Tópicos | transexual

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) contra o recurso da União para reverter a obrigação de reintegrar uma segunda sargento trans da Marinha. A militar, que trabalha como operadora de sonar, contestou na Justiça sua reforma baseada em doença inexistente e pediu sua reintegração, com os respectivos efeitos financeiros.

Na manifestação ao TRF2, o MPF que atua em 2ª instância (RJ/ES) refutou a alegação da União de que não poderia ser multada por descumprir ordem judicial em razão de uma referência errônea a dispositivo legal (remeter ao art. 356, mas ter citado por engano o art. 354).

##RECOMENDA##

No parecer ao tribunal, a procuradora regional da República Mônica de Ré rebateu a via processual adotada pela União para essa impugnação (União usou agravo de instrumento quando a legislação prevê ser eventual caso de embargos de declaração).

“A determinação de reintegração no serviço ativo da Marinha na função de operadora de sonar, com o uso de trajes femininos, dispensa de corte de cabelo e possibilidade de uso de maquiagem, no prazo de dez dias, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, não caracteriza julgamento extra petita, porquanto tal multa foi aplicada para garantir o resultado prático da decisão”, afirma.

“A reforma compulsória, justificada pelo fato de ser transexual, condição considerada como transtorno de comportamento pela Marinha do Brasil, ao referir-se à Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados com a Saúde (CID-10), está desatualizada”, completa.

O agravo de instrumento será apreciado pela 7ª Turma do TRF2 em sessão de julgamento ainda a ser definida. Se o TRF2 concordar com o MPF, a militar deve ser reintegrada após a rejeição do recurso (agravo de instrumento) interposto pela União.

Aconteceu a primeira etapa do mutirão para alteração do prenome e gênero de pessoas transexuais e travestis, nesta sexta-feira (27), na Defensoria Pública localizado no bairro da Boa Vista. A ação é da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através da Executiva de Direitos Humanos (SEDH), em parceria com o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE) e o Centro Municipal de Referência e Cidadania LGBT.

As pessoas que desejarem alterar nome e pronome no mutirão, devem primeiramente fazer o agendamento pelo Centro Estadual de Combate à Homofobia (CECH). No local estão sendo atendidas 40 pessoas da Região Metropolitana do Recife (RMR).

##RECOMENDA##

Mariana da Paz Rangel de 29 anos, contou que sente-se realizada após atendimento no mutirão. “ Realizada, um sonho de um ano de luta realizado. Tem mais ou menos um ano e cinco meses que comecei minha transição (para a cirurgia de redesignação sexual) e também fui orientada a procurar o mutirão”, contou.

O próximo mutirão está programada para a próxima terça-feira (31), no mesmo local.

 A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio do Centro Estadual de Combate à Homofobia (CECH), realizará  a partir desta terça-feira (15) a campanha “Respeito tem Nome”, que tem por objetivo enfrentar violências contra pessoas trans e travestis no uso do nome social.

 Os cartazes da campanha ficarão fixados em coletivos de transportes públicos de toda a Região Metropolitana do Recife (RMR) até o dia 25 deste mês. A propaganda da campanha será distribuída nas linhas de ônibus das empresas Borborema, Caxangá, Conorte, Metropolitana, Consórcio Recife, Mobibrasil, São Judas Tadeu, Viação Mirim, Vera Cruz e Globo. A realização da campanha é uma parceria da SJDH e o Consórcio Grande Recife e contará com 2.405 cartazes. 

##RECOMENDA##

De acordo com o secretário-executivo de Direitos Humanos, Diego Barbosa, o projeto é uma maneira de fortalecer os direitos e garantias da população trans. "Esta campanha faz parte das atividades desenvolvidas pelo CECH com o objetivo difundir as políticas públicas realizadas pelo Governo de Pernambuco. É uma forma de promover e fortalecer os direitos e garantias da população trans em todo o estado para que a sociedade deixe os seus preconceitos de lado e respeite as diferenças”.  

A transexual Jéssica Alves, de 38 anos, ex-ken humano, está no Brasil para se tornar a primeira trans da história a fazer um implante de útero. Com o procedimento, considerado perigoso, ela deseja ter um bebê por meio da relação sexual, algo nunca descrito pela medicina.

Ao Daily Mail, Jéssica disse que, mesmo não existindo registros bem-sucedidos desse tipo de transplante no mundo, há várias mulheres transexuais que foram submetidas à operação em particular no Brasil. Alves deve passar por alguns exames e testes antes de se submeter ao transplante.

##RECOMENDA##

Ainda ao site, a mulher revelou que, embora seu médico esteja satisfeito por ela poder fazer a cirurgia, ela não fará se decidirem que não é seguro. 

"Eu estava fazendo muitos exames na Turquia para ver se eu poderia fazer a cirurgia, eu poderia ter feito na Turquia, mas mudei de ideia, pensei que poderia muito bem vir para o Brasil onde minha família está", revelou.

Jéssica Alves explica que, da mesma forma que a cirurgia é feita em uma mulher biológica, para uma mulher trans é a mesma coisa. 

"Para engravidar, preciso fazer um tratamento de fertilização in vitro após a cirurgia. Para ser honesta, não sei a taxa de sucesso porque não há muitos relatos sobre isso. As pessoas fizeram, mas fizeram isso discretamente", pontuou.

O médico Drauzio Varella e a TV Globo foram condenados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pagar R$ 150 mil para o pai da criança de 9 anos que foi estuprada e morta pela transexual Suzy de Oliveira, uma das personagens de matéria de Drauzio para o Fantástico no mês de março de 2020.

O autor da ação diz que por conta da reportagem, Suzy recebeu "piedade social", enquanto ele sofreu novo abalo psicológico, tendo que reviver os crimes que aconteceram contra seu filho em 2010 e que levaram à condenação da trans. 

##RECOMENDA##

Segundo o site Metrópoles, na condenação, a juíza Regina de Oliveira Marques entendeu que a reportagem foi negligente ao não ter tido o "discernimento de procurar conhecer os crimes cometidos por seus entrevistados". Para ela, a matéria causou desassossego do pai do garoto e "situação aflitiva com implicação psiquica".

A juíza aponta ainda que o expectador foi "induzido a acreditar que os entrevistados seriam meras vítimas sociais; devendo ser ressaltado que mesmo se tratando os entrevistados de autores de crimes contra o patrimônio e sua sexualidade, não implicaria em serem assim tratados". Por ter sido em primeira instância, a condenação por danos morais ainda cabe recurso.

O Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu, nesta segunda-feira (10), o apresentador da RedeTV Sikêra Jr no caso que envolveu falas homofóbicas do jornalista para a modelo transexual Viviany Beleboni, em 2020. No ano passado, Jr. havia utilizado imagens da atriz durante a Parada  do Orgulho LGBT, onde ela representou Jesus Cristo crucificado, fazendo memória aos crimes cometidos contra a comunidade gay. Ao noticiar um crime cometido por um casal de mulheres lésbicas, o âncora associou a ocorrência à população LGBTQ+ no geral, tendo a imagem de Viviany de fundo.

Na ocasião, em seu programa, Sikêra Jr referiu-se à minoria como “lixo”, “bosta” e “raça desgraçada”. Ele ainda disse que “os homossexuais estão arruinando a família brasileira”.

##RECOMENDA##

Condenado em primeira instância, com a absolvição, o bolsonarista deve se livrar de uma indenização de R$ 30 mil à Beleboni. Ao absolver Sikêra, o desembargador Rodolfo Pelizzari, relator do processo no TJ, afirmou que ele não teve o intuito específico de difamar a modelo ou de prejudicar sua honra e a sua imagem, pois foi uma crítica dirigida à “toda a comunidade LGBT, de forma genérica”.

"A conduta do apresentador não é ilícita, sendo uma mera crítica por entender que sua religião havia sido ofendida por homossexuais, a quem entende serem avessos a Jesus”, afirmou. O desembargador disse que o Estado não pode censurar o direito de dizer o que se pensa e que a "crítica" de Sikêra "pode até ser um equívoco crasso, mas não uma manifestação ilícita do pensamento". Cabe recurso da decisão, que foi referendada pelos desembargadores Mathias Coltro e Mônaco da Silva.

Na ação, a defesa da modelo afirmou que, após a divulgação do programa, na qual a imagem dela "foi relacionada a um crime" e houve "diversas ofensas ao gênero", Viviany foi hostilizada e recebeu ameaças e acusações nas redes sociais. "Ela não se enquadra nos princípios da dignidade da pessoa humana?", perguntou à Justiça a advogada da modelo, Cristiane de Novais.

A Federação Israelense de Futebol anunciou nesta terça-feira que terá a primeira árbitra transexual da história do futebol do país. Sapir Berman, de 26 anos, contou que decidiu assumir a nova identidade depois de anos em que teve medo da rejeição da família e da sociedade.

"Sempre me vi como uma mulher, desde uma idade muito nova. Primeiro não sabia como nomear. Existia uma certa inveja de outras mulheres, e vivia com isso", disse Sapir. "Como homem, fui bem-sucedido. Seja na associação de árbitros, na escola, ou até com garotas. Para a família, eu era um homem, mas sozinha, era uma mulher. Dividi esses mundos porque entendi que a sociedade não me aceitaria, não estaria ao meu lado. Então vivi assim por 26 anos", comentou.

##RECOMENDA##

A entidade que controla o futebol no país comemorou a decisão. Sapir passou os últimos meses longe do trabalho na elite do futebol local para concluir o tratamento hormonal para mudança de gênero. A notícia causou repercussão fora do país, tanto é que a pribeira árbitra transexual da história, a inglesa Lucy Clark, comemorou o anúncio nas redes sociais. "Desejando o melhor a Sapir em sua jornada", disse.

A israelense disse estar muito feliz com a mudança e revelou que torce para para a sociedade ser mais inclusiva. "Aqui estou eu hoje. Ciente de mim mesma, confiante de que essa é a decisão correta, que tenho um vasto apoio por trás. Sinceramente, torço para que nossa sociedade melhore e seja tão boa e inclusiva quanto possível para todos os gêneros", comentou.

Durante a pandemia da Covid-19, garotas de programa se viram obrigadas a se expor ao perigo de contaminação. Muitas não conseguiram o Auxílio Emergencial - que já é um valor muito abaixo do que costumam ganhar - e continuaram trabalhando na pandemia.



A UNAIDS, programa das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, afirma que a pandemia fez com que as profissionais do sexo em todo o mundo passassem por dificuldades, com perda total de renda e maior discriminação e assédio. A organização aponta que, como as trabalhadoras do sexo e seus clientes se auto-isolam, elas ficam desprotegidas, cada vez mais vulneráveis e incapazes de sustentar a si mesmas e suas famílias.

No Brasil, o governo lançou o Auxílio Emergencial para ajudar a população que foi afetada com o fechamento do comércio e outras medidas de isolamento para conter a Covid-19. No entanto, a Coordenadora da Central Única de Trabalhadoras e Trabalhadores Sexuais (CUTS) e presidente da Associação de Prostitutas do Estado do Piauí, Célia Gomes, 54 anos, destaca que muitas profissionais não conseguiram o dinheiro do auxílio e se viram mais desprotegidas.

##RECOMENDA##

“O governo acha que nós somos invisíveis. Só somos visíveis na hora de votar - aí nós somos gente, somos profissionais. A gente teve que ir trabalhar de outras formas, buscando as ajudas necessárias. Algumas das mulheres tinham o Bolsa Família, mas outras não tinham e nem conseguiram se inserir no Auxílio Emergencial”, explica Célia.

[@#video#@]

A principal reclamação das profissionais do sexo é que o governo, seja ele municipal, estadual ou federal não desenvolveu políticas públicas voltadas para essa camada da sociedade que, rotineiramente, já é tão marginalizada pelo poder público.

“Foi uma situação que, para nós, foi pior do que para outros brasileiros. Nunca teve uma política pública para essa população, não seria agora que iria ter. A gente vem lutando por inclusão, mais respeito, mais políticas públicas. A gente participa de várias comissões, mas eles [os políticos] não querem olhar para nós”, salienta a coordenadora da CUTS.

Sem o apoio esperado dentro do seu próprio país, as profissionais conseguiram uma ajuda com órgãos internacionais. “A gente teve muita ajuda do pessoal de fora do país, que falava com a gente pelas redes. Aqui no Brasil a solidariedade apareceu, mas foi muito pequena. Durante todo esse tempo uma coisa bacana que aconteceu foi que quem tinha uma horta, um açougue eram as pessoas que mais ajudavam. Mas isso foi uma articulação das putas”, diz Célia.

Marcelly Tretine

Marcelly Tretine, 28 anos, profissional do sexo e secretária da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE), lembra que o momento de maior dificuldade vivido pelas profissionais aconteceu nos primeiros meses da pandemia. Agora, com a queda nos registros de casos confirmados e óbitos, essas profissionais estão retornando a sua rotina de trabalho dentro do possível.

 "Nós conseguimos adaptar esta instituição para que pudéssemos possibilitar uma ajuda com a entrega de alimentos e kits de higiene. Conseguimos atender 400 pessoas porque a gente sabe o sofrimento de toda essa população", diz Tretine sobre a Amotrans.

"Já é difícil sobreviver na sociedade onde não se tem oportunidades. Como é viver na pandemia para essa população? É uma luta de sobrevivência. Tem que se expor, tem que trabalhar e tem que correr atrás. Eu tive a ajuda da minha família nesse período, mas nem todo mundo tem essa sorte", completa a secretária da Amotrans.

A UNAIDS aponta que organizações lideradas por profissionais do sexo de todas as regiões estão relatando falta de acesso aos planos nacionais de proteção social e exclusão de medidas emergenciais de proteção social. "Quando são excluídas das respostas de proteção social à Covid-19, as profissionais do sexo são confrontadas com a possibilidade de ter sua segurança, sua saúde e suas vidas em risco, apenas para sobreviver", diz a entidade.

A organização está apelando aos países para que tomem ações imediatas e críticas, baseadas nos princípios de direitos humanos, para proteger a saúde e os direitos das profissionais do sexo.

*Fotos: Júlio Gomes

Nesta terça-feira (22), Benjamín, antes conhecido como Bia Damini, fez um relato emocionado na internet. Ele, que viveu a personagem Martinha em Malhação, revelou que agora passa a ser atendido pelo gênero masculino. "Eu sou transexual. [...] Meu nome de verdade é Benjamín e desejo ser tratado no masculino. Eu sou transexual e nem por isso nasci no corpo errado ou odeio minha genitália ou não me amo como eu sou. Eu sou transexual", disse.

Ainda na postagem, Benjamín declarou: "Essa é a minha história. Nem por isso tudo que eu disse aqui é uma verdade universal e absoluta. A transexualidade é uma dentre muitas que estão existindo por aí. Eu sou transexual e tenho orgulho da minha história e da minha existência. Eu sou".

##RECOMENDA##

Na publicação, no Instagram, Alice Wegmann deixou uma mensagem para ele, dizendo que diversas pessoas iriam se identificar com o desabafo. "Todo amor, admiração e carinho pra você! Que muita gente possa ver esse post, se identificar e assim se sentir mais leve do peso que é enfrentar esse mundo. Feliz vida pra você, Benjamin!!", escreveu a atriz.

Confira:

[@#video#@]

O responsável por agredir a modelo trans Alice Felis, de 25 anos, se entregou à polícia na noite dessa quarta-feira (19). Ele a espancou na madrugada desse domingo (16), dentro do apartamento da própria modelo, após conhecê-la em um bar em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Lucas Brito Marques, de 24 anos, quebrou o maxilar, o nariz e cinco dentes da modelo, além de roubar cerca de R$ 3.600 e destruir a mobília do imóvel. Ele foi apreendido em um dos acessos da comunidade do Pavão-Pavãozinho e seguiu para a delegacia de Ipanema, responsável pelo caso.  

##RECOMENDA##

Segundo a Polícia Civil, o suspeito tem mais de 20 registros criminais, desde a menoridade. Lucas já foi atuado por tráfico, homicídio, roubo e porte de arma. Após violentar e roubar Alice, ele deve responder por tentativa de latrocínio.

Natural do Espírito Santo, a modelo mora há cinco anos no Rio e criou uma vaquinha virtual com a meta de R$ 140 mil para reconstruir a casa e arcar com procedimentos. Até o momento da publicação, Alice recebeu R$ 161.324 em doações de mais de três mil pessoas. Nas redes sociais, ela fez um apelo por ajuda.

Acompanhe

[@#video#@]

Nesta segunda (20), foi destaque no jornal italiano Gay News o falecimento da transexual cearense Manuela de Cássia, de 48 anos, em sua casa em Milão, na Itália. Manuela é conhecida por ter se apresentado no programa de Raul Gil. Ela não resistiu às 50 facadas que levou no peito e nas costas e teve seu corpo encontrado por vizinhos, que sentiram um forte cheiro de gás saindo do local.

De acordo com o site italiano Fanpage, os investigadores acreditam que Manuela, que fazia programas em seu apartamento, foi morta por um cliente. É provável que o criminoso tenha tido a intenção de explodir o local, mas os bombeiros chegaram a tempo de impedir que isso ocorresse. Vizinhos relataram que a circulação de clientes não incomodava e que a mulher era bastante conhecida na área de Piazza Firenze.

##RECOMENDA##

A morte chocou a comunidade LGBTQIA+ italiana. Em seu Facebook, a ativista italiana Antonia Monopoli lamentou o ocorrido. “Manuela de Cassia, uma mulher trans com um olhar doce. me junto às muitas pessoas que estão expressando sua dor”, escreveu.

Segundo o jornal cearense Diário do Nordeste, a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos do Ceará (SPS-CE) solicitou que o Ministério da Cidadania acompanhasse o caso e "as providências a serem tomadas pelo órgão federal". A SPS também está em contato com a Prefeitura de Fortaleza e a Defensoria Pública para “dar o apoio necessário”.

Roberta Close, uma das primeiras transexuais a ficarem famosas na mídia brasileira, falou durante uma live com o produtor musical e pesquisador Rodrigo Faour, sobre os preconceitos que precisou enfrentar quando jovem. Na escola e na própria casa, com sua família, a modelo teve problemas de aceitação e acabou sendo expulsa do colégio onde estudava no Rio de Janeiro.

Close relembrou como sua família teve dificuldades para aceitá-la e como esse processo se repetiu no ambiente escolar. “Meus pais nunca entenderam muito bem o que eu era. Não entendiam minha audácia. Tinha muita briga, e saí de casa muito cedo”. Já na escola, a jovem Roberta foi convidada a se retirar e acabou sendo expulsa. “Tive o azar de cair na mão de uma professora que dizia que eu não me encaixava. Me pediram para deixar a escola, não deixaram eu completar os estudos”.

##RECOMENDA##

Modelo de sucesso na década de 1980, Roberta comentou como sua beleza chamava atenção. Segundo ela, “todos os machões se rendiam” e ela chegou a ter romances com alguns famosos. A beleza também lhe abriu portas de trabalho e Close desfilou para importantes estilistas do Brasil e do mundo, como  Jean-Paul Gaultier e Thierry Mugler, porém, com algumas restrições: “Fui para o mundo inteiro. Mas eu chegava, desfilava e saía. Nada podia ser dito. Nada se falava sobre quem eu era". Hoje, aos 55 anos, Roberta vive na Suíça, longe dos holofotes. 


 

O registro de um aniversário chamou a atenção na internet. É que Vanessa Silva, 35 anos, moradora de Aquidauana, no interior do Mato Grosso do Sul, publicou em seu perfil no Facebook uma foto do filho, Lucas (12), rodeado de três pizzas, refrigerante e bolo. Acima dele, na parede, duas bandeiras: uma nas cores do arco-íris (símbolo do movimento LGBTI) e outra azul, rosa e branca (do Orgulho Trans). Foi o necessário para a publicação viralizar e atingir mais de 30 mil reações.

##RECOMENDA##

De volta às redes sociais, Vanessa fez um relato emocionante: "Quis mostrar quem ele é. Algumas pessoas da família curtiram a foto, outras mandaram feliz aniversário e muitos não falaram nada", escreveu ela. "Desde que Letícia nasceu, eu percebi que 'ela' era diferente. Sabe o instinto de mãe? Pois é... Eu olhava aquela garotinha de bochechas rosadas no meu colo e não era ela que eu via! Isso é muito estranho para mim até hoje, mas é a pura verdade. Eu sabia, desde sempre, que a minha filha não era uma menininha! Então, o que fiz? Mascarei isso o mais profundo que eu podia. Muitos lacinhos, babados, bonecas e afins!", complementou.

Segundo Lucas, enquanto ele ainda estava em dúvida sobre a própria identidade de gênero, o "Universo" se comunicou com ele. "Acredito no Universo. Então, ficava perguntando se eu era trans e pedia sinais, como minha irmã aparecer na hora da pergunta ou meu gato subir na cama. E ele respondeu", conta o menino em entrevista ao portal Universa.

De cabelo colorido, o garoto escolheu o novo nome social a partir de uma enquete feita com os amigos por mensagens de texto. Feliz com a repercussão do texto da mãe, Lucas ainda não voltou à escola por conta do isolamento social devido ao coronavírus.

 

Depois da grande repercussão ao se tornar público o crime cometido pela transexual que foi abraçada pelo Dr.Drauzio Varella durante uma entrevista para o Fantástico, o médico pediu desculpas nesta terça-feira (10) à família da criança assassinada por Suzi.

Em um vídeo publicado no Youtube o médico deu a entender que nem ele sabia qual crime cometido por Suzi, mas mesmo assim citou que o crime choca.

##RECOMENDA##

"Estou aqui para dar uma explicação as pessoas que me acompanham. No último domingo (8) foi revelado para o país e para mim mesmo o crime cometido por uma das entrevistadas da matéria que apresentei no fantástico. É um crime que choca a todos nós", declarou. 

Dr. Drauzio pediu desculpas à família da criança que foi estuprada e assassinada pela presidiária:"Posso imaginar a dor e peço desculpas a família do menino que foi involuntariamente envolvida no caso. Na matéria em questão o foco era mostrar as condições em que vivem as transexuais presas", explicou. 

"As estatísticas oficiais indicam que a imensa maioria delas está presa por roubo e furto. A maneira pela qual Suzy foi apresentada deu a entender que ela fazia parte desse grupo majoritário. Entendo a frustração de quem se decepcionou comigo", completou.

[@#video#@]

Com olhar atento e empoderamento de seus direitos, Luana Maria da Luz Barbosa, 19, que é mulher trans, transcende o ‘cistema’ rumo a uma trajetória que usa a educação para alçar voos altos e ocupar espaços estratégicos na sociedade. Neste domingo (8), comemoramos o Dia Internacional da Mulher. A data tem a ver com a conquista de direitos das mulheres, sejam cis [pessoas que se identificam com o sexo biológico] ou trans [pessoas que têm identidade de gênero oposta a biológica]. 

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

Driblando as estatísticas

Em 2019, no Brasil, foi registrado um aumento da violência direta no cotidiano das pessoas transsexuais e travestis, chegando a 11 vítimas agredidas por dia no país. As informações são de acordo com o Dossiê Assassinatos e Violência contra Travestis e Transexuais Brasileiras, realizado pela Associação Nacional de Travesti e Transexuais.  

Esse dado reflete nas oportunidades e caminhos percorridos por pessoas transsexuais e travestis, sobretudo para mulheres pertencentes a esse grupo. A trajetória de Luana, que começa em sua casa, bem antes do ingresso no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Campus Recife, localizado no bairro da Cidade Universitária, traz como contraponto as dificuldades superadas através da educação, tendo como motores o amor da família e a persistência nos objetivos traçados.

Diferente de algumas histórias, Luana tem o apoio da família desde do início do processo de afirmação da identidade como mulher trans. A mãe da estudante, Maria José Vieira, nos conta que a compreensão e apoio da família são as principais fórmulas para lidar com a situação e fala com orgulho sobre as conquistas da filha.

“Aos 17 anos eu decidi ser mãe, era meu sonho, deixei de estudar e ir à faculdade para cuidar dos meus filhos. Não foi fácil entender que meu filho se via como uma mulher. Mas respeito a identificação e do mesmo jeito que lutei por ela antes eu continuo a lutar. Incentivando para que ela estude e isso me enche de felicidade por ela batalhar por uma vida melhor”, comemorou. Em casa, esse sentimento é coletivo, pois o pai de Luana compartilha do mesmo pensamento e se orgulha da filha que tem. 

Desafios no espaço acadêmico

Para as mulheres trans, a valorização da sua identidade de gênero é uma das garantias de direitos dentro da sociedade. Desde 2016, o executivo federal vem editando normas nesse sentido, a partir do decreto Nº 8.727. Em 2019, ficou assegurado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o regulamento sobre o uso do nome social de pessoas trans e travestis e o reconhecimento da identidade de gênero nos serviços e órgãos do judiciário brasileiro. A medida é válida para todo território do país, nas instâncias municipal, estadual ou nacional. 

Nos último três anos, durante o processo de retificação dos documentos, Luana enfrentou algumas dificuldades que marcam a jornada de superações e empoderamento dos direitos previsto por lei. Uma desses desafios se deu no ambiente acadêmico, local onde ela presenciou momentos de transfobia. A jovem relata que foram situações em que se sentiu desrespeitada, mas se manteu empoderada no ambiente acadêmico.

Após aprovação na instituição de ensino, a estudante teve contratempos em sua matrícula, devido às documentações que já tinham sido retificadas. O obstáculo foi superado através de medidas administrativas que ajudaram a estudante a acessar o espaço de ensino, com as devidas retificações do nome social em sua matrícula, em uma semana. “A não captação [do nome retificado em documento] me fez passar por transfobia no ato da matrícula, funcionários alegando que eu era uma pessoa falsa, pois o nome que passei foi o nome antigo. E eu levei os meus documentos todos atualizados”, desabafou. 

Em atitude aos acontecimentos, o IFPE, que desde 2015 promove ações dentro da unidade para conscientizar todo o campus sobre o respeito à diversidade, passou a reforçar as campanhas realizadas. Como exemplo, há o artigo 9 da resolução nº 39/2015, que tem como ação afirmativa o uso do banheiro de acordo com a identidade de gênero. Os conflitos são tratados através do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais.

Agora, no segundo período do curso técnico em saneamento ambiental, a estudante demonstra empolgação com os desafios e sente o respeito de todos na instituição, desde os alunos aos professores. “Sou a única na sala e umas das poucas no Campus. A relação com todos meus colegas é única e recebo total carinho e respeito de todos”, comemorou. 

A contribuição para o grupo LGBTQ+

Luana, que nasceu e foi criada no Ibura, bairro da Zona Sul do Recife, participa ativamente de debates e ações afirmativas que assegurem os direitos da população lésbica, gay, bissexual, transsexuais, travesti, queer e soro positivo (LGBTQ+), sobretudo para as mulheres trans que vivem em situação de marginalização por parte da sociedade civil. “Eu participo do coletivo Favela LGBTQ+, que é um coletivo da favela do Ibura, favela de onde eu vim e tenho orgulho”, enfantizou.

"A gente [coletivo] foca, principalmente, em trazer as temáticas da população trans e travestis. Que é a temática que está bem abaixo do ‘tapete’. A gente [coletivo] procura sempre trabalhar com arte, porque arte é onde a gente [pessoas trans e travestis] mais se encontra. Porque nosso corpo é uma arte viva”, destacou Luana.

Para além das contribuições ao grupo LGBTQ+ em movimento sociais, a estudante reserva tempo para outras atividades como integrante do Núcleo de Gênero e Sexualidade, no IFPE. Sem contar que, para ajudar outras pessoas a entenderem a importância de corpos trans ocuparem os espaços acadêmicos, a discente ainda criou um canal do YouTube, para falar sobre a formação técnica que está cursando e como essa formação pode influenciar o mundo atual. 

Pelo direito de um futuro melhor

O afastamento das mulheres trans e travestis de espaços acadêmicos e de oportunidades de emprego é motivado pelo preconceito direcionado ao grupo. A situação fica ainda mais complicada quando elas não têm apoio da família. E por muitas vezes o caminho “predestinado” é a prostituição.  

Como forma de incentivar outras mulheres, a estudante de saneamento ambiental decidiu reunir os conhecimentos adquiridos em sala de aula e compartilhar através da internet. Em seu canal de YouTube, Luana explica a importância do curso técnico e as áreas de atuação, usando esse meio de comunicação como uma ferramenta de aproximação com outras mulheres trans. Ela se intitula como uma porta dentro do campus, para que sua amigas possam acreditar em um futuro diferente, saindo da posição de marginalização, trilhando uma história de ascensão social e respeito à existência.

 "A maior conquista é eu estar aqui dentro [na instituição de ensino], porque a gente sabe que e a maioria das mulheres trans e travestis está na prostituição”, comenta.  

Não há dados oficiais para mensurar a quantidade de mulheres trans que estão, ou não, em espaços acadêmicos, mas o esvaziamento é um ponto abordado com frequência quando tratamos do assunto. Mesmo com essas dificuldade, Luana não desiste e sonha com sua graduação no curso de farmácia. “Eu pretendo fazer o curso superior, farmácia, e pretendo trabalhar nessa área de meio ambiente mesmo", reforçou.

[@#video#@]

No dia 18 de fevereiro, o Presídio de Igarassu (PIG), em Igarassu, Região Metropolitana do Recife (RMR), realizou o concurso Miss Trans com as detentas transexuais do mini pavilhão E, conhecido como Pavilhão LGBT. A iniciativa, segundo a unidade prisional, é inédita no país.

Para a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o evento foi uma medida contra o preconceito e de valorização da mulher. O mini-documentário abaixo, Miss Trans Atrás das Grades, mostra como foi o concurso.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Pela primeira vez, o Presídio de Igarassu (PIG), que dispõe de um pavilhão exclusivo para LGBTs, promoverá o Concurso Miss Trans. A ação também será pioneira no Nordeste e acontece nesta terça-feira (18), no Espaço Ecumênico da unidade. Segundo a Secretaria de Ressocialização (SERES), o objetivo do concurso é valorizar a autoestima das reeducandas e promover uma maior interação entre transexuais e travestis que cumprem pena na unidade prisional.

Serão 13 detentas participando do concurso que contará com dois momentos, com traje esporte fino e de gala. As candidatas também farão apresentações de sua preferência podendo optar por música, dança, poesia e arte. O primeiro e segundo lugar receberão prêmios como kits de beleza e secadores. O júri terá a presença da Miss Musa Pernambuco, Bruna Mikaelly Barbosa. A ação conta com o apoio da artista plástica Mônica Maria de França.   

##RECOMENDA##

“Este evento não é apenas uma disputa, mas uma forma de levar à sociedade a valorização dessas reeducandas quebrando preconceitos e promovendo a visibilidade”, ressalta a coordenadora de Ação Social do PIG, Maria das Graças.

*Com informações da assessoria

Uma transexual brasileira de 38 anos de idade está desaparecida na Itália desde o último dia 21 de dezembro.

O sumiço de Lara (cujo nome de batismo é Leandro Barcelos dos Santos) foi comunicado à polícia por seu companheiro, um pizzaiolo de Pavia, no norte do país europeu.

##RECOMENDA##

Policiais encontraram traços de sangue na casa da brasileira, situada em um condomínio popular na periferia da cidade. Seu companheiro disse que ela havia saído para trabalhar após ter recebido um telefonema.

As autoridades fizeram buscas em Pavia na manhã desta quarta-feira (12), em um bairro onde o sinal de seu celular foi registrado pela última vez, mas ainda não encontraram traços da brasileira.

Da Ansa

Nesta quinta-feira (9), o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou novas regras para os tratamentos hormonais para pessoas trans e cirurgias de transição de gênero no Diário Oficial da União (DOU). Com a definição, pessoas a partir dos 16 anos poderão iniciar as terapias hormonais - o que era permitido apenas para jovens de 18 anos. A norma também reduziu de 21 para 18 anos a liberação dos procedimentos cirúrgicos para a transição de gênero - o que antes era proibido.

A publicação do CFM reforça a "necessidade de atualizar a Resolução CFM nº 1.955/2010 em relação ao estágio das ações de promoção do cuidado às pessoas com a incongruência de gênero ou transgênero, em especial da oferta de uma linha de cuidado integral e multiprofissional de acolhimento, acompanhamento, assistência hormonal ou cirúrgica e atenção psicossocial".

##RECOMENDA##

Segundo o G1, o Sistema Único de Saúde (SUS) irá avaliar se as mudanças serão incorporadas em suas operações e que as novas regras serão analisadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS - não há prazo definido para que isso ocorra.

Thammy Miranda usou seu perfil no Instagram para fazer um desabafo. Chateado por não ser chamado para fazer propagandas, ele falou sobre preconceito contra a comunidade trans. Thammy é empresário e ator e lamentou a falta de espaço que encontra na mídia por ser um homem trans. 

No vídeo, Thammy conta que questionou sua agência sobre os poucos trabalhos que surgem para ele. "Por que todo casting de que faço parte trabalha com propagandas para várias marcas e eu não? A resposta foi que eles acham que é um preconceito comigo, por eu ser trans", disse. Ele também revelou que aceitou a resposta e não fez mais questionamentos, no entanto, a situação continuou a lhe incomodar. 

##RECOMENDA##

Thammy também desabafou sobre o preconceito: "Por que eu não represento a sua marca? Por que a imagem de um cara do bem, que ajuda os outros, que se preocupa com o próximo, que tem uma mãe incrível não é boa para a sua marca? Eu não consigo entender essa questão do preconceito". E mostrou algumas mensagens de sua esposa, Andressa Ferreira, lhe incentivando e apoiando. "Para ouvir falar de preconceito com você e deixar quieto? Você não é o coitadinho. Sai dessa postura. Você é fo**, tem uma história para se orgulhar. Se posiciona, é isso que ainda falta". 

Nos comentários, os fãs também demonstraram seu apoio. "Pra mim representa, com certeza. Coragem, determinação, tanta coisa"; "Você representa a educação e o caráter que muitos não têm"; "Qual que é essa marca? Eu não quero comprar"; "Parabén pela sua postura, tem que falar mesmo"; "Só admiração por sua humildade"; "Você é uma grande pessoa neste mundo". 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando