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“Penso a inspiração como algo transcendente, celestial, que nos faz produzir palavras. Drummond dizia ser transpiração.” Assim a poeta paraense Rosângela Machado, professora da rede pública estadual de ensino e aluna do curso de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia, explica suas inspirações para a prática literária.

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“Foi em sala de aula, na quinta série, em um concurso realizado pela minha professora de língua portuguesa, que recitei pela primeira vez minha poesia ao público. Daí por diante escrevia, sem preocupação em guardar para a posteridade, apenas escrevia. Foi só na fase adulta que comecei a preservar alguns escritos, mais como lembrança", registra Rosângela.

Leitora de Vinícius de Moraes, premiada e autora do livro "Curta Poesia", de 2008, Rosângela diz que a poética intensa e apaixonada do poetinha diplomata a toca de maneira especial - e a ele dedicou o poema “A Vinícius – Poetinha”. Cita também Cecília Meireles, ao dizer ser dela o primeiro texto que recitou em sala de aula, pouco depois de ter dominado a leitura, o poema “A Bailarina”.

Rosângela Machado recebeu premiação, com o poema “Diálogo”, na I Mostra de Literatura do Servidor Público Estadual, promovida pela Escola de Governo do Estado do Pará. Sua graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA) a permitiu aprofundar-se em outros nomes da literatura brasileira e portuguesa, mas são os nomes da poesia regional que se destacam na lista - o refinamento de Paes Loureiro, Ruy Barata, que conheceu pela voz de Fafá de Belém, Renato Gusmão, Caeté, Apolo de Caratateua, Francisco Mendes, Juraci Siqueira Ruth Cruz, Ducarmo Souza (exímia cordelista), Geni Begot (contemporânea de graduação na UFPA), entre muitos outros talentosos nomes. Foi com essa bagagem que Rosângela correu o Brasil com sua obra e participou de diversas premiações e eventos. Em um deles, inclusive, conheceu e recitou sua poesia para os imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL).

“Quando fui ao Rio para uma premiação em Casimiro de Abreu, tive vontade de conhecer a casa fundada por Machado de Assis. Lá fui apresentada a Nélida Pinon (escritora brasileira, integrante da Academia Brasileira de Letras) e participei do encontro semanal dos imortais, onde eles tomam o tradicional chá das cinco. Se não tivesse fotos, acharia que pudesse ser um sonho como em Alice no País das Maravilhas”, recorda.

“Participei e fui premiada no XI Concurso de Poesia da Fundação Cultural Casimiro De Abreu, no Rio de Janeiro, com o poema 'Comunicação'. Alguns eventos literários me permitiram novos contatos, conheci outros talentos da poesia quando participei do I Jirau da Literatura Paraense, da 51ª edição do Prêmio Jabuti e o Encontro de Poetas em Casimiro de Abreu, o EPOCABREU 2011, em Barra de São João, terra do poeta Casimiro de Abreu. São lembranças, entre outras, que ficam eternizadas. Eu acredito assim.”

Sobre as questões regionais que lhe dão inspiração, Rosângela cita símbolos do cotidiano paraense e elementos da cultura regional, sempre festejados na música, ou pelo povo paraense: “Por excelência, como símbolo maior, diria o Círio de Nazaré, e para esse grandioso momento de fé escrevi 'O Círio', no qual descrevo os passos dos romeiros e romeiras que acompanham a berlinda. Foi publicado a primeira vez em uma edição de outubro do jornal A Voz de Nazaré, e depois em antologia editada em São Paulo".

É com devoção à sua terra, à sua regionalidade e a seus estudos que Rosângela produz, ensina e encanta com seu trabalho artístico. “Hoje estou muito feliz e grata em receber esse espaço para mostrar um pouco mais da poesia!”, conclui.

Por Paulo Ricardo de Brito (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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A Gerência de Políticas Educacionais de Educação Inclusiva, Direitos Humanos (GEIDH), da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, abre inscrições para o concurso de redação “Educação em Direitos Humanos: a linguagem e os direitos às diversidades”. A iniciativa é direcionada para estudantes dos ensinos fundamental, médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e estudantes do atendimento socioeducativo de instituições estaduais.

Os interessados em participar do concurso podem se inscrever até 29 de outubro por meio do envio dos textos, digitalizados, para o e-mail emancipacaoeducacao@gmail.com. As redações devem conter o nome completo do aluno, idade, ano ou módulo que está cursando, nome da escola e da Gerência Regional de Educação (GRE).

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Como previsto no edital, o resultado será divulgado partir de 3 de dezembro e a premiação será no dia 10 do mesmo mês. “A importância deste certame se dá pelo incentivo à discussão de temas em Direitos Humanos como o respeito e a valorização do idoso, a inclusão, as relações de gênero e sobre o racismo", ressalta a gerente da GEIDH Vera Braga, por meio de assessoria.

 

Há pouco mais de dois meses para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, e com a elaboração das provas anunciada, estudantes de todo Brasil ficam ainda mais atentos aos possíveis assuntos que devem ser abordados durante as provas. Um das maiores preocupações para eles, é a proposta de tema da redação e como desenvolver o texto.

Por isso, o LeiaJá, em parceria com o Vai Cair No Enem, trouxe o professor de linguagens e redação Diogo Didier para preparar três redações com temas da atualidade que podem ser cobradas no Exame. As produções textuais, que foram comentadas pelo docente, estão estruturadas no formato padrão, iniciando pela introdução, seguida de desenvolvimento 1 e 2 e a conclusão.

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Na primeira redação, o professor aborda questões relacionadas com a problemática do assédio sexual, através da sugestão de tema “Beijo sem consentimento no Brasil”. Apesar de específico, o professor argumenta que o assunto pode ser uma proposta forte para ser debatida em uma redação, visto que até o momento só houve abordagens quanto a questões associadas à violência contra a mulher. Diogo ressalta que o texto “serve de alusão para enriquecimento de repertório”. Confira, abaixo, a redação na íntegra:

INTRODUÇÃO

“Beija Eu” é o nome de uma famosa canção da cantora Marisa Monte. O verso que dá título à música é apropriado para ser recitado na voz de uma mulher cujo gênero durante séculos foi beijado pela herança da Bela Adormecida, a qual em sua condição não teve autonomia para escolher quem tocaria seus lábios. Letra e fantasia dizem muito hoje sobre a perspectiva do consentimento no Brasil, pois, de um lado, há mulheres empoderadas ressignificando posturas patriarcais, enquanto do outro uma sociedade carente de conteúdos feministas capazes de apoiar a causa delas em prol da independência de seus corpos.

DESENVOLVIMENTO I

Antes de tudo, o beijo sem consentimento hoje já é entendido como uma prática abusiva pela sociedade. É um ganho significativo quando se leva em consideração o legado machista, influenciado pela visão católica de outrora e agora dos evangélicos infiltrados na política, que formou a nação. Contudo, da primeira onda feminista nos anos 1970 com Simone de Beauvoir até as contribuições mais recentes de Judith Butler e Djamila Ribeiro, houve mudanças expressivas nesse panorama; de modo que as mulheres, silenciadas e objetificadas há tempos, passaram a ter voz para denunciar as violências que sofrem. De fato, beijar sem a autorização da pessoa era o cartão de visita que muitos homens mais atrevidos necessitavam para cometer assédios mais graves, e passar incólumes às vistas da sociedade. A intervenção do Feminismo para deflagrar essa realidade foi, e ainda é, crucial para entender que práticas de tal natureza são invasivas bem como destrutivas para a integridade física, mental e emocional das vítimas. Foi graças a isso também que a campanha “Chega de Fiu Fiu!” se tornou possível, porque há um empoderamento entre elas.

DESENVOLVIMENTO II

Em contrapartida, a sociedade está na contramão das conquistas femininas devido a inexistência de uma educação feminista voltada a desconstruir pensamentos retrógrados em torno da independência das mulheres. Isso se dá em uma pátria onde as salas de aula foram alicerçadas no mito fundante de Eva a qual, subserviente à figura de Adão, passou a ser reproduzida como modelo imperfeito de mulher; responsável inclusive pela tentação de seu parceiro. Após receber a alcunha de vilã, a elas se recaiu um recato sobremaneira, ao ponto de serem tolhidas do direito de escolher quem as tocassem, seja com um simples beijo ou algo mais íntimo. Seus corpos passaram a ser tutelados pelo sexo oposto, primeiro romanceado por uma literatura trovadoresca da qual cavaleiros seduziam moças indefesas ao som de belas canções e, depois, idealizadas em um Romantismo que as tinham como objeto de desejo. Essa carga de conteúdos invadiu o cinema, a TV, os saberes e, por tabela, toda a sociedade, a qual passou a naturalizar abusos teoricamente simples como o beijo para em seguida banalizar outras violências tão graves quanto.

CONCLUSÃO

Dessa forma, o duelo entre empoderamento e desinformação mantém a existência do beijo não consentido no país. Para que o primeiro saia vitorioso, é preciso que mais pessoas recebam orientações feministas. Isso deve ser feito pelo MEC, instância máxima da educação brasileira, por meio da inserção nos PCN’s,- Parâmetros Curriculares Nacionais-, da obra “Como Educar Crianças Feministas”, da escritora africana Chimamanda Ngozi Adichie. Apesar da intitulação, sua obra deverá ser incluída desde as turmas mais novas até o ensino médio, nas escolas públicas e particulares do Brasil, por professores capacitados em formações específicas para cada série; com aulas dinâmicas voltadas a contextualizar os tópicos do livro respeitando os contextos dos alunos. A medida visa extirpar práticas machistas já na tenra idade, com o fito de que haja uma versão no futuro da Bela Adormecida com a trilha de Marisa Monte. 

Agora, na segunda redação, Diogo pauta na produção textual “A problemática do desmatamento no Brasil”. "É necessário que os estudantes fiquem atentos a possível proposta de tema, pois há um “destaque [na pauta ambiental], devido às queimadas no Pantanal e a destruição da Amazônia, que já acontece há algum tempo”, afirma o docente. Nesse sentido, ele ainda explica que abordagens relacionadas a “sustentabilidade” ou “economia verde” não são feitas de forma objetiva no Enem desde 2008, em que a temática foi a Amazônia. Veja, abaixo, os argumentos utilizados nas etapas da produção do texto:

INTRODUÇÃO

Prometeu é um titã na mitologia grega conhecido por ser defensor da humanidade. Seu apreço aos humanos foi tamanho que ele roubou o fogo sagrado dos deuses para dá-lo aos homens, e como punição Zeus, temendo que os mortais ficassem mais poderosos que os seres divinos, acorrentou o benfeitor numa rocha enquanto tinha seu fígado comido por toda a eternidade por uma águia. Apesar da severidade de tal pena, a grande deidade helênica previu que as chamas em mãos erradas poderiam ser destrutivas. No Brasil de hoje, a natureza materializa esse mito mediante um desmatamento regido não por crenças míticas, mas pelo deus do dinheiro.

DESENVOLVIMENTO I

Como se sabe, desmatam-se florestas no país em prol do senhor Capitalismo, o qual encontra fies abnegados em alimentar a fé desse sistema econômico em governos cuja plataforma política visa lucros a todo o custo. O Brasil tem sucessivas referências de tal postura exploratória, da Colonização que ateou as primeiras labaredas a atual postura incongruente do Ministério do Meio ambiente, mas agrário que ecológico. A mídia televisiva, por sua vez, não colabora para preservar as riquezas ecológicas nacionais, com um discurso alienante em torno do “agro é tec, agro é pop, agro é tudo”. Com isso, a sociedade, desprovida de uma retórica sustentável pelo Estado, que avança sobre a natureza, não dá o devido valor a fauna e flora da nação. Logo, o desmatamento segue destruindo ecossistemas, antes à luz da clandestinidade, porém agora habitats preservados são incendiados em prol de um progresso neoliberalista voraz; legitimado por uma governança apática para as causas ambientais. Falta por aqui atitudes como a de Chico Mendes, grande nome em prol da natureza, e vozes como a de Leonardo DiCaprio, contra a tirania do desmatamento.

DESENVOLVIMENTO II

Enquanto não há esse levante social e político para conter a devastação das matas e, consequentemente as mortes de milhares de espécies, o desmatamento continua a reduzir a faixa verde que poderia tornar o Brasil referência para outras nações. Porém, o fogaréu criminoso que transformou em brasa o Pantanal, a ação cada vez mais ousada dos madeireiros ilegais na Amazônia bem como a desapropriação das terras indígenas são consequências de uma negligência política sem precedentes. Isso já afeta a realidade climática da nação, o ciclo das águas e resvala em fenômenos como a nuvem de gafanhotos que infestou plantações diversas pelo país recentemente. Outrossim, sem uma camada florestal protegida, terras prósperas à sobrevivência tornam-se inóspitas, tanto para animais e plantas, quanto para os humanos. A animação Wall-E faz essa previsão em um mundo devastado pelo homem onde apenas robôs cuidam dos dejetos deixados, em um ambiente de lixo consumista, mas sem vestígios de elementos naturais. A sociedade vigente, do slogan nacionalista mais incoerente da história, caminha para aquele panorama irreversível.

CONCLUSÃO

Portanto, o deus do dinheiro, vulgo Capitalismo, é o grande algoz da natureza que vem sendo desmatada no país. Por se tratar de um bem antes de tudo mundial, é preciso que o Greenpeace, organização voltada ao ecologismo, denuncie o governo brasileiro, em todas as instâncias responsáveis pela proteção ambiental, para as autoridades internacionais. Isso pode ser feito mediante dossiê enviado à ONU pontuando os descasos dos líderes nacionais com a manutenção da fauna e flora, as quais são subsidiadas por nações estrangeiras para serem cuidadas, de modo a punir os acusados com embargos, sanções econômicas e bloqueios diversos. A medida visa mexer naquilo que é mais valioso para os políticos do que o ecossistema, o bolso, com o fito de, sob pressão mundial, o Estado assuma algum compromisso de fato contra o desmatamento. Assim, fará sentido o sacrifício de Prometeu.  

Por fim, no terceiro exemplo, o professor de linguagens disserta sobre um outro tema que ele considera inédito, tratado por meio do assunto: “As dificuldades para o desenvolvimento tecnológico e científico no Brasil”. De acordo com Diogo, o tema faz alusão a um dos assuntos mais comentados da atualidade, levando em consideração que “o Brasil vive, infelizmente, uma fase de negação científica, devido ao Estado mais ultraconservador”, enfatiza. 

Nesse sentido, segundo o professor, o texto poderá transitar entre questões de investimentos e relevância da ciência para a sociedade em geral, dada a importância de discutir “as bases científicas, que começam na escola e vão até a faculdade”, conclui. Confira, abaixo, o texto completo com as argumentações aplicadas:

INTRODUÇÃO

O filme “O Menino que Descobriu o Vento”, de livro homônimo, narra a história real de um garoto africano que, para superar a seca da vila onde mora, desenvolve um cata-vento gigante a partir de materiais jogados no lixo. Tamanha inventividade mostra que é possível desenvolver tecnologias em benefício da humanidade, desde que haja incentivos políticos e, consequentemente, sociais para que garotos despertem o Einstein que há em si. Porém, no Brasil, o Estado não prioriza às pesquisas científicas no âmbito educacional, tão pouco contribui para que o desenvolvimento tecnológico faça do país uma potência internacional.

DESENVOLVIMENTO I

Como se sabe, a governança não direciona políticas públicas claras destinadas a formar, da base às universidades, uma educação científica de fato. O que há, na verdade, é o tecnicismo do saber impelido pelas demandas do Capitalismo, responsável por encurtar a vida acadêmica dos indivíduos, resvalando na involução científica do país. Essa conduta de ignorância foi vista com preocupação pelo cientista Carl Sagan, o qual problematizou que “é um suicídio viver numa sociedade dependente da ciência e tecnologia e que não sabe nada de ciência e tecnologia”. Isso porque, para estar ciente da importância de ambos, em um mundo inegavelmente hiperconectado, o Estado precisaria canalizar massivos investimentos nesses setores, igual ao que foi feito, por exemplo, pelo Japão depois de Hiroshima e Nagasaki e a Alemanha após o holocausto. Esses países, deteriorados pelas guerras, conseguiram se soerguer por meio de uma educação científica em todos os níveis de ensino, de modo a torna-los mais à frente potências tecnológicas mundiais. Por aqui, contudo, o saber científico é tolhido por uma política ultraconservadora e religiosa.

DESENVOLVIMENTO II

Devido a tais agravantes, a pátria está longe de se tornar uma potência internacional no setor tecnológico. Conforme o Índice Global de Inovação (IGI), o Brasil ocupa 62º posição no ranking de países avaliados, colocação abaixo do esperado para uma nação de grande porte. Mesmo diante de fatos tão desanimadores como esse, o país segue como forte candidato estrangeiro a se destacar no ramo das tecnologias no futuro, prova disso são os investimentos de grandes “Start Up’s” em território nacional, focadas na ideia de que o Brasil ainda tem muito a oferecer. No entanto, apesar da área de telecomunicações e “delivery” terem uma expressiva melhora nos últimos anos, sobretudo com os percalços causados pela pandemia do Covid-19, há o inimigo da inclusão tecnológica a ser vencido: a desigualdade social. Esse fenômeno, além de antigo, coaduna com a tese do sociólogo Jessé de Souza, a qual categoriza de “subcidadãos” aqueles que vivem à margem da sociedade. São, na realidade, pessoas convencidas a adquirir certas tecnologias que pouco mudarão sua condição econômica, tão pouco confere credibilidade ao aparato tecnológico que possuem.

CONCLUSÃO

Portanto, falta de uma educação científica resvala na ausência de desenvolvimento tecnológico no Brasil. Urge, então, que o MEC, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, faça um trabalho nas escolas públicas e privadas, a partir das séries mais elementares ao médio, voltado a oportunizar o contato com os conteúdos científicos e tecnológicos, de acordo com a turma e a idade dos alunos. Nas aulas, a cada ano o nível de aprendizagem naqueles campos seria intensificado, por meio de aulas teóricas e práticas, professadas por educadores capacitados e ajustadas à grade curricular dos estudantes. O intuito disso é desenvolver a ciência e a tecnologia no lugar apropriado para isso, as escolas, para que se manifeste na sociedade. Assim, outros feitos inigualáveis surgirão, não do lixo, mas de materiais que facilitariam a vida do “Menino que Descobriu o Vento”.

Um dos momentos mais importantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a prova de redação. Para contribuir com a preparação dos candidatos, o projeto Enem 360, em parceria com o grupo Ser Educacional, mantenedor de importantes instituições de ensino como a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, lançou, nesta terça-feira (29), uma plataforma de correção de textos. O serviço é oferecido de maneira gratuita.

De acordo com a organização do projeto, no Enem 360, os estudantes contam com uma ferramenta exclusiva de correção. Na plataforma, os candidatos podem aperfeiçoar a escrita na prática e, em até uma semana, os professores da iniciativa enviarão as correções, apontando as melhorias que devem ser adotadas nas redações.

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Os interessados podem ser inscrever, gratuitamente, por meio do site do Enem 360. No momento da inscrição, os estudantes escolhem um dos temas propostos e, posteriormente, fazem a redação. Depois, os textos precisam ser anexados no site; após esse procedimento, as correções serão enviadas aos feras para os e-mails cadastrados.

O Enem impresso será realizado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. Já a prova digital está marcada para 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

Aulões gratuitos

Os candidatos do Enem também contam com o auxílio do Vai Cair No Enem, projeto multimídia que, em trabalho conjunto com o LeiaJá, compartilha dicas sobre os assuntos mais cobrados na prova. Até o Exame, os estudantes podem acompanhar, aos sábados, aulões gratuitos com professores renomados.

No próximo sábado (3), a partir das 14h, será realizado mais um aulão. Os estudantes contarão com as dicas interativas dos professores Talles Ribeiro (Linguagens), Alberto César (matemática) e Tereza Albuquerque (redação). A transmissão será no YouTube do Vai Cair No Enem.

“A prática textual é fundamental para a evolução da escrita.” A fala da professora de língua portuguesa Josicleide Guilhermino resume bem o que muitos estudantes que estão fazendo, neste momento, para se sair bem na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Quem sonha ingressar em uma instituição de ensino superior no próximo ano sabe que produção textual tende a ter peso maior na pontuação final.

O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem (@vaicairnoenem), reuniu os professores de linguagens e redação Diogo Xavier, Fernanda Bérgamo, Josicleide Guilhermino e Tatyanna Manhães para indicar temas de redação sobre assuntos relacionados à pandemia do novo coronavírus, que podem ser praticados pelos estudantes. Josicleide Guilhermino fala da importância dos vestibulandos praticarem diversas temáticas. “A prática textual é fundamental para a evolução da escrita em todas as competências cobradas, independente do tema”, frisa Josicleide.

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A professora ainda alerta que, os temas de redação que abordam assuntos sobre a pandemia, podem ajudar os estudantes. “O Exame é pautado também na atualidade, então possivelmente a prática de temas relacionados à pandemia dará aos estudantes bagagem para as questões”, conclui.

A docente listou cinco temas de redação sobre a temática que podem ser praticados; confira: 

--> Impactos da epidemia na Saúde Pública brasileira.

--> Caminhos para combater avanços da Covid-19.

--> Consequências da epidemia na economia brasileira.

--> Desafios da pandemia no sistema educacional.

--> Mente sã, corpo são: saúde mental em tempos de pandemia 

Diogo Xavier informou, em entrevista ao LeiaJá, que são pequenas as chances de caírem na prova assuntos em evidência, mas o educador salienta que praticar temas de redação sobre a pandemia ajudará a ampliar o repertório sociocultural do estudante. “O tema pode dar margem a citar a pandemia ou tópicos afins como referência. Quanto mais amplo for o repertório social, há mais chance de conseguir desenvolver bem o texto”, diz.

Xavier também listou temas de redação ligados à pandemia que podem ajudar os estudantes a obter um maior repertório na hora da prova:

--> Pandemia e os desafios para manter um sistema público de saúde no Brasil

--> Empatia e solidariedade em tempos de calamidade

--> O Brasil da pandemia: o crescente descrédito na ciência e suas implicações

--> Covid-19 e os riscos das Fake News à saúde da população 

--> Educação e isolamento social: desafios para garantir educação para todos durante a pandemia

O professor Diogo Xavier produziu uma redação para exemplificar com a temática "Os desafios para manter um sistema de saúde público no Brasil":

A atual Constituição brasileira, promulgada em 5 de outubro de 1988, foi a primeira a instituir legalmente no país a saúde como um direito universal e gratuito, cabendo ao Estado proporcioná-lo a seus cidadãos. Assim surgiu o Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de garantir à população assistência médica. Hoje, entretanto, mesmo passadas mais de 3 décadas e diante de uma situação de pandemia, esse sistema ainda apresenta entraves no cumprimento de tais garantias. Urge, dessa forma, analisar os desafios para manter um sistema público de saúde no Brasil, em especial no que diz respeito à falta de investimentos.

A princípio, convém ressaltar a relevância de se proporcionar um sistema universal de saúde no país. Séries norte-americanas, como “Grey’s Anatomy”, mostram hospitais modernos nos Estados Unidos, os quais dispõem de grandes estruturas, equipamentos de ponta e os mais brilhantes profissionais, prontos para desvendar os mistérios da medicina. Lá, entretanto, a população não possui saúde pública. Os que optam por não obter um seguro-saúde correm o risco de contrair dívidas vultosas. No Brasil, por outro lado, o SUS possibilita a milhões de famílias acesso a consultas eletivas, cirurgias e atendimentos de emergência, por exemplo. Ficou ainda mais evidente a importância desse sistema diante da pandemia da doença respiratória Covid-19, no ano de 2020, pois, nos primeiros casos confirmados, clínicas particulares tiveram que transferir pacientes para instituições públicas, que estavam mais preparadas para lidar com a patologia.

Há, contudo, problemas para a garantia de atendimento de qualidade e para todos, em parte, pelo investimento governamental, que é insuficiente. Prova disso é que, segundo a OMS, o indicado é que pelo menos 6% do Produto Interno Bruto (PIB) seja direcionado à saúde, mas o Brasil destina apenas 4%, fato agravado pelo congelamento dos investimentos públicos, determinado em uma emenda constitucional aprovada em 2016. Em adição, a aplicação das verbas carece de fiscalização e de participação popular nas decisões, o que ainda possibilita desvios e outras irregularidades. Como resultado, é de conhecimento geral que hospitais sucateados e sem materiais, dificuldade de marcação de consultas e profissionais desvalorizados fazem parte da realidade do sistema público. Ademais, o surto do novo coronavírus denuncia, ainda, a quantidade insuficiente de leitos e de equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas e máscaras, fato frequentemente noticiado nos telejornais.

Percebe-se, portanto, que a saúde pública é essencial e precisa de medidas para ter sua eficiência garantida. Diante disso, urge que o Poder Legislativo, por meio da elaboração e aprovação de uma proposta de emenda à lei, determine o direcionamento de 6% do PIB para o SUS, a fim de suprir de mais recursos o sistema. Em caráter de urgência no combate à pandemia, é necessário, também, que o Senado aprove um dos projetos de taxação de grandes fortunas, a fim de garantir equipamentos e estrutura para os casos de infectados que apresentem complicações, sem comprometer outros atendimentos emergenciais. Em adição, cabe ao Ministério da Saúde instituir, na esfera federal e em cada estado, conselhos compostos por representantes da sociedade civil, do governo e dos profissionais de saúde, a fim de fiscalizar os gastos e decidir melhores direcionamentos de investimentos, levando a uma melhor garantia do direito à saúde que rege nossa Constituição Cidadã.

Rumo à nota mil

Com o intuito de ajudar ainda mais os estudantes que estão se preparando para o Enem em casa, as professoras Fernanda Bérgamo e Tatyanna Manhães deram algumas dicas em prol da pontuação máxima na redação. “Para se destacar, o estudante precisa produzir pelo menos uma redação por semana, dominar o gênero dissertativo argumentativo e entender como o corretor vai avaliar as redações com base nas cinco competências. Além disso, é bom se manter bastante atualizado já que o tema da redação é normalmente retirado da realidade atual, fora que vai ajudar muito ter um repertório de informações sobre os diversos acontecimentos”, diz a professora Fernanda Bérgamo.

Tatyanna Manhães ressalta que um bom tópico-frasal é um grande diferencial. “Conhecendo a estrutura básica da redação, o aluno deve partir para o entendimento das partes da redação (introdução, desenvolvimento e conclusão), principalmente, os parágrafos de desenvolvimento. Para o modelo dissertativo-argumentativo, o estudantes deve saber fazer um bom tópico-frasal”, pontua.

Para exemplificar, Tatyanna produziu duas redações sobre assuntos ligados à pandemia do novo coronavírus; confira:

1 - Os desafios da educação ead na pandemia

O desenho "Os Jetsons" , muito admirado pelos atuais"balzaquianos" e considerado protótipo de vida ideal ,representa um cenário imposto ao momento de pandemia. O resultado e a satisfação, entretanto, não foram os esperados. Dentre essas adaptações "a la Jetson" a que fomos obrigados e não apresentou grande sucesso destaca-se a Educação à Distância- EAD. O ensino a distância, repentinamente, deixou de ser um sonho e passou a ser um pesadelo sem limites.

Professores sem treinamento adequado expuseram-se a esse desafio sem qualquer outra escolha. Não há no ensino carreira docente (a Licenciatura) registro como matéria obrigatória na imensa maioria das grades horária. Isso significa que o professor, grande parte das vezes, não recebe qualquer treinamento para esse tipo de aula.

Por outro lado, há as diferentes situações dos alunos (etárias, sócio-econômicas etc) unidas por um denominador comum: falta de adaptação ao estudo EAD. Muitas escolas (a imensa maioria) não tinha sequer uma matéria nesse modelo. Assim, a aprendizagem tornou-se um desafio. O aluno mal consegue depreender o básico da aula quiçá ter na aprendizagem um ato revolucionário - como idealizava Paulo Freire.

Visto que a melhoria faz-se necessária, insurgem diversas necessidades.  Torna-se mister que o Ministério da Educação trabalhe alterações tanto na grade curricular da Licenciatura quanto na dos colégios (dentro do possível).

Para isso, deve alterar a Base Comum Curricular de forma a inserir a EAD . Mesmo que para todos as realidades esse formato seja um meio acessível, propor matérias teóricas que tratem do assunto para a garantia de que as próximas gerações lidarão melhor com o EAD. O MEC também deve propor cursos para preparar professores - entretanto, isso cabe também às escolas como iniciativas isoladas. Docentes conhecedores dos sistemas básicos usados para o ensino virtual propiciarão melhores aulas.

2 - Isolamento social em tempos de pandemia

"O homem é um ser social". Tal assertiva fala  do filósofo Rousseau pode ser notada empiricamente. regimento de diversas formas de interação pessoal ou virtualmente. Negou-se ao homem o direito à sociabilidade pela necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia da Covid-19. Furtá-lo dessa socialização tornou-se um desafio necessário que implicou consequências tanto positivas quanto negativas.

De maneira positiva, pôde-se notar, por meio do isolamento social, a capacidade de adaptação humana. Mesmo que muitos desafios tenham aparecido, o indivíduo soube adaptar a suas necessidades ( estudos, malhação, entretenimento ) à vida isolada. Pode-se aqui ressaltar Rousseau que aborda a influência do meio - a mudança no meio gerou também um novo homem.

Por outro lado, temos dados bastante difíceis que se referem ao psicológico humano. Dados de universidades afirmam que os atendimentos aumentaram em 20% nessa área. O isolamento implicou aguçamento de questões individuais trazendo-nos à lembrança o que Tom Jobim ressalta em "Wave": é impossível ser feliz sozinho.

Embora saibamos que o isolamento social devido à pandemia tenha sido algo pontual, alguns alertas apareceram e precisam ser combatidos. Primeiramente, ressaltar a necessidade de que o Ministério da Saúde inclua atendimento psicológicos em toda a rede do SUS garantindo que a pauta da saúde mental será garantida na esfera governamental. Os conselhos de psicologia devem repensar os modelos de atendimento à distância visando a inclusão de mais indivíduos na modalidade à distância (atualmente, só é permitido por vídeo). A preocupação deve ser de todos.

O último domingo (3) foi marcado pela aplicação de provas de Linguagens, Ciências Humanas e redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Quase 4 milhões de participantes compareceram e precisam ter suas redações corrigidas. 

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2019, 5.168 avaliadores estão sendo selecionados. Os professores que desejam participar da correção dos textos devem ser formados em letras/português ou linguística. É vedado aos candidatos estar inscrito no Enem e ter parentes de primeiro grau - pai/mãe, filho ou cônjuge - participando do Exame, mesmo que na condição de treineiro. 

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Todos os professores interessados passam por um treinamento online com nove módulos e 93 horas de duração. Durante esse treinamento, segundo o Inep, os candidatos devem responder questões sobre as competências do Enem. Os que tirarem nota zero são eliminados e os demais fazem um exercício com 30 redações para corrigir em três horas. Os textos já têm notas de referência determinadas, eliminando participantes que atribuam notas muito discrepantes às redações. 

Os candidatos com melhor desempenho são selecionados para um treinamento presencial com 16 horas de duração, quando o termo de sigilo deve ser impresso e assinado. Após o curso, os corretores fazem um último teste com 50 redações e devem atribuir notas para as cinco competências avaliadas no Enem. Essa fase é obrigatória e eliminatória. 

Quem for aprovado ao final do processo ficará apto a receber e corrigir os textos dos participantes do Enem 2019. Cada corretor pode corrigir até 200 redações por dia e deve se comprometer a avaliar mais de 150 textos a cada três dias. A cada 50 redações, o corretor recebe uma que já foi avaliada por especialistas para analisar o seu desempenho. 

Os textos de todos os alunos que fizeram o Enem são avaliados por dois professores em plataforma online, sem identificação. Os corretores avaliam a redação sem conhecer a nota atribuída pelo outro e, em caso de discrepância maior que 100 pontos na nota global ou ultrapassar 80 pontos em alguma competência, o texto segue para um terceiro professor e o resultado é a média aritmética das duas notas que mais se aproximam. 

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Antes da realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), várias declarações do ministro da Educação, Abraham Weintraub, despertaram ansiedade em muitos estudantes que temiam mudanças radicais nas provas. Nesse cenário, as provas de Linguagens, Redação e Ciências Humanas foram aplicadas neste domingo (3), para cerca de 5,1 milhões de estudantes do Brasil inteiro. 

Um dos pontos de reclamação dos estudantes sobre o Enem há várias edições é o tamanho dos textos. O LeiaJá ouviu professores para realizar uma análise das questões das provas e na opinião de Diogo Xavier, que ensina linguagens e redação, achou a prova mais curta, com textos menores em comparação ao Enem 2018. 

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“A prova teve questões mais curtas, mas o estudante precisava de uma atenção maior. Acho que o aluno teve dificuldade de equilibrar o tempo”, disse o professor. As questões, segundo a avaliação de Diogo, tiveram um nível de dificuldade semelhante ao último Enem e “não está mais conteudista com a Gramática” como algumas pessoas esperavam. 

O professor Diogo Didier também analisou a prova do Enem 2019 e afirma que também esperava que a prova se tornasse mais conteudista, o que não ocorreu. “Houve uma diminuição significativa do tamanho dos textos, eles vieram mais curtos, sintéticos. Interpretação de texto, figura de linguagem, função da linguagem permanecem presentes na prova. O Enem não está mais ligado a clichês, a coisas muito óbvias. Se [o aluno] aprendeu a prova como estrutura, sabe interpretar e escrever, faz qualquer questão”, disse o professor. 

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Surpreendente. Essa é a definição de muitos professores a respeito do tema da redação da edição 2019 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Democratização do acesso ao cinema no Brasil” foi o assunto escolhido pela organização da prova que começou, neste domingo (3), com questões de Ciências Humanas, Linguagens, além da própria produção textual.

Em entrevista ao LeiaJá, professores de redação analisaram o tema divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os educadores Lourdes Ribeiro e Felipe Rodrigues ainda produziram sugestões de textos sobre a temática. Confira:

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Lourdes Ribeiro:

Em 2019 a obra “Bacurau” foi exibida nos cinemas do Brasil e do mundo, retratando nas telas a realidade de uma cidade interiorana que, sem razão aparente, “some do mapa”. Trazendo para a realidade, essa exclusão social é uma realidade em diversas cidades do interior do Brasil e nas partes periféricas. Nesse sentido, destacam-se a questão do acesso ao cinema e a elitização dessa arte.

Ao longo dos anos, os cinemas saíram de instalações independentes e foram transportados para shoppings, o que dificultou ainda mais a chegada de telespectadores ao espaço. Moradores de cidades do interior e de periferias não conseguem chegar a esse local e são privados do direto ao lazer que, é uma garantia existente nos Direitos Humanos. Mesmo os espaços que não se encontram em shoppings, estão nas capitais e metrópoles.

Apesar de existir o “vale cultura”, ele só é proporcionado para trabalhadores de carteira assinada. Além disso, apenas empresas vinculadas ao programa da Caixa Econômica Federal são agraciadas com tal vale. Os preços de ingressos são exorbitantes e, mesmo os valores considerados mais populares, se tornam caros para famílias de baixa renda. É importante lembrar que o cinema também é um meio de acesso à informação.

A exclusão social que é retratada no filme “Bacurau” não pode mais ser uma realidade. Portanto, medidas precisam ser tomadas para a resolução das problemáticas abordadas. A Secretaria da Educação precisa capacitar os professores a conscientizar os alunos da rede pública que o cinema também é espaço deles. O Ministério da Cultura (em parceria com empresas privadas) precisa voltar a existir para que possa tomar a frente dessa expansão do acesso ao cinema. Dessa maneira, tanto o acesso quanto a elitização seriam minimizados.

Felipe Rodrigues

O longa-metragem nacional Tatuagem, dirigido pelo cineasta Hilton Lacerda, retrata a dificuldade do acesso à cultura, sendo o teatro e drama auges, de uma narrativa censurada e exibida - em seu desfecho - para um público restrito, inclusive, num filme. No hodierno, nota-se que o diapasão do acesso ao cinema ainda é um contexto problemático, principalmente quando levado em conta o número de habitantes, salas e acesso à sétima arte. Diante disso, a estratificação social e acessibilidade são entraves para a disseminação do conteúdo audiovisual brasileiro.

Cultura, no âmbar sociológico, retrata o conjunto de saberes, tanto históricos, como, indispensavelmente, sociais. A partir disso, vê-se o cinema como uma disseminação de conhecimentos, haja vista o seu reconhecimento como arte; outrossim, ratifica-se tal afirmativa, a partir da Lei 13.006/2014, cuja insere a amostra de filmes nacionais ao ensino básico, em formato mensal. Entretanto, há uma estratificação nesse contexto, pois a valorização nacional e o conceito de arte são opostos, já que a educação não é acessível a todos, nem tampouco o aceso à exibição dos audiovisuais, formando um limbo entre a legislação e a realidade. Nesse viés, o interiorano, em voga, é uma figura cuja deve ser colocada em “cheque”, pois muitos não possuem as mínimas condições de sobrevivência, inerentes às atividades rurícolas, sendo indivíduos análogos ao direito de meia-entrada.

Ademais, pontuar outra dificuldade de acesso ao cinema é lembrar que, aproximadamente, 14% dos brasileiros possuem alguma deficiência, segundo a UNESCO. Nesse contexto, disseminar cultura é integrar uma minoria social, como também, compreender a acessibilidade como ferramenta essencial ao “status quo” estatal.  A descrição audiovisual, através de intérpretes, ainda é um conflito à contemporaneidade nacional, pois é verificado em poucos números, em projetos especiais; para além, às libras, sem dúvidas, conforme um panorama da Revista Carta Capital, deveria ser uma exaltação a uma linguagem nacional, mas, é colocada em segundo plano. O estudo de uma eficácia no processo de democratização cinematográfica do país, em síntese, deve reverberar pela sociedade inacessível, cujas devem entender isso a partir do processo educacional, sendo o primeiro passo de viabilização à sétima arte.

Portanto, a estratificação social e acessibilidade devem ser vieses reformados, quando pontuada a democratização do cinema. Em primazia, o Governo Federal, através do financiamento de projetos ligados à ANCINE, pode pluralizar o acesso ao cinema gratuito, fazendo exibições em praças e regiões interioranas, em formatos mensais, por cidade; para além, a criação de um aplicativo de acessibilidade aos filmes, voltado aos cegos, poderá advir das Universidades, havendo uma audiodescrição simultânea, a partir do início das exibições. Logo, o acesso ao cinema poderá ser pluralizado, das massas aos inacessíveis, nacionalmente.

O segundo dia do Enem será em 10 de novembro. Na ocasião os candidatos responderão questões de Ciências da Natureza e matemática.

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Nesta quinta-feira (24), o Ministério da Educação (MEC) divulgou comentários de especialistas a respeito de redações. Os textos alcançaram nota máxima na edição 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o MEC, o objetivo é fazer com que as análises ajudem os candidatos que enfrentarão o processo seletivo deste ano nos dias 3 e 10 de novembro.

Vinculados ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização da prova, os especialistas analisaram sete redações que obtiveram nota mil. Os analistas identificaram as seguintes características nas produções textuais:

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possuem uma proposta de intervenção para o problema apresentado no tema;

têm repertório sociocultural produtivo no desenvolvimento da argumentação do texto;

respeitam os direitos humanos;

apresentam as características textuais fundamentais, como coesão e coerência;

demonstram domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;

atendem ao tipo textual dissertativo-argumentativo.

No ano passado, a “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet” foi o tema da redação. Veja, a seguir, os textos avaliados pelos especialistas do Inep e seus respectivos comentários:

Redação 1

Redação 2

Redação 3

Redação 4

Redação 5

Redação 6

Redação 7

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está cada vez mais próximo. O primeiro dia de prova será no domingo (5), quando os alunos enfrentarão as avaliações de Linguagens, Humanas e redação, enquanto no dia 12 de novembro será a vez da parte de matemática e Ciências da Natureza.

As provas do Enem são conhecidas por seus enunciados longos, que acabam exigindo muita atenção e um tempo maior de leitura. Como o tempo é um fator crucial para quem está fazendo a prova, em entrevista exclusiva ao LeiaJá, a professora de linguagens Pollyane Gonçalves deu algumas dicas para que os alunos consigam realizar o Exame de uma forma mais rápida e objetiva.

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Ler o enunciado

De acordo com a professora de português, nem sempre será necessário fazer a leitura do texto na íntegra. “Na maioria das vezes os enunciados são longos, mas não são complexos. Normalmente eles têm uma introdução a respeito do assunto técnico que eles vão tratar, ou uma contextualização sobre o texto que foi mostrado e depois vem o enunciado. Muitos alunos erram porque não leem o enunciado com tanta atenção. Então uma dica primordial é ler o enunciado sabendo exatamente o que ele está buscando, e só então, ir fazer a leitura dos textos”, explica Pollyane.

“Quando são textos longos, a ideia principal, normalmente, está no primeiro parágrafo, e muitas vezes o aluno não vai ter que ler todo o texto, que seria bem longo. No primeiro parágrafo ele já tem a resposta. Porque ele descobriu buscando isso no enunciado. O comando da questão é primordial para que o aluno depois vá ler o texto”, diz. 

Interpretação e compreensão

Pollyane alerta sobre as diferenças dos termos que, por muitas vezes, comprometem o tempo dos alunos durante a prova. “Há uma diferença entre interpretar o texto e compreender um texto, e isso é muito importante em uma prova estilo a do Enem. Interpretar o texto é ir buscar aquilo que está na superfície do texto. Compreender o texto é algo que está além do texto. O aluno vai precisar colocar o seu conhecimento de mundo junto com as ideias do autor da questão”, explana. 

“É bom que ele saiba dessa diferença, porque isso poupa tempo. Ele já sabe o tipo de leitura que vai ter que fazer de acordo com enunciado. Se o enunciado está pedindo uma questão de interpretação, ele vai buscar diretamente no texto. Se o enunciado pede uma compreensão, ele vai ter que fazer uma leitura mais minuciosa”, complementa.

Momento de descanso

Para a professora de português, é sempre bom que os alunos tenham alguns intervalos durante a prova, para que a mente descanse e para que o rendimento do aluno não caia no decorrer da avaliação.  “Vai ter uma hora na prova que o aluno vai estar extremamente cansado, então ele para uns 10 minutos, dá uma respirada, porque o cérebro também precisa dessa pausa. Mas antes disso, o aluno tem que ter a capacidade de saber escolher quais são os textos da prova que precisam ser lidos e aqueles que não necessitam de leitura. Muitos dos textos da prova do Enem não vão precisar ser lidos, porque o aluno vai conseguir resolvê-los apenas com o conhecimento técnico que já é dito no enunciado”, diz.

A técnica da pausa é indicada, principalmente, para aqueles alunos que ainda não fizeram um planejamento de como irão responder a prova. “O aluno que desenvolve uma estratégia para a resolução da prova previamente sabe filtrar quais são as questões que ele precisa ler e quais são as questões que ele não precisa ler, e isso vai poupar tempo. E se esse aluno não tem tanta técnica, e na metade da prova já está cansado dos textos, a dica realmente é dar uma parada, respirar, baixar a cabeça, pensar em alguma coisa boa e retoma para a prova, pois é muito importante que ele esteja concentrado”, orienta a professora.

Não limitar a leitura a apenas um gênero textual

De acordo com Pollyane, os alunos não podem ler somente os conteúdos das redes sociais, mas sim de tudo que está ao redor. “A leitura é uma construção ao longo de uma vida inteira. Sempre falo para os meus alunos que eles têm que estar em contato com o maior número de gêneros textuais possíveis. Não adianta ficar entre o Facebook e o Whatsapp, que é o que essa geração tem muito de leitura. Tem que abrir um jornal para ver como ele se organiza, ainda que esse jornal seja eletrônico. Mas ele tem que ter essa cultura de leitura. É importante que ele leia, até mesmo a receita que a mãe está fazendo em casa, que é para saber que uma receita vai se organizar de uma forma diferente de um poema ou um quadrinho. Ele tem que entrar em contato com o maior número de gêneros textuais que ele conseguir”, finaliza. 

Estão abertas, até o dia 20  deoutubro, as insrições para participação na Coletânea de Ensaios sobre o Recife. A publicação vai reunir 10 trabalhos sobre paisagens históricas da capital pernambucana e é uma iniciativa da Prefeitura.

A coletânea pretende abrir espaço para escoar a produção de artigos, estudos e ensaios sobre a cidade. Os textos devem ter 25 páginas, sendo o conteúdo inédito ou não, precisando ser, obrigatoriamente, atualizados e de autória própria. Os temas devem contemplar fatos históricos sobre o recife e sua diversidade cultural.

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Podem se inscrever professores, estudantes, moradores e turistas. Os interessados podem conferir o regulamento e formulário de inscrição no site da PCR. O resultado será divulgado no mesmo site, no Teatro Barreto Júnior, na Gerência Operacional de Literatura e será publicado no Diário Oficial do Município.

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O edital Filme Cultura 63 está com inscrições abertas para o envio de textos até o dia 8 de setembro. Os interessados devem enviar um material inédito e original, que nunca tenham sido publicados em outros veículos. Não há limite para a quantidade de textos, mas é exigido que a temática seja ‘Mulheres, Câmeras e Telas’. A escolha do tema foi feita com a intenção de investigar o espaço das mulheres no audiovisual nacional, além de analisar o que elas estão produzindo e como estão sendo retratadas e representadas nas telas.

A inscrição deverá ser realizada online, através do preenchimento do formulário disponível online e do envio do texto em formato de PDF editável. É exigido também o envio de um breve currículo do autor, além de uma declaração assinada de autoria e de ineditismo do texto. Para mais informações e para acessar o edital completo, basta clicar aqui para acessar a página da revista no site do Ministério da Cultura.  

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Lançada em 1966, a revista Filme Cultura deu uma longa pausa em 2013, voltando apenas 3 anos depois, sendo pensada de uma forma que se tornasse mais sustentável e que desse a possibilidade de ampliar as vozes da publicação. Ela é dedicada à pesquisa, reflexão e divulgação do cinema brasileiro, abordando um tema diferente a cada edição. 

Os alunos das redes estadual, municipal e privada de Pernambuco poderão se inscrever até o dia 15 de agosto, no Concurso "Arte Livre", que irá premiar desenhos, textos e vídeos produzidos por esses estudantes sobre o tema “Conselho Tutelar: Defensor dos Direitos da Criança e do Adolescente”. O prêmio chega a sua décima edição este ano.

Segundo a Secretaria de Educação do Estado, o objetivo do projeto é incentivar manifestações culturais que auxiliem na efetivação dos direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em 2017, os estudantes inscritos poderão ser premiados com notebook e uma edição com os 100 melhores textos. O prêmio vale para os três melhores trabalhos de cada categoria. Já a escola que tiver no mínimo um estudante vencedor receberá certificado, notebook, kit multimídia e data show. 

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As inscrições estão sendo realizadas através de preenchimento de formulário nosite do CEDCA/PE (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco), que realiza o concurso. Podem se inscrever para a categoria desenho os alunos do 1º ao 5º ano. Já os do 6º ao 9º ano, na categoria texto, e os adolescentes do ensino médio podem realizar as inscrições na categoria texto e vídeo. 

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Utilizada em muitos processos de recrutamento, a redação pode virar uma inimiga no momento de conquistar a nova oportunidade. Isso acontece quando a caligrafia dos candidatos dificulta, muita vezes bastante, o entendimento dos recrutadores ao analisarem um texto escrito manualmente. Nas avaliações, são analisadas ortografia, a repetição de palavras e coesão, entre outros aspectos.

“Os erros de ortografia, tanto quanto a maneira de se escrever, podem acarretar em uma desclassificação não só em processos seletivos que envolvam uma leitura do material que foi escrito, como também em provas de faculdade e concursos”, explica a Psicóloga e Diretora da Empresa RSP Psicologia, Marisol Tarragô.

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Segundo ela, muitas vezes a maior dificuldade - antes mesmo de encontrar os erros de ortografia - é entender o que o candidato escreveu. “É muito comum não conseguir ler ou entender o que o participante escreveu. Eu particularmente tento usar uma 'lupa' como ajuda para identificar algumas letras, mas infelizmente, muitas vezes, nem dessa forma consigo decifrar o que foi escrito”.

A recrutadora ainda dá um exemplo para explicar melhor a situação. “Imagine um processo seletivo para 20 vagas, a quantidade de pessoas selecionadas sendo 200 e um prazo pequeno para selecionar. Dependendo dessas questões e de outras, fica até inviável tentarmos 'decifrar' o que o candidato escreveu”, esclarece Marisol, que conclui: “Infelizmente isso acontece na maioria das seleções. E pode gerar um prejuízo para qualquer pessoa”.

Em entrevista ao LeiaJá, Mychele Barros falou sobre a Grafologia em processos seletivos de empresas. Foto: Chico Peixoto/LeiaJá Imagens

Além disso, a forma de como se escreve pode dizer muito sobre a personalidade do candidato e suas características. De acordo com Mychele Barros, analista de Recursos Humanos do Grupo Ser Educacional, os recrutadores podem desvendar o perfil comportamental dos candidatos por meio da análise da grafia de cada um. Ainda é possível observar a pressão, o tamanho e até mesmo a direção do texto escrito por quem participa da seleção.

Para ela, uma pessoa pode até ser eliminada de uma seleção por causa da forma da escrita, mas ainda sim é analisado o todo, o conjunto. “Se for algo que a gente percebeu tanto no teste grafológico quanto em outros instrumentos e que vai trazer um prejuízo, a gente pode eliminá-lo naquele momento”, explica.

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Como é feita essa avaliação?

Atualmente, a aplicação deste tipo de avaliação costuma ser feita pelos recrutadores da seguinte forma: o candidato é orientado a escrever uma redação de 15 a 30 linhas e recebe duas folhas de papel. Para isso, ele recebe uma caneta esferográfica azul ou preta. O profissional é orientado a não usar o verso do papel e precisa redigir a próprio punho sobre algum tema, o seu dia a dia, ou até mesmo para ele se apresentar.

“Além da ortografia e da caligrafia, a gente observa também a grafologia. Alguns candidatos se preocupem em não errar e fazer tudo certinho, mas se esquecem que somos capacitados para analisar outras coisas além disso em um texto. As pessoas teclam mais que escrevem e isso também é um dos fatores que prejudicam e nos deixam com a caligrafia pior. Tem alguns sinais na grafologia que são mais críticos, que conseguimos perceber apenas no olhar, mas lógico que a gente não pode se prender só a isso”, esclarece Mychele.

Dentre os sinais, está a pressão da caneta no papel. A analista diz que “A pressão é a energia da pessoa. A escrita leve indica que a pessoa está um pouco triste, que ela pode está desempregada há muito tempo, está menos animada. Quando uma pessoa escreve com mais rigidez, traz indícios de que aquela pessoa tem mais vitalidade”. E finaliza: “Nós, recrutadores, temos cuidado com esses casos. Buscamos fazer um conjunto para poder analisar o todo. Já tivemos textos que eram praticamente incompreensíveis e isso acaba prejudicando sim. A grafologia é diferente da caligrafia, mas se você escreve de uma forma que ninguém entende fica muito difícil a nossa comunicação”. 

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Mais de 291 mil candidatos zeraram a redação ou tiveram a prova anulada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição 2016. Em coletiva de imprensa realizada em Brasília, a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, também deu detalhes dos motivos que fizeram esses candidatos perderam a prova. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), mais de 6 milhões de pessoas participaram do Enem.

De acordo com a presidente do Inep, um dos motivos para o zero ou anulação foi fuga ao tema. Ao todo, 46.854 candidatos não seguiram a temática sugerida na prova. Em 2016, duas temáticas foram indicadas, uma sobre combate à intolerância religiosa e luta contra o racismo.

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Além disso, foram apontados como motivos para os resultados ruins o não atendimento das características do texto dissertativo, cópia do texto base, falta de respeito com os direitos humanos, entre outros. Em relação a esse último ponto, mais de 4 mil candidatos apresentaram proposições que ferem os direitos humanos.

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O manuscrito mais antigo do Reino Unido, escrito em latim em meados do século I, foi encontrado em Londres, em meio a uma coleção valiosa de textos sobre o comércio da cidade, revelaram arqueólogos nesta quarta-feira.

O texto foi registrado em uma tábua de madeira e faz referência a uma dívida contraída em 8 de janeiro do ano 57, menos de 14 anos depois da invasão romana de 43. O documento afirma que um escravo liberto reconhece uma dívida de 105 dinares por uma mercadoria, a metade do que um soldado romano ganhava em um ano.

As tábuas foram encontradas em uma escavação na City de Londres, o distrito financeiro da cidade, durante a construção da sede da agência de notícias financeiras Bloomberg. No total, foram encontradas 405 tábuas de madeira escritas, em sua maioria contendo anotações de caráter comercial, como contas, recibos de empréstimos e documentos legais.

"Eram como os e-mails do mundo romano", disse Sophie Jackson, diretora do Museu de Arqueologia de Londres, que realizou a escavação.

Os romanos enceravam as tábuas e entalhavam o texto na cera. Em alguns casos, a pressão ao gravar era forte o suficiente para deixar marcas na madeira, e estes vestígios permitiram que o conteúdo fosse identificado pelos arqueólogos.

Fazer mais de uma redação por semana, para treinar, é recomendação frequente de professores aos estudantes que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Como nem sempre os candidatos têm acesso a professores para corrigir os textos e dar dicas para melhorar a escrita, surgem como opções os aplicativos e sites para correção de redações.O serviço é pago e a proposta é que os estudantes usem os aplicativos para enviar os textos, por foto ou digitados, e a redação é corrigida seguindo os critérios do Enem. O estudante recebe a nota e comentários dos corretores com análise do texto, indicando correções. Os preços variam e há opções de pacotes, nos quais quanto maior o número de redações, menor o valor por unidade corrigida.

Entres os aplicativos disponíveis está o Redação Online, pelo qual o estudante escolhe o tema, dentre os sugeridos, e também pode escrever sobre outros assuntos. O texto é digitado na plataforma ou o estudante envia uma foto da redação, e os corretores dão retorno em até três dias. É preciso informar se a intenção é se preparar para o Enem ou vestibular para que o corretor adote os critérios de cada caso. Cerca de 90% da procura é de quem vai fazer Enem. A assinatura básica, de R$ 9,90, dá direito à correção de quatro redações, e o pacote de oito correções sai por R$ 15,90.

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Pelo aplicativo Imaginie, o estudante pode enviar uma foto da redação e o texto corrigido é devolvido em até sete dias. A primeira correção é gratuita, e para as demais o custo é de R$ 9,90. Para o pacote de dez redações o custo unitário fica R$ 6,99. Outra opção é o Redação Nota 1000, plataforma online em que o texto deve ser digitado no site e enviado para correção, com resposta em até cinco dias, ao custo de  R$ 14,90.

O coordenador de cursinho e criador do Redação Online, Otávio Auler, diz que os aplicativos são uma boa oportunidade de treino, sobretudo para quem não tem acesso fácil a professores e vive em cidades sem cursos preparatórios.

Segundo ele, muitos candidatos têm dificuldade de receber as informações e passá-las para o papel, e também tendem a basear a argumentação na opinião pessoal e no senso comum. Auler diz que os corretores orientam a ter uma argumentação mais consistente, a ler mais, procurar revistas, livros, buscar informações por meio da internet, e "a partir da terceira redação já é possível ver resultados positivos nos textos dos estudantes”.

A redação no Enem

Preocupação frequente de muitos candidatos, a redação do Enem é um texto dissertativo-argumentativo, que tem como estrutura básica a introdução, desenvolvimento e conclusão. É preciso apresentar uma tese sobre o tema proposto, desenvolver a argumentação e apresentar uma proposta de intervenção. É opcional dar um título ao texto.

Na redação, são avaliadas cinco competências: domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa, compreensão da proposta de redação, seleção e organização das informações, demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto e elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os direitos humanos.

No exame de 2014, 529.373 candidatos tiraram nota zero na redação, o que corresponde a 8,5% dos participantes. A fuga ao tema foi o motivo que levou 217.339 candidatos a zerarem a redação. Na outra ponta, apenas 250 estudantes obtiveram a nota máxima.

Um guia com dicas para a redação, lançado em 2013 pelo Ministério da Educação, detalha que recebe nota zero a redação que apresentar fuga total ao tema, texto com até sete linhas, não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa, texto com impropérios e desrespeito aos direitos humanos, desenhos e outras formas propositais de anulação e inserções indevidas, como ter parte do texto desconectada do tema proposto.

O Ministério da Justiça lançou, nesta quarta-feira (28), dois projetos para debate público: a regulamentação do Marco Civil da internet e um anteprojeto de lei sobre proteção de dados pessoais. O lançamento foi feito em conjunto pelos ministérios da Justiça, Comunicações, Cultura e Secretaria-Geral da Presidência da República.

Os dois projetos estarão disponíveis por 30 dias para consultas online. A discussão sobre a regulamentação do Marco Civil da internet, sancionado em abril de 2014, se dará por meio de apresentação de quatro eixos: "neutralidade da rede", "registros de acesso", "privacidade" e "outros temas'. Os tópicos estão disponíveis na internet pelo prazo de 30 dias, que poderá ser estendido. Após esse prazo, o Ministério consolidará as contribuições e o texto será enviado para a presidente Dilma Rousseff.

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No caso do anteprojeto de lei de Proteção de Dados Pessoais, um texto-base foi disponibilizado em outro ambiente na internet. De acordo com a titular da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), Juliana Pereira, embora o Brasil esteja discutindo uma lei de proteção de dados pessoais apenas agora, enquanto outros países já têm legislação sobre tema, o momento é oportuno, já que o tratamento de dados pessoais sofreu grandes mudanças ao longo dos últimos anos, especialmente com a expansão da internet.

Enquanto a regulamentação do Marco Civil trata de questões restritas ao ambiente da internet, o anteprojeto de lei de proteção de Dados Pessoais também discute dados que estão fora do ambiente online como, por exemplo, dados cadastrais do consumidor em uma loja de departamentos ou dados informados a órgãos públicos. O objetivo é o de que a lei assegure a forma de utilização dos dados das pessoas por empresas ou órgãos públicos, como tempo de armazenamento, uso, comercialização.

Para Juliana, o anteprojeto de lei "tem uma importância para o mercado e não só para o cidadão como um direito constitucional". "Para o mercado, traz segurança jurídica", diz, explicando que a regulamentação poderá dar mais segurança para que as empresas saibam como devem tratar dados pessoais coletados e armazenados.

A proposta da Senacon, que não aparece no texto apresentado nesta quarta-feira, é de que seja criada uma autoridade responsável pelo tratamento de dados pessoais. "Não dá para ter amadorismo. É preciso que no Brasil se tenha uma autoridade com capacidade técnica, porque isso é pressuposto em análise de privacidade", afirma a secretária. Juliana acrescenta que atualmente 101 países já têm leis gerais sobre proteção de dados pessoais e que, desse total, 90 têm autoridades para tratar exclusivamente do assunto.

O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) está com inscrições abertas para o I Concurso Estadual de Redação da Escola de Contas Públicas. Com o tema "Jovem cidadão: como posso mudar meu município, meu estado e meu país?", o concurso comemora os dez anos do projeto Escola de Cidadania, desenvolvido pela Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães. A iniciativa é destinada aos estudantes de ensino médio da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco que tenham de 15 e 29 anos. 

Os interessados devem preencher a ficha de inscrição disponível no site e entregá-la, junto com a redação, até o dia 30 de setembro, na sede da Escola de Contas, localizada na Avenida Mario Melo, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. O resultado final será divulgado no dia 20 de novembro na página da Escola de Contas e no Diário Oficial do Estado. Mais informações no edital ou pelo telefone (81) 3181-7963.

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