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A partir do próximo sábado (1º), com o duelo entre Tuna Luso, do Pará, e Humaitá, do Acre, às 15h (horário de Brasília), a TV Brasil será a casa da Série D na televisão aberta nacional em 2023. A competição - que representa a 4ª divisão brasileira - terá dois jogos transmitidos por fim de semana. Com 64 clubes espalhados pelos 26 estados, além do Distrito Federal, o torneio pode ser considerado o mais democrático do futebol do país.

A Série D 2023 começou em 6 de maio. Os 64 clubes participantes (quatro rebaixados da Série C do ano anterior e outros 60 classificados de acordo com as vagas estaduais distribuídas com base no Ranking Nacional das Federações da CBF em 2022) lutam por quatro vagas que dão acesso à Série C de 2024. A competição está prevista para terminar em 29 de outubro.

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Na primeira fase, as equipes estão divididas em oito grupos com oito clubes cada, enfrentando cada adversário duas vezes, num total de 14 partidas. A divisão é feita por região do país. Os quatro primeiros colocados de cada chave se classificam à segunda fase. Daí em diante, o futuro dos times será sempre definido em duelos de mata-mata, com jogos de ida e volta. Quando restarem apenas oito postulantes ao título, na fase de quartas de final (justamente a que decide quem sobe à Série C), os confrontos serão organizados de acordo com as campanhas que as equipes tiverem feito até aquele momento. Os duelos serão entre a 1ª e a 8ª melhor campanha, 2ª versus 7ª, 3ª contra 6ª e 4ª diante da 5ª.

A primeira fase da competição entra agora em sua reta final, com os times dando o último gás para buscarem as vagas ao mata-mata. O primeiro duelo a ser transmitido pela TV Brasil envolve duas equipes do Grupo 1: a Tuna Luso, vice-líder com 19 pontos em dez jogos disputados, e o Humaitá, quarto colocado, que somou 14 até agora. O palco do jogo será o estádio Francisco Vasques, em Belém.

Um dia depois, domingo (2), o confronto exibido será entre o Brasil de Pelotas e o Caxias. O confronto entre o Xavante, 6º colocado do Grupo 8 com 11 pontos, e o Grená da Serra, vice-líder da chave com 17 pontos, será disputado a partir das 15h no estádio Bento de Freitas, em Pelotas.

A Justiça determinou, na última segunda-feira (13), que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a União se manifestem, em 72 horas, sobre a transmissão do programa “Papo de Respeito”, no canal do YouTube da TV Brasil, que teve primeira-dama Janja da Silva como uma das apresentadoras.

A ação foi movida pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que é ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), e pede a retirada da live do canal. Para ele, Janja, durante a apresentação do programa, "evidencia e enaltece os feitos do marido presidente da República, tratando a programação da empresa pública como u boletim informativo das supostas bondades realizadas pelo atual mandatário do Poder Executivo Federal”.

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Além disso, Rubinho Nunes salienta que tanto o presidente Lula (PT), quanto a primeira-dama usaram a EBC "como folhetim de feitos do governo, desvirtuando completamente as competências da empresa e ferindo mortalmente os limites da lei 11.652/2008”. 

Outro pedido de retirada da live foi realizado pelo deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), que também solicitou que Janja seja proibida de apresentar programas ou outros produtos da TV Brasil. “É imoral e inconstitucional que o presidente da República use a primeira-dama em uma rede de televisão pública para tecer elogios ao governo”, disse. 

Parlamentares de oposição ao governo criticaram a live feita pela primeira-dama Janja Lula da Silva no canal do Youtube "TV Brasil Gov", administrado pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). A transmissão, chamada "Papo de respeito", teve como assunto a violência contra mulher, na véspera do 8 de março.

A live teve como entrevistada a ministra da Mulher, Cida Gonçalves. A apresentadora Lua Xavier também participou da transmissão. De acordo com a assessoria da primeira-dama, Janja programou novas lives em formatos semelhantes, entrevistando ministros e outras autoridades do governo.

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Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Felipe Camozzato (Novo-RS), deputados federais, e Daniel José (Podemos-SP), deputado estadual por São Paulo, disseram que a socióloga criou a "TV Janja" e estaria usando a estrutura pública para autopromoção. Rubinho Nunes (União Brasil), vereador em São Paulo, comparou Lula e Janja a Nicolás Maduro e Cilia Flores. A primeira-dama venezuelana ganhou um programa do marido em um canal estatal. Ao Estadão, a assessoria de Janja disse que ela não se manifestaria sobre as críticas dos parlamentares.

ESTRUTURAS

O ponto central da crítica à live está na licitude do uso de estruturas da TV Brasil pela primeira-dama. Até 2019, a EBC possuía um programa exclusivo para a veiculação de conteúdos governamentais, a TV NBR (TV Nacional do Brasil), enquanto a TV Brasil veiculava assuntos de interesse público-educativo.

Uma portaria da EBC, assinada no dia 9 de abril de 2019, unificou os dois programas e todo o conteúdo televisivo - incluindo o material institucional - passou a ser transmitido apenas na TV Brasil. A medida, firmada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), foi um tema sensível ao longo de seu governo. Em outubro de 2020, a TV Brasil transmitiu um jogo entre Brasil e Peru e o narrador da partida mandou um "abraço especial" ao ex-presidente. Por outro lado, as tradicionais lives feitas por Bolsonaro eram sempre transmitidas nas suas próprias redes sociais.

Floriano de Azevedo Marques, doutor em Direito Público e professor da Universidade de São Paulo (USP), classificou a live como "uma mensagem institucional, cabível no contexto do dia da mulher e compatível com a função de primeira-dama". Para ele, o que tornaria a live de Janja ilícita seria ela usar o espaço para "alguma propaganda imprópria".

A socióloga não tem cargo oficial no governo. Ela ficará no Gabinete de Ações Estratégias em Políticas Públicas, vinculado ao Gabinete da Presidência. A repartição ainda não foi publicada no Diário Oficial de Justiça, o que, segundo a assessoria de Janja, deve ocorrer nos próximos dias.

Apesar da inexistência de crime ou ato de improbidade na live, o caso acende o debate a respeito da separação dos canais televisivos da EBC. "A fusão da TV Brasil com a NBR é um retrocesso histórico a 1808, quando a Gazeta do Rio de Janeiro informava sobre temas gerais e publicava sobre os atos da coroa", disse Eugênio Bucci, professor da USP, doutor em Comunicação e ex-presidente da Radiobrás de 2003 a 2007. "Os dois canais devem funcionar separadamente", defende o professor.

Presidente da EBC, Hélio Doyle, nomeado por Lula no dia 14, compartilha dessa posição. Segundo ele, a live foi uma demanda da Secretaria de Comunicação, com quem a empresa tem contrato. "Sou contra essa junção (TV Brasil e NBR). Vamos dividir os canais."

A TV Brasil, canal público de televisão ligado ao Ministério das Comunicações, planeja incluir na sua grade de programação um telejornal que irá exibir apenas "boas notícias". No momento em que o País se aproxima da marca de 500 mil mortes por covid-19, a ideia será levar ao ar apenas fatos considerados "leves" sobre temas como saúde, comportamento e entretenimento.

A atração tem sido negociada diretamente pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, com a diretora de jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal responsável pela TV, Sirlei Batista. Ainda não há data para estreia.

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O presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares são críticos da cobertura da imprensa sobre a pandemia e defendem um noticiário que se concentre no número de curados da covid-19. No novo telejornal, mortes pela doença, inflação, desemprego, aumento da pobreza, nada disso é pauta.

Um dos ministros mais próximos do presidente, o ministro da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos, costuma reclamar que "só tem caixão" na TV. "No jornal da manhã é caixão, corpo; na hora do almoço, é caixão novamente. No jornal da noite é caixão, corpo e número de mortos", disse Ramos em entrevista no Palácio do Planalto no ano passado.

O nome do telejornal de "boas notícias" já está definido: "Bom de Ver". As gravações do piloto, espécie de versão de teste, já foram feitas. A exibição será ancorada pelos jornalistas Katiuscia Neri, que hoje apresenta o Repórter Brasil, principal telejornal da emissora, e Tiago Bittencourt.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, na terça-feira, 15, Faria defendeu o uso da TV pública para combater "narrativas erradas". "No fim da linha, presidente, é onde sua voz chega", afirmou Faria, dirigindo-se a Bolsonaro. Na plateia formada por donos de emissoras de televisão e rádio, Faria fez uma convocação: "Tenho certeza que todos vocês, a partir de agora, vão conseguir atingir mais a voz que é necessária chegar nos lugares onde até hoje chegam informações equivocadas e narrativas erradas".

O ministro disse mais: "que a verdade possa chegar onde o povo quer ouvir. A gente, infelizmente, muitas vezes, é obrigado a ficar combatendo fake news, perdendo tempo, deixando de trabalhar, deixando de fazer os nossos deveres aqui para desmistificar as notícias enganosas. Vamos levar a verdadeira comunicação para o restante do País".

Mas a divulgação de fake news tem sido uma prática do atual governo. O próprio Bolsonaro teve vídeos retirados do ar pelo Facebook e pelo Google sob a alegação de que propagava informações falsas ou sem comprovações. Por conta disso, o governo prepara uma decreto para limitar a atuação das redes sociais no Brasil. No Supremo Tribunal Federal, um inquérito investiga a disseminação de fake news por parte de aliados do governo. No Congresso, também há uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a participação de nomes ligados ao Palácio do Planalto na produção deste tipo de conteúdo.

Na terça-feira, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pediu ao Ministério Público Federal que investigue o uso do canal público para divulgação pessoal do presidente. O motivo foi a transmissão de um culto religioso, no último dia 9, que teve a participação de Bolsonaro. Para a entidade, a veiculação representou um atentado à Constituição Federal, que, em seu artigo 37, proíbe a promoção pessoal.

O plano de investir na TV pública como um contraponto ao noticiário da pandemia contraria promessa de campanha de Bolsonaro. Antes mesmo de ser eleito, o presidente afirmou que privatizaria a EBC, passando a empresa responsável pela emissora para a iniciativa privada. A estatal chegou a ser incluída no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), mas a ideia nunca saiu do papel.

Ao assumir o cargo de ministro das Comunicações, no ano passado, Faria adaptou o discurso e tem repetido desde então que antes de vender a EBC, é preciso "enxugá-la". O argumento é de que a empresa é deficitária e, por isso, não haveria interessados na compra.

Em abril, porém, o governo pagou R$ 3,2 milhões pelos direitos de exibição da novela Dez Mandamentos, de cunho religioso, que foi produzida pela Record TV, emissora ligada à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). O bispo Edir Macedo, líder da Universal, é aliado de Bolsonaro. O gasto foi contestado por opositores ao governo sob o argumento de que deturpa o conceito de comunicação pública.

Em outro investimento contestado, o governo transmitiu a partida de futebol entre Brasil e Peru, em outubro do ano passado, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Na ocasião, após falta de acordo entre a TV Globo, que costuma transmitir o campeonato, e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), integrantes do governo entraram em campo para negociar a exibição.

Durante o jogo, o narrador mandou "abraço especial" a Bolsonaro e propagandas favoráveis ao governo foram exibidas no intervalo. Nas redes sociais, a oposição classificou a iniciativa como uso político da TV pública.

A TV Brasil foi criada em 2007, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sob argumento de fomentar a comunicação pública no País. Em países como no Reino Unido e no Japão, por exemplo, canais públicos de TV, como a BBC e a NHK, respectivamente, são referências.

O aparelhamento político da EBC nas gestões petistas, porém, fez com que a iniciativa fosse contestada. Na campanha eleitoral, Bolsonaro costumava dizer que a estatal se tornou um "cabide de empregos". Na sua gestão, a empresa foi comandada pelo general do Exército Luiz Carlos Pereira Gomes, sem experiência na área, antes de o publicitário Glen Lopes Valente assumir o cargo, em setembro. Valente é ex-diretor do SBT, de Silvio Santos, sogro do atual ministro das Comunicações.

Funcionários da empresa, sindicatos e outras entidades criaram um movimento para denunciar casos de censura e uso político da estatal. Entre os exemplos citados pela "Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública" estão ordens internas para que programas jornalísticos não abordem temas como os assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), e de João Alberto Silveira Freitas, homem negro morto em uma unidade do Carrefour de Porto Alegre, em novembro do ano passado, na véspera do dia Consciência Negra. O crime suscitou um debate nacional sobre racismo.

Procurada, a EBC afirmou "desconhecer" informações sobre o novo programa. O Ministério das Comunicações e Faria não se manifestaram até a publicação desta matéria.

Sucesso de audiência, a novela Os Dez Mandamentos estreia na próxima segunda-feira (5), às 20h30, na TV Brasil. A superprodução reconta uma das mais famosas passagens da Bíblia: a saga de Moisés, desde seu nascimento até a chegada de seu povo à Terra Prometida, passando pela fuga do Egito através do Mar Vermelho e o encontro com Deus no Monte Sinai. A atração vai ao ar de segunda a sábado, sempre no mesmo horário.

Com direção de Alexandre Avancini e autoria de Vivian de Oliveira, a trama, exibida originalmente na Rede Record, narra conflitos entre Moisés e Ramsés e histórias do povo hebreu na conquista de uma nação. Ao todo, são 242 episódios, de aproximadamente 50 minutos cada.

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A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) adquiriu os direitos de exibição das 1ª e 2ª temporadas. O contrato de licenciamento permite a exibição da telenovela pela emissora, pelas afiliadas da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), pela TV Brasil Web e pelo aplicativo TV Brasil Play.

O Diretor de Conteúdo e Programação, Denilson Morales, conta que a aquisição da novela vem ao encontro da necessidade de buscar alternativas neste difícil momento para a produção audiovisual nacional e internacional, no qual todos foram afetados pelas restrições provocadas pela pandemia.

“Procuramos alternativas para cumprir a nossa missão e, uma delas, foi incentivar a produção nacional - aquelas que se encontram em acervos - e dar visibilidade a grandes obras, licenciando produtos de ponta de outras emissoras/distribuidores de conteúdo do país, como a novela Os 10 Mandamentos, que foi um case de sucesso na tv brasileira e, será revista aqui, na TV Brasil, canal que tem crescido em audiência e relevância ao longo dos anos”, afirma Morales.

Nova programação

A partir da próxima segunda, a TV Brasil estreia uma programação diferente com a credibilidade que os espectadores já conhecem. Tem mais notícias, de segunda a sexta, às 12h, com a chegada dos noticiários locais Repórter DF, Repórter Rio e Repórter SP. O Repórter Brasil Tarde está com novo horário e passa para as 12h15. O telejornal noturno Repórter Brasil continua às 19h e vai entregar mais 10 minutos de informação para o público.

O jornalismo das Rádios EBC chega à TV Brasil. De segunda a sexta, a partir das 7h30, o Repórter Nacional, da Rádio Nacional, faz um giro de 30 minutos com tudo o que você precisa saber para começar o dia bem informado.

O Sem Censura está de volta sob o comando da jornalista e escritora Marina Machado. Com 35 anos de história, o programa volta às origens com grandes entrevistas e debatedores discutindo assuntos da atualidade sobre diversos temas como comportamento, cultura, política, educação, entretenimento, saúde, esporte e tecnologia. Toda segunda às 21h30.

As novidades não param. Tem estreia e novas temporadas de atrações infantis e infantojuvenis na TV Brasil Animada, Valentins, Detetives do Prédio Azul, Os Chocolix, Martin Manha, A Mirette Investiga, entre outros.

Ao vivo e on demand

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, tv por assinatura e parabólica. Veja como sintonizar no site da TV Brasil.

Os programas favoritos dos telespectadores também estão disponíveis no TV Brasil Play, aplicativo para plataformas Android e iOS, além do site http://play.ebc.com.br.

Exibida pela TV Brasil após acordo anunciado faltando pouco mais de uma hora para seu início, o jogo entre Peru e Brasil, no mês passado, só foi transmitido porque entraves burocráticos foram vencidos em tempo recorde - e com algum jeitinho. Sob a justificativa de "falta de tempo hábil", etapas de verificação interna foram ignoradas e nem todos os documentos exigidos foram apresentados.

Via Lei de Acesso à Informação, o Estadão teve acesso à "Minuta do Termo de Sublicenciamento" da partida, firmado com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) após a CBF adquirir os direitos de transmissão. Eles foram repassados à responsável pela TV Brasil sem nenhum custo financeiro.

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Para ser exibido no canal mantido pelo governo federal, ofícios passaram pelo crivo da direção geral da EBC, da coordenação de Compras e Contratações de Conteúdos e Acordos, pela Gerência Central de Compras, pela Gerência Executiva de Licitações e Contratos, pela Direção de Conteúdo e Programação e pela Consultoria Jurídica. Todo o trâmite foi feito no dia da partida, 13 de outubro.

Fica claro nas trocas de documentos que algumas etapas internas, normalmente exigidas para que programas, filmes ou eventos esportivos sejam produzidos ou transmitidos, foram ignoradas. "Não houve tempo hábil para confecção do Estudo Técnico Preliminar (ETP), Requisição de Material e Serviços (RMS) e Projeto Básico (PB), conforme rege a Norma da EBC nº 216", disse trecho de um dos documentos.

A CBF encaminhou todos os documentos exigidos, mas parecer jurídico da empresa estatal pontuou que um deles estava apócrifo e que outro não comprovava ter as assinaturas exigidas no estatuto da entidade, o que deveria ser corrigido.

Apesar disso, a transmissão da partida foi aprovada. Nas palavras do diretor geral da EBC, Roni Baksys, tratava-se de uma ação que agregaria "qualidade à grade de programação da TV Pública nacional com a transmissão de um jogo de suma importância no cenário esportivo mundial" e que geraria "grande expectativa de audiência".

A partida correu sério risco de não ser exibida em TV aberta, pois nenhuma emissora brasileira quis desembolsar os valores cobrados pela Mediapro, empresa que detém os direitos.

Tudo começou a mudar na manhã do jogo, quando o secretário executivo do Ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten, anunciou que tratava com a CBF para transmitir a partida pela TV Brasil. Às 19h50, setenta minutos antes do início do jogo, a CBF anunciou que adquirira os direitos e os repassara sem ônus à TV Brasil.

Pelo acordo, a EBC receberia o sinal com imagens e o som ambiente do jogo, tendo que se responsabilizar apenas com a transmissão efetiva em TV aberta, o que incluiria narração e grafismos. A transmissão, contudo, chamou a atenção por propagandas governamentais exibidas antes da partida e no intervalo. Em pelo menos dois momentos, o narrador agradeceu o presidente Jair Bolsonaro e outros integrantes do governo, além da diretoria da CBF.

A vitória do Brasil sobre o Peru por 4 a 2, transmitida pela TV Brasil, serviu para agrados ao governo federal. O narrador André Marques mandou "abraço especial" para o presidente Jair Bolsonaro, ainda no primeiro tempo. A transmissão foi elogiada por governistas, que destacaram os picos de audiência da emissora que o chefe do Planalto já prometeu extinguir ou privatizar. Por outro lado, a exibição foi criticada por opositores. A pedido do governo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez a intermediação com a federação peruana e a TV Brasil foi o único canal aberto a transmitir o jogo.

No segundo tempo, o narrador voltou a fazer uma saudação oficial e ainda leu uma nota. "Em nome da Secretaria Especial de Comunicação Social da Empresa Brasil de Comunicação e do secretário Fábio Wajngarten, agradecemos à CBF, nas pessoas do presidente Rogerio Caboclo, do secretário-geral Walter Feldman e do diretor Eduardo Zerbini. E um abraço especial também ao presidente Jair Bolsonaro, que está assistindo ao jogo".

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No intervalo do jogo, houve repercussão da sanção, por Bolsonaro, do projeto que mudou as regras da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e da audiência pública do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre o Pantanal no Senado.

Repercussão

No Twitter, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) usou de ironia para comentar a partida: "Jogo da seleção passando no canal estatal. Narrador mandando abraço pro presidente. No intervalo, notícias do governo. Não, você não está na Coreia do Norte, é o Brasil mesmo".

Filho do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) destacou os picos de audiência que a emissora pública recebeu. Na imagem compartilhada pelo deputado, a TV Brasil tinha 12,8% do total da audiência em Brasília às 22h12, na frente da Record (3,6%) e atrás da Globo (23%), líder dos canais abertos. A Kantar Ibope Media, que faz a medição, não divulgou oficialmente os resultados de audiência. "Se @tvbrasilgov não tivesse sido sagaz e fechado a transmissão de Peru x Brasil ficaríamos sem ver esse jogo em tv aberta", escreveu Eduardo no Twitter.

A oposição, por outro lado, criticou a postura da emissora pública. "No dia em que Carol Solberg é proibida de se manifestar politicamente, a transmissão do jogo da seleção na TV Brasil manda um abraço pro Bolsonaro e no 'show do intervalo' divulga os esforços do Salles pra salvar o Pantanal. Dia sombrio para o esporte brasileiro", comentou Chico Alencar (PSOL-RJ), em referência ao caso da jogadora de vôlei punida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportivo (STFJ) por ter gritado "Fora, Bolsonaro" durante entrevista ao vivo, e às declarações de Salles no Senado.

Ao ser eleito em 2018, Bolsonaro prometeu privatizar ou mesmo extinguir o canal oficial do governo - apelidado de "TV do Lula" por gastar verbas públicas para uma audiência pequena. Nas redes sociais, internautas compartilharam vídeos com declarações do presidente sobre o assunto. "E tem gente que diz que a transmissão do jogo do foi 'de graça'. Nada disso. Foi você que pagou, para variar", publicou o deputado estadual Daniel José (Novo-SP).

Negociação

As negociações para que a TV Brasil transmitisse a partida entre Brasil e Peru envolveram o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten, que ligou para o secretário-geral da CBF, Walter Feldman. Após o governo federal fazer o pedido à CBF para poder transmitir o jogo, a resposta oficial foi de que a entidade não tinha os direitos do confronto, que pertenciam à Federação Peruana de Futebol, mandante do jogo, através de sua representante, a GolTV Peru.

A CBF, no entanto, atendeu ao pedido do governo e abriu negociação direta com a Federação Peruana. Restando pouco mais de uma hora para o início da partida, a entidade, então, conseguiu a liberação dos direitos desde que o jogo fosse transmitido exclusivamente por uma TV pública e também pelo site oficial da entidade. A princípio, o jogo seria transmitido apenas pelo sistema de pay-per-view EI Plus, da Turner, que acertou a compra dos direitos de transmissão das duas primeiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar.

A Globo tem o direito de transmitir os jogos das seleções brasileira e argentina como mandantes nas Eliminatórias e não chegou a um acordo para a partida de terça-feira contra o Peru. A polêmica sobre os direitos de transmissão se dá pelo fato de a Fifa ter alterado a forma de negociação. Antes, o interessado em passar as partidas acertava a compra dos direitos com os organizadores da competição. Agora não é mais assim. O canal precisa negociar diretamente com cada federação nacional.

O cantor e compositor Arnaldo Antunes, também ex-líder da banda de rock Titãs, passou por uns maus bocados nos últimos dias. Estava tudo certo para o programa Alto Falante, da TV Brasil, exibir um conteúdo exclusivo sobre o artista, mas acabou que não entrou no ar. Segundo informações do site BuzzFeed News, um clipe que iria passar na emissora foi vetado. 

O que corre nos bastidores da TV Brasil é que o vídeo da música O Real Existe, que fala sobre milícia, tortura e terraplanismo, teria sido censurado, de acordo com afirmações de alguns funcionários. Diz um trecho da canção: "Miliciano não existe / Torturador não existe / Fundamentalista não existe / Terraplanista não existe / Monstro, vampiro, assombração / O real resiste / É só pesadelo, depois passa". 

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O canal, que é do governo federal, confirmou a retirada do videoclipe de Arnaldo, mas afirmou que a decisão de mudar a programação foi para passar flashes da final da Copa da Libertadores da América. Além desse episódio, não pode ser citado assuntos sobre Marielle Franco e temas LGBTQ+.

"Este é mais um episódio de censura na TV Brasil. Estão proibidas também menções à vereadora assassinada no Rio de Janeiro Marielle Franco e temas LGBTQ+", diz uma nota, que circula nos bastidores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que controla a emissora. Até o momento, Arnaldo Antunes não se pronunciou sobre o imbróglio.

Pedro Cardoso virou notícia na última quinta-feira, dia 23, ao deixar o programa Sem Censura, da TV Brasil, antes mesmo de conceder a entrevista. O ato foi uma manifestação de apoio à greve dos funcionários da emissora e também um protesto contra a conduta racista do jornalista Learte Rimoli, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Comunicação, EBC, que satirizou uma declaração de Taís Araújo.

Nesta sexta-feira, dia 24, o ator recorreu ao Instagram para agradecer aos fãs que compreenderam a razão de sua conduta, levantando e indo embora, após fazer uma declaração inflamada contra aquele que preside o canal no qual a entrevista seria exibida:

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Compartilho e retribuo as palavras amigas que recebi aqui. É bom saber que não estamos sozinhos, nenhum de nós! Abraços sinceros e vamos em frente. Estamos em casa. O país é nosso.

A greve dos funcionários da EBC já dura dez dias. Eles pedem revisão de medidas como o congelamento de salários e a retirada de benefícios, como cestas básicas.

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Funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) cruzaram os braços hoje (14) para protestar contra o congelamento de salários proposto pela empresa para os jornalistas e radialistas. A empresa já havia firmado um acordo com os funcionários e também sugeriu modificações, para retirada de benefícios e direitos garantidos pelo documento. Por conta disso, uma assembleia realizada pelos empregados das filiais de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo decidiu pela greve.

Conforme informações do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, a estima-se que 70% do efetivo tenha aderido à greve. Pelas contas do coordenador geral do sindicato, Gésio Passos, os trabalhadores acumulam perda de 3,5% nos salários nos últimos dois anos. A proposta do sindicato é de que a empresa reajuste em 4% os salários, para suprir as perdas provocadas pela inflação do período. A direção da EBC já declarou que não irá reajustar salários nem benefícios.

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“A proposta da EBC é congelar salários e benefícios. Além disso, está cortando os dois tickets extras e o vale cultura. Isso dá um prejuízo de quase três mil reais no ano. A alegação da empresa é a necessidade de cortes imposta pelo Governo”, diz Passos. A EBC ainda não se pronunciou sobre o caso.

O cantor e compositor Lenine é o entrevistado da próxima segunda-feira (16) do programa Conversa com Roseann Kennedy, da TV Brasil.

Com mais de 30 anos de carreira e 14 álbuns lançados, Lenine se define como um colecionador de palavras e revela que as raízes pernambucanas estão sempre presentes em seu trabalho. “A gente tem essa coisa no Nordeste com o repente e as diversas modalidades do repente, essa possibilidade de você ter a rima dentro da rima, dentro da rima. Então isso é muito fascinante. As palavras são 50% do meu trabalho”.

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Ganhador de cinco prêmios Grammy Latino e nove Prêmios da Música Brasileira, Lenine é engajado em assuntos políticos e de cunho ambiental e diz que sente liberdade e independência para fazer sua própria leitura da história.

“Todas as minhas canções são crônicas. Todas as minhas canções são reportagens. A partir do meu olhar evidentemente. Então, isso tudo me dá a sensação de que eu estou, de alguma maneira, fazendo história, através do meu olhar. Eu fico achando que daqui a 100 anos alguém pegue um disco meu e consiga compreender um pouco como era o tempo onde eu vivia.”

Ao relembrar o papel que a música ganhou desde cedo em sua vida, Lenine relata um episódio vivido na infância quando seu pai deu aos filhos o direito de escolher como se conectar com Deus. “A gente acompanhava a minha mãe à Igreja, ela ia à igreja todos os domingos, mas aos 8 anos de idade meu pai permitia aos filhos escolher que maneira se conectar com o divino. Ele dizia: 'Sua mãe prefere a igreja. Papai prefere a música. Vocês escolhem a partir de hoje.' Minha mãe perdeu todos os seus parceiros.”

A partir daí, durante todo o tempo que durava a missa, a família ficava em casa ouvindo música. “Acho que isso foi a minha grande universidade, a minha grande escola de música, que era ouvir bastante.”

Sobre o atual momento vivido no Brasil e no mundo, Lenine diz ter esperanças de que as pessoas aprendam com os próprios erros.

“Eu acho que a humanidade está precisando aumentar a turma do bem. Não é furo jornalístico as coisas que estão fazendo em benefício do ser humano. Só é furo jornalístico, o que dói, o que traumatiza, o que é morte. A gente está num momento com o país vivendo essa descrença generalizada, esse descrédito incrível entre os três Poderes. E isso dá uma angústia muito grande. Mas eu não sou desesperançoso, não. Acho que a gente tem possibilidade de aprender com os erros.”

Lenine diz que percebe a música como um instrumento de transformação. “Eu procuro a cada dia melhorar como ser humano. E eu acho que melhorar significa ter paciência, ouvir o outro”, afirma.

“Eu brinco dizendo que eu faço MPB - Música Planetária Brasileira. É tão bacana quanto compositor ver esse tipo de penetração, esse tipo de profundidade que a música me deu nas pessoas. Eu cheguei à alma das pessoas”.

O programa Conversa com Roseann Kennedy vai ao ar na próxima segunda-feira (16), às 21h30, na TV Brasil.

A manhã desta sexta-feira (9) trazia no calendário uma data especial. Dia de Brasil x Argentina, jogo que, mesmo quando amistoso, desperta o interesse de milhares de apaixonados por futebol. Entretanto, sem transmissão na Rede Globo, que costuma acompanhar todas as partidas da Canarinho, muitos foram pegos de surpresa com o a partida sendo reproduzida em canais com públicos menores, casos da TV Brasil e a TV Cultura, além de transmissão via internet. O inusitado ocorrido acabou sendo aprovado pelos torcedores, que devem também acompanhar na próxima terça, o confronto contra a Austrália.

Em uma partida disputada, nem mesmo a derrota para a Argentina por 1x0 foi o assunto do dia. A primeira partida em que o Brasil perdeu sob o comando do técnico Tite chamou mais a atenção por detalhes, como o horário, a transmissão no Facebook e os comentários de Pelé, na CBF TV. "Acordei agora e não sabia que estava tendo um clássico entre Brasil x Argentina. Quem diria que um amistoso da seleção iria passar no Face e sem a narração de Galvão Bueno?", comentou um internauta.

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Para alguns, valeu até matar aula ou atrasar um pouco para o trabalho. Cada fã dava o seu jeito de acompanhar. "O bom da transmissão no facebook é que a gente coloca o celular no canto do computador e vai assistindo no trampo", disse outro torcedor. Mas o maior destaque ficou por conta do comentarista escolhido pela Confederação Brasileira de Futebol, o grande Edson Arantes do Nascimento. "É ruim acordar cedo para um jogo da seleção, mas quando você escuta o Pelé e suas pérolas, a sexta-feira começa melhor", brincou um seguidor.

Em geral, a transmissão da CBF TV foi bem aprovada pelo público. Mais de 73% responderam de forma positiva à pesquisa realizada pelo LeiaJa.com no Twitter. Com uma média de mais de 150 mil espectadores simultâneos, o Facebook da CBF passou no teste como canal para o jogo da seleção. "Parabéns pela transmissão, isso é o futuro, o resultado hoje é menos importante, temos que comemorar esse grande passo para uma nova plataforma de transmissão", destacou um dos torcedores.

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Entretanto, há quem prefira o retorno das transmissões pela Rede Globo. "O Facebook trava bastante, principalmente no final do jogo. É melhor a CBF se acertar com a Globo e deixar que façam uma transmissão melhor e com mais visibilidade. Muita gente nem sabia que o jogo estava rolando", criticou o espectador. Tudo, claro, sem perder o bom humor que é típico do público brasileiro. "A transmissão foi até boa, mas acho que deu azar, melhor deixar como estava, com o jogo na TV e o Tite invicto", brincou outro torcedor.

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O Brasil enfrentará a Argentina e a Austrália nos dias 9 e 13 de junho, respectivamente, em amistosos na cidade de Melbourne. Diferente do habitual, desta vez a Rede Globo poderá não ser a emissora que vai transmitir as partidas. Isso porque a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não chegou a um acordo com a emissora e, de antemão, já fechou com a TV Brasil. 

Segundo o jornal ‘Folha de São Paulo’, a CBF também negocia com o Facebook para que haja uma transmissão ao vivo das partidas na rede social.

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O motivo dessa busca de novos meios de transmissão seria uma busca por maior independência na negociação dos seus produtos, e assim, um lucro maior para a instituição. Este modelo de transmissão já foi testada pela CBF em janeiro, no amistoso contra a Colômbia, no Engenhão. 

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Após a notícia da morte de um dos maiores sociólogos e filósofos contemporâneos, o polonês Zygmunt Bauman, acadêmicos e seguidores das teorias do autor de "Amor Líquido", "Modernidade Líquida", "Globalização" e "Vidas Desperdiçadas" foram surpreendidos pela notícia, no dia 9 de janeiro. Para relembrar a trajetória do estudioso, a TV Brasil fará uma pré-estreia nesta sexta-feira (13), às 23h30, apresentando uma entrevista exclusiva com Bauman realizada meses antes da sua morte. Em sua residência, ele recebeu a equipe de reportagem, refletiu sobre as perspectivas de futuro para os jovens e discutiu o uso das redes sociais como o Facebook. A gravação foi para o programa Incertezas Críticas.

"Você pode ser quem quiser e ter um mundo imaginário, online, que não aparece na realidade, offline. Pode ter várias identidades diferentes, fingir ser algo que não é e realizar todos os seus sonhos. É uma maneira de fugir das duras exigências e asperezas do mundo offline", disse Zygmunt, durante a entrevista à TV Brasil.

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Apesar da idade, 91 anos, Bauman escrevia sem parar seus livros, concedia palestras e organizava um grupo de estudos na Inglaterra. Sua principal teoria, com a qual ficou mundialmente conhecido, é a da chamada 'modernidade líquida', que aborda  a "liquidez" das relações sociais na modernidade e pós-modernidade e abriu um vasto campo de estudos para diferentes áreas, como a filosofia, a cultura, o relacionamento humano. Grande parte das suas obras foi traduzida para o português e o seu último livro lançado no Brasil foi "A riqueza de poucos beneficia todos nós?".

O professor emérito de sociologia das Universidades de Leeds e Varsóvia fez uma crítica, e explicita o atual sistema fragmentado de absorção de informações. "A combinação dos sentimentos de ignorância e impotência dá um resultado que é a humilhação, um golpe pesado na autoconfiança e na autoestima. Sou um homem sem valor, não sou quem deveria ser. De acordo com as estatísticas, a depressão é a doença mais comum no momento", pontuou o escritor, ainda em entrevista à TV Brasil. "Viver nessas circunstâncias exige que as pessoas tenham nervos muito fortes. Que tenham determinação e, também, eu acho, que pensem em maneiras de transformar o mundo em que vivem. As condições de vida do mundo e não apenas as suas condições particulares. É muito difícil propor isso e ainda mais difícil conseguir”, ponderou Bauman.

Produção

Em 12 programas de 26 minutos na TV Brasil, a série Incertezas Críticas traz reflexão sobre o mundo atual na visão de alguns dos mais importantes intelectuais contemporâneos. Cada episódio destaca um pensador, em uma entrevista exclusiva em sua casa ou escritório.

A proposta da série Incertezas Críticas é debater o mundo contemporâneo em diversas perspectivas como sociedade, economia, cultura e arte. Em cada episódio, o espectador pode ter uma introdução sobre o pensamento de alguns dos mais notáveis intelectuais de nosso tempo.

Serviço

Incertezas Críticas - entrevista de Zygmunt Bauman

Pré-estreia

13 de janeiro | às 23h30

TV Brasil 

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) defendeu a realização de uma consulta popular caso o Senado não decida pelo seu impedimento. Em entrevista concedida à TV Brasil, na noite dessa quinta-feira (9), a petista afirmou que é a população quem tem que decidir se prefere a continuidade do seu governo ou a realização de novas eleições. 

“O pacto que vinha desde a Constituição de 1988 foi rompido e não acredito que se recomponha esse pacto dentro de gabinete. Acredito que a população seja consultada”, disse. Ela criticou os que defendem um semiparlamentarismo, ou eleição indireta, por considerar que isso traria um grande risco ao país. A presidente propôs que haja uma reforma política que discuta o tema. 

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"Não temos que acabar com o presidencialismo, temos que criar as condições pela reforma política", disse. “Só a consulta popular para lavar e enxaguar essa lambança que está sendo o governo Temer”, acrescentou.  Segundo Dilma, nos momentos de crise pelo qual o Brasil passou, na história da democracia recente, foi com o presidencialismo que o país superou as crises. 

Ela também voltou a afirmar que o país não vai conseguir superar a crise com um governo interino e disparou criticas contra o presidente em exercício Michel Temer e o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha, ambos do PMDB. 

Assista a entrevista na íntegra:

*Com a Agência Brasil

A presidente da República afastada Dilma Rousseff teve exibida nesta quinta (9), pela TV Brasil, uma entrevista exclusiva, concedida ao jornalista Luís Nassif. Em cerca de uma hora, Dilma falou sobre seu governo, afirmou mais uma vez que não cometeu crime de responsabilidade, criticou o governo interino de Michel Temer e atacou o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Segundo Rousseff, houve no Congresso Nacional um movimento 'do centro para a direita', capitaneado por Cunha. 'Ele ocupa uma liderança da direita dentro do centro', afirmou a presidente, que ainda admitiu que eleição de Cunha para presidência da Câmara foi uma derrota.

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Para Dilma, 'o centrou passou a ter pauta própria', e 'o governo Temer expressa claramente a pauta do Eduardo Cunha', que 'hegemoniza' o grupo que forma o gabinete do governo interino. 'O governo Temer é a síntese do que pensa Eduardo Cunha', resumiu.

Ela ainda fez questão de distinguir as bancadas do PMDB na Câmara e no Senado, afirmando que são 'qualitativamente diferentes' e que no Senado o nível do debate é em outro patamar. Ao responder as acusações que dão conta da sua incapacidade de negociar e da falta de conversa com parlamentares, Dilma afirmou que 'Não existe negociação possível com certo tipo de prática'.

Os ataques a Eduardo Cunha ainda incluíram a 'chantagem explícita' que o então presidente da Câmara cometeu ao aceitar o processo de impeachment de Dilma, após o PT se negar a apoiá-lo em processo que sofre na Comissão de Ética da Casa.

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Em entrevista veiculada na noite desta quinta-feira (9) pela TV Brasil, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) admitiu uma "consulta popular" caso o Senado não aprove o impeachment e ela reassuma a presidência da República. "Que se recorra à população para ela dizer... pode ser um plebiscito, eu não vou dar o menu total, mas essa é uma coisa que está sendo muito discutida", afirmou Dilma, sem explicar a que se referia. Muitos políticos, inclusive da base de apoio da petista, defendem que, caso ela volte ao cargo, convoque novas eleições para presidente. Dilma nunca havia se manifestado sobre essa hipótese.

A entrevista, gravada, durou uma hora e foi feita pelo jornalista Luis Nassif. Quando ele perguntou como Dilma imagina o dia seguinte, caso o Senado não aprove o impeachment, ela afirmou: "Rompeu-se um pacto, que vinha desde a Constituição de 1988, e tem que remontar esse pacto. Eu não acredito que se remontará esse pacto dentro de gabinete. A população terá que ser consultada", afirmou.

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Ao criticar o governo do presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), Dilma também se referiu a uma consulta ao povo. "A consulta popular é o único meio de lavar e enxaguar essa lambança que está sendo o governo Temer", afirmou. (Fábio Grellet)

A TV Brasil estreia nesta segunda (10) a novela Windeck, todos os tons de Angola, primeiro folhetim produzido no continente africano a ser exibido no país. A exibição é uma parceria da emissora com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR). Windeck vai ao ar às 23h, horário de Brasília. 

A produção foi realizada em 2012 e logo no ano seguinte concorreu ao prêmio Emmy Internacional, ao lado de quatro telenovelas estrangeiras. Uma delas foi Lado a Lado, da rede Globo, que acabou levando o troféu. A trama promete ter todos os ingredientes típicos das novelas, romance, intrigas, humor e emoção. 

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A história se passa na redação de uma revista de estilo de vida, a Divo, onde os personagens vivem diversas situações para mostrar até onde as pessoas são capazes de ir para obter a riqueza. O ator Ery Costa, que interpreta Xavier - o dono da revista - diz que os angolanos gostam muito das novelas brasileiras e que são elas as maiores referências na teledramaturgia de Angola.

O ator brasileiro Rocco Pitanga também integra o elenco de Windeck. Ele dá vida a Gabriel Castro, diretor criativo de empresa japonesa que vai para Angola trabalhar em uma campanha fotográfica. Além dele, o público brasileiro também vai reconhecer o idioma da novela, o português, língua falada no país. 


A TV Cultura é considerada a segunda emissora de televisão de maior qualidade do mundo, de acordo com pesquisa realizada pelo instituto britânico Populus. O primeiro lugar ficou com a BBC One.

Sob encomenda da BBC, o estudo entrevistou cerca de 500 pessoas de 14 países, totalizando mais de 7 mil indivíduos. As perguntas abordavam a qualidade da programação da televisão ao redor do mundo e sobre a qualidade de cada um dos canais de destaque do país.

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Depois da TV Cultura, a próxima emissora brasileira da lista é a TV Globo, que ficou com a 28ª posição. A TV Brasil ficou em 32º lugar, a Bandeirantes em 35º, Record em 39º e o SBT com o 40º lugar.

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