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De acordo com um estudo do grupo de pesquisa americano Brookings, imigrantes que vão para os Estados Unidos falando inglês fluentemente têm remunerações até 135% maiores do que aqueles que não dominam o idioma. Ter domínio da língua traz grandes benefícios para quem busca se destacar no exterior.  

Dados do Escritório de Estatísticas Trabalhistas de agosto de 2022 indicam que o percentual de pessoas empregadas está um ponto percentual abaixo do nível de fevereiro de 2020. Por causa disso, os setores de hotelaria e serviços, como agentes de aeroportos, enfermeiros domiciliares, vendedores, entre outras vagas permanecem em aberto por muito mais tempo. Em 2021, a taxa de vagas abertas para o setor de hotelaria e serviços foi de 86,3%. Essa porcentagem evidencia o volume de possibilidades aos profissionais estrangeiros, como para os brasileiros. 

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“Procuramos capacitar as pessoas, fornecendo cursos profissionalizantes e entre eles o de inglês, para que todos que desejam ascender profissionalmente e conhecer novas culturas possam ficar mais próximos dessa realidade”, explica Larissa Marcelino, Supervisora de Marketing Digital do Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos). 

Por falta de mão de obra qualificada, determinadas empresas nos Estados Unidos oferecem bônus de contratação ou salários iniciais com valores mais altos que o mercado. Segundo a pesquisa Catho, a diferença salarial entre um profissional com e sem domínio do idioma pode chegar a 70%.

A Montréal International, agência de promoção econômica da cidade canadense, está com inscrições abertas, até 1º de novembro, para um recrutamento de profissionais das áreas de TI, inteligência artificial, games e fintechs que desejam trabalhar no Canadá. 

A seleção, que será realizada nos meses de outubro e novembro, conta com cerca de 200 vagas distribuídas entre 20 corporações no país estrangeiro. Os candidatos devem enviar seus currículos em inglês ou francês e a seleção será virtual, através de entrevistas on-line com os recrutadores das companhias entre 19 de outubro e 6 de novembro. A empresa contratante oferecerá aos aprovados todo o suporte necessário no processo imigratório e de obtenção do visto.

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“Brasileiros são especialmente bem-vindos [em Montréal] pela formação qualificada e a facilidade de adaptação aos idiomas, à cultura e estilo de vida da Grande Montreal”, observa David Lebel, diretor da área de atração de talentos internacionais da agência. Para mais detalhes, acesse o site da Montréal International.

A agência IE Intercâmbio vai selecionar estudantes para o programa Work Experience-Estados Unidos na 14ª Feira de Contratação. O evento que passará por várias cidades do Brasil, acontecerá no Recife no dia 16 de julho. O objetivo do programa é selecionar universitários para trabalhar durante as férias de fim de ano nos Estados Unidos. 

As oportunidades são para trabalhar no Parque da Universal Studios em Orlando e em outras empresas  norte-americanas como Hard Rock Café, Kalahari Resorts, Winn, Steak n Shake, Café Du Monde, Great Wolf Lodge (parque aquático), The Sumit at Snoqualmie, Windham Mountain Resort e a Whitetail Resort (as três últimas são estações de esqui).

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De acordo com a agência as vagas são para os cargos de operador das atrações de parque, venda de bilhetes, caixa, serviço de informações ao visitante e vendedor.

Os estudantes interessados em participar devem ter entre 18 e 29 anos, inglês avançado, ser extrovertido e flexível para se adaptar a vida em outro país e estar disposto a conhecer uma nova cultura. As inscrições seguem até o dia 14 de julho e podem ser feitas na própria agência da IE Intercambio, localizada na avenida Domingos Ferreira, 4060, Loja 12 – Empresarial Blue Tower – bairro de Boa Viagem, zona Sul do Recife. Ou através do site da empresa. 

Os aprovados passarão por uma segunda etapa de seleção, quando serão entrevistados pessoalmente por representantes das empresas. 

Além do Recife, a 14ª edição da Feira de Contratação do programa Work Experience vai acontecer no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Vitória, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis.

 

Incrementar o currículo com uma experiência no exterior e ainda aprender/aperfeiçoar um idioma está nos planos de vários jovens brasileiros, com idades entre 18 a 28 anos. Os programas de intercâmbio que oferecem a oportunidade de trabalho em outros países é um dos pacotes mais procurados nas grandes empresas do ramo. Além de vivenciar outras culturas, os jovens têm, ainda, a oportunidade de aperfeiçoar o idioma local, fazer novos amigos e conhecer de perto a vida dos habitantes do país.

A gerente de intercâmbio da Student Travel Bureau (STB) e autora do livro “Intercâmbio de A a Z”, Marina Mota, explica que para participar de qualquer programa de trabalho no exterior é necessário que o candidato seja universitário e que esteja cursando o curso superior, de no mínimo, quatro anos. “Ele não pode ter feito apenas seis meses do seu curso na faculdade e também não pode estar no último período para ingressar em um trabalho lá fora”, explica. A gerente ainda conta que essa é uma medida de segurança tomada pelos países para dificultar que o estudante se torne um possível imigrante. 

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Quem procura esses pacotes deve sempre levar em consideração, não só o custo benefício, mas se o programa tem haver com o seu perfil. Marina conta que um dos mais procurados é o Au Pair, específicos para meninas que desejam estudar e ter um trabalho remunerado nos Estados Unidos, rota de muitos estudantes. A jovem que escolhe esse pacote ficará em casa de família, por no mínimo um ano, e participará de todas as atividades sociais e esportivas da casa enquanto cuida das crianças (com idades entre 03 meses e 12 anos). A gerente da STB frisa que “se você não tem paciência com criança, não vale a pena contratar esse pacote”.

 

Outra opção - Quem deseja tirar as férias de fim de ano para adquirir novas experiências pode optar por outro tipo de programa, como o Work Experience, dedicado à jovens com objetivo apenas de trabalhar. Nesse caso, os estudantes são contratados por um sponsor, um empregador do país de destino que se responsabiliza por enviar, em carta, uma oferta de trabalho para dar entrada no visto J1 work and travel, que permite ao estudante trabalhar nos Estados Unidos em posições operacionais, tais como camareiro, instrutor de ski, garçom, auxiliar de cozinha, hostess, assistente de vendas, caixa, etc.

De acordo com Marina, este é um programa para adultos mais independentes. “A carga horária lá é diferente da daqui, então ele não pode ir contando que irá passear muito ou terá aquele determinado final de semana de folga, já que eles trabalham com horas diárias e não semanais, como aqui no Brasil”, explica. 

Nesta modalidade, os estudantes se hospedam em albergues ou em casas de família, escolha que fica à critério do interessado. Há também empresas que oferecem moradia durante o programa, mas isso vai de acordo com cada emprego. 

O estudante de jornalismo Carlos Alberto Prado fez o Work Experience em 2010 e seu destino foi a pequena cidade de Jackson Hole, no oeste do estado de Wyoming, nos Estados Unidos. Carlos trabalhou em uma estação de ski durante três meses e afirma que foi uma das melhores experiências de sua vida. “Eu aprendi a conviver com pessoas muito diferentes de mim e em lugar totalmente diferente do Brasil, já que eu costumava pegar uma temperatura de menos 50 graus”, afirma.



Foto: Acervo Pessoal

Mesmo com tantas opções de destino, os Estados Unidos ainda lideram a lista de países mais procurados para trabalho. Isso porque a embaixada deles no Brasil permite que os universitários trabalhem naquele país por quatro meses no final do ano, entre novembro e março, meses da alta estação. O programa prevê ainda um mês livre depois do trabalho para o estudante conhecer o país e gastar o salário que ganhou com o emprego.

A intercambista e estudante de letras, Letícia Breda, já fez três vezes o programa de trabalho nos EUA e afirma que a recepção dos nativos é bem diferente quando você vai para trabalhar e não a passeio. “Encontramos preconceito em todo lugar. Por sermos latinos, muitos americanos olham torto, mas você não pode se deixar abater. Não me arrependo de ter ido e já estou planejando outro. É maravilhoso”, conta. 

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