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O Porto Digital, em parceria com a iniciativa Mulheres em Inovação Negócios e Artes (M.I.N.A.s) e com a Locus Custom Software, está com inscrições abertas para o projeto “TRANSforma meu Currículo”. A ação busca aprimorar o currículo de mulheres trans e travestis para a participação em processos seletivos. A iniciativa foi idealizada pelo Oportunizar, projeto de empregabilidade e qualificação da Rede Trans Brasil.

As inscrições para o projeto devem ser feitas por meio do preenchimento de formulário até o dia 18 de julho. Ao todo, são 40 vagas disponíveis para que pessoas trans e travestis possam receber uma preparação e qualificação para concorrer nas seletivas de emprego. Além  disso, a iniciativa também irá conceder um auxílio financeiro.

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O  “TRANSforma meu Currículo” faz parte de uma ação dedicada ao mês do Orgulho LGBTQIA + e tem por finalidade combater a transfobia e oportunizar o ingresso no mercado de trabalho à essa minoria social. Durante a iniciativa, serão realizadas ações como análise de currículos, mapeamento de vagas disponíveis, criação de um perfil no LinkedIn, além de preparação para etapas de seleção como entrevistas, técnicas comportamentais, escritas e outras atividades.

Nesta quinta-feira (30), a partir das 19h, será realizada uma live no perfil @portodigitalminas, no qual as pessoas interessadas poderão tirar suas dúvidas acerca do projeto. O resultado dos selecionados será divulgado no dia 22 de julho, com previsão de início para o dia 25 do mesmo mês.

Aconteceu a primeira etapa do mutirão para alteração do prenome e gênero de pessoas transexuais e travestis, nesta sexta-feira (27), na Defensoria Pública localizado no bairro da Boa Vista. A ação é da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através da Executiva de Direitos Humanos (SEDH), em parceria com o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE) e o Centro Municipal de Referência e Cidadania LGBT.

As pessoas que desejarem alterar nome e pronome no mutirão, devem primeiramente fazer o agendamento pelo Centro Estadual de Combate à Homofobia (CECH). No local estão sendo atendidas 40 pessoas da Região Metropolitana do Recife (RMR).

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Mariana da Paz Rangel de 29 anos, contou que sente-se realizada após atendimento no mutirão. “ Realizada, um sonho de um ano de luta realizado. Tem mais ou menos um ano e cinco meses que comecei minha transição (para a cirurgia de redesignação sexual) e também fui orientada a procurar o mutirão”, contou.

O próximo mutirão está programada para a próxima terça-feira (31), no mesmo local.

A polícia civil de Goiás prendeu, nessa terça-feira (29), no Jardim Santo Antônio, em Aparecida de Goiânia, o autor do homicídio de Renan de Araújo Farias - nome social: Isabela -,  22 anos, ocorrido no último dia 5 de março. A vítima era travesti e estava em Goiás há 15 dias, realizando programas na região dos motéis.

No dia do crime, por volta da 1h, o homicida combinou um programa com a vítima pelo valor de R$ 30 e ambos se dirigiram para um terreno baldio. No local, na Vila Nossa Senhora de Lourdes, de acordo com o interrogatório do acusado, houve um desentendimento sobre o valor do programa. Durante a luta corporal, o motociclista esfaqueou a vítima por três vezes na região do pescoço, utilizando o canivete de Isabela.

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O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia fez um amplo levantamento de filmagens de câmeras de segurança de imóveis da região, bem como de câmeras de monitoramento da Prefeitura. Após análise de dezenas de horas de filmagens, foi traçado um perfil do autor, com características da motocicleta utilizada por ele, capacete, roupas e uma mochila que ele portava no momento.

Policiais civis identificaram um motociclista com as mesmas características, flagrado em filmagens dois dias antes do crime. De posse da placa da motocicleta, o homem de 37 anos foi preso.

Durante o interrogatório, ele confessou o crime, sendo encontrado inclusive o suposto canivete utilizado no delito, ainda sujo de sangue, dentro da mochila do autor. Com o mandado de prisão temporária cumprido, o autor deve ser indiciado pelo homicídio qualificado e o inquérito, concluído nos próximos dias.

A exclusão de certos grupos na sociedade aparece até em coisas muito simples, como comprar roupa íntima. Se você é uma pessoa cisgênero (que se identifica com o gênero que lhe foi atribuído ao nascimento), você vai em uma loja e compra calcinha ou cueca em poucos minutos. Mas para travestis e mulheres e homens transgêneros até uma atividade tão simples quanto essa é cheia de obstáculos. Essas dificuldades, aliadas ao potencial de mercado e à preocupação com a saúde, motivam empreendedores a criar negócios mirando esse público.

No ano passado, a Pantys, marca de calcinhas absorventes para menstruação, lançou a cueca menstrual, voltada para homens transgêneros e pessoas não binárias (que não se identificam nem com o gênero masculino nem com o feminino). Oito meses após o lançamento, a cueca está entre os 10 produtos mais vendidos da marca ao redor do mundo e teve um crescimento médio de 190% por trimestre desde junho de 2021.

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A dificuldade em encontrar produtos que a atendessem como mulher trans fez a estilista Sandy Mel criar uma empresa especializada em calcinhas e biquínis, em Itajaí (SC). Com produtos que variam entre R$ 25 e R$ 150, além de mulheres trans e travestis, a empresa ainda atende mulheres cisgênero e homens crossdresses (que gostam de se vestir e de se portar de acordo com o gênero oposto), ainda que em menor quantidade.

Mas por que uma calcinha para mulheres trans e travestis precisa ser pensada especificamente para esse público? Entre essas pessoas, há muitas que não fizeram a cirurgia de redesignação sexual, ou seja, elas possuem um pênis. Assim, o tecido e a modelagem da calcinha precisam ser diferentes para conseguir acomodar o órgão.

Outro fator que interfere na modelagem é a "aquendação", técnica que consiste em esconder o pênis para que ele não fique ressaltado na calcinha. Esse método é muito utilizado por mulheres trans e travestis e por drag queens quando estão no personagem. Para "aquendar", é comum usar fita adesiva e cola no órgão genital, o que pode ser prejudicial à saúde. Nesse ponto, entram as calcinhas pensadas para esse público, que evitam o uso de substâncias que fazem mal ao corpo.

Na empresa de Sandy é ela, com sua experiência pessoal, quem desenha os produtos, faz os cortes, compra os tecidos, pensa nos modelos e conduz as vendas pelas redes sociais e marketplaces. Para confeccionar as peças, ela conta com uma equipe de costureiras.

"O maior desafio hoje é manter o padrão de qualidade, mesmo com o aumento do preço dos tecidos e dos aviamentos, sem aumentar o preço final. O público é muito exigente, sempre quer novidades, então eu renovo as opções de estampa a cada 15 dias. Tem loja que não vende tecido em pequena quantidade, então a compra mais básica que eu faço não fica por menos de R$ 1.500", explica.

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Victor Alves e Everton Torres perceberam que havia uma demanda no mercado e, em 2018, criaram a TGW, que fabrica e comercializa moda íntima, praia e fitness para mulheres trans e travestis em Blumenau (SC).

"Blumenau se tornou uma referência para pessoas trans com uma clínica voltada para esse público, que é reconhecida mundialmente. Então, percebemos a falta de oferta, porém uma grande demanda - não em termos de mercado, mas de necessidade. A mulher trans e travesti precisa poder comprar uma roupa íntima feita para o corpo dela, para que ela se sinta inserida na sociedade", explica Everton.

Por serem dois homens cisgênero, eles precisaram de ajuda para confeccionar os produtos. "Tivemos uma ajuda dessa clínica que atende pessoas trans para fazermos peças que se adequam ao órgão. Dependendo da qualidade da calcinha, acaba machucando e inflamando", conta Victor.

Hoje, na empresa, trabalham os dois sócios e uma revendedora que comercializa as peças nos Estados Unidos, além de um investidor anônimo. As vendas são feitas pelas redes sociais, e-commerce, Whatsapp e marketplaces. O carro-chefe, a calcinha, custa R$ 49,90. A dupla vende, em média, 100 pedidos por mês.

De olho na saúde

A saúde também é uma questão importante para o surgimento desses negócios. Em 2016, a empreendedora Silvana Bento criou a sua empresa, a Trucss, em São Paulo, a partir de um problema detectado no trabalho como técnica em hemoterapia. Observando as pacientes trans e travestis que chegavam aos hospitais, percebeu que muitas eram internadas para fazer cirurgia nos rins. Foi atrás de respostas e entendeu que o problema acontecia porque elas seguram a urina por muito tempo.

O motivo é explicado pela técnica da "aquendação". Como geralmente ela é feita com cola ou fita, só se retira no banho, o que faz com que a pessoa passe muito tempo sem fazer xixi, e isso gera doenças do trato urinário.

Diante desse cenário, Silvana pegou tecido, linha e agulha e desenhou um protótipo de calcinha que, com um funil entre as pernas, simula a técnica da 'aquendação'. Assim, a pessoa pode ir ao banheiro quando der vontade, sem grandes transtornos. Silvana entrou com o processo de patente em 2016, mas a aprovação pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) leva em média seis anos para a concessão. Há casos em que os inventores tiveram que esperar mais de 10 anos.

A partir do modelo da calcinha, que custa em média R$ 70, ela desenvolveu também uma linha praia. Uma de suas clientes é a cantora Linn da Quebrada, atualmente participante do Big Brother Brasil 22. A BBB, inclusive, levou os produtos para usar durante o confinamento.

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As vendas da Trucss são feitas por um site - que conseguiu colocar de pé após sua participação no programa Shark Tank - pelo Instagram e pelo Whatsapp. No fim de 2020, Silvana acreditou que, com a chegada da vacina no próximo ano, a economia iria melhorar, e abriu uma loja física em São Paulo. Mas, com a fase vermelha da pandemia, que veio logo depois, teve que fechar após seis meses.

"Nossas vendas caíram 70% durante a pandemia. Eu tinha uma equipe, mas precisei dispensá-los e fiquei sozinha na marca, apenas com a pessoa terceirizada que fabrica as peças para mim", conta. Por ser um negócio pequeno e sem capital de giro, as vendas são feitas por encomenda, o que, para Silvana, é o maior desafio da empresa.

"Quando a pessoa compra, geralmente, ela precisa do produto com urgência. E eu demoro de dois a 20 dias úteis para entregar. Acaba sendo até constrangedor falar isso para uma cliente. Se eu conseguir fazer um estoque e ter os produtos na pronta-entrega, vai facilitar a conclusão da venda. Como eu terceirizo a fabricação, eu não tenho a costureira só para mim, então eu disputo com outras pessoas."

A codeputada estadual Robeyoncé Lima (PSOL), denunciou o assassinato de duas pessoas trans no mesmo dia, no Recife, sendo uma mulher na Várzea, Zona Oeste, e um homem no Pina, Zona Sul da capital. A deputada cobrou a atuação dos líderes estadual e municipal, o governador Paulo Câmara (PSB), e o prefeito João Campos (PSB). “Quantos corpos trans e travestis precisarão morrer para se mexerem?”, questionou. 

No Twitter, Robeyoncé ressaltou que a pauta de assassinato de pessoas trans e travestis é denunciada aos governantes há quase um ano e fez cobranças ao prefeito João campos. 

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Ela colocou, ainda, a mandata e a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Pernambuco à disposição. “Nós já entramos em contato com o Centro Estadual de Combate à LGBTfobia e o Centro Municipal de Referência em Cidadania LGBT e ambos  estão averiguando os casos. Colocamos nossa mandata e a presidência da Comissão de Direitos Humanos à disposição para ajudar no que for preciso”, afirmou. 

Priscila Nogueira, mais conhecida como Pepita, uma das primeiras funkeiras travestis do Brasil, está vibrando com a participação da amiga, a também cantora e travesti Linn da Quebrada, no BBB 22. Torcedora declarada, a carioca diz ter sentido muito orgulho da ‘mana’ e que é importante ter espaços como esse para que artistas trans possam mostrar seu talento. 

Em entrevista ao jornal O Globo, Pepita falou sobre a satisfação de ver Linn afirmando ser travesti dentro do reality e frisou a importância de tal atitude.  “Fiquei muito orgulhosa da minha mana gritar dentro do reality que é travesti. Essa palavra é um grito de liberdade, é um ato político. Quer dizer: ‘esse lugar é meu e eu mereço respeito’. O problema é ser chamada de ‘travecão’, ‘viadão’, ‘O travesti’. Não aguento quando as pessoas dizem que é ‘mimimi’. A gente sente essa dor na pele, então por que não podemos falar sobre isso?”. 

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Pepita, que além de cantora é apresentadora, escritora, empresária e um dos ícones na luta pela representatividade da luta LGBTQIA+, disse também que é importante ter espaços como o do reality para que artistas trans mostrem seu talento e que está torcendo para que a amiga chegue longe no jogo. “É cansativo ter que ensinar as pessoas. Tem dias que eu sinto que tenho que andar blindada. A Linn entrou blindada, mas teve um dia que não aguentou e chegou a chorar. Torço muito para que ela consiga permanecer forte”.

O Espaço de Acolhimento e Cuidado Trans do Hospital das Clínicas (HC) de Pernambuco, localizado na Zona Oeste do Recife, sofreu um aumento da lista de espera de cirurgia devido, entre outras dificuldades, à pandemia da Covid-19. Segundo a coordenação do espaço, a lista de espera está em 700 pessoas atualmente.

O projeto já realizou 57 cirurgias nos oito anos de atuação, com um padrão antes da pandemia de um procedimento por mês. Contudo, as paralisações causadas pelo agravamento da pandemia e dificuldades impostas em 2021 fizeram com que apenas nove procedimentos fossem concluídos.

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O espaço oferece cuidado integral à população trans e é um dos cinco centros que realiza procedimentos gratuitos de transgenitalização no Brasil. Mesmo com o ‘desfinanciamento’ que o Sistema Único de Saúde (SUS) sofre, a iniciativa mantém as portas abertas para garantir um acompanhamento ambulatorial humanizado em meio à pandemia.

O levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra), divulgado nessa sexta-feira (28), apontou que o Brasil ainda lidera o recorde negativo de assassinatos com 135 travestis e mulheres trans e cinco homens trans mortos em 2021. Historicamente a população transsexual luta contra a negligência do Estado e se firma na busca por direitos contra os espectros da discriminação da social.

“A população trans e travesti vem requerer a legitimidade de cuidado, esse lugar de humanidade, essa possibilidade de viver sem ser discriminada e apontada na rua por suas diferenças”, apontou uma das idealizadoras do Espaço trans, Suzana Livadias.

Exclusão no sistema de saúde

Um dos pontos mais preocupantes ainda é a exclusão nos serviços de saúde, principalmente no que se refere ao atendimento primário. "Todas as demandas de saúde eram negligenciadas por que não tinha uma visibilidade da população trans como específica de cuidados comuns. A gente vai ver descrita nos cuidados da Aids, mas outros cuidados também são necessários”, ressaltou Livadias.

Criado em 2014, o espaço no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, oferece diversas especialidades como Urologia, Ginecologia, Endocrinologia, Dermatologia, Assistência Social, acompanhamento psicoterápico e encaminha casos de violência para instituições parceiras.

O serviço mais procurado é o procedimento de adequação corporal, oferecida com a proposta de garantir maior dignidade e bem-estar. “A adequação vem muitas vezes para dar conta de um desconforto da pessoa e para ajudar que a sociedade consiga respeitar essa expressão”, descreveu a psicóloga.

Cirurgias

As mulheres trans têm a possibilidade de passar por cirurgias de suavização do pomo de Adão e feminilização da voz, colocação de próteses mamárias e redesignação sexual. Já os homens trans podem fazer a mamoplastia masculinizadora ou retirar o útero.

---> 7 artistas trans e travestis para colocar no 'play' agora

Livadias cobra mais investimento federal já que demoraria mais de 58 anos para atender toda a fila, mesmo que conseguisse retomar o ritmo de antes da pandemia. Sem ser uma política prioritária do Governo, em 2020 só 31 cirurgias foram feitas pelo SUS no Brasil, uma queda de 86% em comparação ao ano anterior.


Érica Gomes recebe os pacientes do projeto. Reprodução

Representatividade que conforta

O acolhimento inicial no Espaço Trans é feito por Érica Gomes, que recebe os pacientes e dá entrada no processo multidisciplinar. Como mulher trans, ela compreende que sua presença incentiva outras pessoas em situação semelhante a não desistir das oportunidades.

“[Ter uma] pessoa trans nesse local é como se encurtasse a distância entre a instituição e a população atendida. Eu vejo que as pessoas se sentem representadas e acolhidas e vejo também como uma possibilidade de incentivo para que essas pessoas possam procurar trabalho em ambientes formais”, comentou.

Além do corpo

Ciente de que a aparência é fundamental na relação de autocuidado, ela enxerga que o processo de aceitação passa primeiro pelo equilíbrio psicológico. “Saúde não é só hormonização e cirurgia. Saúde também é bem-estar social e o bem-estar social vai além dos muros do hospital”, indicou.

“As pessoas vêm muito em busca dessas cirurgias pelo fato da sociedade exigir que você para ser uma pessoa trans tem que reproduzir toda a performance do que é ser mulher na sociedade", observou. “Não é por aí. Fazer esses procedimentos não vão te dar segurança de que a sociedade vai te ver com outros olhos”, acrescentou.

Dessa forma, antes de iniciar o processo, ela explica que é importante refletir e se questionar sobre o real motivo para o interesse nas cirurgias. "O que essas cirurgias vão mudar na sua vida em relação ao olhar da sociedade à pessoa trans? A gente sabe que não muda nada. A gente tem a sensação de que é como se fossem metas colocadas na vida das pessoas trans e [é como se a gente] tivesse que alcançar e quando a gente alcança, são impostas outras metas, metas até impossíveis”, advertiu.

Como integrante do quadro de profissionais, ela se orgulha em participar das ações do Espaço que representa um modelo para o Norte e Nordeste. O projeto é o único nas regiões oferecido pelo SUS. os demais são o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, o HC da Universidade Federal de Goiás, o HC da Universidade de São Paulo e o Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro.

O contato com o Espaço Trans do Recife é feito por encaminhamento da Secretaria Estadual de Saúde ou pelos canais do projeto. O atendimento é feito de forma presencial, pelo telefone (81) 2126.3587 ou no e-mail espacotranshcufpe@gmail.com, de segunda à sexta, das 7h às 17h. Para agendar uma consulta é preciso repassar dados pessoais e a numeração do cartão do SUS. 
 

No Brasil, país que mais mata pessoas trans e travestis em todo o mundo, o primeiro mês do ano se encerra com uma data emblemática: o Dia da Visibilidade Trans. Celebrado desde 2004, o dia 29 de janeiro é mais um entre tantos na luta pelo respeito à identidade de gênero e orientação sexual dos cidadãos brasileiros, além de promover a reflexão acerca da violência crescente entre a população transexual. 

Os números são alarmantes. Desde 2008, quando começou a ser contabilizada, a ocorrência de assassinatos de mulheres trans e travestis, maiores vítimas de transfeminicídio, só cresceu. Segundo relatório feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2020 foram registrados 175 assassinatos, 40% a mais que o ano anterior, quando o país ocupou a primeira posição na lista dos que mais matam pessoas trans no mundo pela 13° vez consecutiva. 

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Já em 2021, o número de mortes motivadas por ódio e preconceito de gênero foi um pouco menor, 140, de acordo com levantamento da Antra. No entanto, o Brasil continua despontando nas estatísticas de violência e, segundo dados da instituição, de cada 10 homicídios contra trans no mundo, quatro ocorreram em solo brasileiro. 

Para marcar a data e colaborar com o debate, O LeiaJá traz uma lista com artistas trans e travestis que estão marcando seus lugares no mundo através da música. São mulheres e homens trans e travestis que com sua arte estão ocupando lugares de relevância na socieadade e chamando para a conscientização. Dá o play e atualize sua playlist. 

Linn da Quebrada

Cantora, compositora, atriz e ativista social, Linn se considera multiartista por atuar em diversas frentes. Neste ano de 2022, ela integra o elenco do Big Brother Brasil, e tem ajudado a levantar o debate sobre respeito às pessoas trans e travestis. 

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Isis Broken

A cantora sergipana acumula indicações e prêmios por suas obras audiovisuais e, em 2021, lançou seu primeiro álbum: Bruxa Cangaceira. Também no último ano, ela tornou-se mãe do pequeno Apolo, fruto de seu relacionamento transcentrado com o músico e produtor Aqualien. 

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Pepita

Cantora, compositora e dançarina, Pepita foi uma das primeiras funkeiras trans do Brasil. No Instagram, ela conta com mais de um milhão de seguidores e é muito respeitada dentro do ativismo LGBTQIA+. 

Nick Cruz

O cantor é um dos mais novos nomes do pop brasileiro e vem chamando atenção por suas músicas leves e divertidas, sobretudo entre o público jovem. Ele lançou o clipe de sua primeira canção, Me sinto bem, em 2019, e logo descolou um contrato com a mesma gravadora de Anitta, a Warner Music. 

Bixarte

A rapper, atriz, cantora e poetisa paraibana Bixarte fala sobre ancestralidade e visibilidade trans em suas produções.

Julian Santos

Mùsico independente e 'artivista', o paraibano Julin Santos usa seu trabalho a favor da luta contra a transfobia. 

Monna Brutal

Com rimas ferinas e flow seguro, a rapper paulista fala sobre machismo, transfobia e resistência em suas músicas. 

Eslovênia deu uma ‘bola fora’ pela segunda vez com a colega de confinamento no 'BBB 22', Linn da Quebrada. Na festa do último sábado (22), a ex-miss Pernambuco referiu-se à cantora novamente no masculino e acabou levando uma bronca. Lina disse que não dava mais pra ela errar o pronome pelo qual deve ser chamada. Por sinal, a artista tem “ela” tatuado em sua testa. 

As duas sisters conversavam quando Eslô chamou Linn de “amigo”. De imediato, ela identificou o erro e desculpou-se dizendo: “Foi sem querer”. A cantora, então, deu um chamada na colega, sem se alterar, e disse: “Não dá ́mais pra ficar errando, amiga".  

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Essa não foi a primeira vez que Eslovênia se referiu a Linn utilizando o pronome masculino. Logo após a entrada da cantora na casa, a sister usou o pronome msculino “ele” para falar sobre a artista e foi repreendida pelos demais colegas. 

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As constantes situações de transfobia envolvendo a artista no BBB 22 têm sido tema nas redes sociais. Em seu perfil oficial, o time de Adms da cantora, que por sinal é formado integralmente por travestis, vem pedindo respeito a ela. “A indignação contra esse tipo de violência é fundamental e deve existir para além das redes sociais”. 

Linn da Quebrada ainda não entrou na casa do Big Brother Brasil (isso acontecerá ainda nesta quinta (20)) por conta de um teste positivo de Covid-19, mas suas redes sociais já estão a todo vapor. A cantora tem cinco pessoas responsáveis por seus perfis em diferentes plataformas, sendo todas profissionais travestis, assim como ela. O detalhe foi contado em uma das contas da artista.  

Linn vem se destacando cada vez mais no cenário musical brasileiro nos últimos anos. Além de cantora, ela também é compositora, atriz e ativista social e se preocupa em falar pela comunidade LGBTQIA+ em seus trabalhos. Sendo assim, não poderia ser diferente em sua nova empreitada e ela escalou Adms travestis para cuidarem de suas redes sociais durante seu confinamento no BBB 22. 

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Ao todo, Linn conta com 20 pessoas em sua equipe. Uma das Adms revelou, em um tweet, que cinco delas são travestis e a resposta dos seguidores foi cheia de contentamento e orgulho. “Linn é incrível mesmo... Já gerou mais empregos que uma pessoa aí”; “Isso é incrível, lindo e necessário demais. Todo meu apoio”; “As maiores com a maior”; “tão arrasando viu? tão entregando um trabalho de muita qualidade”. 

Era quase meia-noite quando Isis, em meio a uma sessão de prosa na cozinha de casa, pediu para seu avô, Ararinha da Viola - um dos maiores repentistas e cordelistas do Sergipe -, contar-lhe uma de suas histórias preferidas. Já idoso e com a memória comprometida pelo Alzheimer, o poeta lamentou por não poder concluir o repente, um dia depois, ele seria hospitalizado e não voltaria mais. 

Aquela foi a última vez que Ararinha recitou uma de suas histórias em vida e foi logo para a neta preferida, segundo ela própria. Não por acaso, a ela coube a missão de dar continuidade e renovar as tradições que estão no seio da família, original de uma terra tão rica em cultura popular. A menina logo entendeu isso e tornou-se Isis Broken, uma artista nordestina, travesti, preta, rapper, cantora e compositora, que nesta sexta (26) lança seu primeiro álbum, ‘Bruxa Cangaceira’, trabalho no qual condensa todo o legado a ela confiado 

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Isis cresceu ouvindo os repentes do avô e logo cedo, por volta dos nove anos de idade, começou a se aventurar escrevendo poesias e algumas músicas. Logo em seguida, aos 12, descobriu-se uma pessoa trans e deu início ao seu processo de transição. Nesse sentido, Ararinha da Viola também teve papel fundamental, como ela conta em entrevista exclusiva ao LeiaJá. “Quando eu me assumi, ele super me aceitou. Nunca falou nada, pelo contrário, ele era um cara do sertão sergipano, poderia ter limitações, o que seria até aceitável, mas ele nunca teve essas limitações comigo”.

'Bruxa Cangaceira' condensa as referências e vivências de Isis. Foto: Divulgação

Foi pouco depois da perda do avô que Isis tomou consciência de qual rumo deveria dar ao seu trabalho e qual o real propósito dele. Após ficar sem o final da história preferida, na última conversa com o repentista, ela acredita ter recebido dele, através de um jogo de tarot, a resposta que precisava. “Até hoje eu não sei qual é o final deste poema, mas eu acho que naquele momento não era pra eu saber, era pra eu dar continuidade. Uns dois anos depois eu tava sentada no meu altar, tirando um tarot, peguei cartas aleatórias e apareceu Elegbara (orixá que liga os vivos e os mortos), e ouvi uma voz falando ‘Elegbara, eleva o espírito e me renova’. Peguei um papel e comecei a escrever e o mais louco é que se eu te falar que eu lembro eu vou tá mentindo, eu lembro que quando terminei eu tava com várias páginas parecendo psicografadas, uma letra que não era minha e eu falei essa música não fui eu, foi meu avô que escreveu”.

A música em questão leva o nome do repentista, ‘Ararinha da Viola’ e além de ser uma das faixas do álbum ‘Bruxa Cangaceira’ também conta com um videoclipe, assinado por Letícia Pires e que agora concorre ao prêmio ‘Music Video Festival’, na categoria ‘Melhor clipe nacional envolvendo diversidade e inclusão’, ao lado de nomes como Renegado em um feat. com Elza Soares, Edgar, Ravi Lobo e Trevo. O trabalho chega à competição já premiado em uma outra, o ‘Festival de Cinema de Vitória’, no qual levou o troféu de Melhor Videoclipe Nacional’. 

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Além de colecionar indicações e prêmios, ‘Ararinha da Viola’ é também um apanhado das referências e missões de Isis Broken, coisa que se repete ao longo do primeiro álbum da artista. São elementos que vieram de seu avô e da cultura popular do Sergipe, como os parafusos de Lagarto, as taieiras e o jaraguá. Mas também aparecem, ao longo das faixas, outras influências diversas como o rap e o trap, o pop de Kelly Key, o forró do Nordeste, o rock de mulheres como Pitty e Avril Lavigne, e até coisas que surgem nos sonhos da cantora, autodeclarada bruxa. Tudo isso arrematado com um forte viés político, com discursos de empoderamento e auto afirmação que ela estende a todos as pessoas transvestigeneres.

Com sua música, Isis acaba sendo ela mesma uma referência, função de extrema importância da qual ela própria já sofreu influência também. “Eu transicionei com uns 12, 13 anos e me descobri uma pessoa trans. Eu não via corpos iguais ao meu cantando sobre suas histórias, eu não me via em lugar nenhum e eu achava que eu era proibida de cantar. Hoje eu percebo que sentia isso. Eu também não acreditava muito na minha voz, na minha potência, por ter uma voz travesti. A primeira pessoa que eu vi na TV que combinava com a minha história foi a MC Xuxú, que inclusive tá no (meu) álbum, e foi nesse momento que eu percebi a grandiosidade das nossas existências e que o mundo precisava ouvir isso. Ver MC Xuxú num domingo, na TV, me lembro como hoje, no (programa) Esquenta, um corpo travesti totalmente dissidente, eu falei: ‘é isso que eu quero’. 

Isis Broken é artista independente. Seus figurinos são montados por ela mesma, em brechós e com peças emprestadas. Foto: Divulgação

Broken quer, também, provar que tais referências estão em toda a parte e que devem ser validadas. Não por acaso, seus clipes e músicas já renderam cursos, deram mote para aulas em diversos níveis de graduação e já alcançaram até o público infantil. “Já teve pai que me disse: ‘Nossa, meu filho ama você, eu comecei a ouvir você por causa dele’. Eu falei: ‘Meu Deus, as crianças estão ouvindo Isis Broken’. As crianças estão consumindo uma travesti“. 

Recentemente, a artista se envolveu em uma polêmica nas redes sociais ao pleitear seus créditos em uma produção de Gloria Groove, assinada pelo diretor Felipe Sassi, com quem já trabalhou. A situação acabou ilustrando a luta por validação na qual ela tanto se empenha. “Por que as pessoas não querem validar uma travesti como referência? Quantas travestis você tem como referência? É justamente isso que eu queria falar, é uma responsabilidade. Tudo que eu penso e faço é pensando nisso: em como me transformar numa referência,  esse é o legado que quero deixar pro meu filho que tá chegando, pras novas gerações e para que as pessoas (trans) se percebem gigantes, porque durante muito tempo eu me senti muito pequena e hoje me percebo gigante e não deixo ninguém dizer que eu não sou”. 

Consciente de seus desejos e de onde quer chegar, Isis Broken sabe muito bem quem é. A segurança da artista é notória em sua lírica, seus figurinos - todos elaborados por ela mesma - e performances, sempre vigorosas e repleta de alegorias e elementos que vão das artes plásticas à cultura tradicional. Para viabilizar o seu trabalho, a sergipana mudou-se recentemente para São Paulo, ao lado do marido, o músico e produtor Aqualienn, que espera o primeiro filho do casal transcentrado, Apolo. 

Clique aqui para ouvir 'Bruxa Cangaceira'. Foto: Divulgação

A chegada dos seus dois ‘filhos’ representa um marco que não é de exclusividade de Isis. O bebê Apolo vai chegar ao mundo, dentro de poucos meses, provando que as famílias não precisam seguir qualquer tipo de modelo pré-estabelecido para existirem e que corpos trans também podem gerar e amar como quaisquer outros. 

Já o álbum ‘Bruxa Cangaceira’, além de cumprir os papéis designados a Isis por sua ancestralidade: de continuidade e renovação dentro de várias culturas - provando que essas são vivas e por isso sofrem constante mutação -, chega também para marcar a existência e competência dessa artista nordestina, preta, travesti, ‘bruxa’ e, sobretudo, disposta a encabeçar um verdadeiro clã do qual ela já assumiu o comando como sua verdadeira “suprema”. 

Perto de completar um século de existência, pela primeira vez, a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) será presidida por uma mulher, que escolheu a primeira conselheira travesti para compor sua chapa. A instituição elegeu as representantes na votação dessa quinta-feira (25).

Apoiada pela maioria dos advogados, a Patricia Vanzolini vai comandar a OAB-SP nos próximos três anos. Ela venceu a disputa com 35,80% dos votos, equivalente a 64.207 eleitores. O segundo colocado foi o candidato à reeleição Caio Santos, que ficou com 32,79%, opção de 58.821 votantes.

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Como primeira mulher eleita, Patricia será auxiliada pela empresária Márcia Rocha, que já havia quebrado paradigmas ao ser a primeira advogada a receber a carteira da Ordem com o nome social.

Ela já é membro da comissão da Diversidade Sexual da OAB-SP e coordena o projeto Transempregos. Emocionada, Márcia anunciou o resultado da eleição nas redes sociais: "estamos muito felizes com essa confiança depositada em nós. Sou a primeira conselheira travesti eleita para a OAB/SP!", publicou.

Ao todo, 350 mil advogados estavam aptos ao voto. Neste ano, foi lançada a regra de paridade de gênero, aprovada em 2020 pelo Conselho Federal da entidade, que designou que metade das chapas, cargos de comando e diretoria deveria ser ocupado por mulheres. 

Uma travesti, que vive em situação de rua, foi amarrada, espancada e presa no porta-malas de um carro, após ser acusada de furto. O caso foi registrado em Teresina, Piauí.

Dois homens usaram pedaços de madeira para agredir a vítima, que estava imobilizada no porta-malas do carro. A Guarda Municipal de Teresina disse ao UOL que os agentes exigiram que os agressores soltassem a travesti.

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Além disso, os agentes afirmam que ela foi algemada e, juntamente com o agressor, foram conduzidos à Central de Flagrante de Teresina para apuração dos fatos. 

Durante a pandemia da Covid-19, garotas de programa se viram obrigadas a se expor ao perigo de contaminação. Muitas não conseguiram o Auxílio Emergencial - que já é um valor muito abaixo do que costumam ganhar - e continuaram trabalhando na pandemia.



A UNAIDS, programa das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, afirma que a pandemia fez com que as profissionais do sexo em todo o mundo passassem por dificuldades, com perda total de renda e maior discriminação e assédio. A organização aponta que, como as trabalhadoras do sexo e seus clientes se auto-isolam, elas ficam desprotegidas, cada vez mais vulneráveis e incapazes de sustentar a si mesmas e suas famílias.

No Brasil, o governo lançou o Auxílio Emergencial para ajudar a população que foi afetada com o fechamento do comércio e outras medidas de isolamento para conter a Covid-19. No entanto, a Coordenadora da Central Única de Trabalhadoras e Trabalhadores Sexuais (CUTS) e presidente da Associação de Prostitutas do Estado do Piauí, Célia Gomes, 54 anos, destaca que muitas profissionais não conseguiram o dinheiro do auxílio e se viram mais desprotegidas.

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“O governo acha que nós somos invisíveis. Só somos visíveis na hora de votar - aí nós somos gente, somos profissionais. A gente teve que ir trabalhar de outras formas, buscando as ajudas necessárias. Algumas das mulheres tinham o Bolsa Família, mas outras não tinham e nem conseguiram se inserir no Auxílio Emergencial”, explica Célia.

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A principal reclamação das profissionais do sexo é que o governo, seja ele municipal, estadual ou federal não desenvolveu políticas públicas voltadas para essa camada da sociedade que, rotineiramente, já é tão marginalizada pelo poder público.

“Foi uma situação que, para nós, foi pior do que para outros brasileiros. Nunca teve uma política pública para essa população, não seria agora que iria ter. A gente vem lutando por inclusão, mais respeito, mais políticas públicas. A gente participa de várias comissões, mas eles [os políticos] não querem olhar para nós”, salienta a coordenadora da CUTS.

Sem o apoio esperado dentro do seu próprio país, as profissionais conseguiram uma ajuda com órgãos internacionais. “A gente teve muita ajuda do pessoal de fora do país, que falava com a gente pelas redes. Aqui no Brasil a solidariedade apareceu, mas foi muito pequena. Durante todo esse tempo uma coisa bacana que aconteceu foi que quem tinha uma horta, um açougue eram as pessoas que mais ajudavam. Mas isso foi uma articulação das putas”, diz Célia.

Marcelly Tretine

Marcelly Tretine, 28 anos, profissional do sexo e secretária da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE), lembra que o momento de maior dificuldade vivido pelas profissionais aconteceu nos primeiros meses da pandemia. Agora, com a queda nos registros de casos confirmados e óbitos, essas profissionais estão retornando a sua rotina de trabalho dentro do possível.

 "Nós conseguimos adaptar esta instituição para que pudéssemos possibilitar uma ajuda com a entrega de alimentos e kits de higiene. Conseguimos atender 400 pessoas porque a gente sabe o sofrimento de toda essa população", diz Tretine sobre a Amotrans.

"Já é difícil sobreviver na sociedade onde não se tem oportunidades. Como é viver na pandemia para essa população? É uma luta de sobrevivência. Tem que se expor, tem que trabalhar e tem que correr atrás. Eu tive a ajuda da minha família nesse período, mas nem todo mundo tem essa sorte", completa a secretária da Amotrans.

A UNAIDS aponta que organizações lideradas por profissionais do sexo de todas as regiões estão relatando falta de acesso aos planos nacionais de proteção social e exclusão de medidas emergenciais de proteção social. "Quando são excluídas das respostas de proteção social à Covid-19, as profissionais do sexo são confrontadas com a possibilidade de ter sua segurança, sua saúde e suas vidas em risco, apenas para sobreviver", diz a entidade.

A organização está apelando aos países para que tomem ações imediatas e críticas, baseadas nos princípios de direitos humanos, para proteger a saúde e os direitos das profissionais do sexo.

*Fotos: Júlio Gomes

Na madrugada desta sexta-feira (25), uma travesti foi morta com tiros no rosto em um motel, localizado em Londrina, Paraná. A Polícia Militar confirma que, após os disparos, a travesti ainda foi atropelada pelo suspeito.

Em informações passadas ao site Ricmais, a PM aponta que o suspeito chegou no motel conduzindo um Fiat Palio e, minutos depois, a travesti chegou em um carro de aplicativo. Foi na garagem de um dos quartos que o homem disparou três vezes contra a vítima.

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Ao escutar os disparos, o porteiro do motel trancou os portões, mas o suspeito deixou o carro e conseguiu fugir pulando o muro. O veículo foi apreendido e passará por perícias, já o autor do crime não foi capturado pela polícia.

O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Londrina. As possíveis causas do crime não foram divulgadas e o caso segue sendo investigado pelas autoridades local.

 

O Porto Digital, em parceria com a Rede Cidadã, lançou nesta sexta-feira (14) o projeto TRANS.FORMA. A ação tem como objetivo ensinar habilidades de programação e de inteligência emocional para pessoas trans e travestis. O treinamento é gratuito e visa oferecer vagas nas empresas do ecossistema de inovação para quem concluir o curso.

Dividido em dois módulos, qualificação pessoal e qualificação profissional, o projeto terá mais de 200 horas de treinamentos. O primeiro módulo aborda temas como propósito pessoal, liderança e habilidades comportamentais e o segundo, conteúdos técnicos como lógica de programação, banco de dados e os princípios da linguagem front-end.  

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Podem se inscrever mulheres trans, travestis e homens trans, maiores de 18 anos, residentes nas cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Camaragibe. Também é preciso ter renda familiar inferior a um salário mínimo per capita e ensino médio completo.  

Quem for selecionado deve participar de um processo seletivo virtual composto de três etapas. As aulas serão realizadas de forma remota entre setembro e dezembro de 2020. Durante o curso, serão disponibilizados computadores para que os inscritos possam participar da melhor forma. Porém, é recomendado que os candidatos tenham acesso à internet. As inscrições seguem até 30 de agosto.

Uma travesti foi assassinada dentro de um ônibus no Terminal de Cais de Santa Rita, no bairro de Santo Antônio, na área central do Recife, na madrugada desta quinta-feira (25). O suspeito foi preso no local com a faca usada no crime.

 A vítima teria entrado no ônibus da linha Marcos Freire/Bacurau para tentar escapar do agressor. O motorista do veículo, em entrevista à TV Jornal, relatou que não deu tempo de fechar a porta antes do homem entrar e atacá-la.

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 Segundo informações preliminares, a vítima era amiga da ex-mulher do criminoso. Testemunhas ouviram o homem dizer que a vítima não deveria ter se metido com sua esposa. 

 O suspeito confessou o crime e foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Cordeiro, Zona Oeste da capital. Um adolescente de 17 anos também foi apreendido por auxiliar no crime.

A cidade de Camocim, no Estado do Ceará, foi local de um crime de transfobia no último sábado (6). Três homens que foram capturados pela Polícia Militar do Estado do Ceará são acusados de matar a travesti Luanny Kelly após uma discussão. A prisão aconteceu no mesmo bairro, horas depois do crime. 

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A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará divulgou ainda no sábado, dia do crime, os nomes dos acusados. O trio é composto por Samuel Monteiro de Oliveira, 25; Rodolfo da Silva Sabino,25; e Antônio Abreu de Lima, de 30 anos. Os três já tinham antecedentes criminais. 

Segundo informações oficiais, Luanny Kelly, com registro civil de Francisco Antônio Sousa de Brito, tinha 22 anos e foi atingida por "golpes de objetos perfurantes", após discutir com os acusados. A polícia Civil do Estado do Ceará informou que o caso segue sendo investigado e pediu para que os moradores denunciem casos como esse pelo disque-denúncia 181.

 

Pela primeira vez, o Presídio de Igarassu (PIG), que dispõe de um pavilhão exclusivo para LGBTs, promoverá o Concurso Miss Trans. A ação também será pioneira no Nordeste e acontece nesta terça-feira (18), no Espaço Ecumênico da unidade. Segundo a Secretaria de Ressocialização (SERES), o objetivo do concurso é valorizar a autoestima das reeducandas e promover uma maior interação entre transexuais e travestis que cumprem pena na unidade prisional.

Serão 13 detentas participando do concurso que contará com dois momentos, com traje esporte fino e de gala. As candidatas também farão apresentações de sua preferência podendo optar por música, dança, poesia e arte. O primeiro e segundo lugar receberão prêmios como kits de beleza e secadores. O júri terá a presença da Miss Musa Pernambuco, Bruna Mikaelly Barbosa. A ação conta com o apoio da artista plástica Mônica Maria de França.   

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“Este evento não é apenas uma disputa, mas uma forma de levar à sociedade a valorização dessas reeducandas quebrando preconceitos e promovendo a visibilidade”, ressalta a coordenadora de Ação Social do PIG, Maria das Graças.

*Com informações da assessoria

A vida amorosa de Anitta não é segredo para ninguém e, mais uma vez, ela falou abertamente sobre sua bissexualidade e seus relacionamentos. Em bate-papo com Leo Dias, a cantora apenas se recusou a comentar o término do namoro com Pedro Scooby, explicando que não queria falar sobre o assunto de maneira geral. Questionada sobre ter dito no passado que jamais seria vista beijando em público, a funkeira explicou que mudou de opinião e revelou os aprendizados que seus namoros já lhe proporcionaram:

- Não é desta última relação. O aprendizado da vida é que eu não fico me prendendo pelo fato de ser uma pessoa pública. Eu acho que, a partir do momento que eu começar a medir a maneira que eu vou viver por conta da pessoa pública que eu sou, já não vou ser eu mesma. Desde que eu surgi como cantora, não saio dos charts brasileiros nem por um mês, nem por um dia. Então, se esse é o meu trabalho e estou fazendo muito bem feito, graças a Deus e aos fãs, eu não vejo motivo para não fazer coisas de um ser humano normal, não vejo por que não me relacionar, declarou.

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Mas apesar de não querer mais esconder seus relacionamentos, Anitta despistou Leo Dias quando foi questionada se já ficou com algum famoso internacional além de Maluma, afirmando apenas que vários passaram pela sua vida. Sobre os romances que teve depois do término do namoro com Scooby, ela disparou:

- Já nem sei mais a conta, amor. Não tem como eu contar. É muita gente, muitas coisas, muitos países, muitas cidades... Estou vivendo a vida, gente! Pelo amor de Deus!

Quando o assunto foi sua sexualidade, Anitta diz que prefere não falar tanto sobre isso no Brasil, diferente do que acontece no exterior:

- Lá fora as pessoas estão me conhecendo, então preciso chamar a atenção de alguma maneira. Então sou basicamente a Anitta que eu era no início aqui. Agora aqui eu preciso ser mais cuidadosa com as coisas porque tudo fica muito grande e nem sempre eu tenho controle de como isso vai reverberar e as pessoas vão replicar. Eu sei que as pessoas vão fazer um grande sensacionalismo que não tem nada a ver com que eu quero passar.

Mas esclareceu as dúvidas em torno de sua bissexualidade:

- Eu sou topa tudo mesmo. Só não vou gente comprometida, é minha única regra. O resto.. tá tudo ótimo. Homem, mulher, travesti.. tudo o que aparecer. Já foi tudo, tô ótima. Não tenho preconceito, nenhum.

Para o TV Fama, a cantora esclareceu os rumores em torno de seu relacionamento com Ohana Lefundes, que teria feito sexo a três com ela e Pedro Scooby. Anitta confirmou que ocasionalmente fica com a bailarina, mas que as duas jamais firmaram compromisso:

- Eu não to tendo um relacionamento, mas a gente se curte tem muitos anos. Ela está no meu balé há mais de três anos. E dese sempre a gente.. quando rola, rola. A gente não é presa a nada, não, revelou.

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