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Na próxima segunda-feira (31), pais e familiares de crianças em tratamento contínuo do autismo realizarão um ato, no Recife, contra o descredenciamento em clínicas credenciadas a planos de saúde e seguradoras de saúde. A mobilização acontecerá na Ilha do Leite, na área central da capital pernambucana e onde há um dos maiores complexos hospitalares do Nordeste. 

O objetivo é cobrar posicionamento e dissolução do descredenciamento em massa de clínicas multidisciplinares antes associadas à Unimed, neste mês de julho, afetando o tratamento de milhares de crianças e adolescentes no espectro autista. A mobilização começa às 15h30, na Avenida Lins Petit, em frente ao Centro Administrativo da Unimed. 

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Para preservar a saúde e sossego das pessoas hospitalizadas, a organização informou que o protesto será pacífico e silencioso. O grupo dará um abraço simbólico em volta ao prédio, com a proposta de sensibilizar a população e os administradores do plano para os prejuízos irreversíveis que a medida pode provocar. 

As famílias pedem a revogação do descredenciamento de cinco clínicas, oficializado pela Unimed no site no aplicativo, sem consultar previamente os familiares e responsáveis, nem informar antecipadamente, quebrando o vínculo terapêutico. Esse vínculo é construído a partir de uma relação de confiança entre o profissional e o paciente, e conquistado ao longo do tempo do tratamento. 

“A resolução 567/2022 da ANS garante que em caso de substituição de prestador, o plano precisa oferecer outro igualmente capaz de realizar o serviço. Ocorre que a clínica indicada pela UNIMED se recusa a comprovar sua capacidade técnica, bem como a UNIMED também se nega a realizar essa comprovação administrativamente, só fazendo em juízo.” declara o advogado Franklin Façanha, especialista em direito dos autistas. 

Outro serviço importante para as crianças com autismo, suspenso repentinamente pelo plano Amil, foi o de atendente terapêutico (ATs). O AT é um profissional capacitado sobre as demandas terapêuticas específicas da criança, como a falta de habilidade social. 

 

 

 

A Unimed Recife, rede privada de planos de saúde, retirou cinco clínicas de terapia multidisciplinar, especializadas no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), da sua lista de locais credenciados. Diversas famílias foram notificadas da mudança com apenas uma semana de antecedência, diferente do prazo mínimo de 30 dias, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Uma das principais preocupações dos familiares é a quebra do vínculo terapêutico, e as consequências que podem acarretar para as pessoas autistas. É o caso do servidor público estadual Dayverson Catanho, pai de um menino autista, de 3 anos de idade. A Unimed havia indicado para a família de Dayverson o Núcleo de Neurodesensolvimento Objetivo (Nuno), que foi atendido por 11 meses. Com aviso prévio de uma semana de antecedência sobre a mudança, eles sentiram lesados, e tendo de enfrentar novas adaptações. 

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"No caso do nosso filho, é muito difícil dele criar um vínculo, demora bastante tempo por causa da rigidez cognitiva. Depois de um trabalho de três a quatro meses, ele pôde começar a aceitar os terapeutas e começar a ter o efetivo exercício das terapias em si, para começar os ganhos terapêuticos. Nós começamos a visualizar [as melhoras no comportamento e adaptação do filho] durante esse tempo que ficamos lá, aí vem a Unimed e faz esse descredenciamento, para recomeçar tudo novamente, em outro em outro lugar”, relatou Dayverson ao LeiaJá

A maior preocupação da maioria das famílias afetadas pela mudança é acerca da dificuldade de adaptação dos pacientes a um novo local de tratamento. A maioria dos laudos médicos orientam que a continuidade do tratamento deve ser sempre priorizada, pois a quebra pode ocasionar um retrocesso no desenvolvimento cognitivo, como aconteceu com o filho de Dayverson. “Ele ainda começou a usar as palavras agora há pouco, os ganhos que a gente estava tendo depois da adaptação, da readequação verbal, começou a verbalizar recentemente, e tudo isso deu uma quebra no tratamento”, compartilhou. 

Segundo Franklin Façanha, advogado que trabalha pelas causas de pessoas autistas, a resolução 567/2022, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), garante que em caso de descredenciamento o plano deve oferecer rede credenciada com a mesma capacidade técnica e qualidade daquelas que estão sendo descredenciadas, nesse mesmo prazo de 30 dias. 

Na tarde desta segunda-feira (17), a Unimed enviou um informe geral para os beneficiários sobre a substituição de três clínicas da rede. As unidades Derby e Boa Viagem do Centro Especializado em Apoio Multidisciplinar (Ceam) e a Clínica Despertar não constarão mais na lista credenciada do plano a partir do dia 18 de agosto. Mesmo cumprindo o prazo de 30 dias, os familiares reclamam da falta de suporte da empresa, tendo em vista as dificuldades relatadas em adaptar os pacientes às mudanças.  

Uma fonte disse ao LeiaJá que problemática vai além do cumprimento de prazos. “Não é só a questão de avisar com 30 dias. Mas o mais importante é a quebra do vínculo terapêutico. Eu tenho um filho autista e sei como isso é importante. Eles demoram muito a criar esse vínculo com os terapeutas. E tirar, de repente, é um caos. Eles desestabilizam totalmente”, diz o relato. 

Dayverson também disse que, além de terem feito a mudança do local de tratamento do seu filho, a Unimed Recife descentralizou os atendimentos, alocando a criança frequentar dois locais diferentes. Antes, ele tinha acesso a todos os terapeutas e atividades em um só lugar, modificando a rotina de toda a família.

Fora da lei 

Ainda de acordo com Façanha, a atitude da Unimed Recife difere do que diz a Lei 12.764/2012, que garante os direitos da pessoa com autismo, e a lei de inclusão da pessoa com deficiência (Lei 13.146/2015), a partir do momento em que há rompimento do vínculo, sem respeitar os prazos da resolução da ANS e sem comunicar as famílias previamente. 

O advogado ainda afirma que a Unimed Recife pode ser acusada de cometer crime, conforme o art. 8, IV da Lei 7.853/1989, que incide sobre recusar, retardar ou dificultar internação, e ainda deixar de prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial à pessoa com deficiência. 

O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de imprensa da Unimed do Brasil, pedindo uma nota de esclarecimento acerca da reclamação das famílias que foram informadas sobre a substituição com menos de 30 dias de antecedência, como o caso de Dayverson Catanho e seu filho. A empresa responsável pela assessoria de comunicação da rede informou que a solicitação foi encaminhada para a Unimed Recife, “que deve entrar em contato em breve”. Até o fechamento desta matéria, não tivemos resposta da Unimed Recife. 

Além do Nuno e Ceam, a Clínica Musicare Multiterapias e o Centro de Fonoaudiologia de Pernambuco (Cefope) foram descredenciadas do plano de saúde.

A juíza Vanessa Maria Trevisan, da 13ª Vara Cível de Brasília, condenou a operadora Unimed Anápolis a custear o tratamento de alto custo, por meio da terapia de Oxigenação por Membrana Extracorpórea - ECMO, de paciente diagnosticado com pneumonia bacteriana comunitária. A terapia pode ter custo semanal próximo dos R$ 200 mil. Juíza entendeu que, se o médico recomendou o tratamento, 'não é permitido à operadora de plano de saúde limitar as alternativas para o restabelecimento da saúde do segurado'.

LEIA A DECISÃO

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"Ao firmar um contrato de assistência à saúde o aderente confia que o fornecedor cumprirá, pelo menos, o normalmente esperado naquele tipo de contrato, ou seja, atender as prescrições feitas pelo médico credenciado, responsável pelo tratamento", pontua a magistrada, na decisão.

A terapia ECMO, que pode ter custo semanal próximo dos R$ 200 mil, foi desenvolvida nos Estados Unidos há mais de 40 anos, mas ficou mais conhecida no Brasil após ser ministrada no tratamento do ator e diretor Paulo Gustavo em sua luta contra a Covid-19.

De acordo com a decisão, "se o médico responsável pela realização do procedimento julgou necessária a utilização de suporte circulatório temporário - ECMO, a fim de melhorar o estado de saúde da parte autora, não cabe a ré se insurgir contra tal fato, uma vez que o plano de saúde pode apenas estabelecer as doenças que terão cobertura, mas não o tipo de tratamento utilizado".

No mérito, a operadora alegou, em síntese, a ausência de cobertura contratual ou legal do tratamento, pois não possui cobertura obrigatória, conforme Resolução da ANS.

O autor da ação foi representado pelos advogados Matheus Pimenta de Freitas, Luiz Fernando Cardoso e Gabriel Vieira, do escritório Pimenta de Freitas Advogados. Para eles, a decisão demonstrou 'sofisticado senso de humanidade'. "A decisão é irreparável. Se o médico do segurado, que acompanha diariamente o seu tratamento, prescreve a terapia como insubstituível e imprescindível para a manutenção da vida do paciente, e o plano de saúde nega a cobertura sem qualquer fundamento no contrato, para que serve o plano de saúde?", comenta o advogado Matheus Pimenta.

COM A PALAVRA, A UNIMED ANÁPOLIS

A reportagem entrou em contato com a Unimed Anápolis e, até a publicação desta matéria, ainda aguardava resposta. O espaço permanece aberto a manifestações.

m projeto de lei ordinária do deputado estadual Álvaro Porto (PTB) quer proibir que planos de saúde exijam o consentimento do marido para inserir o dispositivo intrauterino (DIU) em mulheres casadas. A proposta foi apresentada após a informação de que planos de saúde estavam cobrando a autorização do cônjuge para colocar o contraceptivo nas mulheres. 

Uma reportagem da Folha de S.Paulo apontou que cooperativas da Unimed João Monlevade e Divinópolis, em Minas Gerais, e Ourinhos, em São Paulo, faziam a exigência do consentimento. Após a repercussão do caso, as unidades de Divinópolis e Ourinhos abandonaram a regra. A Unimed de Ourinhos negou a prática.

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O texto do projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ressalta que há ameaças de retrocessos ligados às questões de saúde e direitos reprodutivos das mulheres. "Exigir autorização do marido para esse tipo de procedimento prejudica a autonomia e independência da mulher, na medida em que quebra a confidencialidade existente entre médico e paciente. A participação dos homens nesse processo decisório representa a alienação da autonomia reprodutiva das mulheres", afirma o deputado. O descumprimento da medida acarretará em sanções previstas no Código de Defesa do Consumidor, como multa e suspensão da atividade

Não é apenas em Pernambuco que projetos de lei sobre o tema estão sendo apresentados. Em São Paulo, proposição semelhante foi colocada pelo deputado estadual Thiago Auricchio (PL). No Mato Grosso do Sul, o projeto que proíbe a imposição é de autoria do deputado estadual Evander Vendramini (SP). O deputado federal Ricardo Silva (PSB) também propôs projeto com a mesma abordagem.

O Procon-SP pediu explicações a 11 planos de saúde sobre a exigência da autorização do marido. Foram questionadas as empresas Amil, Bradesco Saúde, Central Nacional Unimed, Notre Dame, Omint, Porto Seguro Saúde, Qsaúde, Sompo Saúde, Sul América, Unimed Seguros e Vision Med (Golden Cross). 

Por nota, a Unimed do Brasil informou que a imposição é ilegal e que o procedimento de implantação do DIU tem cobertura assegurada pelos planos de saúde. A Omint, Amil, Sompo Saúde Seguros e Qsaúde declararam que não exigem consentimento do cônjuge.

Através de apelo dramático, o presidente da Unimed Fortaleza, Elias Leite, pediu ajuda de médicos por mensagem via WhatsApp. Segundo ele, com o aumento de casos, a Unimed Fortaleza abriu na terça-feira (2), ao lado de sua unidade, um hospital de campanha com mais 10 leitos de UTI, porém faltam profissionais da área.

“Nós estamos precisando de médicos para as nossas UTIs" (Unidades de Tratamento Intensivo), disse, em vídeo.

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Ele ainda informou que colaboradores não precisam ser da rede Unimed.

"Quem puder ajudar por favor, entre em contato por WhatsApp como doutor Márcio Alcântara, nosso diretor técnico, através do número (85) 98685-6919. Nós contamos muito com a ajuda de vocês".

Nessa quarta (3), Elias Leite fez um relatório da atual situação e reforçou o apelo por mais médicos na linha de frente em Fortaleza:

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A enfermeira Jéssyca Alencar, de 27 anos morreu na última sexta-feira (18) após passar por uma lipoescultura no Hospital Unimed Primavera, em Teresina, no Piauí, cidade onde a vítima morava e trabalhava na Maternidade Dona Evangelina Rosa. 

O procedimento estético foi feito na quarta-feira (16). Segundo informações do site GP1, um amigo de Jéssyca, cuja identidade não foi revelada, conta que ela passou mal após a lipoescultura, procedimento cirúrgico/estético que retira gordura da região abdominal para colocar nos glúteos, tomou um suco e começou a passar mal. 

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Em seguida, ainda segundo o amigo da vítima, Jéssica teria passado por uma segunda cirurgia na quinta-feira (17). O marido dela, que é médico e estava em São Luiz, capital do Maranhão, foi até o hospital acompanhar a cirurgia, mas ela não resistiu e veio a óbito na sexta-feira (18). Nas redes sociais, o Conselho Regional de Enfermagem do Piauí lamentou a morte precoce de Jéssica, que já prestou muitos serviços à saúde no estado. 

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Em nota encaminhada ao site GP1, o Hospital Unimed Primavera preza pela segurança total dos pacientes e oferece toda a estrutura e profissionais necessários para o bom atendimento nos procedimentos e atendimentos realizados. Além disso, afirmou que não poderia repassar detalhes do procedimento realizado em Jéssyca Alencar. O LeiaJá tentou falar diretamente com o hospital, mas não conseguimos contato. Confira a nota na íntegra: 

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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nessa quinta-feira (30) uma lista com 11 planos de saúde que serão suspensos. Oito pertencem à operadora Unimed Norte-Nordeste. Os outros três são da Unimed de Manaus. Com a suspensão, que vale a partir de 10 de setembro, esses planos não poderão ser comercializados para novos clientes.

A medida é decorrente das 14,9 mil reclamações enviadas pelos consumidores nos meses de abril, maio de junho. Foram relatadas negativas de cobertura e descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias.

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A análise das queixas se dá dentro do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento, cujo objetivo é proteger os consumidores. Os resultados são divulgados trimestralmente. A partir deles, as operadoras são cobradas para assegurar aos usuários o acesso aos procedimentos previstos em contrato. Assim, para que a comercialização possa ser retomada, será preciso melhorar a qualidade do serviço para as 25,7 mil pessoas vinculadas atualmente aos 11 planos.

Tanto a Unimed Norte-Nordeste como a Unimed de Manaus chegaram a ter a alienação de carteira determinada pela ANS. Isso ocorre quando se avalia que a operadora de plano de saúde não tem conseguido garantir a assistência aos consumidores. Dessa forma, ela é obrigada a negociar a transferência da totalidade de sua carteira de beneficiários para outra operadora.

A resolução que afetava a Unimed de Manaus é de junho de 2018. Já alienação de carteira da Unimed Norte-Nordeste foi determinada em abril deste ano. No entanto, em ambos os casos, as operadoras conseguiram na Justiça decisões favoráveis que lhes permitiram manter a carteira de beneficiários.

A nova lista do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento também revela a liberação da venda do plano Bem-Estar Especial com Obstetrícia, da Unimed Norte-Nordeste, que estava suspenso por ocasião de avaliações anteriores.

A ANS mostra em seu site a lista completa dos planos liberados e suspensos. Também disponibiliza uma ferramenta para consultar informações e histórico de um plano de saúde específico.

Em nota, a Unimed Norte-Nordeste disse que trabalha para melhorar serviços e que a prestação de serviços médico-hospitalares permanece inalterada e sem qualquer problema ou anormalidade. "A suspensão da comercialização de alguns produtos não interfere no atendimento aos clientes de contratos vigentes", acrescenta. A Unimed de Manaus não retornou aos contatos.

A Unimed Belo Horizonte Cooperativa de Trabalho Médico Ltda. foi condenada a indenizar um paciente que teve negado o fornecimento de materiais necessários para que ele se submetesse a uma cirurgia. A cooperativa deverá indenizar o paciente em R$ 10 mil por danos morais. 

A decisão é da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que reformou em parte a sentença da Comarca de Carangola-MG. A cooperativa foi condenada ainda a fornecer os materiais para realização da cirurgia. 

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O usuário do plano de saúde entrou com o pedido para que a Unimed Vale do Carangola e a Unimed Belo Horizonte fossem condenadas a arcar com os custos de dois materiais, a extensão ilíaca, no valor de R$ 18.730, e o kit endoprótese anaconda, no montante de R$ 47.980.

Na primeira instância, o pedido foi julgado procedente. As cooperativas foram condenadas a indenizar o homem em R$ 15 mil. 

A Unimed Vale do Carangola recorreu, indicando não ser parte legítima para figurar na ação, uma vez que o paciente não tinha contrato celebrado com a unidade e as duas cooperativas eram independentes. 

A Unimed Belo Horizonte também recorreu. Ela sustentou não ter praticado qualquer ato ilícito, afirmando que a negativa de cobertura do material necessário à cirurgia derivou de disposições contratuais, visto que o contrato firmado entre as partes possuía cláusula expressa excluindo da cobertura próteses de qualquer natureza.

Entre outros pontos, a empresa afirmou que nos autos não havia notícia de que o paciente tivesse sofrido danos a sua saúde decorrentes da negativa da cirurgia, além de não haver indícios de sofrimento psicológico ou abalo em sua honra. 

A relatora, desembargadora Aparecida Grossi, verificou que a Unimed Vale do Carangola não deveria figurar na ação. Já quanto a Unimed de Belo Horizonte, a relatora destacou que foram criados obstáculos para fornecer os materiais, que haviam sido indicados pelo médico credenciado que avaliou o paciente. "Apesar do procedimento ter sido autorizado, a recusa de fornecimento dos materiais se embasou na ausência de cobertura pelo plano de saúde do demandante", ela escreveu.

Para a magistrada, a recusa se baseava em cláusula abusiva, pois o contrato cobria o tratamento de patologia nos termos citados pelo médico, mas excluía a cobertura de materiais necessários para um procedimento exitoso, o que ela classificou como "incoerente".

A desembargadora manteve a sentença que determinava o fornecimento dos materiais. Entretanto, ela decidiu reduzir a indenização para R$ 10 mil. Os outros dois desembargadores votaram de acordo com a relatora.

A justiça de Brasília, Distrito Federal, condenou a Central Nacional Unimed e a Unimed Vale de Aço Cooperativa de Trabalho Médico a custearem uma cirurgia reparadora de uma paciente que foi submetida a uma gastroplastia, também chamada de cirurgia bariátrica. Além disso, os planos de saúde terão que indenizar a mulher por danos morais.

A paciente narra que, por conta da cirurgia, perdeu grande quantidade de peso. O emagrecimento, segundo ela, resultou em excesso de pele nas mamas, braços, coxas e abdômen, o que ocasionou dobras responsáveis pelo aparecimento de dermatites de contato. Em razão disso, obteve indicação médica para a realização de cirurgia reparadora. Os planos de saúde, no entanto, não autorizaram a realização do procedimento cirúrgico.

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A Central Unimed pediu pela improcedência dos pedidos formulados pela mulher. A Unimed Vale de Aço aponta que a cirurgia de reparação tem caráter estético e por isso não possui cobertura. No entanto, com base no relatório médico e nos exames clínicos juntados aos autos, o juiz da 17ª Vara Cível de Brasília destaca que o procedimento cirúrgico "não possui caráter estético, uma vez que a reparação dos efeitos decorrentes do emagrecimento da autora é no combate a obesidade mórbida".

O magistrado acentua que as cirurgias plásticas para a retirada do excesso de pele e para a reconstrução da mama com prótese são necessárias para a continuidade do tratamento e possuem finalidade reparadora. Sendo assim, o juiz determinou que os planos de saúde custeiem os procedimentos. Além disso, eles também foram condenados a restituírem à paciente o valor de R$ 5.900 "referente ao dispêndio necessário à efetivação da tutela de urgência concedida", tendo que pagar também R$ 5 mil por danos morais. Sentença cabe recurso.

Os golpes disseminados através do WhatsApp estão com tudo em 2018 e já fizeram 2,5 milhões de vítimas somente neste mês de janeiro. Agora, mais uma fraude circula no aplicativo, desta vez prometendo um ano de plano de saúde Unimed grátis para enganar os usuários. A informação foi divulgada pelo pesquisador de segurança sênior da Kaspersky, Fabio Assolini.

Como na maioria das armadilhas compartilhadas na plataforma, o objetivo dos criminosos é um só - roubar dados das vítimas. Ao clicar no link enviado no WhatsApp para supostamente receber o benefício, o usuário é direcionado para um site onde é necessário responder três perguntas rápidas.

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Para incentivar os usuários a completarem o processo, a campanha informa a quantidade de convênios grátis disponíveis. Depois de responder às perguntas, é necessário compartilhar compartilhar a campanha com diversos amigos no WhatsApp. Desta forma, os cibercriminosos conseguem com que a fraude alcance mais vítimas rapidamente.

No Twitter, a Unimed confirmou que a campanha se trata de um golpe. "Informamos que é falsa a mensagem que está circulando em grupos de WhatsApp sobre uma campanha em que a Unimed oferece planos de saúde totalmente grátis. Pedimos que não acessem o link da mensagem pois trata-se de um vírus", disse a empresa.

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Desde 2001, a Unicred Vale do São Francisco conquistou mais de três mil associados na região de mesmo nome. Com agências em Petrolina e Juazeiro, a cooperativa está ganhando clientes pela oferta de taxas menores e um retorno maior, já que não tem fins lucrativos e o excedente é revertido em investimentos locais. Com contas, cheques, cartões, seguros, é fácil confundir com um banco, mas a diferença está no destino do capital acumulado.

"É uma associação de pessoas, ao contrário dos bancos, que são de capital. Nosso objetivo é unir pessoas de diferentes perfis de investimentos e ajudar umas as outras. Você gera resultado e dá retorno para estas próprias pessoas, ajudando a fortalecer a economia local. No caso dos bancos, existe o lucro que é direcionado aos acionistas, normalmente longe da área onde a riqueza é gerada. O que é arrecadado em Petrolina, por exemplo, fica na própria cidade", conta o presidente do conselho administrativo da Unicred, Antônio Vinícius Ramalho Leite.

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Para conseguir fazer com que os clientes de bancos apliquem seus investimentos e façam empréstimos, as cooperativas precisam conquistar a confiança dos clientes, já que não têm tanta projeção. Com a legislação vigente regulando as atividades e o Banco Central nos papéis de fiscal e garantia, as instituições esperam conseguir trazer o investidor e seu dinheiro.

"Ninguém quer colocar seu dinheiro em um local inseguro. Somos acompanhados diariamente pelo Banco Central do Brasil. Patrimônio. liquidez, operações, tudo. Obedecemos todas as leis de cooperativas de crédito. Temos a garantia do crédito ao investidor do FGCOP, mesmo dos bancos para garantir o cliente caso a empresa quebre, no valor de R$ 250 mil. Sem falar que estamos trabalhando com pessoas capacitadas. Temos um fundo de reserva de três milhões, entre outras garantias para o associado se sentir seguro. Hoje, é bem mais seguro apostar na cooperativa de crédito", afirmou Antônio Vinícius.

Com os ativos na beira dos R$ 80 milhões, não é de se espantar que os projetos de expansão sejam ambiciosos. Segundo a gerente geral da Unicred Vale do São Francisco, Edna Burgos, o objetivo da cooperativa é retornar aos associados um valor superior aos R$ 4,5 milhões alcançados em 2015. O planejamento passa por uma recente parceria com o Sicredi, instituição financeira cooperativa, que deve trazer benefícios aos cooperadores.

"Na prática, o nosso associado terá mais opções de agências para um melhor atendimento. Já éramos parceiros antes, usamos o cartão de crédito do BanSicredi, que é o banco da cooperativa, entre outros recursos. O que muda é que estamos saindo da antiga união com a Unicred", destacou.

Atualmente, as operações financeiras em cooperativas de crédito representam algo em torno de 3% do total no Brasil. Uma parcela pequena se comparada a outros países. Mas a expansão é acelerada e já representa 18% das agências bancárias. Um atrativo para os investidores está na taxa do cheque especial que, diferente dos 11% em bancos, atingem apenas 5,5% nas cooperativas. A Unicred Vale do São Francisco, agora Sicredi, está presente em oito municípios de Pernambuco e Bahia.

O músico Naná Vasconcelos, 71, está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Unimed III, no Recife, devido a complicações de um câncer de pulmão descoberto no ano passado. A unidade de saúde não passou detalhes e o responsável informou que apenas nesta segunda (7), a assessoria iria divulgar um boletim com o estado de saúde do músico.

O violoncelista Lui Coimbra, com quem Naná fez show em Salvador recentemente, confirmou a internação em seu facebook e mais tarde comemorou quando foi informado que o pernambucano levantou sozinho da cama e foi ao banheiro, durante a madrugada. "Um dos pulmões voltou a funcionar", comemorou Coimbra.

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Naná, responsável por tradicionalmente abrir o Carnaval do Recife reunindo centenas de batuqueiros, é um dos mais respeitados percussionistas do planeta, tendo gravado e excursionado com vários dos mais importantes músicos do Brasil e do mundo, além de anhar 8 Grammys. Nomes como Miles Davis, Egberto Gismonti, Milton Nascimento e Pat Metheny já tiveram Naná ao seu lado, trazendo sua mágica percussão.

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Com colaboração de Felipe Mendes

Um princípio de incêndio, por volta das 21h30 da segunda-feira (8), atingiu parcialmente o alojamento do Hospital Unimed Recife III, na Rua José de Alencar, no Bairro da Boa Vista, área central do Recife. Não houve vítimas no acidente e o fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros (CBMPE).

Ainda na segunda-feira, os bombeiros também foram acionados para um desabamento de teto em Caetés 3, no município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Um homem de 75 anos ficou ferido, com escoriações na cabeça e nos pés, sendo socorrido para o Hospital Miguel Arraes. 

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Balanço – A central do Corpo de Bombeiros atendeu 73 ocorrências nas últimas 24 horas, sem mais destaques.  

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que vai abrir uma sindicância para apurar a morte da farmacêutica Ana Carolina Domingos Cassino, de 23 anos, após esperar 21 horas para uma cirurgia de apendicite no hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Diagnosticada na sexta-feira, 15, a jovem só teve a cirurgia agendada para sábado, 17, mesmo com fortes dores. A diretoria do hospital informou que também está apurando o caso.

Segundo familiares, Ana Carolina começou a sentir dores na barriga na manhã de sexta-feira. Por volta de 13h40, deu entrada na unidade de pronto-atendimento da Unimed, também na Barra, e, após exames, foi diagnosticada às 18h. Somente às 23h, a jovem foi transferida para o hospital, e a cirurgia foi marcada para 15h de sábado.

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Às 13h, entretanto, a farmacêutica apresentou piora no quadro e precisou ser reanimada. A cirurgia terminou às 17h30 e Ana Carolina foi levada para o Centro de Terapia Intensiva (CTI). Às 5h de domingo, a jovem morreu.

No fim do ano, Ana Carolina se casaria com o noivo, Leandro Nascimento Farias, de 24 anos. De acordo com o atestado de óbito, ela teve um "choque séptico", um termo médico para infecção generalizada.

Em nota, a diretoria do hospital informou que "todos os procedimentos realizados desde o primeiro atendimento estão sendo avaliados pelas comissões de Óbitos e de Prontuário Médico e, tão logo as apurações sejam concluídas, serão submetidas à Comissão de Ética Médica do hospital, a quem cabe o parecer final sobre o caso, e comunicadas à família".

"O Hospital Unimed-Rio lamenta profundamente o ocorrido, se solidariza com a família e reafirma seu compromisso com o mais breve esclarecimento do caso", concluiu.

A Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) já recebeu 1.167 reclamações contra a Golden Cross e a Unimed-Rio e emitiu 419 notificações as duas empresas, que poderão ser vertidas em multas. Nos próximos dias, será aberto inquérito pelo Ministério Público Federal no Rio para apurar possíveis lesões a consumidores de planos individuais e familiares da Golden incorporados pela Unimed-Rio, que, no dia 01, assumiu sua carteira de 190 mil usuários (entre planos de saúde e odontológicos).

São segurados de todo o País, mas principalmente do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Brasília. O perfil no Facebook criado para denúncias contra os planos já tem 315 membros. As reclamações vão da não-entrega da carteirinha do novo plano e do guia com a rede credenciada e respostas vagas a indagações por e-mail até recusas de atendimento e de exame mesmo em casos graves.

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Há queixas também sobre o "rebaixamento" do plano, a despeito do valor pago - apesar de, oficialmente, a Unimed-Rio informar que "internações, consultas e procedimentos pré-agendados serão respeitadas".

"Minha mãe ficou sem cardiologista, oftalmologista e endocrinologista, que não aceitam Unimed Rio. Mas apareceram situações mais preocupantes, como o de uma moça que está com a mãe, conveniada há mais de 15 anos com a Golden, com câncer, precisando fazer ressonância e sem conseguir. No telefone, a gente fica na espera por horas. E-mail, não respondem direito", disse Rúbia Nazareth, assistente de pesquisa que criou o perfil.

A Unimed-Rio pode ser multada em até R$ 100 mil pela ANS por cada atendimento, consulta ou exame negado. A empresa informou que o processo de emissão e entrega de carteiras de identificação vem ocorrendo desde setembro, e que apenas em "poucas regiões" a remessa está sendo prejudicada pela greve dos funcionários dos correios. Ressalvou que a falta da carteira não impede o atendimento e que ele pode ser feito inclusive com a da Golden.

"A orientação da Unimed-Rio junto à rede nacional Unimed, bem como da Golden Cross junto à sua rede prestadora, é para que todos os direitos dos clientes sejam absolutamente preservados. Para facilitar a transição, o atendimento da rede Golden foi prorrogado até o dia 31 deste mês", informou a Unimed.

Nesta terça-feira a ANS vai fiscalizar o serviço de atendimento das empresas aos usuários. Elas têm cinco dias úteis para dar esclarecimentos sobre as 419 notificações. Caso os esclarecimentos não sejam satisfatórios, as empresas poderão ser multadas pela agência.

Clientes de planos individuais ou familiares da Golden Cross enfrentam dificuldades nos primeiros dias de atendimento pelo Sistema Nacional Unimed. Desde o dia primeiro, a Unimed Rio assumiu em todo o País a carteira de 160 mil beneficiários da Golden Cross, que manteve o atendimento somente para clientes empresariais.

A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio ingressou com ação civil pública para garantir que a rede hospitalar e médica do antigo plano seja assumida pela nova operadora. As queixas dos consumidores vão da falta da carteirinha, o que dificulta a consulta da rede referenciada no site, à recusa de atendimento por médicos e hospitais. Para expressar a insatisfação, a assistente de pesquisa Rúbia Juliana Nazareth, de 39 anos, criou no Facebook a comunidade Golden Cross x Unimed Rio.

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"Minha mãe tinha Golden Cross desde 1993. Na última semana, teve três consultas desmarcadas porque nem os médicos sabem como proceder. Até agora ela não recebeu a carteirinha do novo plano, nem o livro com a rede referenciada. A gente fica perdida. Se algo acontecer, não sei para onde levá-la", reclamou. Depois de postar a queixa, recebeu uma resposta da Unimed Rio em seu perfil pessoal, orientando a beneficiária a acessar a carteirinha virtual, no site, e imprimi-la. Com o documento, ela tem acesso à rede de médicos e hospitais online.

No Rio, a psicopedagoga Luciane Rocha Nogueira, de 34 anos, foi surpreendida com o "rebaixamento" de seu plano. Ela antes podia ir ao Hospital Copa D'Or, agora não tem mais direito de ser atendida na instituição. "O Copa D'Or disse que aceita Unimed Ômega e me deram Unimed Delta 2. Como consumidora me sinto muito lesada. Não explicam nem qual parâmetro usaram para escolher a que grupo pertenço agora. Me obrigaram a aceitar uma carteirinha da Unimed Delta 2 que não atende a tudo o que eu tinha", disse.

A Unimed Rio informou que a rede foi atualizada e o hospital teria de aceitar o plano Delta 2. Na recepção do Copa D'Or, os funcionários pedem que o beneficiário apresente também a carteirinha da Golden Cross para provar que o consumidor era do plano Especial. Também disse que oferece "rede de atendimento superior à da Golden Cross. "A rede do Sistema Unimed tem 110 mil médicos cooperados em todo o Brasil e mais de 3 mil hospitais credenciados. A rede hospitalar que atendia aos clientes Golden Cross está garantida, conforme as regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)", informou em nota.

Segundo a ANS, a Unimed Rio tem que manter os mesmos contratos e a mesma rede hospitalar. "Não há obrigatoriedade de manutenção dos mesmos profissionais, clínicas e laboratórios, mas todas as especialidades terão que ser ofertadas e os beneficiários terão que ser atendidos em tempo oportuno, dentro dos prazos estipulados pela ANS", diz a agência.

Um incêndio de grandes proporções atingiu a unidade da Unimed na Ilha do Leite, área central do Recife, por volta das 0h27min desta madrugada de terça-feira (30). O corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco foi acionado para controlar o fogo que começou no almoxarifado. Ninguém se feriu no acidente. Ao todo, a corporação atendeu 72 ocorrências nas últimas 24h.

PRF- Um homem morreu em uma colisão entre duas motos na BR 428, Km166, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A vítima era condutora de uma das motos.  A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou até ás 0h desta terça-feira 27 acidentes, envolvendo 47 veículos e deixando cinco feridos. Os agentes ainda realizaram 169 testes de alcoolemia e fizeram quatro autuações.

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco ingressou, no último dia 15 de março, com ação civil pública contra a Unimed Recife, acusada de mascarar o vínculo empregatício de dentistas que prestavam serviços através da Cooperativa dos Odontólogos de Pernambuco (Coope). Empresa pode ter que pagar R$ 300 mil por danos morais.

Segundo o MPT, entre 2003 e 2004, a Unimed foi inspecionada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), que constatou a contratação irregular de outras cooperativas. À época, a Unimed firmou Termo de Compromisso com a SRTE no qual se obrigava a regularizar a situação. Em 2012, de acordo com o MPT, a Unimed voltou a praticar a ilicitude, contratando os dentistas e outros profissionais da área de saúde, inclusive médicos, através de outras cooperativas, utilizando-os como mão-de-obra barata e fraudando a relação de emprego existente com os cooperados.

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Em investigação, foi constatado que a Unimed contratava outras cooperativas para realizar as atividades essenciais da sociedade, fraudando o vínculo empregatício de centenas de dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas, médicos. Depoimentos de associados à Coope confirmam que os dentistas prestavam serviços no estabelecimento da Unimed que fornecia materiais e instrumentos de trabalho,estabelecia os horários de cada trabalhador, escalas de plantão e metas de produtividade, realizava a marcação de consultas dos pacientes e ainda determinava os salários dos trabalhadores que eram pagos pela Coope.

Na ação, o MPT requereu que a Unimed não contrate trabalhadores através de cooperativas para a realização das atividades fins da cooperativa; e ainda, registre como empregados e mantenha a carteira assinada de todos os profissionais que prestem serviços à cooperativa médica com data retroativa ao início do trabalho; pague indenização por danos morais no valor de R$ 300 mil. Caso condenada, Unimed terá que pagar multa no valor de R$ 50 mil por obrigação descumprida, acrescida de dois mil reais por trabalhador prejudicado. Todos os valores que venham a ser arrecadados devem ser revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Com informações de assessoria

O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) homologou nesta quarta-feira a assinatura de 40 Termos de Compromisso de Cessação de Prática (TCC) com a Unimed em 39 processos administrativos para que a associação encerre a exigência de exclusividade de médicos. Além disso, o Cade encerrou outros 54 casos que estão na Justiça. A Unimed pagará, com o acordo, cerca de R$ 12 milhões, em multas.

Tecnicamente chamada de unimilitância, essa exigência proíbe os profissionais de prestar serviços que não estejam vinculados à cooperativa. O procurador geral do Cade, Gilvandro Araújo, apresentou números robustos envolvendo a Unimed. De acordo com ele, há 397 ações judiciais que tramitam atualmente envolvendo a cooperativa e, com o acordo, 348 delas já se encerram. Desde 1994, conforme Araújo, há também 58 processos de condenações, dos quais 54 acabam com os termos assinados ontem.

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De acordo com o presidente do Cade, Vinícius Carvalho, as cidades menores eram as que mais sofriam com a prática. Isso porque ao vincular um médico à cooperativa e proibindo-o de trabalhar em outra empresa, dificultava a entrada de um plano de saúde concorrente. Além de ser uma barreira de entrada, também prejudicava o atendimento ao cliente.

Carvalho lembrou que, quando o Cade começou a atuar mais firmemente no setor evitando contratos de exclusividade, a Unimed começou a usar essa exclusividade como um atrativo ao médico, oferecendo-lhe mais benefícios. "Agora não tem mais nada", sentenciou.

Para fechar o acordo, o Cade abriu mão da multa diária que cobrava da Unimed por cada dia de descumprimento de suas determinações. Em contrapartida, a cooperativa pagará em dobro o valor da multa: R$ 11 milhões para a Justiça e mais R$ 810 mil para o órgão antitruste. "Com essa medida, conseguimos acabar com um terço dos processos administrativos que circulavam pelo Cade", disse. A saída desses processos também representa 25% a menos das ações que o órgão antitruste defende na Justiça. "Vamos desafogar."

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