidas de assinantes 

- Histórias de assinantes 

- Crachás de assinante 

Esperamos adicionar mais criadores a este teste nos próximos meses. Vem mais por aí”. 

O Náutico, em parceria com o Governo de Pernambuco, vai disponibilizar mil testes de Covid-19, nos Aflitos, neste sábado (22), antes da estreia no Campeonato Pernambucano, contra o Íbis, às 16h30. 

No dia em que o governo informou que não vai mais disponibilizar a van do Testa PE, que na temporada passada marcou presença nos Aflitos e na Arena de Pernambuco, o Náutico conseguiu garantir pelo menos mil testes no seu estádio antes do jogo, de forma gratuita.

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Os testes acontecerão na sexta-feira (21), das 17h às 20h, e no sábado (22), a partir do meio-dia até às 16h30, nos Aflitos. Todos os torcedores precisam apresentar resultados negativos. No caso dos testes de antigeno, com prazo de 24 horas, o RT-PCR, de até 72h.

Entre 1.800 e 2.000 caminhões formam longas filas há dois dias do lado argentino do Paso Cristo Redentor, a mais importante passagem da fronteira com o Chile, devido a testes anticovid exigidos pelas autoridades chilenas, informaram nesta terça-feira (18) trabalhadores de transporte argentinos.

"Em algum momento, a rede de suprimentos vai ser cortada. Não é um funil, é um tampão. Na prática, a passagem está fechada", disse à AFP Daniel Gallart, da Associação de Proprietários de Caminhões de Mendoza (Oeste).

A situação na passagem fronteiriça em frente à província de Mendoza, na Cordilheira dos Andes, começou há 48 horas, quando o Chile endureceu seus controles sanitários aos motoristas argentinos, disse em um comunicado a Federação Argentina de Entidades Empresariais do Autotransporte de Cargas da Argentina.

"Estamos falando de 2.000 ou 1.800 caminhões. Vêm de todo o Mercosul. Segundo as estatísticas de tráfego, 50% são argentinos, 30% brasileiros e o restante de outros países", disse Gallart.

A federação de transportadores exigiu que o Chile habilite mais postos de atendimento, agora que voltaram os controles mais estritos. "Não questionamos a medida soberana de um país, mas sim as consequências que esta decisão provoca. Não somos contra testar os motoristas, mas isso deveria ser ágil", acrescentou em um comunicado.

As demoras representam perdas de milhões de dólares para o comércio internacional do país através de portos do Pacífico, quando a logística global já é afetada pela pandemia, segundo os caminhoneiros, que pediram a intervenção formal do Ministério das Relações Exteriores.

Cerca de 900 caminhões argentinos cruzam diariamente a passagem Cristo Redentor a partir da província argentina de Mendoza, 1.050 km a oeste de Buenos Aires. Em 2018, antes da pandemia, cruzaram a fronteira argentino-chilena por ali mais de 580.000 caminhões, segundo recente estudo binacional.

Os dois países avançam em seus planos de vacinação contra a Covid-19 e o Chile já dispôs iniciar a aplicação de uma quarta dose. Já receberam uma dose 86,1% dos 45 milhões de argentinos, 75,2% duas e 21,4% já tomaram o reforço.

Mas a Argentina atravessa atualmente uma onda de casos da variante Ômicron, com 120.000 contágios e quase 200 óbitos diários.

Fontes chilenas asseguram que a demora pode se agravar pelo trânsito de turistas argentinos rumo ao Chile, também obrigados a cumprir as exigências sanitárias.

A capital paulista começou no sábado (15) a fazer testagem de síndrome gripal e coronavírus só para pessoas com condições de risco. Em comunicado, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que a mudança foi instaurada pela "grande demanda nos atendimentos" e vale para todas as unidades da rede pública.

As condições de risco e com direito a teste são: não vacinados ou com só uma dose; gestantes e puérperas; indivíduos com comorbidades segundo critério médico; profissionais de saúde; e população em situação de rua.

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O exame RT-PCR (o molecular, considerado mais preciso) ou o teste rápido antígeno será colocado à disposição na rede pública a todos que estejam nesses grupos e apresentem dois ou mais sintomas gripais, desde que haja disponibilidade do insumo.

Por escassez de material e alta procura, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que representa os laboratórios, sugeriu na semana passada que fossem testados só os pacientes prioritários.

A secretaria diz que todos que testarem positivo e forem de risco serão monitorados por sete dias, com oferta de oxímetro e orientações.

Para os outros, o diagnóstico será clínico, considerando o histórico de contato nos 14 dias anteriores ao surgimento dos sintomas com pessoas já confirmadas com a covid. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois da primeira rodada de testes sem nenhum positivo para a Covid-19, o Náutico anunciou quatro casos da doença, sendo três deles de atletas, nesta sexta-feira (14). Ainda antes de confirmar os casos, o clube cancelou a concentração da equipe.

“Informamos que, após uma nova rodada de testagem, realizada nesta sexta-feira (14), envolvendo jogadores e pessoas que estão no dia a dia do CT, quatro testaram positivo para o novo coronavírus, sendo três atletas e um funcionário”.

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O clube ainda informou que todos estão com sintomas leve, isolados, e cumprindo o protocolo adotado pelo clube.

O surto de influenza combinado com a disseminação da variante Ômicron do novo coronavírus no País teve como efeito uma grande corrida aos postos de testagem, para identificar se houve contágio de covid-19 nas festas de final de ano. Muitos com suspeita de estar com a doença têm de enfrentar longas filas no serviço público. Outros recorrem à rede particular, que começa a ver no horizonte a possibilidade de falta de testes.

Em viagem de ano novo com amigos a Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, a publicitária Fernanda Cui pegou covid-19, assim como 11 colegas do grupo formado por 18. Um congestionamento gerado pelo fluxo turistas, na época, frustrou a tentativa dos viajantes de se testar numa Unidade Básica de Saúde (UBS) no centro da cidade. Com sintomas desde antes da virada, eles só fizeram os testes ao retornar a São Paulo, em 3 janeiro.

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Cui recorreu a um teste antígeno no posto de testagem rápida da rede DelBoni Auriemo, por R$ 150. Com o resultado positivo, ela procurou o Hospital Santa Paula, na zona sul de São Paulo, para uma contraprova via RT-PCR. Ao passar pela triagem, porém, foi informada de que a fila de espera no último dia 4 superava oito horas e decidiu desistir de confrontar os resultados.

"Ao mesmo tempo que as pessoas apresentam sintomas leves, temos muitos casos positivos, só que tem sido necessário gastar muito dinheiro para testar", disse ela, que iniciou o isolamento. "Se a gente tivesse o autoteste na praia, poderíamos ter iniciado antes o isolamento."

Demora

Levantamento feito pelo Estadão com as secretarias de Saúde dos Estados mostra que o tempo médio para obter o resultado do teste tipo RT-PCR, considerado padrão ouro, é de dois dias e meio.

Em alguns Estados, como Maranhão e Amapá, a espera para saber se houve contaminação pelo vírus vai até cinco dias. No Pará, onde o diagnóstico demora dois dias, ainda é exigida a combinação de testes, o que em alguns casos obriga o retorno do paciente ao posto de saúde no dia seguinte. Além disso, nove das 21 secretarias que responderam à reportagem informaram exigir prescrição médica para a testagem - o que aumenta o tempo de espera e é críticado por epidemiologistas.

Na zona leste de São Paulo, Roberta da Silva testou positivo para a covid-19 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaquera, logo após o réveillon. Embora fosse o primeiro dia do ano, e a demanda estivesse baixa, foi necessário esperar por uma hora e meia para fazer do teste. Na terça, 11, ela voltou ao posto para conferir se a doença persistia, mas havia uma longa fila de espera na área externa. Chovia, e as dezenas de pessoas que aguardavam atendimento se aglomeravam no único ponto coberto da unidade. Ela também desistiu do novo teste.

"Não fazia sentido eu estar lá ao lado de pessoas com sintomas muito severos, como tosse e espirro. Pela minha segurança, preferi não esperar."

Para o ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina Neto, a corrida aos postos de testagem não deve ser estimulada. Ele sugere a adoção do protocolo de isolamento social já no início dos primeiros sintomas gripais, independentemente da existência de diagnóstico para influenza ou covid-19.

Testes caros

O cenário não melhora no setor privado, que, além de enfrentar a possibilidade de escassez, oferece testes RT-PCR a preços altos. No Grupo Fleury do Distrito Federal, o exame custa R$ 380, com prazo de dois dias para os resultados. Na rede Sabin, custa R$ 295, com o mesmo tempo de espera. Já a Biolab oferece o preço mais baixo, R$ 250, mas com resultado em até cinco dias, devido à alta dos casos. Os valores variam nos 27 Estados da federação.

Na quarta, 12, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) emitiu nota com alerta para uma possível falta de testes de covid devido à escassez de insumos, como os cotonetes utilizados no RT-PCR. A entidade recomendou priorizar pacientes em estado grave para evitar o esgotamento dos estoques no País.

A epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo, afirma que a falta de testes na rede privada levará ao "caos" no sistema de saúde do País, uma vez que 28,5% da população recorre ao entendimento particular por meio de planos de saúde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ela, a falta de testes em laboratórios pressionará ainda mais o SUS.

"Com a chegada da Ômicron, a situação fica ainda mais grave por termos procura muito grande e oferta limitada, mesmo na rede privada. O que poderia melhorar o panorama é a oferta de autoteste. "

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O surto de influenza combinado com a disseminação da variante Ômicron do novo coronavírus no País teve como efeito a corrida de milhares de brasileiros aos postos de testagem para identificar se houve contaminação pela Covid-19 durante as festas de final de ano. Para muitos pacientes com suspeita de contaminação pela doença, o teste se tornou sinônimo de resiliência nas longas filas do serviço público, ou de custo adicional para aqueles que recorrem aos grandes laboratórios privados. Além disso, surge no horizonte a possibilidade de falta de testes na rede particular.

Em viagem de ano novo com os amigos às praias de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, a publicitária Fernanda Cui se contaminou com a Covid-19, assim como outros onze colegas do grupo formado por dezoito pessoas. O congestionamento gerado na região nesta época do ano pelo fluxo intenso de turistas na via principal frustrou a tentativa dos viajantes de se testarem numa Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada no centro da cidade litorânea. Com sintomas desde antes da virada, os testes só foram realizados ao retornarem para São Paulo, no dia 3 janeiro deste ano.

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Já de volta à capital paulista, Cui recorreu a um posto de testagem rápida da rede DelBoni Auriemo, onde o teste antígeno foi realizado por R$ 150. Apesar de ter testado positivo, ela desejava uma contraprova via RT-PCR. A publicitária procurou o Hospital Santa Paula, na zona sul de São Paulo, mas ao passar pela triagem foi informada que a fila de espera no último dia 4 superava 8 horas. Ela decidiu desistir de confrontar os resultados e iniciou o isolamento.

"A gente tem um cenário muito complicado, ao mesmo tempo que as pessoas apresentam sintomas leves, temos muitos casos positivos, só que tem sido necessário gastar muito dinheiro para testar", disse. "A gente não tem acesso fácil aos testes que garantem o direito da pessoa saber se está com covid. Se a gente tivesse o autoteste na praia, poderíamos ter iniciado antes o isolamento", completou.

Os demais colegas envolvidos na viagem relataram ter enfrentado mais de duas horas de espera para se testar no Sistema Único de Saúde (SUS), com até três dias de espera para receber o resultado. Levantamento feito pelo Estadão com as secretarias de saúde dos Estados mostra que o tempo médio para obter o resultado do teste tipo RT-PCR, considerado padrão ouro, é de dois dias e meio.

Em alguns Estados, como Maranhão e Amapá, a espera para saber se houve contaminação pelo vírus dura até cinco dias. No Pará, onde é necessário aguardar por dois dias o diagnóstico, ainda é exigida a combinação de testes, o que em alguns casos obriga o retorno do paciente ao posto de saúde no dia seguinte ao exame inicial. Além disso, nove das vinte e uma Secretarias que responderam à consulta da reportagem informaram exigir prescrição médica para a realização de testagem - fator que aumenta o tempo de espera nas unidades de atendimento e é alvo de críticas de epidemiologistas.

Na zona leste de São Paulo, Roberta da Silva testou positivo para a covid-19 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaquera, zona leste, logo após o Réveillon. Embora fosse o primeiro dia do ano, e a demanda estivesse baixa, foi necessário esperar por uma hora e meia até a realização do teste. Na terça-feira, 11, ela voltou ao posto de testagem para conferir se a doença persistia, mas se deparou com uma longa fila de espera posicionada na área externa da UPA. Em um dia de chuva na capital paulista, as dezenas de pessoas que aguardavam para serem atendidas se aglomeraram no único ponto coberto da unidade. Ela também desistiu de realizar um novo teste.

"Na minha cabeça não fazia sentido eu estar lá ao lado de pessoas com sintomas muito severos, como tosse e espirro. Pela minha segurança, eu preferi não esperar", disse.

Para o ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Gonzalo Vecina Neto, a corrida aos postos de testagem não deve ser estimulada. Ele sugere a adoção do protocolo de isolamento social já no início dos primeiros sintomas gripais, independentemente da existência de diagnóstico para influenza ou covid-19, também como forma de evitar a aglomeração nas unidades de saúde e o eventual contágio nesses locais.

Setor privado

O cenário não melhora no setor privado, que, além de enfrentar a possibilidade de escassez, oferece testes RT-PCR a preços considerados altos pelos usuários. Na rede de Medicina Diagnóstica Fleury do Distrito Federal, o exame é realizado por R$ 380, com prazo de dois dias para entrega dos resultados. Na concorrente Sabin, é cobrado R$ 295, com o mesmo tempo de espera. Já a Biolab, oferece o preço mais baixo, R$ 250, mas com resultado em até cinco dias por conta do aumento dos casos. Os valores variam nos vinte e sete estados da federação.

Nesta quarta-feira, 12, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) emitiu nota técnica com alerta para a possibilidade de falta de testes de covid-19 devido à escassez de insumos necessários para a realização dos exames, como os cotonetes utilizados no RT-PCR. No documento, é recomendado a priorização de pacientes em estado grave para evitar o esgotamento dos estoques no País. A sugestão contraria a posição defendida por especialistas ouvidos pelo Estadão, que apontam a ampla testagem como uma das principais políticas públicas de enfrentamento à pandemia.

Ao tentar agendar um teste para covid-19 nos sites das redes de farmácia Drogasil e Drogaria, já é possível se deparar com a informação de que os exames foram suspensos temporariamente por causa do desabastecimento. As empresas relatam nos comunicados que o agendamento deve ser retomado nos próximos dias mediante restabelecimento dos estoques.

Dados reunidos pela Abramed em outro estudo expõem os motivos que levaram à escassez: houve aumento de 98% dos testes de Covid-19 entre a semana do Natal e o início de janeiro, em laboratórios privados do País. Somente entre os dias 3 e 8 deste mês foram realizados mais de 240 mil exames na rede particular, apesar dos preços elevados cobrados em algumas regiões. O aumento no número de exames coincide com o salto de 7,6% para 40% na média de testes positivos.

A epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo, afirma que a falta de testes na rede privada levará ao "caos" no sistema de saúde do País, uma vez que 28,5% da população brasileira recorre ao entendimento particular por meio de planos de saúde, como consta na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisadora avalia que a defasagem na testagem em laboratórios e centros de medicina diagnóstica pressionará ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS).

"O Brasil nunca teve um programa de testagem com informações claras e testes disponíveis em locais acessíveis, como repartições públicas e locais de grande circulação, com terminais de ônibus e metrôs", afirma. "Com a chegada da Ômicron, a situação fica ainda mais grave por termos uma procura muito grande e a oferta limitada, mesmo na rede privada. O que poderia melhorar o panorama é a oferta de autoteste. Deveríamos ter uma política pública que pudesse ofertar no SUS a testagem", avalia.

Depois de a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) ter emitido nota técnica nesta quarta-feira (12) com recomendações aos laboratórios privados para que testem somente pacientes em estado grave, diante da possibilidade de desabastecimento dos estoques, o Ministério da Saúde se desvinculou do eventual cenário de escassez na rede pública e atribuiu a responsabilidade pela testagem no País aos Estados e municípios.

Em nota, a pasta chefiada por Marcelo Queiroga informou estar atenta à situação de testes para Covid-19 e disse realizar "rotineiramente" o monitoramento da disponibilidade dos insumos necessários para a realização dos exames no Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério, porém, destacou que cabe aos estados e municípios adquirir os recursos para os diagnósticos.

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"No entanto, por conta da pandemia da Covid-19, a pasta tem apoiado os estados com a disponibilização dos testes. Desde o início da pandemia foram entregues mais de 27,4 milhões de testes do tipo RT-PCR e 38,8 milhões de testes rápidos de antígeno para todo o país, diz a nota do Ministério.

Minutos antes da divulgação da nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) apresentou ofício ao ministro Queiroga com demandas que envolviam, dentre outras medidas, "o aporte de recursos financeiros para abertura, no menor tempo possível, de pontos de testagem em massa para acesso de primeiro contato de toda a população". No mesmo documento, é solicitado o reconhecimento da existência de uma nova onda de Covid-19 no País provocada pela disseminação da variante Ômicron.

Mais cedo nesta quarta, a Abramed afirmou que a alta transmissibilidade da Ômicron causou "um aumento exponencial" nos casos de Covid-19, que, como consequência, gerou um crescimento repentino na demanda por testes. No comunicado, a associação alerta os laboratórios nacionais para "ameaça de desabastecimento de insumos" necessário para a realização dos exames, como os cotonetes utilizados na testagem de tipo RT-PCR.

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