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O vereador Antônio Bezerra Franco (PSB), o Cangaia, chamou atenção ao comentar a respeito da situação de cães e gatos de rua durante uma sessão ordinária na Câmara dos Vereadores de Tucumã, no Pará. A pauta tratava da situação dos animais de rua que, para o parlamentar, deveriam ser oferecidos como alimento para os leões do zoológico local.

O projeto de lei apresentado pela vereadora Davina Rodrigues (MDB), que propõe a destinação de R$ 40 mil anualmente para os cuidados com os animais de rua da cidade, era discutido quando Antônio Bezerra expôs sua opinião. Para ele, o município precisa conter a população animal espalhada pela rua de forma definitiva. “Quem tem animal tem que cuidar. Os que estão na rua, uns caras passam de carreta, recolhem, fazem exames e levam para o zoológico.Os caras colocam os gatinhos no lixão e vai espalhando pela cidade. Gato é muito pequeno, acho que não dá nem uma dentada para um leão, mas quem tem seus cachorros tem que cuidar”, disse. 

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Em outro momento, durante a sessão, quando questionado se o vereador estava propondo que cães e gatos de rua fossem mortos, ele respondeu. “É, ué. Leva para o zoológico, coloca para fazer exames e lá eles comem, os leões e as onças”. 

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Dias mais tarde, o vereador Cangaia se justificou, durante entrevista ao SBT Tucumã, e disse que suas palavras haviam sido distorcidas. “Jamais vou pensar em fazer isso. As pessoas às vezes distorcem e tiram as palavras da boca da gente. O povo de Tucumã me conhece e sabe da minha força de vontade de ver acontecer  o melhor para nossa cidade. Eu relatei na época que já aconteceu isso em algumas cidades. Mas aí, houve distorções e colocaram palavras na minha boca de algo que não está no meu coração”. 

A promotoria de Justiça Agrária de Redenção esteve em Tucumã, município localizado no interior do Estado do Pará. A inspeção judicial ocorreu no dia 9 de fevereiro na fazenda Caumé, cenário de constantes conflitos pela posse de terra.

Após a conclusão da vistoria, foi concluído que há 53 famílias instaladas no local. Os promotores de justiça agrária questionaram a situação de saúde e educação das pessoas que ocupam a área da fazenda. A promotoria também contestou temas jurídicos sobre o conflito agrário, frequentes na região.

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A infraestrutura é um grande problema nos assentamentos. Muitos possuem energia elétrica e água encanada, mas as estradas são precárias, assim como as escolas e a saúde. A população não tem acesso ao atendimento básico de saúde. Várias crianças possuem dificuldades de acesso à escola, tendo em vista a falta de transporte escolar.

A inspeção gerou um ofício com recomendação, propondo que haja disponibilização de serviços básicos de saúde e educação para os moradores da área, mesmo que se trate da região de conflito pela posse de terras. Foi sugerida a liberação de transporte escolar e de agentes de saúde conhecedores da área, enquanto a questão da posse de terra não é resolvida judicialmente.

Com informações do Ministério Público do Estado do Pará.

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