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Passageiros do voo da TAM, que saiu na noite de segunda-feira (6), do Rio com destino a Porto Alegre (RS), passaram por um susto. O avião teve problemas técnicos e sobrevoou a capital fluminense por quase duas horas, em meio à forte turbulência. A aeronave retornou para o Aeroporto Tom Jobim e os passageiros seguiram viagem depois de mudar de avião.

O problema ocorreu logo depois da decolagem. "O avião começou a subir, mas reparamos que não ganhava altitude. Passei a acompanhar as informações na tela e notei que, em vez de subir, o avião começou a baixar", contou o bacharel em direito Abner Tomazelli, de 26 anos, que viajava com o pai e a namorada. O piloto anunciou, então, que a aeronave enfrentava "problemas na pressurização" da cabine. "Ele avisou que não era nada sério, mas teríamos que voltar. Só que o tanque estava cheio. Ele disse que precisaria 'queimar combustível' para chegar ao peso ideal para o pouso".

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O piloto se dirigiu a Maricá, no Grande Rio, e sobrevoou a cidade por quase duas horas. Chovia forte na região. "Como ele não podia ganhar altitude, ficamos voando na altura das nuvens. Foram quase duas horas de turbulência. Tudo chacoalhando. Os passageiros ficaram muito nervosos", contou Tomazelli.

Em nota, a TAM informou que o voo JJ3811 voltou ao Tom Jobim após a identificação de um problema operacional. "A aterrissagem aconteceu em total segurança à 0h13". Os passageiros tiveram de trocar de avião e chegaram a Porto Alegre às 3h04.

Autoridades de bancos centrais de vários países estão esperando mais turbulência no mercado financeiro, enquanto o Federal Reserve se prepara para reduzir os estímulos à economia dos EUA. Os mercados globais estão hesitantes desde maio, quando o Fed começou a sinalizar que poderia reduzir as compras de bônus, de US$ 85 bilhões por mês. Os juros de hipotecas aumentaram nos EUA e moedas e ações de várias economias emergentes caíram.

Essa volatilidade é um sinal de que os efeitos dessa redução "podem não ser suaves", disse o vice-presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Charles Bean, durante o simpósio de política monetária do Federal Reserve (Fed) de Kansas City em Jackson Hole, Wyoming.

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O nome do simpósio, "Dimensões Globais da Política Monetária Não-Convencional", tornou-se real demais para pelo menos um dos participantes que eram esperados no encontro. O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, cancelou sua viagem a Jackson Hole num momento em que o real registrava forte depreciação. Na quinta-feira, o BC anunciou um programa de US$ 60 bilhões para interromper a queda da moeda. o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Pereira Awazu, participou do encontro em seu lugar e assegurou aos participantes que o Brasil tem condições de administrar a situação.

Investidores injetaram muito dinheiro em mercados emergentes nos últimos anos, enquanto a economia norte-americana se recuperava lentamente e as taxas de juros no país estavam em mínimas históricas. Agora, eles estão tirando dinheiro daqueles países devido à perspectiva de juros mais altos nos EUA e do fortalecimento da economia do país.

A volatilidade é agravada pelas incertezas sobre quando o Fed vai começar a reduzir as compras de bônus. Essas compras têm como objetivo impulsionar o crescimento econômico através da redução dos juros de longo prazo, o que deveria resultar em aumento do consumo, de contratações e de investimentos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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