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 A campanha Nacional de vacinação contra a Poliomielite se estenderá até o dia 9 de setembro. Com isso, senadores da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) pediram que as famílias levem as crianças para serem vacinadas contra a Poliomielite. 

Segundo o Ministério da Saúde em 2021 apenas 67% do público alvo tomou as três doses iniciais da vacina, que está disponível no Brasil há dez anos. Dessa forma, ela deve ser administrada aos dois, quatro e seis meses de idade. Em relação a dose de reforço, apenas 52% das crianças foram imunizadas. 

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O senador Wellington Fagundes (PL), pediu que as famílias levem suas crianças para se vacinarem. “Brasil é um país tradicional, né? Na campanha de vacinação quem não se lembra do Zé Gotinha? Então para tranquilidade da população e até para também informar a todos os pais devem procurar os postos de saúde pra vacinar os seus filhos, né? A poliomielite é uma doença muito grave e que pode matar, pode deixar sequelas eh imagináveis, então é muito importante a vacinação”. 

Já o senador Jean Paul Prates (PT), lamentou a desinformação ao redor do tema. “Zé Gotinha essa altura é o Zé Gotinha de choro porque a situação de criação de fake news e de anti-informação sobre vacinas no Brasil está no ponto mais alto de sua história. Temos que repelir todos nós. Qualquer informação equivocada e principalmente informações maldosas teorias de conspiração malucas. A gente já viu aí falando que implanta chipe falando que contamina agora até a 5G”. 

 Por fim, o ministério orienta que em caso de perca da comprovante vacinal, deve-se procurar o posto de saúde onde as vacinas foram aplicadas para resgatar o histórico e fazer a segunda via.   

Conforme a infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp, consideram-se imunizadas todas as pessoas acima de 18 anos com três doses de vacina. "Essa porcentagem já é baixa, menor que 80%, e particularmente reduzida abaixo de 40 anos. Com isso, a gente pode antever que, se as pessoas de 20 a 40 anos não fizeram sua dose adicional, a chance de levarem seus filhos para serem vacinados acaba se tornando muito remota." E há riscos. "Os pediatras compartilham conosco a grande preocupação com os pais que se recusam a vacinar as crianças por não terem a percepção da gravidade da covid nas crianças, o quanto pode afetar em relação a casos graves e ser causa de morte, ou da covid longa."

O mesmo alerta é feito pelo presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. "Só em 2022, tivemos 15 mil hospitalizações de crianças e adolescentes por covid e já são 638 óbitos. Se pegarmos de março de 2020 a junho de 22, vamos ter mais de 50 mil internações e cerca de 2.500 óbitos. Infelizmente a desinformação e a fake news contribuíram muito para esses números", disse.

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TRATATIVAS

Sobre a falta da Coronavac, fabricada no Brasil pelo Butantan, o instituto paulista informou que, após a aprovação pela Anvisa da vacina para crianças dos 3 aos 5 anos, já importa a quantidade de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para produzir as doses e atender ao esquema vacinal primário completo de toda a população brasileira desta faixa etária. A decisão foi tomada para ofertar o mais rápido possível o imunizante ao Ministério da Saúde.

A previsão de entrega pelo instituto de São Paulo é em meados de setembro. "O Butantan dialoga constantemente com o Ministério e aguarda posicionamento oficial da pasta sobre as ofertas de venda."

O Ministério da Saúde informou que está em tratativas para aquisição do imunizante com maior celeridade, de acordo com a disponibilidade dos fornecedores. "A pasta reitera a disponibilidade de outras vacinas contra a Covid-19 para o público acima de 5 anos e reforça a necessidade de Estados e municípios cumprirem as orientações pactuadas para a imunização", disse.

Informou ainda que acompanha com atenção o andamento da vacinação, já distribuiu mais de 519 milhões de doses e ressalta que o Brasil tem uma das maiores taxas de cobertura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A vacinação infantil contra a Covid-19 tem avançado em ritmo lento. De cada três crianças com idade entre 3 e 11 anos, uma está com a imunização completa, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Metade das crianças dessa faixa etária não recebeu sequer uma dose. Por trás do problema está a falta de doses disponíveis, o que fez cidades interromperem a aplicação, e a hesitação de parte dos pais.

No Distrito Federal e na cidade do Rio a vacinação na faixa etária de 3 e 4 anos foi interrompida por falta de produtos. O Ministério da Saúde informou que está em tratativas com fornecedores. Nas 24 horas entre terça e 20 horas de quarta-feira, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, apenas 11 mil crianças foram vacinadas com a primeira dose, totalizando 13,5 milhões (51,14%). A população nessa faixa etária é de 27 milhões. Já a segunda dose foi aplicada em 12 mil, chegando a 8,7 milhões de imunizados (32,97%) anteontem.

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Para crianças de 3 a 5 anos, a vacinação foi liberada em 13 de julho pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda não há um recorte estatístico. Na faixa etária de 12 a 17 anos, o índice de totalmente vacinados está em 53,8%, mas distante da média nacional. No País, da população vacinável (78,82% do total), 84,59% estão totalmente imunizados, embora 56,68% tenham recebido a dose de reforço.

PREVISÍVEL

Conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), Juarez Cunha, já vinha sendo observada uma preocupante baixa na cobertura vacinal entre os mais jovens, agora agravada pela falta de vacina para crianças. "Isso era previsível, pois quando foi licenciado o uso o Ministério da Saúde não estava fazendo compras e os estoques eram baixos. As notícias que nos chegam de vários lugares são de falta de vacina."

Na terça, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio paralisou a vacinação de crianças de 3 e 4 anos com a primeira dose, alegando que o Ministério da Saúde não enviou novos aportes de Coronavac solicitados desde o mês passado. "A aplicação da segunda dose para este público, prevista para iniciar em 13 de agosto, está garantida com a vacina reservada especificamente para esse fim", disse a pasta. De 15 de julho a 8 de agosto, as unidades de saúde do Rio vacinaram 39.319 crianças dessa idade com a Coronavac. Quando a imunização desta faixa etária foi aprovada, o município tinha doses em estoque, o que permitiu o início imediato. Com a primeira dose, foram vacinadas apenas 25% das crianças de 3 e 4 anos.

PELO PAÍS

No Distrito Federal, a aplicação da primeira dose contra covid-19 para crianças de 3 e 4 anos está suspensa desde o dia 3, por falta de Coronavac, único imunizante aprovado pela Anvisa. Segundo a pasta, há apenas 4 mil doses, todas para segunda aplicação. Conforme o governo estadual, Mato Grosso atrasou o início da vacinação por falta de vacina. Das 113.328 crianças a serem imunizadas, 1.176 (1,04%) receberam a primeira dose. No Piauí, o índice de vacinação nessa faixa etária é de 2,37%. Em Maceió, a vacinação não andou: de 58.535 crianças na fila, só duas foram vacinadas por terem comorbidade.

Para o presidente do departamento científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, há 5,8 milhões de crianças na faixa de 3 a 5 anos e são necessárias quase 12 milhões de doses. "Não temos isso no Brasil." E lembrou que a Pfizer submeteu para aprovação a vacina dela para crianças de 6 meses a 4 anos. "Se vai ser aprovada, já devia ser motivo de o Ministério comprar essas doses."

Para o dirigente da SBim, o número baixo de crianças vacinadas é também consequência de desinformação e fake news. "Houve a propagação de notícias falsas sobre efeitos das vacinas, além de o Ministério da Saúde ter desestimulado a vacinação na infância. Se já tínhamos a hesitação dos pais, a partir do momento em que eles recebem recados de desconfiança sobre a vacina, isso afeta as coberturas vacinais. O início da vacinação de adolescentes foi desastroso."

HESITAÇÃO

A diarista Isaura Batista, de 44 anos, moradora da Vila João Romão, em Sorocaba, interior paulista, só levou a filha Victória, de 7 anos, para vacinar porque a escola exigiu. "Eu estava com medo de vacinar porque falaram que podia dar efeito ruim nela, pois teve caso de criança que ficou doente. Como a escola pediu, eu levei e ela recebeu a primeira dose."

A dona de casa Geovana Rafaela Oliveira, de 22 anos, residente na Vila Zacarias, outro bairro da cidade, ainda não vacinou o filho mais velho, o menino Kauã, de 4 anos. "Não sabia que tinha chegado a vez dele. Estive no posto para tomar minha segunda dose, que estava atrasada, mas não vi nenhuma informação sobre a vacinação para os mais pequenos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começou nesta segunda-feira (08) e prossegue até o dia 9 de setembro, em Guarulhos, a Campanha Nacional de Vacinação Contra Poliomielite e Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente. A Secretaria Municipal da Saúde realizará no dia 20 de agosto (sábado), o chamado “Dia D”, com a abertura de todas as UBS e do Ambulatório da Criança. O público-alvo da vacina oral contra a pólio são as crianças de um ano e menores de cinco anos de idade.  

Já a multivacinação é uma estratégia que tem a finalidade de atualizar a situação vacinal das crianças e adolescentes menores de 15 anos, de acordo com o Calendário Estadual de Vacinação. A campanha nacional contra a pólio tem o objetivo de alcançar crianças menores de cinco anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante (que são aplicadas aos dois, quatro e seis meses de vida por via injeção intramuscular) ou que ainda não tomaram as doses de reforço.  

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O reforço, previsto pelo Calendário Nacional de Vacinação, é aplicado aos 15 meses e aos quatro anos de idade. Essas vacinas são aplicadas por via oral. A doença, também chamada de paralisia infantil, tem certificado de erradicação no país desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos (em torno de 50%) preocupa. A meta agora é atingir 95% do público-alvo. 

A UNAMA – Universidade da Amazônia, em parceria com o Centro de Controle Zoonoses de Belém, vai promover, por meio da Clínica-Escola de Veterinária (Clivet) da Instituição de Ensino Superior (IES), um calendário quinzenal de vacinação antirrábica para cães e gatos. O objetivo da iniciativa é ajudar o município a melhorar a cobertura de proteção dos pets e a manutenção do controle da doença na cidade.

As ações vão ocorrer até o último mês do ano e sempre aos sábados, com início no próximo dia 13 de agosto de 2022. Para vacinar seus animais, os tutores devem se dirigir até a Clivet, das 8 às 17 horas, com acesso pelo estacionamento do canal da avenida Antônio Baena. Na entrada, os alunos do curso de veterinária da UNAMA, com supervisão de professores e veterinários da clínica-escola, farão a triagem dos animais.

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O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UNAMA, professor Jurupytan da Silva, lembra que é importante que os tutores fiquem atentos aos critérios para vacinação. “Devem ser vacinados animais a partir dos 3 meses de idade e clinicamente saudáveis. Vale destacar ainda que, para uma maior segurança e bem-estar do animal, o reforço da dose antirrábica deve ser feito anualmente”, explica o docente.

Além do dia 13 de agosto, a programação de vacinação na UNAMA, em parceria com o Centro de Controle Zoonoses de Belém, ocorre ainda no dia 27 deste mês. As outras datas estipuladas para a oferta do serviço são: 10 e 24 de setembro; 8 e 22 de outubro; 5 e 19 de novembro; e nos dias 3 e 17 de dezembro.

Serviço

Vacinação Antirrábica – UNAMA e Zoonoses de Belém.

Datas: 13 e 27 de agosto; 10 e 24 de setembro; 08 e 22 de outubro; 05 e 19 de novembro; e 03 e 17 de dezembro.

Hora: 8h às 17h.

Local: Clínica-escola de veterinária da UNAMA, campus Alcindo Cacela.

*Entrada pelo estacionamento do canal da Antônio Baena.

Da Ascom UNAMA.

 

A prefeitura do Recife anunciou que o “Viva Guararapes” terá um ponto de vacinação contra Covid-19 neste domingo (7). Para pessoas acima de 12 anos poderão ser imunizadas na UNINABUCO, localizada na Avenida Guararapes, das 8h as 17h. Não é necessário agendamento para receber o imunizante.

Aos que desejam se vacinar, é necessário apenas apresentar um documento de identificação com foto e um comprovante de residência. Em casos que o interessado não possua o comprovante, é possível utilizar uma autodeclaração de moradia, elaborada especificamente para esta ação.

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Por fim, a vacinação para crianças e adolescentes só acontecerão se tiverem acompanhados pelos pais ou responsáveis, que devem apresentar documento oficial da criança, documento oficial com foto que comprove filiação/responsabilidade, além de comprovante de residência em nome de um dos pais ou responsável legal.

Tem início na próxima segunda-feira (8) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite para crianças abaixo de 5 anos. Simultaneamente, acontecerá também a Multivacinação para Atualização da Caderneta de menores de 15 anos de idade. A iniciativa, conduzida pelo Ministério da Saúde, vai até o dia 9 de setembro. Está previsto para 20 de agosto de 2022, o Dia D de Mobilização Nacional. 

A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que pode provocar paralisias irreversíveis e fatais. A vacinação é a principal forma de prevenção. O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de eliminação da doença. Em todo o mundo, as campanhas de imunização reduziram de centenas de milhares para apenas algumas dezenas o número de casos por ano. Recentemente, porém, a doença reapareceu em alguns países, levantando um alerta.

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  A nova campanha busca alcançar ao menos 95% das crianças de 1 a 4 anos de idade. A última vez que isso ocorreu no Brasil foi em 2015, quando as taxas de vacinação começaram a cair. O esquema de proteção contra a poliomielite prevê a aplicação de três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade, mediante injeção intramuscular. Depois, a criança deve receber reforço com 15 meses e com 4 anos: essas novas doses são ministradas via oral e simbolizadas pelo Zé Gotinha, personagem criado pelo governo brasileiro na década de 1980 para tornar as campanhas de vacinação amigáveis para o público infantil. 

Já a multivacinação prevê a atualização das cadernetas de crianças e adolescentes, conforme calendário previsto no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Dessa forma, são disponibilizadas doses que protegem contra diversas doenças como tuberculose, hepatite, tétano, difteria, meningite, febre amarela, sarampo, rubéola, caxumba, catapora, gripe e covid-19, entre outras. 

Os estados e municípios têm autonomia para organizar o atendimento levando em conta a realidade local. No Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) prevê que 280 mil crianças recebam a dose contra a poliomielite. "As unidades de Atenção Primária estão abertas para a vacinação de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h", informa a pasta, em nota. 

Os pais de crianças e adolescentes devem levá-los junto com suas cadernetas de vacinação para que as equipes de saúde possam identificar quais imunizantes precisam ser aplicados. 

 A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), entidade científica sem fins lucrativos, destaca a importância do engajamento da população. "É fundamental para o Brasil se manter livre de doenças que podem levar à morte ou deixar sequelas", ressalta a instituição, em nota.

A proteção conferida pelas doses de reforço das vacinas contra a covid-19 foi capaz de reduzir ainda mais a incidência das síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) causadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) em todas as faixas etárias, segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira (28), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

 O estudo indica que os casos graves de Covid-19 incidiram até três vezes mais na população não vacinada, se comparada com a que completou o esquema básico e ainda recebeu ao menos a primeira dose de reforço. 

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 Os dados fazem parte do Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana, atualizado com dados de 17 a 23 de julho. Coordenador do estudo, Marcelo Gomes disse que o ponto central é que fica evidente a importância da vacinação. 

"A gente observa uma efetividade, uma diminuição desse risco de internação em todas as faixas etárias. E quando a gente olha a dose de reforço, melhora ainda mais a proteção. Os dados deixam claro o quanto a vacina é fundamental para se ter uma realidade distinta no enfrentamento da covid-19", explicou. 

E acrescentou: "se alguém ainda tem alguma dúvida, não precisa ter. A vacina é simplesmente fundamental. A diferença é gritante entre quem não se vacinou, quem iniciou o esquema vacinal e quem já está com dose de reforço".

  Faixas etárias Desde o início da pandemia, a taxa de incidência da SRAG causada pela covid-19 é muito maior entre os idosos de idade avançada. Na população com 80 anos ou mais, houve 208,05 pessoas com casos graves de covid-19 para cada 100 mil habitantes não vacinados. Entre os que tomaram ao menos uma dose, mas não chegaram ao reforço, a incidência cai para 124,68 casos por 100 mil habitantes, e, com a dose de reforço, cai ainda mais, para 111,21/100 mil.  Entre os outros idosos, as quedas são de ordens semelhantes.

O agravamento incidiu sobre os sem vacina na proporção de 62,88/100 mil, entre os de 70 a 79 anos, e na de 27,11/100 mil, para os de 60 a 69 anos. Com esquema completo, esses valores caem para 45,69/100 mil e 16,44/100 mil, e, com a de reforço, para 31,0/100 mil e 11,04/100 mil. 

"A dose de reforço entra para compensar a perda de memória imunológica que infelizmente a gente tem observado na população e especialmente nas faixas etárias mais avançadas", observou.  Na população adulta, a incidência da SRAG causada pela covid-19 apresenta uma queda ainda maior quando são comparados os vacinados e os não vacinados, que sofrem de agravamento com uma frequência três vezes maior. 

 "Quanto mais jovem, há uma diferença ainda maior. A população mais nova tem uma resposta ainda melhor. A diferença fica mais importante, e isso era algo que os estudos já mostravam, que havia uma diferença entre o público de idade mais avançada e o mais jovem, em termos de efetividade, mas todos se beneficiam", detalhou. 

 Taxa de incidência Na população de 50 a 59 anos, a taxa de incidência cai de 14,75/100 mil entre os não vacinados para 7,10/100 mil entre quem se vacinou sem reforço. Para quem tomou ao menos a primeira dose de reforço nessa faixa etária, o agravamento incidiu na proporção de 4,76 casos por 100 mil habitantes. 

Tomar a vacina também fez a incidência da SRAG ser três vezes menor entre quem tem 18 a 49 anos. Na faixa etária de 40 a 49 anos, a incidência entre quem não se vacinou é de 9,82 casos por 100 mil, o que é reduzido pela vacinação com reforço para 2,39 por 100 mil. Entre quem tem 30 a 39 anos, a queda é de 6,25/100 mil para 2,02 por 100 mil. Já nos mais jovens, de 18 a 29 anos, a diminuição é de 4,43/100 mil para 1,53 por 100 mil.   

A pesquisa mostrou, também, que os adolescentes foram o público com a maior redução proporcional dos casos de SRAG quando a vacina entra em cena. Quem tem 12 a 17 anos e não se vacinou teve uma incidência de 5,54 casos graves por 100 mil habitantes, enquanto quem tomou a primeira dose de reforço sofreu de SRAG numa proporção de 0,51 caso por 100 mil. 

 Mesmo com conclusões tão positivas a favor da vacinação, Marcelo Gomes ponderou que o efeito dos imunizantes ainda pode estar subestimado por limitações nos bancos de dados que serviram de base para o estudo.

  "É um resultado que tem uma série de limitações pela natureza desses dados. É uma estimativa que tende a subestimar o impacto da vacina. O efeito real é ainda maior do que esse que a gente está reportando, e ainda assim a gente já observa o impacto", detalhou.

O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou nesta terça-feira, 26, a 179.738.342, o equivalente a 83,67% da população total. Mais de 44 mil brasileiros receberam a primeira aplicação do imunizantes nas últimas 24 horas, de acordo com os dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e do Distrito Federal.

Do total, 168,8 milhões completaram o esquema vacinal primário (duas doses ou vacina da Janssen), o que representa 78,59% da população total.

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Nesta terça, o País registrou quase 83 mil novas pessoas com a segunda dose e apenas 1.602 com a vacina de aplicação única.

A dose de reforço foi aplicada em 100.326.139 brasileiros. A porcentagem de brasileiros com o reforço chegou a 46,7% da população total.

Até o momento, 21,5 milhões de pessoas receberam o reforço extra da quarta dose. Em São Paulo, ela começou a ser aplicada nos moradores com 30 anos ou mais na última segunda-feira.

Considerando todas as notificações, o Brasil administrou mais de 920 mil doses contra a covid nesta terça.

Moradores da cidade de São Paulo com mais de 30 anos poderão receber a partir da próxima segunda-feira, 25, a quarta dose da vacina contra covid-19 - também chamada de segunda dose de reforço. Para isso, o público elegível deve ter recebido a terceira aplicação do imunizante há pelo menos quatro meses. A medida foi anunciada nesta sexta-feira, 22, pela Prefeitura.

Conforme a gestão municipal, cerca de 514,7 mil munícipes estão aptos para a nova etapa. Anteriormente, essa fase do programa de imunização estava disponível somente para pessoas com alto grau de imunossupressão, com mais de 35 anos ou trabalhadores da saúde. Agora, a vacinação foi ampliada, mas também segue para esses grupos.

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Todas as 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de três Centros de Saúde (CSs), 17 Serviços de Atenção Especializada (SAEs) e dois megapostos estarão abertos para a aplicação do imunizante. Mais informações e a lista completa dos postos de saúde podem ser encontradas no Vacina Sampa.

Prefeitura segue vacinando neste fim de semana

A Prefeitura de São Paulo reforçou ainda que a vacinação contra a covid-19, além de múltiplas doenças, segue neste final de semana na capital paulista. No sábado, estarão abertas as Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas da capital, das 7h às 19h. No domingo, a vacinação ocorre nos parques Buenos Aires, Severo Gomes, do Carmo e da Juventude, das 8h às 16h. No mesmo horário, também ocorre a imunização em dois pontos na Avenida Paulista: uma tenda localizada no número 52 e uma farmácia parceira, no número 995, que aplicará somente vacinas contra a covid.

Enquanto isso, na multivacinação voltada ao público infantil, são disponibilizados imunizantes como: tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), BCG, pentavalente, vacina inativada poliomielite (VIP), vacina oral poliomielite (VOP), pneumo 10, rotavírus, meningo C, meningo ACWY, varicela, hepatites A e B, febre amarela, DTP (difteria, tétano e coqueluche), dupla adulto, HPV e pneumo 23.

O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou nesta quinta-feira, 21, a 179.602.937, o equivalente a 83,6% da população total. Mais de 40 mil brasileiros receberam a primeira aplicação do imunizantes nas últimas 24 horas, de acordo com os dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e do Distrito Federal.

Do total, 168,6 milhões completaram o esquema vacinal primário (duas doses ou vacina da Janssen), o que representa 78,49% da população total.

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Nesta quinta, o País registrou mais de 75,4 mil segundas aplicações e 5.260 1.545 vacinas de dose única.

A dose de reforço foi aplicada em 99.514.462 brasileiros. A porcentagem de brasileiros com o reforço chegou a 46,32% da população total.

Até o momento, cerca de 20,4 milhões receberam o reforço extra da quarta dose.

Considerando todas as retificações, o Brasil administrou mais de 711 mil doses contra a covid nesta quinta.

A imunização do público de 3 e 4 anos contra a Covid-19 deve começar pelas crianças imunocomprometidas, orientou nesta terça-feira (19) o Ministério da Saúde. Em seguida, o imunizante deve ser destinado às crianças de 4 anos e, depois, às de 3 anos. O intervalo entre a primeira e a segunda dose da CoronaVac - única vacina liberada para essa faixa - deve ser de 28 dias, afirmou a pasta, em nota técnica. 

O ministério informou que está em contato com o Instituto Butantan e o Consórcio Covax para aquisição do quantitativo necessário de vacinas CoronaVac para atendimento das crianças nessa faixa etária.   Na nota técnica, o órgão recomenda ainda que os estados façam a gestão das doses disponíveis, de modo a garantir a segunda dose com o intervalo de 28 dias, até que os estoques sejam restabelecidos pelo Ministério da Saúde. Os estados que já tiverem a CoronaVac disponível em seus estoques podem iniciar a vacinação nessas crianças. 

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A pasta recomenda que, para o público a partir dos 5 anos, seja aplicada a vacina da Pfizer, já aprovada para a faixa-etária de 5 a 11 anos.  Na semana passada, a pasta acompanhou a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e recomendou que crianças de 3 e 4 anos sejam vacinadas. Algumas cidades já iniciaram a vacinação do novo grupo. Alguns municípios, entretanto, aguardavam a divulgação da nota técnica do ministério para iniciar a imunização desse público.

O Projeto de Lei 1917/22 inclui a vacina contra a varíola dos macacos no Calendário Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS), passando a ser obrigatória para todas as pessoas indicadas em regulamento do Ministério da Saúde. O texto tramita na Câmara dos Deputados. 

Segundo a proposta, a imunização deverá ser feita com a vacina composta pelo Modified Vaccinia Ankara-Bavarian Nordic (MVA-BN), indicado para a prevenção da varíola dos macacos (em inglês, monkeypox).  Autor do projeto, o deputado Geninho Zuliani (União-SP) argumenta que, com a erradicação da varíola humana no Brasil em 1980, e a consequente suspensão das ações de vacinação no País, a susceptibilidade da população à doença vem aumentando. 

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“No dia 3 de julho de 2022, o Ministério da Saúde informou que, até o momento, o Brasil já registrou 76 casos de varíola dos macacos”, diz o parlamentar.  O deputado avalia que não se deve esperar o surto tomar maiores proporções para que se decida incluir o imunizante no Programa Nacional de Imunização (PNI).  Tramitação O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Por conta dos baixos estoques da vacina Coronavac, Estados e municípios atrasam o início da imunização de crianças de 3 e 4 anos contra Covid-19. Isso faz com que a aplicação ocorra de forma desigual no País. Enquanto Rio, Salvador e Manaus avançam, pois ainda têm vacinas em estoque, outras capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre não têm cronograma definido. Algumas cidades começaram a vacinar as crianças mesmo sem imunizantes suficientes.

Em São Paulo, o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirma que as vacinas disponíveis estão comprometidas com as pessoas que não completaram o ciclo de vacinação nos municípios. "São Paulo não tem e nunca teve estoque. O Estado faz a distribuição para os municípios onde as vacinas estão relacionadas aos faltosos de segunda, terceira e quarta doses", disse ao Estadão.

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Nesse cenário, o Estado aguarda as negociações entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, responsável por fabricar a Coronavac, para receber mais vacinas.

Nas contas da pasta, são necessárias 2,2 milhões vacinas para a primeira e a segunda doses. Só na capital são cerca de 310 mil crianças nesta faixa etária, de acordo com a Prefeitura. "O cronograma passa a existir quando existirem as tratativas do Ministério da Saúde e do Butantan para a chegada dos imunizantes", conclui o secretário estadual.

RECOMENDAÇÃO

A vacinação desta faixa etária começou de acordo com recomendação do Ministério da Saúde e a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgadas na semana passada.

A pasta afirma que "segue em tratativas para aquisição de novas doses" e que a "decisão será formalizada em nota técnica aos Estados, bem como o cronograma de entrega de doses adicionais". O órgão afirma ainda que a "nota técnica deve sair nos próximos dias".

A formulação é a mesma da que é aplicada no Brasil em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos e adultos acima de 18 anos. A Coronavac deve ser administrada em duas doses, com 28 dias de intervalo, o que já acontece em outras faixas etárias.

O Instituto Butantan, responsável por fabricar a Coronavac, afirma que só vai se pronunciar sobre a produção ou importação de doses depois que o Ministério de Saúde incluir o imunizante no Programa Nacional de Imunizantes (PNI) e definir as quantidades necessárias.

A imunização de crianças de 5 anos já havia sido autorizada pelos órgãos com a vacina pediátrica da Pfizer.

INCERTEZA

Nesse contexto de incerteza, algumas cidades iniciaram a vacinação mesmo sem a quantidade suficiente de vacinas. Das sete capitais que já iniciaram a aplicação - Salvador (BA), Fortaleza (CE), São Luís (MA), Boa Vista (RR), Belém (PA), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ) -, pelo menos três informaram quantidades apenas para o início da imunização (Fortaleza, São Luís e Belém).

O Estado de Pernambuco criou uma regra particular e começou a vacinar apenas crianças de quatro anos. "A decisão de iniciar a imunização das crianças com quatro anos visa a garantir a aplicação das duas doses desse público, diante do baixo quantitativo de estoque e a incerteza quanto à expectativa de envio de novos quantitativos pelo Ministério da Saúde", informou a secretaria de Saúde.

Nos 216 municípios maranhenses vivem 120 mil crianças entre 3 e 4 anos, mas o Estado tem 19 mil doses em estoque, como explica Tiago Fernandes, secretário de Saúde. É menos de 10% do necessário. "Assim que recebermos as novas doses do Ministério da Saúde, vamos criar estratégias para a vacinação em escolas e creches", diz Fernandez.

O cenário é semelhante no Ceará. A Secretaria da Saúde (Sesa) informa que 262.214 crianças podem ser vacinadas. A reserva técnica é de 64 mil doses, quantidade suficiente para proteger apenas 12% do público-alvo (considerando-se a necessidade de duas doses). Os municípios também têm seus estoques, não contabilizados nesses 64 mil doses, e podem fazer sua própria estratégia de vacinação.

RITMO. Carlos Lula, ex-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), alerta para a queda do ritmo de vacinação infantil. "Nosso ritmo de vacinação é muito menor no público infantil do que nas outras faixas etárias. O Brasil só vacinou 39% das crianças de 5 a 11 anos (com duas doses)", argumenta.

Especialistas afirmam que a vacinação das crianças é particularmente importante diante do aumento de casos. Dados do Instituto Butantan mostram que 15% das internações ocasionadas por covid-19 são de menores de 5 anos no País. Além disso, a média de óbitos nesta população é de duas mortes por dia, o que torna o grupo o mais vulnerável à doença neste momento.

NOVAS VARIANTES

"O surgimento de novas variantes atingiu as faixas etárias mais baixas e mostrou a necessidade de incluir as crianças no Plano de Imunização para protegê-las, diminuir a circulação viral e o surgimento de novas cepas", afirma Marcos Gadelha, secretário da Saúde do Ceará.

O Ministério da Saúde recomendou na sexta-feira passada que Estados e municípios apliquem a vacina Coronavac para crianças de 3 a 5 anos. A Anvisa já havia aprovado a aplicação na quarta-feira, dois dias antes. O Instituto Butantan pleiteava a liberação do imunizante em crianças a partir dos 3 anos desde janeiro.

A cidade do Rio de Janeiro começa a aplicar amanhã (20) a segunda dose de reforço ou a quarta dose da vacina contra a Covid-19 para pessoas com 35 anos ou mais. O anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes nas redes sociais. Ele lembrou que é preciso respeitar o intervalo de pelo menos quatro meses após a primeira dose de reforço para receber a segunda.

“Quem está com sintomas gripais não deve receber o imunizante, mas sim procurar uma clínica da família ou centro municipal de saúde para realizar um teste de Covid-19”, recomendou a Secretaria Municipal de Saúde. Mais detalhes sobre a vacinação podem ser encontrados aqui.

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Crianças

Nesta quarta-feira (20), a Secretaria Municipal de Saúde do Rio inicia também a vacinação contra a Covid-19 em crianças de 3 anos. A pasta acrescentou que, para essa faixa etária, o imunizante a ser utilizado é a CoronaVac, com esquema de duas doses e intervalo de 28 dias entre elas. “A vacina é comprovadamente segura e eficaz, além de importante para prevenir complicações da Covid-19”, reforçou.

Crianças com 4 anos de idade já podem ser imunizadas contra a Covid-19 em Pernambuco. A recomendação da utilização do imunizante da Coronavac/Butantan foi discutida pelo Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação e pactuada com os gestores municipais, nesta segunda-feira (18), após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A decisão de iniciar a imunização das crianças com quatro anos visa garantir a aplicação das duas doses desse público, diante do baixo quantitativo de estoque e a incerteza quanto à expectativa de envio de novos quantitativos pelo Ministério da Saúde (MS). As crianças com 5 anos seguirão sendo vacinadas com doses da Pfizer, conforme decisão anterior da Anvisa.

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No Estado, o público estimado é de 154.355 pessoas com 4 anos de idade e 149.786 crianças com 3 anos. Os gestores municipais informaram ao Programa Nacional de Imunizações (PNI-PE) possuírem em seus estoques um total de 323.452 doses do imunobiológico da Coronavac/Butantan. As doses devem ser utilizadas para proteção em primeira e segunda aplicação, com intervalo de 28 dias entre elas.

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, destacou a incerteza do recebimento dos imunizantes. "O nosso maior desafio neste momento é garantir que as crianças com 4 anos de idade tenham seu esquema básico completo, com o recebimento das duas doses do imunizante. Já realizamos levantamento junto aos gestores municipais de seus estoques e já identificamos cidades com quantitativo suficiente, outras com doses excedentes e ainda aquelas que não tem vacina suficiente para esse novo público", disse.

"O PNI está em contato com as cidades, com as Gerências Regionais de Saúde (Geres) e com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Pernambuco (Cosems) para realizar o esforço operacional necessário para que os municípios com menos doses possam ofertar o imunizante para sua população”, afirmou Longo.

“É importante frisar, que o Ministério da Saúde liberou o início da vacinação das crianças com as doses disponíveis nos estoques de cada município. O PNI Estadual já encaminhou para o Ministério as informações repassadas pelos gestores municipais, e, esperamos saber ainda esta semana como o órgão federal irá se posicionar quanto ao andamento da campanha”, reforçou a superintendente de Imunizações do Estado, Ana Catarina de Melo.

A superintendente chamou atenção ainda para a necessidade de ampliação da cobertura vacinal para crianças entre 5 e 11 anos de idade. "Apesar do avanço da vacinação contra a Covid-19 em uma nova faixa etária, a nossa cobertura vacinal para segunda dose do público formado por crianças entre 5 a 11 anos ainda é muito baixa. Até o momento, 32,68% desse público está com o esquema básico completo (386.472 doses aplicadas), quando a meta mínima é de 90%. Estamos avançando e oferecendo a proteção para mais crianças, porém não podemos esquecer dos públicos anteriormente autorizados".

O Brasil ainda está abaixo da meta de vacinação contra o sarampo. De acordo com o Ministério da Saúde, 47,08% das crianças receberam o imunizante em 2022, sendo que a meta de cobertura vacinal é 95%. A proteção contra o sarampo é feita com a vacina tríplice viral, que imuniza também contra a caxumba e rubéola, e faz parte do calendário de vacinação. O imunizante é oferecido nas unidades de saúde do país em qualquer época do ano.

A tríplice viral é geralmente aplicada em duas doses. A primeira, tomada com um ano de idade, e a segunda, com 15 meses. A campanha de 2022 começou em janeiro e vai até dezembro deste ano. A cobertura em 2021 foi baixa, somente 50,1% do público-alvo no Brasil recebeu a segunda dose da vacina tríplice viral. 

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Uma das consequências da queda da vacinação é o avanço da doença. Depois de ter recebido a certificação de país livre do sarampo pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas), em 2016, o Brasil passou a registrar, nos últimos anos, o avanço da doença em todo o território nacional. O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra mais de 40 mil casos e 40 mortes causadas pelo sarampo desde 2018, sendo mais da metade em crianças menores de 5 anos.

Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, este ano, uma nota na qual chama a atenção para a importância da vacinação contra a doença. A Fiocruz explica que o sarampo é uma doença infecciosa aguda, muito contagiosa e grave, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade, pessoas adultas desnutridas ou com algum problema de imunidade, como as pessoas transplantadas, as que convivem com o vírus do HIV, ou que estão em quimioterapia, além das gestantes.

A Fiocruz ressalta que, independentemente disso, o sarampo afeta indivíduos de todas as idades e não necessariamente com doenças crônicas ou algum problema de imunidade.

Ministério da Saúde

À Agência Brasil, o Ministério da Saúde disse, por meio de nota, que por intermédio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), vem desenvolvendo e intensificando estratégias necessárias para enfrentamento dos desafios e reversão das baixas coberturas vacinais, em parceria com estados e municípios.

“O Ministério da Saúde incentiva a população a se vacinar contra as doenças imunopreveníveis, e esclarece o benefício e segurança das vacinas, por meio dos seus canais oficiais de comunicação”, diz a pasta. Os dados detalhados das coberturas vacinais estão disponíveis na internet.

OMS e Unicef

Na sexta-feira (15), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgaram dados que mostram que a queda da vacinação infantil não ocorreu apenas no Brasil. Em todo o mundo, após dois anos de pandemia, foi registrada a maior queda contínua nas vacinações infantis dos últimos 30 anos.

Segundo as organizações, até mesmo pela dimensão territorial e pelo tamanho da população, o Brasil está entre os dez países no mundo com a maior quantidade de crianças com a vacinação atrasada. Considerada apenas a vacina contra o sarampo, o país é o 8º com a maior quantidade de crianças com o esquema vacinal atrasado.

A cidade do Rio de Janeiro começou nesta sexta-feira (15) a vacinar crianças com 4 anos de idade contra a Covid-19. Por enquanto, a imunização está sendo feita apenas com a CoronaVac.

Segundo o calendário da Secretaria Municipal de Saúde, a previsão é vacinar o público dessa faixa etária até terça-feira (19).

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De 20 a 22 de julho serão imunizadas crianças com 3 anos de idade. No dia 23 de julho, haverá uma repescagem para vacinar todos com 3 anos ou mais.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde do município, Márcio Garcia, assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou seu uso para essa faixa etária, a cidade do Rio de Janeiro decidiu iniciar a vacinação, já que possui vacinas suficientes.

“A gente avança mais no calendário. Quanto mais pessoas vacinadas, a gente tem uma maior proteção coletiva. O que a gente observou na comunicação oficial da Anvisa é de que não há dúvida nenhuma sobre a segurança e a efetividade da vacina. A gente entendeu que não daria para perder mais tempo”, disse.

Segundo Garcia, a cidade já fez um pedido de novas doses para o Ministério da Saúde. O esquema vacinal da CoronaVac prevê a aplicação de uma segunda dose depois de 28 dias.

A geógrafa Ana Moretti decidiu levar a pequena Clarice, de 4 anos, para tomar sua primeira dose, em um posto de saúde na zona sul da cidade, depois de mais de 2 anos de pandemia. “Eu perdi minha mãe de covid antes da vacina. Sinto muito pelas pessoas que não tiveram oportunidade”, disse.

O mesmo fez o jornalista Bruno Quintella, que decidiu imunizar o filho, Tim, logo no primeiro dia. “Estávamos esperando esse momento bastante ansiosos. No primeiro horário, já estava aqui na porta. Já fizemos nosso papel como cidadãos. É importante ter a conscientização, desde pequeno, de a gente entender que se trata de um coletivo, de cuidarmos um do outro. A quarentena pode ter acabado, mas a pandemia, não”.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta semana a primeira vacina contra covid para crianças de 3 a 5 anos, a Coronavac, mas isso não significa que a aplicação irá começar de forma imediata. Uma câmara técnica convocada pelo Ministério da Saúde irá avaliar, nesta sexta-feira (15), o uso do imunizante nas novas faixas etárias. A expectativa é pela recomendação, mas só a partir daí o governo federal deve incorporar e atualizar o calendário nacional e organizar a distribuição de remessas.

Por ora, grande parte dos Estados, como São Paulo, Rio e Mato Grosso do Sul, aguardam orientação do governo federal para ampliar a vacinação. Outros locais, enquanto isso, organizam as doses em estoque e se mobilizam para eventualmente antecipar a imunização. A capital carioca já fez isso: começa a vacinar o público de 4 anos já nesta sexta-feira. O Espírito Santo, por sua vez, informou que há vacinas suficientes para iniciar a imunização de mais faixas, mas decidiu esperar a decisão do Ministério da Saúde.

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"Não tenho dúvidas de que a recomendação sairá", diz ao Estadão o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri.

Integrante da câmara técnica, ele disse que a reunião para definir a aplicação da Coronovac na faixa entre 3 a 5 anos está marcada para as 14h de hoje e é um trâmite usual após o registro no País. Uma vez que a vacina for aprovada, a etapa seguinte, explica Kfouri, é a aquisição ou redistribuição de doses pelo governo federal.

"O ministério tem que fazer um levantamento das doses disponíveis ainda no País de Coronovac", afirma ele, que estima que o grupo de 3 a 4 anos corresponde a cerca de 5 milhões de crianças. "Portanto, pouco mais de 10 milhões de doses, 11 milhões de doses (devem ser ofertadas), já que são duas doses para cada um. E elas precisam ser adquiridas, importadas, produzidas no Butantan, tem que ver o que se tem aqui. Esse é o passo seguinte após a recomendação da câmara técnica."

CHINA

O secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse na noite de anteontem que informações obtidas pelo governo do Estado indicam que o Instituto Butantan não descarta a possibilidade de importar as doses da Coronavac da China pela celeridade da vacinação do novo público.

Caso o instituto siga pelo caminho de trazer os imunizantes de fora, segundo Gorinchteyn, isso poderia levar cerca de 45 dias, um tempo considerado menor do que se a vacina fosse produzida no Brasil.

Em nota, o Ministério da Saúde informou apenas que ainda irá "avaliar, junto à Câmara Técnica Assessora em Imunizações, o uso do imunizante nesta faixa etária".

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que "aguarda que a Coronavac seja incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde para o público de 3 a 5 anos e, principalmente, que o governo federal encaminhe novas remessas de doses do imunizante".

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informa que segue o calendário vacinal do Programa Estadual de Imunizações (PEI). Conforme a pasta, cerca de 313,8 mil crianças entre 3 e 4 anos de idade estão elegíveis na capital, sendo 155,6 mil com três anos e 158,2 com quatro.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou que aguarda orientação técnica do PNI e a distribuição das doses e insumos necessários para a rápida ampliação da campanha nacional. (Colaboraram Julia Marques e Caio Possati, especial para o Estadão)

A crise da Covid-19 e a desinformação estão por trás da queda contínua mais acentuada da vacinação infantil contra outras doenças em quase três décadas, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Unicef divulgado nesta quinta-feira.

A proporção de crianças que recebem as três doses da vacina contra a difteria, o tétano e a poliomielite (DTP) caiu de 86% em 2019 para 81% em 2021. Essa vacina é usada como indicador-chave de cobertura de imunização em todo o mundo.

A queda em 2020 e 2021 ocorre após uma década de melhoras. "Isso é um alerta vermelho para a saúde infantil. Estamos assistindo à maior queda contínua da imunização infantil em uma geração", declarou Catherine Russell, diretora executiva do Unicef. "As consequências serão medidas em número de vidas."

As razões desse declínio são múltiplas: conflitos, aumento da desinformação e problemas de oferta ou continuidade de cuidados relacionados à pandemia de Covid. Esperava-se a partir de 2021 uma recuperação, mas as taxas de vacinação continuaram caindo em todas as regiões do mundo. A baixa cobertura levou a surtos evitáveis de sarampo e poliomielite nos últimos 12 meses, segundo o relatório.

A notícia chega no momento em que as taxas de desnutrição também estão em alta. Uma criança desnutrida possui um sistema imunológico mais fraco, portanto é mais propensa a desenvolver casos graves dessas doenças evitáveis.

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