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O Tribunal Superior Eleitoral abriu na manhã desta quarta-feira, 4, o código-fonte da urna eletrônica para inspeção. O procedimento ocorre um ano antes das eleições municipais de 2024, para que entidades fiscalizadoras possam averiguar o funcionamento do sistema eletrônico de votação.

O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a inspeção vai reafirmar o que 'sempre o TSE afirmou e demonstrou'. "Não há vulnerabilidade nas urnas", reiterou.

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Segundo o ministro, os 'hackers do bem' poderão analisar o código-fonte para 'atestar novamente a invulnerabilidade e a total transparência, com segurança, que as urnas fornecem aos eleitores'.

"Temos a partir desse início do ciclo de transparência democrática a reafirmação de que o TSE está sempre aberto a todos que queiram auxiliar, fiscalizar, melhorar a forma como nós exercemos a nossa democracia. Com a certeza que, em 2024, teremos mais uma eleição com total tranquilidade e transparência para que possamos solidificar mais nossa democracia", indicou Moraes.

O ministro lembrou que celebra-se, nesta quinta-feira, 5, os 35 anos da Constituição de 1988. Ele ressaltou que trata-se do maior período de estabilidade democrática desde o início da República. Além disso, reafirmou que as urnas eletrônicas são 'motivo de orgulho nacional'.

"Amanhã completa-se 35 anos da Constituição com estabilidade democrática, eleições periódicas e a certeza de que o Brasil tem o sistema mais eficiente, invulnerável e transparente de votação do mundo", frisou.

Com a abertura do código-fonte dá-se início ao ciclo de transparência das eleições 2024, no qual entidades poderão fiscalizar o sistema eletrônico de votação em 40 oportunidades distintas. Antigamente, o código ficava disponível para auditoria seis meses antes do pleito. Nas eleições de 2022, o período de fiscalização aumentou para um ano.

Na cerimônia realizada nesta quarta, o TSE destacou que o sistema eletrônico de votação é 'seguro, transparente, auditável, inovador, célere e inclusivo'. Moraes indicou que a fiscalização do código-fonte das urnas nada mais é do que a análise dos comandos que determinam como o equipamento funciona, desde o voto até a apuração.

O Tribunal já está recebendo agendamentos para que as entidades habilitadas para fiscalizar as urnas possam realizar a fiscalização, em sala específica na sede da Corte eleitoral - as Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal foram excluídos da lista.

O TSE fez o convite para que mais universidades auditem o sistema eletrônico de votação. Em 2022, participaram da fiscalização a Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas, a Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Em depoimento à Polícia Federal, o hacker Walter Delgatti Netto disse que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) lhe pediu para invadir as urnas eletrônicas ou, caso não fosse possível, a conta de e-mail e o telefone de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo Delgatti Netto, a parlamentar fez a solicitação em setembro de 2022, durante um encontro dos dois na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo.

Naquele mês, o atual presidente Lula (PT) aparecia à frente de Jair Bolsonaro (PL), aliado de Zambelli, nas pesquisas eleitorais. O ex-presidente e seus apoiadores atacavam o sistema eleitoral, sem provas ou evidências de irregularidades.

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À PF, Delgatti também afirmou que conseguiu acessar o sistema da urna eletrônica nem o celular de Moraes. Ele ainda disse que conseguiu entrar no e-mail do ministro, onde não encontrou nada comprometedor.

O depoimento aconteceu no âmbito de um inquérito que investiga a invasão do sistema de mandados de prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a inclusão de uma falsa ordem de detenção de Moraes. O hacker chegou a ser preso em 2019, em razão dos acessos indevidos, foi posto em liberdade e voltou a ser detido em junho, por descumpimento de determinação judicial de não acessar a internet. Ele afirmou ao G1 que administra as redes sociais e o site de Zambelli.

O ex-taxista Alan Diego dos Santos, condenado por tentativa de atentado à bomba nas imediações do Aeroporto de Brasília no fim do ano passado, afirmou que esteve no acampamento golpista na capital federal por duvidar do código-fonte das urnas eletrônicas. No entanto, não soube dizer o que é código-fonte em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta quinta-feira (29).

"O senhor falou mais de uma vez aqui que os protestos eram para terem informações sobre o código-fonte. O que é o código-fonte?", perguntou o deputado distrital Chico Vigilante (PT), presidente da CPI. "É isso que eu queria saber", respondeu Alan. Questionado novamente, disse: "Não cabe a mim dizer o que que é, porque eu não sou entendido e não sei responder a essa pergunta".

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Alan dos Santos disse que os bolsonaristas acampados no Quartel-General do Exército em Brasília criaram expectativas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas que indicariam a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais. "Na época, eu vi as pessoas criticando. (...) Nós achávamos que o Supremo Tribunal Federal não poderia ter o medo de revelar se tinha fraude ou não", disse.

No depoimento, ele culpou os parlamentares federais por terem deixado as redes sociais repercutirem informações falsas sobre o código-fonte das urnas eletrônicas. "Se fosse para não ter estimulado a população, porque deixaram as redes sociais informar sobre esse código que dava a certeza se o Bolsonaro havia ganhado ou não ou se o Bolsonaro havia ganhado ou não?", questionou o ex-taxista.

Ele também admitiu que levou uma dinamite para um caminhão carregado de querosene que estava próximo ao Aeroporto de Brasília. Segundo Alan, a confecção dos explosivos foi feita por George Washington, gerente de postos de combustível também condenado pela tentativa de atentado. Ele que também foi ouvido pela CPI do DF nesta quinta.

George Washington foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão e Alan Diego foi sentenciado a cinco anos e quatro meses, ambos em regime inicial fechado. Os dois estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Código-fonte

O código-fonte de um software é um conjunto de arquivos de texto contendo todas as instruções que devem ser executadas, expressas de forma ordenada numa linguagem de programação. Essas instruções determinam o que um programa de computador deve fazer - o que ele deve apresentar e como ele deve se comportar.

De acordo com o TSE, a urna eletrônica e todos os demais programas do sistema eletrônico de votação contêm seus próprios códigos-fonte, que podem ser acessados por partidos políticos e diversas outras entidades e autoridades previstas em resolução da Corte eleitoral, além dos investigadores do Teste Público de Segurança (TPS).

Claudionor Germano, um dos artistas mais importantes do Estado, Patrimônio Vivo de Pernambuco, fez questão de ir às urnas, neste domingo (30), registrar seu voto para presidente e governadora nas eleições de 2022. Aos 90 anos, dono de uma das mais belas e poderosas vozes do frevo, o artista continua usando essa que é seu instrumento de trabalho não só para embalar carnavais como também, e sobretudo, para exercer seu papel de cidadão. 

Acompanhado por seu filho, o também cantor Nonô Germano, o 'rei do frevo' compareceu à sua seção eleitoral, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, mesmo sem ter a obrigatoriedade de votar devido à idade. "Vim exercer meu direito de cidadão. Esse é o caminho certo para nossa pátria", disse em entrevista exclusiva ao LeiaJá.

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Com um adesivo em alusão ao seu candidato à presidência, o ex-presidente Lula (PT), Claudionor - que completou seus 90 anos no último mês de agosto -, se mostrou otimista para o resultado deste pleito. 'Eu tenho muita fé no meu candidato, espero que ele faça o que a gente espera dele."

Atento às palavras do pai, o 'príncipe do frevo', Nonô Germano, também demonstrou atitude positiva para o resultado dessas eleições. O cantor, outro apoiador do ex-presidente, espera que em caso de vitória de seu candidato, o setor cultural possa sair da atual "estagnação" em que se encontra. "É uma pessoa que a gente sabe do valor que dá à cultura, diferentemente das pessoas que aí estão. A expectativa é da gente poder botar um fim nesse momento que estamos vivendo nesse país", disse.

O eleitor que não votou no primeiro turno poderá votar normalmente neste domingo (30), quando será realizado o segundo turno das eleições. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), basta que o título de eleitor esteja regularizado.

Isso é possível porque o TSE trata cada turno como uma eleição independente. Dessa forma, o eleitor poderá votar se estiver em situação regular com a Justiça Eleitoral, ou seja, o título eleitoral não pode estar cancelado ou suspenso.

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Caso não tenha votado, o prazo para justificar ausência no primeiro turno é 1º de dezembro de 2022. Já a ausência no segundo turno deve ser justificada até 9 de janeiro de 2023. Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual a pessoa não tenha comparecido por estar fora de seu domicílio eleitoral. Assim, caso tenha deixado de votar no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência de cada um, separadamente, obedecendo aos requisitos e prazos de cada turno.

Os eleitores que porventura não votarem e nem justificaram a ausência terão mais uma ferramenta para regularizar o não comparecimento às urnas. A nova versão do aplicativo e-Título possui a opção justificativa de ausência para que o eleitor faça o seu pedido de justificativa online e anexe o documento comprobatório do motivo da ausência.

Em seguida será gerado um código de protocolo para acompanhamento e o requerimento será transmitido à zona eleitoral responsável pelo título do eleitor ou da eleitora para análise. Após a decisão, a pessoa será notificada.

Se a opção for pela entrega do Requerimento de Justificativa Eleitoral. O formulário deve ser impresso e preenchido com os dados pessoais e a justificativa da ausência, anexando os documentos comprobatórios. O requerimento deverá ser entregue em qualquer cartório eleitoral ou ser enviado via postal à autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título.

Multa

Caso não justifique dentro do prazo, além de pagar uma multa de R$ 3,51, a pessoa fica impedida de retirar documentos como passaporte e RG; receber salário ou proventos de função em emprego público; prestar concurso público; renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo; entre outras consequências. A multa pode ser paga por meio de boleto (Guia de Recolhimento da União - GRU), do PIX ou de cartão de crédito.

Cancelamento

O título é cancelado quando o eleitor falta às urnas por três eleições seguidas e não justifica a ausência nem paga a multa. Já a suspensão ocorre quando não há cumprimento do serviço militar obrigatório, condenação criminal transitada em julgado ou condenação por improbidade administrativa.

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a alteração da foto do mandatário que vai aparecer nas urnas no dia da votação. Na primeira foto enviada ao TSE, Bolsonaro aparece sério - na nova, o presidente aparece sorrindo. 

O pedido foi feito na noite da última quarta-feira (17) e, segundo a CNN, a imagem já foi substituída. O registro de candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro foi enviado ao TSE no dia 10 de agosto e o prazo se encerrou no dia 15 de agosto.

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“Jair Messias Bolsonaro, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, por meio de seus advogados ao final subscritos, informar e requerer o que se segue. Conforme mídia entregue à SEDAP fisicamente e via e-mail na data de 15 de agosto de 2022, cuja formalização se requer também por meio da presente, pugna-se pela substituição da foto de urna do candidato, conforme arquivo anexo”, disse o requerimento do presidente.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou um pedido das Forças Armadas para acessar documentos das eleições de 2014 e de 2018. A negativa consta em resposta enviada nesta segunda-feira, 8, ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que em junho havia solicitado o compartilhamento dos arquivos.

O retorno é assinado pelo ministro Edson Fachin, presidente do TSE, e acompanhado de justificativas e informações prestadas pela área técnica do tribunal. O anexo afirma que as entidades fiscalizadoras do processo eleitoral, como as Forças Armadas, "não possuem poderes de análise e fiscalização de eleições passadas, não lhes cumprindo papel de controle externo do TSE". Também lembra que o prazo para pedir acesso ao material está encerrado.

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"O regramento estabelece a data de 13/01/2015, para as eleições 2014, e de 17/01/2019, para as eleições de 2018, como prazo limite para apresentação do pedido. Sendo assim, indeferem-se os pedidos também em razão da intempestividade", diz o documento.

Em sua resposta, Fachin aproveitou para reiterar que o código-fonte das urnas eletrônicas está aberto desde outubro de 2021. Na semana passada, o Ministério da Defesa pediu acesso "urgentíssimo" ao código.

O presidente do TSE também disse que o "primado da transparência" desaconselha "espaços institucionais reservados ou reuniões que estejam fora do plano de ação aprovado pela Comissão de Transparência das Eleições". Mesmo representados na comissão, os militares chegaram a tentar um encontro fechado com Fachin, o que foi negado pelo ministro.

"O Tribunal Superior Eleitoral avança na preparação das eleições íntegras, seguras e pacíficas que se concretizarão em 55 dias", concluiu o ministro.

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral aprovou, na sessão administrativa desta quinta-feira (16), resolução que autoriza, em casos de candidaturas coletivas, a menção do grupo na composição do nome da candidata ou candidato nas urnas eletrônicas. O modelo em que cadeira parlamentar é assumida por um grupo em vez de uma só pessoa foi inaugurado em 2016 e vem ganhando espaço desde então.

"No caso de candidaturas promovidas coletivamente, a candidata ou o candidato poderá, na composição de seu nome para a urna, apor ao nome pelo qual se identifica individualmente a designação do grupo ou coletivo social que apoia sua candidatura, respeitado o limite máximo de caracteres", diz a proposta de resolução apresentada à corte eleitoral pelo ministro Edson Fachin, que será o próximo presidente do TSE.

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A resolução não regulamenta a prática, que envolve um acordo entre os integrantes do mandado coletivo. Fachin lembrou que o registro permanece de caráter individual, não existindo na legislação o conceito de candidatura coletiva. Na mesma linha, o ministro Carlos Horbach ponderou que, do ponto de vista jurídico, 'as candidaturas coletivas não existem, mas podem ser promovidas coletivamente e como tal anunciadas para o eleitorado'.

No modelo em questão, é necessária a escolha de um cabeça de chapa, que, se eleito, é quem pode votar em projetos, falar em plenário e ser remunerado pelo cargo. Como mostrou o Estadão em abril, a Frente Nacional de Mandatas e Mandatos Coletivos busca segurança jurídica para a divisão de uma cadeira legislativa em três ou mais pessoas.

Os mandatos coletivos eleitos em 2020, por exemplo, estão distribuídos em nove partidos diferentes (PSOL, PT, PCdoB, PV, PSB, Rede, PDT, Cidadania e Avante). Estão em 24 cidades de dez Estados, sete em capitais. Mais de 70% deles estão distribuídos entre PSOL, PT e PCdoB.

Apesar de autorizar a inclusão da designação do coletivo nas urnas, ao lado do candidato registrado, o texto aprovado pelo TSE veda o que o registro de nome de urna contenha só a designação do mandato coletivo.

Segundo Fachin, a candidatura coletiva representa 'apenas um formato de promoção da candidatura, que permite à pessoa que se candidata destacar seu engajamento em movimento social ou em coletivo'."Esse engajamento não é um elemento apto a confundir o eleitorado, mas, sim, a esclarecer sobre o perfil da candidata ou do candidato", registrou em seu voto.

Os técnicos e peritos da Polícia Federal (PF) conseguiram acessar a rede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o Teste Público de Segurança (TPS) do modelo eletrônico de votação. A corte manteve abertos por seis dias os sistemas das urnas eletrônicas para receber ataques de "hackers", a fim de aprimorar a tecnologia utilizada atualmente para as eleições de 2022.

De acordo com o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, os agentes federais realizaram o ataque mais perigoso às urnas eletrônicas, pois conseguiram burlar a linha de transmissão das informações e penetrar na rede do tribunal. "A simples entrada já é uma preocupação que nós vamos enfrentar. Esse foi o ataque mais relevante e que vai exigir mais cuidado do TSE", afirmou.

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"Eles conseguiram entrar dentro da rede do TSE com esses ataques, mas não conseguem chegar no sistema de votação, ou seja é um ataque importante que nós temos que encontrar mecanismo de bloquear, mas não é grave. Só consideramos grave o que tem a potencialidade de alterar o voto do eleitor", afirmou Barroso.

O TSE recebeu inscrições de 26 investigadores vinculados a universidades, empresas privadas e órgãos públicos, que executaram 29 planos de ataques às urnas eletrônicas. Esses procedimentos consistem basicamente em diferentes tentativas de invadir o sistema de votação e encontrar vulnerabilidades físicas e tecnológicas nos dispositivos.

No balanço realizado nesta segunda-feira, 29, consta que 24 planos falharam completamente e 5 foram bem sucedidos em encontrar "achados", como são classificados os pontos de aperfeiçoamento. As violações ao sistema eletrônico de votação passarão por processos internos de correção para que sejam submetidas novamente à testagem, em maio de 2022, durante o teste de confirmação organizado pelo TSE.

"Ainda que não tenham sido graves, são importantes e merecem atenção e estudo do TSE para fins de aprimoramento", afirmou Barroso. "É relevante, mas não é grave. Só consideramos grave o que tem potencial de mexer no resultado e nada até agora se apresentou com esse potencial, mas é relevante porque evidentemente ninguém deseja que haja o risco de entrada dentro da nossa rede".

Confira a lista dos cinco principais ataques às urnas eletrônicas:

1º Painel da urna: Investigadores acoplaram um painel falso no visor da urna eletrônica. O ataque foi considerado preocupante porque viola o sigilo do voto, impede o eleitor de votar, mas não tem capacidade de interferir no resultado das eleições. Para executar esse procedimento é necessário entrar com objeto - do mesmo tamanho da urna eletrônica - na seção eleitoral, sem que ninguém veja ou identifique a demora no procedimento.

"É uma situação bastante contrafactual, bastante improvável, mas nós vamos pensar alguma medida que possa minimizar o risco de alguém ter esse tipo de comportamento", afirmou Barroso.

2º Desembaralhamento do boletim da urna: os boletins contém todos os votos da seção eleitoral e são embaralhados para que somente o TSE possa fazer o processo de traduzir e compilar o resultado. Os boletins, porém, também são impressos e colados na porta das seções ao final da votação. Segundo Barroso, o procedimento não gera consequências.

"O embaralhamento das informações é uma reminiscência histórica do tempo em que não havia a assinatura digital do boletim, portanto era uma segurança a mais. Havendo assinatura digital esse embaralhamento tornasse desnecessário e nós estamos, inclusive, considerando a possibilidade de simplesmente não haver mais esse embaralhamento por falta de utilidade", afirmou Barroso.

3º Rompimento de barreira: Os técnicos conseguiram pular uma barreira de segurança representada pela linha de transmissão de informações e chegaram até a porta da rede do TSE, mas não conseguiram acessá-la.

"O Teste Público existe para que se descubram vulnerabilidades e o TSE possa consertar", disse Barroso.

4º Ataque ao fone de ouvido da urna: As urnas eletrônicos possuem entradas de fone de ouvido para eleitores com deficiência visual. Um dos ataques conseguiu inserir um dispositivo bluetooth na traseira da urna. O objeto passou a transmitir os votos para os hackers.

"Seria preciso que alguém conseguisse dentro do local de votação acoplar um equipamento na parte traseira da urna, que fica visível para os mesários. Portanto, uma situação igualmente contrafactual", declarou Barroso.

5º Acesso à rede do TSE: Os peritos da Polícia Federal conseguiram, de fato, entrar no sistema do tribunal. A invasão, contudo, não foi bem sucedida na tentativa de alterar sistemas e fotos de candidatos já existentes.

"É relevante, mas não é grave. Só consideramos grave o que tem potencial de mexer no resultado e nada até agora se apresentou com esse potencial, mas é relevante porque evidentemente ninguém deseja que haja o risco de entrada dentro da nossa rede", afirmou Barroso.

A votação da PEC do voto impresso começou no Congresso Nacional e o PSDB lançou nota afirmando que confia no sistema de votação brasileiro e que fechou questão, em reunião da Executiva Nacional contra a proposta em discussão na Câmara dos Deputados.

Para o partido, as urnas eletrônicas contribuíram para avanços na segurança e confiabilidade do sistema a partir de consulta sobre a possibilidade de auditoria no sistema eletrônico de votação em 2014, que resultou em seguidas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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"Discutir a mudança no sistema de votação partindo da falsa premissa de eleições fraudadas é um desserviço à democracia brasileira. O partido acredita que o sistema pode ser sempre aprimorado, mas não nos moldes que tem sido conduzida atualmente a discussão", pontuou a nota, que é assinada pelo presidente nacional do partido, Bruno Araújo.

Horas depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer, nesa quarta-feira (4), que um inquérito sigiloso da Polícia Federal revela acesso de hackers a programação de urnas eletrônicas, em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nota para destacar que o caso foi amplamente divulgado à época e não representou qualquer risco à integridade daquelas eleições.

"O código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu", disse o comunicado do TSE, que rebateu as acusações de Bolsonaro em sete pontos. "Cabe acrescentar que o código-fonte é acessível, a todo o tempo, aos partidos políticos, à OAB, à Polícia Federal e a outras entidades que participam do processo. Uma vez assinado digitalmente e lacrado, não existe a possibilidade de adulteração. O programa simplesmente não roda se vier a ser modificado".

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As declarações de Bolsonaro, em novo ataque ao presidente do TSE, Luis Roberto Barroso, foram feitas durante entrevista ao programa "Os Pingos nos Is", da Rádio Jovem Pan. Segundo Bolsonaro, em 2018 uma pessoa teria acessado o código de programação das urnas eletrônicas, assim como senhas de um ministro e de servidor da Corte. O agente teria oferecido o material ao blog TecMundo. O Estadão/Broadcast apurou que o inquérito não investiga invasão em urna eletrônica, mas, sim, tentativa de acesso ao sistema do TSE.

"As urnas eletrônicas jamais entram em rede", assinalou a nota do tribunal. "Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração. Por essa razão, é possível afirmar, com margem de certeza, que a invasão investigada não teve qualquer impacto sobre o resultado das eleições."

O TSE informou, ainda, que encaminhou à Polícia Federal os dados necessários para a apuração dos fatos. "A investigação corre de forma sigilosa e nunca se comunicou ao TSE qualquer elemento indicativo de fraude. De 2018 para cá, o cenário mundial de cybersegurança se alterou, sendo que novos cuidados e camadas de proteção foram introduzidos para aumentar a segurança dos demais sistemas informatizados."

Além disso, a nota do TSE garantiu que os sistemas usados nas eleições de 2018 "estão disponíveis na sala-cofre para os interessados, que podem analisar tanto o código-fonte quanto os sistemas lacrados e constatar que tudo transcorreu com precisão e lisura".

Leia, a seguir, a íntegra da nota:

Em referência ao inquérito da Polícia Federal que apura ataque ao seu sistema interno, ocorrido em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral esclarece que:

1. O episódio de 2018 foi divulgado à época em veículos de comunicação diversos. Embora objeto de inquérito sigiloso, não se trata de informação nova.

2. O acesso indevido, objeto de investigação, não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018. Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu.

3. Cabe acrescentar que o código-fonte é acessível, a todo o tempo, aos partidos políticos, à OAB, à Polícia Federal e a outras entidades que participam do processo. Uma vez assinado digitalmente e lacrado, não existe a possibilidade de adulteração. O programa simplesmente não roda se vier a ser modificado.

4. Cabe reiterar que as urnas eletrônicas jamais entram em rede. Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração. Por essa razão, é possível afirmar, com margem de certeza, que a invasão investigada não teve qualquer impacto sobre o resultado das eleições.

5. O próprio TSE encaminhou à Polícia Federal as informações necessárias à apuração dos fatos e prestou as informações disponíveis. A investigação corre de forma sigilosa e nunca se comunicou ao TSE qualquer elemento indicativo de fraude.

6. De 2018 para cá, o cenário mundial de cybersegurança se alterou, sendo que novos cuidados e camadas de proteção foram introduzidos para aumentar a segurança dos demais sistemas informatizados.

7. Por fim, e mais importante que tudo, o TSE informa que os sistemas usados nas Eleições de 2018 estão disponíveis na sala-cofre para os interessados, que podem analisar tanto o código-fonte quanto os sistemas lacrados e constatar que tudo transcorreu com precisão e lisura.

Pressionado com a denúncia de superfaturamento na aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin, na manhã desta quarta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a fazer propaganda pelo voto impresso em suas redes sociais. Mesmo após ser eleito em 2018, o gestor ataca o sistema eletrônico sem apresentar provas de falhas na apuração.

Ele publicou um vídeo em que mostra o funcionamento da urna eletrônica integrada a outra que recebe os 'comprovantes' dos votos do eleitor. O conteúdo defende que o processo garante a recontagem e a devida verificação das escolhas dos votantes, mas o atual procedimento já pode ser auditado, segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

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Considerada a nova ambição do presidente, antes mesmo do resultado do pleito de 2022, Bolsonaro já afirmou que só perderia em caso de fraude. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) avançou na Câmara com o parecer favorável do relator, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), e deve ser debatida nas próximas sessões. Para que o procedimento seja validado nas próximas eleições, ele precisa ser aprovado até outubro deste ano.

Ao mesmo tempo, sua popularidade despenca com as revelações da CPI da Covid e o enfrentamento questionável da pandemia no Brasil.

Até o momento, o chefe do Executivo não liderou nenhuma pesquisa de intenção de voto. No estudo do Ipec divulgado semana passada, ele obteve menos da metade do índice conferido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A urna eletrônica fez 25 anos em maio de 2021. Instrumento importante e decisivo no processo de fortalecimento democrático brasileiro, o equipamento trouxe segurança e transparência ao voto.

Segundo o professor e cientista político Rodolfo Marques, a data é importante por ser um instrumento que reforça a democracia no país. “A urna eletrônica é essencial para o processo eleitoral brasileiro porque agiliza do ponto de vista tecnológico esse processo, dando a possibilidade de um voto mais rápido e mais seguro. Garante a rapidez da apuração desses votos, já que eles não precisam ser contabilizados manualmente“, diz o professor.

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Rodolfo ressalta que a urna eletrônica - e consequentemente todo o processo eleitoral - é importante por “reforçar a redemocratização brasileira, que aconteceu em 1985, já que ainda estamos engatinhando no resgate da promoção das liberdades de expressão, de opinião, do voto". Para ele, a urna se encaixa "nessa vivência da prevalência do Estado Democrático de Direito".

A segurança e a confiabilidade da urna eletrônica são temas de matérias na imprensa, afloram discussões nas redes sociais e são assuntos nas rodas de conversa. Mesmo depois da criação e implantação da ferramenta e de tantos vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidentes eleitos em processos eleitorais mais seguros e respeitados, essa questão ainda mexe com as pessoas.

Na internet, fake news e desinformação sobre a urna eletrônica colocam em xeque o processo eleitoral brasileiro. Movimentos organizados pedem a auditagem dos votos por meio da impressão e há quem clame pela volta do modelo de voto em cédula.

Para o vereador Fernando Carneiro, do PSOL, as eleições no Brasil e a urna eletrônica garantem o pioneirismo do país nessa tecnologia. “O Brasil é o único país do mundo que tem 100% da sua eleição e apuração sendo feitas eletronicamente, sendo extremamente positivo e necessário, mas isso não quer dizer que a gente não possa fazer auditagens, porque por mais seguro que seja pode ser passível de alguma fraude”, afirma.

O vereador, porém, destaca que o comprovante impresso do voto não é garantia de lisura. "Isso pode facilitar inclusive a compra de votos, as milícias, porque infelizmente ainda existe no Brasil o expediente da compra de votos. Acho que é  necessário todo e qualquer tipo de auditagem, sem que isso signifique adotar o expediente do comprovante impresso das urnas, pois o problema não está em auditar, está em utilizar um mecanismo que pode favorecer a compra de votos”, avalia.

O cientista político Rodolfo Marques vai mais além e diz que essa movimentação pelo comprovante do voto impresso gera insegurança jurídica e eleitoral. "O voto no Brasil é secreto. E a volta do voto impresso seria um retrocesso dentro desse princípio da liberdade, da espontaneidade e da clareza e transparência do processo eleitoral”, observa.

A urna eletrônica foi usada pela primeira vez em uma eleição em 1996, nas 26 capitais brasileiras, com exceção do Distrito Federal, e em 31 municípios com mais de 200 mil eleitores. Em 1998, a votação com a urna ocorreu em 537 municípios com mais de 40 mil eleitores. Mas foi só no pleito de 2000 que a votação eletrônica foi utilizada em todo o país, assegurando a informatização por completo do processo eleitoral brasileiro.

Campanhas

Diante desse cenário e com o objetivo de valorizar, esclarecer e informar sobre o equipamento, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) lançou o projeto “Urna Pai D’Égua”, que traz uma série de vídeos com conteúdo informativo sobre a segurança da urna eletrônica.

“Mesmo diante de todo o trabalho de excelência da Justiça Eleitoral, da seriedade das eleições e do reconhecimento mundial da qualidade do equipamento, ainda há quem se pergunte se a urna eletrônica é realmente segura. Esperamos que o ‘Urna Pai D’Égua’ fale diretamente aos paraenses e reforce a importância, confiabilidade, o papel da urna eletrônica, além de atestar a seriedade, transparência e segurança do nosso processo eleitoral”, esclarece a presidente do TRE do Pará, desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento.

A série de vídeos é uma realização da Assessoria de Comunicação Institucional do Regional, com o apoio da Escola Judiciária Eleitoral. Os vídeos serão divulgados quinzenalmente nas redes sociais do TRE Pará. “A linguagem dos vídeos é clara, simples e atualizada para que possamos alcançar e nos aproximar mais dos eleitores. Na mesma linha, o nome do projeto faz referência à expressão popular paraense para algo que possui qualidades muito positivas”, destaca a jornalista Renata Ferreira, da Ascom do TRE do Pará, .

Para assistir aos episódios da série “Urna Pai D’Égua” basta acessar o canal do TRE do Pará no YouTube neste link.

Por Thalles Puget.

 

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Mesmo com a pandemia do novo coronavírus, que impôs diversas medidas restritivas e novos protocolos sanitários para evitar a covid-19, o trabalho de manutenção das urnas eletrônicas não parou. As equipes técnicas do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) seguem a todo o vapor, com testes, revisão e cuidados, para assegurar a eficiência das eleições em 2022. Veja reportagem no vídeo.

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Por Thalles Puget.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza nesta sexta-feira (16) uma audiência pública sobre a compra de até 176 mil urnas eletrônicas adicionais para as eleições de 2022, quando os eleitores votam para os cargos de presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

A audiência pública é a primeira etapa no processo de licitação, conforme previsto na Lei das Licitações (Lei 8.666/1993). Caso seja concretizada, esta será a segunda compra de urnas eletrônicas para as eleições de 2022.  

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De acordo com as justificativas do edital da nova licitação, a compra adicional é necessária para substituir equipamentos adquiridos em 2009, hoje obsoletos. “Assim, nas Eleições 2022 está prevista a utilização das urnas modelos 2010, 2011, 2013, 2015, 2020 e 2022”, diz o documento.

Em julho do ano passado, o TSE homologou um outro contrato, no valor de R$ 799 milhões, com a empresa Positivo, para a compra de 180 mil urnas eletrônicas, ao preço de R$ 4,4 mil cada. Nesse caso, a licitação havia começado em 2019, mas atrasos provocados por contestações entre os concorrentes inviabilizaram a utilização dos equipamentos já nas eleições municipais de 2020.

Ao comunicar ao plenário do TSE sobre a realização da audiência pública, o presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (15) que a Justiça Eleitoral estuda alternativas mais baratas que as urnas eletrônicas para a realização do voto. “Mas, até o momento, não temos nada que nos dê segurança plena e, portanto, ainda dependemos das urnas que têm se revelado seguras ao longo dos anos”, afirmou.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que 476 urnas eletrônicas precisaram ser substituídas neste segundo turno de votação nas eleições municipais, e uma seção no Estado de São Paulo passou a operar com votação manual. Os dados foram atualizados no boletim das 14h do órgão e consideram informações registradas até 13h39 deste domingo (29).

Na atualização anterior, divulgada ao meio-dia, ainda não havia nenhuma seção com registro de votação manual.

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São Paulo segue como o Estado com o maior números de urnas trocadas, registrando 146 casos. No Rio de Janeiro, 129 unidades foram substituídas. A troca de urnas garante a continuidade da votação em caso de algum imprevisto. Segundo TSE, o País conta com 48.231 urnas de contingência.

De acordo com o TSE, 38.284.410 brasileiros estão aptos para votar neste segundo turno, divididos em 57 cidades pelo País, 18 delas capitais. Até 12h05, o TSE relatou que 503.559 eleitores justificaram ausência por meio do aplicativo e-Título, que segue funcionando sem registros de instabilidade. Em caso de dificuldades no uso do aplicativo, o tribunal tem recomendado que os eleitores atualizem a versão do aplicativo.

A justificativa para pessoas que estão fora de seu domicílio eleitoral também pode ser feita presencialmente em qualquer seção eleitoral. Quem não conseguiu ir votar tem até 60 dias para justificar pelo aplicativo, site ou presencialmente em cartório, a partir de amanhã. É preciso anexar documento que comprove o motivo da ausência.

Em novo boletim divulgado às 12h, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que 368 urnas eletrônicas precisaram ser substituídas neste domingo, 29. Não foi preciso o uso de voto manual em nenhuma localidade. O informativo considerou dados registrados até às 11h30. Uma nova atualização será divulgada pelo tribunal às 14h.

São Paulo segue como o Estado com o maior números de urnas trocadas, registrando 103 casos. No Rio de Janeiro, 95 unidades foram substituídas. A troca de urnas garante a continuidade da votação. Segundo TSE, o País conta com 48.231 urnas de contingência para as eventuais trocas.

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De acordo com o tribunal, 38.284.410 brasileiros estão aptos para votar neste segundo turno, divididos em 57 cidades pelo País, em que a disputa eleitoral nas prefeituras ainda não foi definida. Até 12h05, o TSE relatou que 503.559 eleitores justificaram ausência por meio do aplicativo e-Título, que segue funcionando sem registros de instabilidade.

A justificativa para pessoas que estão fora de seu domicílio eleitoral também pode ser feita presencialmente em qualquer seção eleitoral. Quem não conseguiu ir votar tem até 60 dias para justificar pelo aplicativo, site ou presencialmente em cartório, a partir desta segunda-feira. É preciso anexar documento que comprove o motivo da ausência.

O segundo turno das eleições municipais vai mobilizar mais de 38 milhões de brasileiros aptos a irem às urnas no próximo domingo (29). Os votantes de 57 cidades do país decidem a chefia do executivo municipal na segunda etapa do pleito, que só é realizado em localidades nas quais a população supera 200 mil eleitores.

Ao todo, 18 capitais de estados vão escolher os respectivos prefeitos no segundo turno. Na região norte, eleitores de Belém (PA), Boa Vista (RR), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) voltam às urnas no domingo.

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No nordeste do país, a população vai votar em centros como Aracaju (SE), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Recife (PE), São Luís (MA) e Teresina (PI).

Já no Centro-Oeste, cuiabanos e goianos vão às seções eleitorais novamente.

No Sudeste, além das duas maiores cidades do Brasil, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), os capixabas de Vitória (ES) decidem o novo administrador da prefeitura.

Na região sul, apenas os votantes da capital gaúcha Porto Alegre (RS) escolhem o representante do município para os próximos quatro anos.

Das 95 cidades brasileiras em que há mais 200 mil eleitores, 49 vão escolher prefeito no domingo. Apenas a capital amapaense, o município de Macapá, ainda não terá o chefe do executivo definido. Devido à crise de energia elétrica que assolou o estado nortista durante os últimos 22 dias, o TSE adiou as eleições na cidade para o próximo dia 6 de dezembro. Caso haja necessidade de decidir no segundo turno, a disputa está programada marcada para o dia 20 do mesmo mês.

Medidas sanitárias

O TSE alerta a população das cidades em que ocorre o segundo turno das eleições para que sigam as orientações sanitárias postas em prática no pleito do último dia 15 de novembro. As medidas como o uso de máscara, álcool em gel para higienização das mãos e de uma caneta própria para assinar o caderno de votação, seguem valendo contra a Covid-19.

Os mesários e presidentes de seção vão utilizar Equipamentos de Proteção Individual para evitar ao máximo as chances de contágio pelo coronavírus.

O sistema de votação eletrônica no Brasil dispõe de mais de um mecanismo de monitoramento das eleições e de controle direto por parte da população. Além de acompanhar a apuração dos votos, há canais para apresentação de denúncias por pessoas comuns e verificação das investigações.

Qualquer cidadão pode monitorar os votos recebidos pelos candidatos nas urnas das seções eleitorais. Um aplicativo chamado “Boletim na Mão” possibilita ao eleitor ler uma cópia digital dos boletins de urna no próprio celular ou tablet. O app está disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em versões Android e IOS.

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Como descreve a página da Justiça Eleitoral,  “com o celular aberto no aplicativo, o eleitor ‘escaneia’ o QR Code nas seções eleitorais de interesse e confere, posteriormente, se os dados coletados correspondem a aqueles totalizados e divulgados no site do TSE”.

Sem fraude comprovada

O Brasil iniciou o uso de urnas eletrônicas em caráter de teste nas eleições municipais de 1996. A partir das eleições de 2000, também municipais, o país inteiro passou a escolher prefeitos e vereadores por meio do voto eletrônico. Em 24 anos de uso dos equipamentos e sistemas eletrônicos, não houve nenhum caso identificado e comprovado de fraude.

A cada pleito, a Justiça Eleitoral faz testes públicos de segurança. Qualquer cidadão pode participar desses eventos que avaliam a inviolabilidade das urnas e dos sistemas que transmitem informações sobre os votos e sua totalização.

Além dos testes públicos, a Polícia Federal, o Ministério Público e universidade, como a Universidade de Campinas (Unicamp), realizaram ao longo desses anos perícias e auditorias para examinar a segurança do voto, o sigilo das escolhas de cada eleitor, a estabilidade e confiabilidade dos sistemas em uso.

Qualquer pessoa pode apresentar denúncias em tempo real pelo celular sobre práticas indevidas ou crimes eleitorais cometidos no dia da votação ou em outro momento. Um aplicativo para denúncias eleitorais está disponível em versões Android e IOS nesta página.

Os procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação estão estabelecidos na Resolução nº 23.603/2019. Na internet, a Justiça Eleitoral detalha o passo a passo da votação e ainda responde às 20 perguntas mais frequentes sobre a segurança das eleições. Para saber mais, acesse aqui.

A urna eletrônica é o aparelho utilizado para a eleições no Brasil há mais de 20 anos. Implantado em 1996, ele está sendo utilizado mais uma vez no pleito municipal deste ano, que terá o 2° turno no próximo domingo (29). A Agência Brasil explica como funciona esta tecnologia.

Esse sistema técnico foi introduzido nos anos 1990 como resposta aos limites da votação impressa e apuração realizadas manualmente. A apuração do voto impresso levava mais tempo e era mais suscetível a erros.

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Desde 1996, já foram 13 eleições empregando a tecnolgia. Em entrevista concedida no início do mês à Agência Brasil, o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino, destacou que até hoje não houve qualquer indício de fraude.

Os equipamentos são fabricados por uma empresa contratada por licitação pelo Tribunal. Os produtos são inspecionados por técnicos da instituição. As urnas “rodam” um software desenvolvido pelo TSE, que inclui os candidatos e computa o voto.

As urnas têm, em média, vida útil de dez anos. Durante esse período, passam por vários testes entre as eleições. As baterias são carregadas quadrimestralmente. Em caso de queda de energia, as baterias das urnas eletrônicas têm autonomia de funcionamento de mais de dez horas.

De acordo com o órgão, há “camadas” de segurança que impedem a invasão por terceiros e o acesso às informações constantes no aparelho. Se houver tentativa de ataque, este provoca uma reação do sistema que “trava” o programa e impede a sua execução por alguém de fora.

No dia da votação, a urna não opera de forma conectada à internet ou ao sistema do TSE. Assim, não há como acessá-la ou tentar invadi-la remotamente. Conforme o órgão, o equipamento utiliza o sistema operacional Linux, que impede a instalação de programas que permitam a conexão com agentes externos.

Os equipamentos funcionam somente na hora e na data dos pleitos. Neste ano, em razão da pandemia, a votação começou às 7h, mas, tradicionalmente, os pleitos têm início às 8h.

Fiscalização

Seis meses antes de cada eleição o sistema é aberto para que mais de 15 instituições, como partidos políticos, Ministério Público, Polícia Federal, universidades e entidades de classe, se habilitem para verificar os programas que serão adotados.

Após este período, os programas são lacrados e blindados, passando por mecanismos de segurança por meio de assinaturas. Estas consistem em autorizações dadas por gestores e diretores do tribunal, da Procuradoria-Geral da República e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Uma cópia fica no cofre do tribunal como alternativa para verificação. Outras são enviadas para os tribunais regionais eleitorais. Quando o software é instalado nas urnas, estas o leem e conferem as assinaturas. Apenas desta maneira a urna funciona.

Outro procedimento de fiscalização feito pela Justiça Eleitoral é selecionar determinadas urnas na véspera da eleição e proceder uma simulação dos votos nas sedes dos TREs. Isso ocorre com a participação de representantes das candidaturas, com câmeras filmando os votos e após o fim do procedimento há uma conferência se os votos vistos correspondem àqueles registrados na máquina.

O TSE também disponibiliza ao eleitor, a possibilidade de simular o voto em urna eletrônica, antes do pleito. Em anos anteriores, essa simulação era feita em pontos de grande circulação, com urnas eletrônicas físicas. Este ano, no entanto, por causa da pandemia de covid-19, o Tribunal disponibilizou o simulador de voto pela internet.

Após cada pleito, o TSE e a Justiça Eleitoral avaliam o desempenho do sistema e discutem o que pode ser inserido, tanto nos equipamentos quanto nos programas utilizados.

Eleições 2020

Neste ano, as urnas foram utilizadas no 1° turno, sem registro de fraudes. Houve um atraso na apuração de pouco mais de duas horas. Diferentemente de anos anteriores, em que os resultados eram repassados aos tribunais regionais e destes ao TSE, neste ano o método de apuração adotado foi o de envio direto dos dados ao Tribunal Superior para consolidação da apuração nas cidades.

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, pediu desculpas pelo atraso e justificou a demora pelo fato do sistema de informática do tribunal ter tido um problema para processar as informações enviadas e centralizadas nele.

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