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O Aberto da Austrália poderá voltar aos velhos tempos em 2022. O primeiro Grand Slam da temporada, acostumado a contar com muitas baixas nas primeiras décadas da era profissional do tênis, poderá perder até metade do Top 100 tanto do ranking masculino quanto do feminino por conta da exigência de vacinação completa contra a covid-19.

O desfalque maior deve ser o sérvio Novak Djokovic, recordista de troféus em Melbourne, com nove títulos. O atual número 1 do mundo já avisou que não vai revelar se tomou a vacina. No início da pandemia, o tenista adotou posturas negacionistas e já demonstrou desconfianças quanto à vacinas de forma geral.

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O tenista da Sérvia deve puxar a fila das baixas no primeiro grande torneio de 2022. Mas não será exceção. De acordo com o jornal australiano The Sydney Morning Herald, cerca de 35% dos tenistas masculinos ainda não se vacinaram ou completaram a imunização (no caso de duas doses), segundo números atualizados da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). No caso das mulheres, essa cifra sobe para 40%, de acordo com a WTA.

Levando em consideração que parte destes tenistas está no Top 100 de cada ranking e que alguns não competirão devido a lesões, quase metade da elite do tênis deve ficar fora do primeiro Grand Slam da temporada. Entre os lesionados que provavelmente não estarão em Melbourne estão medalhões como o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, ambos em processo de recuperação física.

Ao contrário de outras entidades esportivas, como a NBA, a ATP e a WTA não exigiram vacinação dos seus atletas, algo controverso mesmo entre os tenistas. Alguns, como o escocês Andy Murray, já cobraram estas organizações para estabelecerem as doses contra a covid-19 como pré-requisito obrigatório no circuito.

Apesar desta postura da ATP e da WTA, os tenistas não vacinados não poderá competir na Austrália pode decisões governamentais. Na terça-feira, Daniel Andrews, governador do estado de Victoria, onde se localiza Melbourne, reiterou que atletas não vacinados não poderão disputar o torneio.

"(Para o vírus) Não importa qual o seu ranking de tênis ou quantos Grand Slams você venceu. Isso é completamente irrelevante. Você precisa estar vacinado para se manter e manter os outros seguros", disse o político, dando uma alfinetada em Djokovic, atual campeão do Aberto da Austrália.

A mensagem foi reforçada nesta quarta pelo ministro da imigração do país, Alex Hawke. "Você precisará ter duas doses da vacina para visitar a Austrália. Isso tem aplicação universal, não apenas para tenistas", declarou. "Eu não tenho uma mensagem especial para Novak (Djokovic). Tenho uma mensagem para todos que desejem visitar a Austrália. Será preciso ter duas doses da vacinas", reforçou.

O estado de Victoria está em "lockdown" há cerca de três meses e recentemente incluiu atletas profissionais na lista de obrigatoriedade para a vacina. Um dos países que mais se protegeu desde o início da pandemia, a Austrália fechou suas fronteiras para não residentes, embora as autoridades tenham emitido vistos para atletas e equipes esportivas para grandes eventos, incluindo o último Aberto da Austrália, em fevereiro deste ano. Na época, a vacinação ainda era inicial e pouco ágil em todos os países.

Com início marcado para 17 de janeiro, o Aberto da Austrália poderá voltar aos velhos tempos se boa parte do Top 100 não acelerar o processo de vacinação. Até a década de 80, eram poucos os tenistas da Europa e das Américas que se aventuravam a atravessar o mundo para competir em Melbourne.

O sueco Bjorn Borg, tido como um dos maiores da história, disputou apenas uma vez a competição australiana, por exemplo. Se tivesse competido em mais edições, possivelmente teria ampliado seu currículo de títulos para além dos 11 Grand Slams com os quais se aposentou, em 1983.

Para os brasileiros, disputar o Aberto da Austrália era ainda mais difícil e caro. Maria Esther Bueno, lenda brasileira, não conquistou nenhum título lá. Seu melhor resultado foi a final de 1965.

A inesperada conquista do Torneio de Quebec, no Canadá, levou a jovem francesa Oceane Dodin ao Top 100 da WTA pela primeira vez na carreira. Na nova atualização do ranking, divulgada nesta segunda-feira, a tenista de apenas 19 anos ganhou 39 colocações e apareceu em 93.ª, com 714 pontos.

Dodin nunca havia ganhado sequer uma partida em chaves principais de torneios da WTA até a última semana, quando viveu os melhores dias da carreira para ficar com o título. Na decisão de domingo, ela surpreendeu a norte-americana Lauren Davis, que, apesar da derrota, também teve uma ascensão considerável no ranking, da 104.ª para a 83.ª posição, com 797 pontos.

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Quem também se beneficiou da conquista de um título na última semana para subir no ranking da WTA foi a norte-americana Christina McHale. No domingo, ela conquistou o Torneio de Tóquio, e nesta segunda subiu de 53.ª para 42.ª, com 1.245 pontos. Derrotada por ela na final, a checa Katerina Siniakova saiu de 65.ª para 53.ª, com 1.094.

Sem a participação das principais tenistas nestes torneios, não houve alteração nas primeiras 20 colocações do ranking da WTA. A ponta, assim, está pela segunda semana consecutiva nas mãos da alemã Angelique Kerber, que destronou a norte-americana Serena Williams na atualização de segunda-feira passada. Kerber tem 8.730 pontos, contra 7.050 de Serena.

Entre as brasileiras, Teliana Pereira segue como número 1 do País, apesar da queda vertiginosa no ranking nos últimos meses. Nesta segunda-feira, caiu mais seis posições e é a 158.ª, com 357 pontos. Ela está somente quatro colocações à frente de Paula Gonçalves, que tem 351.

Confira a classificação atualizada do ranking da WTA:

1ª - Angelique Kerber (ALE), 8.730 pontos

2ª - Serena Williams (EUA), 7.050

3ª - Garbiñe Muguruza (ESP), 5.830

4ª - Agnieszka Radwanska (POL), 5.815

5ª - Simona Halep (ROM), 4.801

6ª - Karolina Pliskova (RCH), 4.425

7ª - Venus Williams (EUA), 3.815

8ª - Carla Suárez Navarro (ESP), 3.330

9ª - Madison Keys (EUA), 3.286

10ª - Svetlana Kuznetsova (RUS), 3.250

11ª - Victoria Azarenka (BLR), 3.121

12ª - Dominika Cibulkova (ESQ), 3.100

13ª - Johanna Konta (GBR), 2.865

14ª - Timea Bacsinszky (SUI), 2.773

15ª - Roberta Vinci (ITA), 2.595

16ª - Petra Kvitova (RCH), 2.390

17ª - Anastasia Pavlyuchenkova (RUS), 2.255

18ª - Samantha Stosur (AUS), 2.200

19ª - Elena Vesnina (RUS), 2.114

20ª - Elina Svitolina (UCR), 2.101

158ª - Teliana Pereira (BRA), 357

162ª - Paula Gonçalves (BRA), 351

Ainda não foi em 2013 que o tênis do Brasil colocou fim ao jejum no feminino e participou de um torneio do Grand Slam. Mas depois de 20 anos o País volta a acreditar que pode sair do ostracismo. E a esperança vem das humildes mãos da pernambucana Teliana Pereira. Na semana que vem, ela estará no Top 100 do ranking da WTA pela segunda vez na carreira graças ao título conquistado no último domingo no saibro do Challenger de St. Malo, na França.

Ter uma brasileira nesta posição é raro. Antes de Teliana Pereira, que chegou ao posto pela primeira vez em julho, a última tinha sido Andrea Vieira, em 1990, ao alcançar o 95.º lugar. Feliz por ter atingido seu objetivo antes do esperado, a pernambucana trabalha para finalizar o ano dentro do top 100 e tenta manter a tranquilidade para evitar frustrações. "Não posso pular etapas. O objetivo principal é terminar entre as 100. A partir do ano que vem a gente vai colocar outras metas", afirmou.

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A brasileira já conquistou quatro títulos neste ano e no último domingo chegou à 10.ª vitória consecutiva. Teliana Pereira ainda tem pela frente várias competições pela Europa: mais dois challenger em piso de saibro e premiação de US$ 25 mil - Sevilha e Vallduxo (Espanha) - e duas disputas de nível WTA em quadra rápida e com prêmios de US$ 235 mil - Linz (Áustria) e Luxemburgo.

Após a ótima participação no WTA de Bogotá, em fevereiro, quando chegou à semifinal e conseguiu mais um resultado histórico para o tênis brasileiro feminino desde Niege Dias, em 1989, a pernambucana mostra ter ganhado confiança. "O que antes ainda era uma conquista meio distante, a campanha que fiz em Bogotá me fez acreditar. Agora acredito que posso ganhar um WTA", comentou.

A atleta descarta ter um segredo para o sucesso. Para ela, a presença em grandes torneios e a proximidade com tenistas de alto nível, somadas a um intenso trabalho físico que vem fazendo desde que sofreu séria lesão no joelho direito, têm sido fundamentais para sua evolução.

Em 2008, a tenista passou por duas cirurgias e ficou mais de um ano sem competir. "Tive dias bem duros, não sabia se ia conseguir voltar a jogar. Eu treinava cinco, dez minutos e começava a doer. No dia seguinte era a mesma coisa. O apoio da minha família, dos meus amigos e do meu namorado (Alexandre Zornig) foi muito importante", recordou.

A palavra superação sempre fez parte do vocabulário da atleta de 25 anos. Filha de um ex-bóia-fria, Teliana Pereira passou os primeiros anos de vida em Barra da Tapera, no município de Águas Belas (PE). O pai, José, deixou o sertão em busca de melhores condições de vida até se estabelecer em Curitiba, no Paraná, e conseguir recursos para buscar a família. E os primeiros passos da garota no tênis aconteceram na academia do francês Didier Rayon, onde começou pegando bolinhas.

E ela mostra gratidão por sua trajetória até assumir o posto de tenista número 1 do Brasil. "Mesmo se não chegar a estar entre as 20 melhores do mundo, vou terminar a carreira superfeliz. Com o tênis pude ajudar minha família. Tudo o que eu conquistei foi com muita batalha e com muito trabalho. Me sinto uma vencedora", afirmou, orgulhosa.

A Rodada de Negócios realizada pelo Sebrae Pernambuco na XIII Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), nos dias 7, 8 e 9 de julho, resultou em 571 encontros realizados entre artesãos e compradores, o que resultou em um volume de negócios de R$ 4,7 milhões para os próximos 12 meses. Segundo informações da Agência Sebrae de Notícias, isso representa um acréscimo de 19,4% em relação à rodada de negócios do mesmo evento, no ano passado. 

A 13ª edição da Fenearte foi responsável pela maior rodada de negócios do país especializada em artesanato. Este ano, o evento contou com a participação de 23 empresas âncoras do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Natal, Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador, além de empreendimentos do Recife.

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Uma das participantes da ação, a pernambucana Decor & Arte, trabalha com objetos decorativos há cerca de dois anos. “Através desse evento, nós conhecemos muita coisa boa, diferente”, afirmou o empresário Wagner de Noronha, que estima a realização de negócios em torno de R$ 8 mil, cerca de 30% a mais em relação à participação anterior na iniciativa promovida pelo Sebrae em Pernambuco, de acordo com informações da Agência de Notícias.

Além da rodada de negócios, o Sebrae em Pernambuco está presente na XIII Fenearte por meio do Armazém Sebrae. No espaço de 112m² está exposto o artesanato dos grupos produtivos trabalhados pelos projetos atendidos pela entidade no estado. A expectativa é que a iniciativa do Sebrae em Pernambuco beneficie 500 artesãos ligados a grupos produtivos locais. A XIII Fenearte termina neste domingo (15).

TOP 100 

O espaço Armazém Sebrae também disponibiliza para o público um espaço de 16m² no qual é possível conferir uma mostra com os produtos assinados pelos artesãos pernambucanos contemplados na 3ª edição do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato.

O Prêmio TOP 100 de Artesanato reconhece e valoriza o trabalho realizado por artesãos de todo o país por meio de critérios como grau de inovação dos produtos, adequação ambiental e eficiência produtiva. Periodicamente, são escolhidas as cem unidades produtivas mais competitivas do país, que conquistam o direito de usar o selo do Prêmio TOP 100 de Artesanato, além de receberem reconhecimento nacional.

Em sua última edição, o estado de Pernambuco foi destaque com o maior número de vencedores, um total de dez artesãos. Foram eles: Alex Mont'Elberto, do Recife; Anart Artesanato, Olinda; Artes e Ofícios, Recife; Arte Primitiva, Recife; Artesanato Cana-Brava, Goiana; Cerâmica do Cabo, Cabo de Santo Agostinho; Isnaldo Reis, Recife; Marchetaria Morais, Olinda; Tapeçaria Timbi, Camaragibe; e Ws Artes, de Pombos.

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