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O ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, é suspeito de ter usado uma mansão na ilha da Sardenha como parte da recompensa por ter dado os direitos de TV a investidores do Catar. A informação foi revelada pelo jornal italiano Il Messaggero um dia depois de um anúncio de que Valcke e o empresário do Catar, Nasser Al Khelaifi, estão sendo investigados por corrupção.

Conforme o Estado revelou, uma megaoperação ocorreu na quinta-feira, com buscas e apreensões em quatro países. Valcke é acusado de ter recebido propinas em troca de direitos de TV para os Mundiais de 2018, 2022, 2026 e 2030. Um dos suspeitos de ter pago subornos foi Al Khelaifi, representante do Catar, controlador da rede BEIN e do Paris Saint-Germain.

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Entre os locais da operação esteve Porto Cervo, uma das praias mais exclusivas da ilha italiana. A mansão de luxo, avaliada em 7 milhões de euros (cerca de R$ 26 milhões), seria um "meio de corrupção" de Al Khelaifi para Valcke.

A polícia italiana, ao lado de representantes suíços, esteve no local. A casa, segundo a suspeita, está "à disposição de Valcke". O jornal ainda revela que um tribunal de Cagliari deu uma ordem de embargo da propriedade. Ao jornal L'Equipe, Valcke declarou que "nunca recebeu nenhuma recompensa de ninguém". A BEIN também rejeitou qualquer tipo de irregularidade e diz estar cooperando com as investigações.

Mas o caso vai muito além da relação entre os dois suspeitos. Procuradores fora da Suíça admitiram ao Estado com exclusividade que a investigação e a operação permitem a abertura de uma brecha inédita para que mergulhem na relação entre o Catar, o futebol europeu e a Fifa. Na quinta, a sede da BEIN foi alvo de uma operação policial na França, com o confisco de computadores de sua cúpula. "Vamos começar a puxar o fio da meada", disse um deles, na condição de anonimato. Para procuradores, Khelaifi é apenas um dos representantes de Tamin bin Hamad Al Thani, o emir que decidiu usar o futebol como instrumento de influência.

Se os contratos para a Copa estão na mira, o que os investigadores querem é saber o que existe de fato entre o Catar e eventuais compras de votos para obter o evento de 2022 e outras suspeitas de injeção de recursos. Uma das suspeitas já em fase de inquérito é de que a compra do PSG pelo Catar teria feito parte de um acordo entre o emir e o então presidente da França, Nicolas Sarkozy. Em troca do dinheiro ao clube e outros negócios, os votos do francês Michel Platini e de outros europeus iriam ao Catar na eleição na Fifa.

Agora, a esperança dos investigadores é de que o confisco dos e-mails, celulares e outros documentos do cartola possa começar a dar uma dimensão da real influência nos bastidores envolvendo o Catar no futebol internacional, um assunto que vem gerando polêmica há uma década. O caso ainda ocorre num momento em que dirigentes questionam como o time de Paris encontrou 222 milhões de euros para levar Neymar do Barcelona e diante de uma pressão diplomática sem precedentes pela Arábia Saudita contra o Catar. Há apenas uma semana, líderes no Oriente Médio chegaram a apontar que bastava o Catar abandonar o Mundial de 2022 que os bloqueios hoje existentes contra o país seriam repensados.

Contratos falsos, contas secretas em paraísos fiscais, como Genebra, Luxemburgo e Bahamas, empresas de fachada e a suspeita do envolvimento de nomes como Paris Saint-Germain, Real Madrid, Nike, Ronaldinho Gaúcho, Anelka e até um certo Jérôme Valcke, hoje o secretário-geral da Fifa. Documentos de investigações realizadas pela Justiça francesa nos últimos anos, obtidos com exclusividade pela reportagem, revelam a criação de um esquema generalizado de caixa dois no futebol europeu. A suspeita na maioria dos casos é de fraude fiscal e crimes financeiros.

Parte dos casos veio à tona na imprensa europeia. No ano passado, os ex-presidentes do PSG, Laurent Perpere e Francis Graille, foram condenados à prisão em Paris. A Nike também teve um de seus executivos condenado. Já Valcke chegou a prestar depoimento, mas nunca foi indiciado e não sofreu qualquer tipo de punição. Os jogadores também foram inocentados.

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O que a investigação revelou foi a criação de uma rede paralela de contratos no futebol. No início deste ano, o Barcelona se viu envolvido em uma enorme polêmica causada pela contratação de Neymar, com alguns contratos obscuros, mas essa prática está disseminada desde o fim dos anos 90, com a participação de empresas multinacionais, canais de televisão, clubes, agentes de jogadores e até dos próprios atletas.

O motivo da existência da manipulação financeira é o esforço de todos os atores do futebol para não pagar impostos e esconder o real volume de dinheiro que circula pelos clubes. O esquema usava diversos tipos de manobras financeiras para promover a sonegação fiscal.

Uma das manobras era anunciar a compra de um jogador por um valor acima da realidade. O PSG, por exemplo, pagava o valor fictício ao clube que havia vendido o atleta. O dinheiro, em seguida, era usado para o pagamento do salário do jogador. Assim, ele e o clube não pagavam impostos sobre vários meses de salários.

Os documentos mostram como o esquema de superfaturamento foi usado por PSG e Real Madrid na transferência de Anelka. Outro caso foi a compra do argentino Tuzzio pelo Olympique de Marselha. Parte de seu salário ia para uma conta em Nova York.

Uma outra forma de evadir impostos era por meio da Nike, patrocinadora do PSG. A multinacional, segundo a Justiça, pagava os salários dos jogadores, alegando que se tratava de pagamento de contratos de imagem. Esses contratos, sempre assinados em bancos de centros off-shore, eram fictícios, segundo depoimentos.

Entre 1998 e 2005, 33 contratos foram assinados pela Nike com jogadores do PSG, entre eles Ronaldinho. "Uma auditoria revela que a Nike aceitou pagar parte dos salários dos jogadores contratados na forma de contratos de imagem para aliviar os impostos do clube", indica a Justiça francesa.

Diante da Justiça, o brasileiro André Luiz admitiu que o contrato com a Nike do qual ele se beneficiou enquanto jogava no PSG era um complemento de salário. O dinheiro era depositado em uma conta em Luxemburgo e, quando o contrato foi assinado, a Nike sequer enviou um representante para o ato. André Luiz foi vendido pelo Tenerife para o PSG em 2002.

Jaubert Olivier, responsável pelo marketing da Nike até 2003, admitiu diante dos juízes que se tratava de "salários ocultos de jogadores". Segundo ele, os diretores e até o presidente da Nike sabiam do esquema.

VALCKE - Para restituir a Nike, o PSG e a multinacional inventavam multas a serem pagas pelo clube. Uma das desculpas era que o atleta tinha jogado com uma chuteira de outra marca. Só entre 2003 e 2004, o PSG pagou mais de 1,2 milhão de euros (R$ 3,6 milhões) em multas fictícias para a Nike.

Essa restituição era feita por meio de um esquema financeiro complexo. O grupo de mídia Canal Plus, na época dono do PSG, criou uma filial, a Sport Plus, responsável por comprar direitos de jogadores. Cada vez que uma multa era inventada para justificar um pagamento à Nike, a Sport Plus era usada para fazer a ligação. Quem recebia o dinheiro era a Nike European Operations Netherlands BV, filial da empresa na Holanda.

Os documentos da Justiça francesa, de 2009, revelam que o diretor adjunto da Sport Plus nos fim dos anos 90 era Jérôme Valcke. Em um depoimento, o francês afirmou que a Sport Plus "foi criada no momento do projeto de transferência de Ronaldinho". Segundo Valcke, a empresa "tinha como vocação administrar os direitos de imagem de certos jogadores do PSG". Se Valcke jamais foi acusado pelas práticas, cartolas do PSG foram indiciados.

OUTRO LADO - Contactada pela reportagem, a atual gestão do PSG disse apenas que o caso se trata de "questões de administrações passadas". A Nike insistiu que atua de forma "íntegra".

"A Nike foi absolvida pela corte francesa de acusações relacionadas às questões de direito de imagem dos atletas, confirmando que a relação entre a Nike da França e o PSG nunca foi fraudulenta", disse a assessoria de imprensa da empresa.

Em janeiro de 2013, a companhia foi multada em 80 mil de euros (R$ 243 mil) e um de seus diretores acabou condenado à prisão. A Nike recorreu da decisão.

A Fifa evitou fazer comentários, ainda que um dos citados no caso, Valcke, seja hoje o número dois da entidade.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, lamentaram a terceira morte registrada nas obras do Itaquerão, sede da abertura da Copa do Mundo. O operário Fabio Hamilton da Cruz morreu neste sábado ao sofrer uma queda enquanto trabalhava na instalação das arquibancadas provisórias do novo estádio do Corinthians.

"Muito triste com a morte trágica do operário hoje na Arena de São Paulo. Meus sentimentos à família e aos amigos", disse Valcke, em sua conta no Twitter. O secretário estava no Brasil até esta quinta-feira (27) para resolver a pendência das estruturas temporárias no entorno dos estádios da Copa.

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Assim como Valcke, Rebelo lamentou o episódio trágico. "O Ministério do Esporte registra seu profundo pesar pela morte do operário Fabio Hamilton da Cruz, em decorrência do acidente ocorrido neste sábado na Arena Corinthians, e expressa toda solidariedade a seus familiares e amigos. Aguarda a apuração das circunstâncias e a determinação das responsabilidades pelo acidente", disse Rebelo, em nota.

O operário sofreu a queda por volta das 10h30 deste sábado (29), quando tentava fixar o equipamento de segurança num cabo de aço. Ele atirou o gancho, que não prendeu, e acabou se desequilibrando com o movimento do corpo. De acordo com a Fast Engenharia, responsável pela colocação da arquibancada móvel, ele caiu de uma altura de oito metros. Para o Corpo de Bombeiros, a queda foi de 15 metros.

Foi o segundo acidente e o terceiro óbito registrados nas obras do Itaquerão. Em novembro do ano passado, Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, morreram após o desabamento de um guindaste durante a instalação de parte da cobertura do estádio. O acidente atrasou as obras, que agora só devem ser finalizadas entre o fim de abril e o início de maio.

No total, trata-se da oitava morte de funcionário ligado às obras levantadas para a Copa do Mundo. Em Manaus houve quatro óbitos e, em Brasília, um operário morto em ação, desde 2012.

Depois do acidente que provocou a morte de dois operários no final de novembro, a construção do Itaquerão sofreu um atraso de cerca três meses, o que fez a entrega das obras ser remarcada para o dia 15 de abril. Neste sábado (1°), porém, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou que espera ver o estádio do Corinthians pronto somente um mês depois disso, em 15 maio.

"Estamos a 104 dias do primeiro jogo da Copa no Brasil, em São Paulo, um estádio que ainda não está pronto. E não vai estar pronto antes do dia 15 de maio", afirmou Valcke, durante entrevista coletiva neste sábado, em Zurique, na Suíça, quando foi perguntado sobre as dificuldades que a Fifa está enfrentando nos preparativos para a realização do Mundial.

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Valcke lembrou que dois dos 12 estádios da Copa estão "bem atrasados" - além do Itaquerão, a Arena da Baixada, em Curitiba, tem previsão de ficar pronta também em 15 de maio. "Quando você recebe algo com atraso, é um desafio fazer com que fique pronto a tempo", ressaltou ele, citando, por exemplo, a estrutura de mídia que precisará ser montada em cada arena, o que demanda muito tempo.

Apesar de lamentar o atraso em alguns estádios, Valcke mostrou confiança na preparação brasileira. Ele reforçou que a organização da Copa recebe "apoio total" da presidente Dilma Rousseff e do governo. E garantiu que não é o momento para criticar. "Não há críticas, há somente o desafio para os organizadores", afirmou o dirigente, principal responsável na Fifa pela realização do Mundial no Brasil.

Ele também elogiou a beleza dos estádios que já foram construídos ou reformados para a competição. E assegurou que a organização do Mundial no Brasil dará certo. "O objetivo é que tudo funcione entre 12 de junho e 13 de julho. E vai funcionar", avisou Valcke, que reconheceu, no entanto, que essa não tem sido uma Copa das mais fáceis de fazer a preparação.

Em nova visita ao Brasil, nesta semana, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, minimizou a preocupação com a lentidão das obras nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. "Claro que ainda há coisas para se fazer. Mas temos trabalhado muito bem com o governo brasileiro", afirmou o dirigente, em passagem por Porto Alegre. "Não vou ficar ligando para o prefeito e ao governador pra saber como estão as obras", disse.

O secretário-geral faz parte de uma comitiva da Fifa que desembarcou em Porto Alegre na manhã desta segunda-feira, junto com integrantes do Comitê Organizador Local (COL). No meio da manhã, eles visitaram a obra de um viaduto próximo ao Estádio Beira-Rio. Por menos de um minuto, Valcke, ao lado do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e dos ex-jogadores Ronaldo e Bebeto, membros do Comitê Organizador Local, vistoriou o canteiro de obras.

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De lá, o grupo se dirigiu até o estádio, onde, no gramado, o secretário-geral presenteou os operários da reforma do Beira-Rio com ingressos simbólicos. "Praticamente todos os estádios estão prontos. Só faltam acabamentos. Cada vez que visito um estádio, saio satisfeito e mais orgulhoso de ser brasileiro", declarou Bebeto.

Já Ronaldo voltou a elogiar o legado da Copa para as cidades. "Quero ressaltar as obras do entorno, que são muito importantes para a população. A Copa acelerou essas obras e a população está saindo ganhando. Estamos trabalhando para mostrar que o Brasil não tem apenas bons jogadores, mas também bons organizadores de eventos."

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta quinta-feira que não existe nenhuma possibilidade de exclusão de alguma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014. Ele admitiu que há problemas em alguns centros que vão receber jogos, mas descartou a hipótese de redução de sedes. "Isso não vai acontecer. Vamos ter a Copa nas 12 cidades definidas", declarou.

Seis dos 12 estádios do Mundial ainda não estão prontos, mas Valcke ressaltou que o cronograma apresentado pelas cidades prevê que essas arenas vão estar à disposição da Fifa até 1º de janeiro do ano que vem. "Vamos ter as 12 sedes, isso já é definitivo", declarou o dirigente, durante entrevista coletiva que marcou o encerramento da primeira reunião do comitê do Mundial após a Copa das Confederações.

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Dirigentes da Fifa, do Comitê Organizador da Copa (COL) e representantes do governo federal, como o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, falaram sobre os preparativos da Copa do Mundo e sobre as condições dos estádios de São Paulo, Curitiba e Manaus, os três visitados por Jérôme Valcke nesta semana.

"Podemos avalizar, com uma visão otimista, os trabalhos de preparação. O governo acompanha atentamente todas as obras, tanto aquelas que têm algum nível de responsabilidade do poder público, assim como aquelas sob responsabilidade da iniciativa privada", disse Rebelo, ao reiterar sua confiança nas finalização das obras até o início do Mundial.

Valcke, por sua vez, mostrou certa preocupação com o transporte aéreo dentro do País. "Isso é muito importante para o sucesso da competição. Analisamos principalmente as necessidades relacionadas ao transporte aéreo, que precisa proporcionar um bom serviço e oferecer mais voos entre as cidades durante o torneio", afirmou.

"Estamos trabalhando com todas as alternativas que assegurem a realização de uma Copa com o maior nível de comodidade, conforto, capacidade de mobilidade aérea para os turistas nacionais, estrangeiros e delegações", respondeu Aldo Rebelo.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta quarta-feira que os jogos da Copa do Mundo do próximo ano poderão contar com parada técnica por causa do calor. As temperaturas elevadas durante a competição, principalmente em Manaus e no Nordeste, preocupam a entidade.

"Quando os jogadores precisarem se hidratar, o árbitro terá liberdade de interromper o jogo duas ou três vezes. Isto ainda vai ser discutido. Os árbitros terão essa liberdade. Para nós, o mais importante é a saúde dos jogadores e espectadores", disse Valcke, que passou pelo Rio de Janeiro nesta quarta.

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Valcke não revelou se a Fifa estabelecerá um padrão para as paradas técnicas. O secretário só adiantou que as paralisações ficarão sob responsabilidade do árbitro da partida. E levará em conta as previsões meteorológicas para a cidade que receberá cada jogo.

"Já foram realizadas partidas em lugares onde fazia muito mais calor do que em Manaus. O Brasil é um País em que, no mesmo, dia pode fazer 0 grau em Porto Alegre e 25 em Manaus. As decisões sobre o calendário de jogos foram tomadas ouvindo peritos médicos, levando em conta o setor de competições", declarou Valcke.

"É possível jogar futebol em Manaus em junho e julho com o calor que se faz lá. Jogadores de França, Espanha e Itália jogam em julho e agosto, que são meses muito quentes [na Europa]. Fez mais de 36 graus neste verão. A maior parte dos jogadores está acostumada", afirmou o dirigente.

O Corinthians reagiu nesta terça-feira (14) à cobrança pública do secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke, que pediu mais rapidez nas obras do Itaquerão, em nova visita ao Brasil. Preocupado com as dificuldades burocráticas enfrentadas pelo clube, o dirigente mandou um recado ao afirmar que poderia mudar as sedes da Copa do Mundo até o dia 1º de agosto.

"Eles vão ter que acelerar [as obras]. Isso não é uma ameaça. Nós podemos mudar tudo até 1º de agosto, quando começam as vendas de ingressos. Os estádios têm de ser entregues em tempo", declarou Valcke, ao cobrar os dirigentes do Corinthians. A Fifa estabeleceu dezembro como prazo final para a entrega de todos os estádios da Copa.

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Em resposta ao representante da Fifa, o Corinthians disse estar cumprindo os prazos previstos no cronograma e atribuiu eventual atraso aos trâmites burocráticos. "O Corinthians começou as obras quase um ano depois dos demais estádios e, mesmo com todas as dificuldades do repasse financeiro do financiamento e com atrasos referentes ao CID junto à construtora Odebrecht, manteve o cronograma da construção."

Além de negar qualquer atraso, o clube alegou que o secretário-geral teria estendido o prazo de entrega do Itaquerão para fevereiro de 2014. "Gera estranheza ao clube a posição colocada nesta terça-feira pelo Sr. Jérôme Valcke sendo que ele mesmo deu o prazo até dezembro de 2013 para conclusão dos estádios. No caso do Corinthians, esse prazo foi estendido pelo próprio Valcke para fevereiro de 2014", registrou o clube.

O novo prazo não chegou a ser oficializado pela Fifa. Ainda em 2011, o secretário-geral cogitou dar prazo mais longo ao clube ("não seria um problema", afirmara). Mas não avançou na proposta. Desde o início deste ano, Valcke tem insistido na entrega de todos os estádios até dezembro.

O Corinthians argumentou ainda que a eventual demora na execução das obras se deve às exigências da Fifa para o aumento da capacidade da arena. "O clube não aceita nenhuma pressão porque é bom lembrar o que sempre disse: o estádio para os corintianos teria 48 mil e, quando o estádio passou a ser requisitado para a Copa do Mundo, foi feito um remanejamento do projeto para 68 mil lugares."

Em tom mais elevado, o clube disse aceitar um eventual corte da Fifa no Mundial. "Se entendem que devem mudar o local de abertura da Copa, fiquem à vontade. O Corinthians só espera que Fifa e COL [Comitê Organizador Local da Copa] reconheçam o esforço da Prefeitura de São Paulo, do governo do Estado de São Paulo, do governo federal e principalmente da população paulista."

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, avisou nesta terça-feira que as obras do Itaquerão precisam ser aceleradas até agosto para o estádio estar em condições de sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo, em junho de 2014. Em entrevista coletiva no Estádio Nacional de Brasília, Valcke disse que não é possível aceitar atrasos para o evento.

"Eles vão ter que acelerar. Isso não é uma ameaça. Nós podemos mudar tudo até 1º de agosto, quando começam as vendas de ingressos", afirmou. "Os estádios têm de ser entregues em tempo", reforçou. A previsão de entrega do estádio é dezembro. A pressão da Fifa quer garantir que esse prazo seja cumprido.

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Em relação ao reformulado estádio de Brasília, Valcke foi só elogios. "O que foi feito desde janeiro, na última vez em que vim, é fabuloso. Se me perguntarem meu estádio favorito no mundo, digo que Brasília está na primeira lista. Tenho certeza de que aqui, na abertura da Copa das Confederações, os torcedores vão ficar deslumbrados", disse.

A arena, porém, foi alvo de restrições de Ronaldo e Bebeto, membros do Comitê Organizador Local da Copa. Os dois admitiram que o gramado ainda não está em condições de receber jogos, como o que vai inaugurar o estádio, no fim de semana. Brasiliense e Brasília vão decidir o título do Estadual no gramado recém-plantado, no domingo.

Na avaliação de Ronaldo e Bebeto, ainda é preciso esperar por pelo menos um mês antes de se disputar uma partida sobre a frágil grama. "Se fosse um jardim, estaria perfeito, mas não é só um jardim. Os jogadores vão pisar ali com travas de chuteiras de alumínio", observou Ronaldo.

Bebeto concordou. "A grama necessita de tempo, né governador? O jogo está em cima, o gramado não estará em perfeitas condições", disse. Pelo prazo ideal dos jogadores, o gramado estará pronto, ao menos, para o jogo de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão, dia 15 de junho.

A entrevista foi marcada por declarações efusivas das autoridades, que respondiam a perguntas sobre o elevado custo para construir o estádio de R$ 1,015 bilhão. "Se Darcy [Ribeiro] vivesse, ele veria que a nova Roma (Brasília) ganhou seu coliseu. Este estádio está à altura da ambição e da ousadia dos que conceberam a capital federal", afirmou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Por sua vez, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, disse que nos próximos dois anos não faltará dinheiro para a área social. A uma pergunta se o dinheiro gasto no estádio poderia ser mais bem investido nos setores de saúde, educação e transporte, Agnelo respondeu que o novo "equipamento" vai alavancar a economia de Brasília.

A visita à Brasília nesta terça foi a segunda parada de Valcke neste novo périplo do representante da Fifa pelas sedes da Copa das Confederações e do Mundial. Sua visita teve início na segunda, em Natal, onde vistoriou as obras da Arena das Dunas. Nesta quarta, ele vai até o Rio de Janeiro para ver como ficou o Maracanã após seu primeiro evento-teste.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, se mostrou satisfeito com o andamento das obras na Arena das Dunas, em Natal, nesta segunda-feira. Em visita à capital do Rio Grande do Norte, o dirigente disse confiar na entrega do estádio até dezembro, prazo final estabelecido pela Fifa para as arenas que receberão jogos da Copa do Mundo.

"Bom ver que, graças aos operários, o estádio está em dia, a 13 meses da Copa. Certamente Natal cumprirá o prazo", afirmou Valcke, após visitar o canteiro de obras do estádio, acompanhado de Ronaldo e Bebeto, membros do Comitê Organizador Local do Mundial. O prefeito Carlos Eduardo Alves e a governadora Rosalba Ciarlini também estiveram presentes no local.

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Das duas autoridades locais, o secretário-geral da Fifa recebeu a garantia de que Natal terá finalizada até a Copa obras de mobilidade urbana. "Natal também terá transporte público a tempo para a Copa de 2014, graças ao comprometimento e visão da governadora e do prefeito", declarou Valcke.

As obras da Arena das Dunas era considerada uma das atrasadas no cronograma estabelecido pela Fifa nos últimos meses. No entanto, os trabalhos no canteiro foram acelerados recentemente e o estádio já conta com 66,18% das obras concluídas. O prazo segue o mesmo: dezembro deste ano.

A Arena está sendo erguida no lugar do antigo estádio Machadão, já demolido, a um custo de R$ 350 milhões, sendo que R$ 250,5 milhões tem origem em financiamento federal. A Arena das Dunas foi construída para ter capacidade de 33 mil torcedores, mas, durante a Copa, terá o acréscimo de 10 mil assentos removíveis para alcançar 43 mil.

A visita de Valcke ao Brasil terá sequência nesta terça com uma parada em Brasília. Na companhia do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o representante da Fifa vai conhecer o Estádio Nacional. Na sequência, viajará para o Rio, onde vai vistoriar o Maracanã, que já contou com um evento-teste no final de abril.

Os atrasos na preparação para a Copa das Confederações ainda preocupam o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke. Nesta sexta-feira, o dirigente se mostrou incomodado com o trabalho "tardio" em Brasília, única cidade-sede cujo estádio ainda está "incompleto" faltando pouco mais de um mês para a abertura da competição, em 15 de junho. O Estádio Nacional de Brasília receberá justamente o primeiro jogo do torneio.

"O único estádio ainda incompleto é o de Brasília", ressaltou o secretário-geral, que tentou evitar críticas diretas à organização local. "Notícias animadoras da capital brasileira chegaram até mim. O local que receberá a partida de abertura está ganhando forma e organizará o primeiro evento-teste no próximo dia 18 de maio. Isto é bastante tardio, mas fundamental".

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Valcke também citou atraso na instalação de estruturas temporárias que vão dar suporte ao evento em Brasília. "A montagem de instalações temporárias - como os centros de imprensa dos estádios, as tribunas de imprensa, as áreas de hospitalidade e os centros de ingressos e de credenciamento - também já começaram em todas as sedes, com exceção de Brasília", apontou.

O secretário lamentou que Brasília só ficará em condições de receber a Copa das Confederações depois que a Fifa fez "concessões" à capital. E frisou que não repetirá estas exceções durante os preparativos para a Copa do Mundo do próximo ano.

"Com o esforço conjunto de todas as partes, estaremos dentro do prazo, mas naturalmente com algumas concessões em relação à realização do evento - algo que não podemos permitir para a Copa do Mundo da FIFA. É por isso que eu repito novamente: a finalização das demais sedes do Mundial tem um prazo estrito, que é dezembro de 2013", destacou.

Para evitar novas preocupações, Valcke avisou que retomará as visitas às sedes do Mundial daqui a dez dias. A primeira parada será no dia 13, em Natal, que não sediará jogos da competição do próximo mês. "A Copa das Confederações pode estar despontando, mas os preparativos para a Copa do Mundo têm de continuar no mesmo ritmo".

Dois dias depois, ele vai inspecionar o Maracanã, que, ao lado do Estádio Nacional de Brasília, foi a sede com os maiores atrasos. "Depois de ver fotografias incríveis, lamentei muito não ter podido estar presente à reabertura do Maracanã no sábado passado, principalmente quando Bebeto, Ronaldo e os outros ex-jogadores deram um verdadeiro prêmio aos trabalhadores das obras e a suas famílias. Estou muito entusiasmado com a ideia de voltar a esse emblemático estádio", afirmou.

ARBITRAGEM 

Valcke anunciou nesta sexta que os futuros juízes da Copa das Confederações serão confirmados no mesmo dia da visita à Natal. Para a Copa do Mundo, os trios de árbitros e assistentes ainda não têm prazo para serem conhecidos. Entre 25 e 30 deste mês, os 52 trios candidatos a apitar na Copa vão se reunir no Rio de Janeiro para participarem de um seminário preparatório.

Assustado com as bombas que mataram três pessoas na Maratona de Boston, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke afirmou nesta terça-feira que a Fifa vai reforçar a segurança durante a disputa da Copa do Mundo, no próximo ano, no Brasil.

Em visita ao Haiti, Valcke explicou que as medidas de segurança vão incluir agentes do serviço secreto, policiais, militares e até a Interpol. Ele disse ainda que o perímetro dos estádios será ampliado e que um satélite vai incrementar a segurança sobre o Brasil.

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As declarações de Valcke sobre segurança acontecem um dia depois da explosão de duas bombas instaladas perto da linha de chegada da Maratona de Boston, na tarde de segunda-feira. As explosões mataram pelo menos três pessoas e deixaram ao menos 170 feridos.

Em seu penúltimo giro pelas cidades-sede da Copa das Confederações, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou que a reforma do Maracanã é o obstáculo final para a realização do torneio entre os dias 15 e 30 de junho deste ano, em preparação para a Copa do Mundo de 2014.

Sem esconder a preocupação, o dirigente marcou uma reunião para esta sexta-feira. O encontro contará com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, além de outras autoridades estaduais, a direção do Comitê Organizador Local (COL) e da Odebrecht, responsável pelas obras. O objetivo da reunião é esclarecer pontos a respeito da preparação final do Maracanã.

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Apesar disso, Valcke manteve o tom diplomático nesta quinta-feira e reafirmou a confiança de que o estádio ficará pronto no tempo previsto, após conversa com Sérgio Cabral. O governador assegurou a entrega do Maracanã até o dia 27 de abril, data em que a Fifa deverá assumir a administração do estádio para iniciar os preparativos para a Copa das Confederações.

O secretário-geral da Fifa também minimizou os efeitos da forte chuva que caiu sobre o Rio na terça-feira. O Maracanã ficou alagado, o que atrapalhou as obras e impediu a visita de Valcke agendada para aquele dia. O dirigente elogiou o empenho dos operários na limpeza do estádio, o que evitou maiores atrasos.

Na mesma entrevista coletiva, concedida nesta quarta, Valcke confirmou novos dados sobre a venda de ingressos e exaltou a grande demanda por bilhetes para os jogos. "É uma das melhores vendas de ingressos para uma edição da Copa das Confederações. Já foram vendidos 522 mil ingressos de um total de 852 mil", afirmou o secretário, que informou também que já estão esgotadas todas as entradas para jogos no Maracanã.

Presente no evento, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, confirmou que estão sendo confeccionadas e já começam a ser distribuídas carteirinhas de estudantes nacionais para os jogos da competição. A Fifa aceitará somente este modelo de carteirinha na venda de ingressos pela metade do preço.

Enquanto os demais preparativos já vão avançando, o Maracanã corre contra o tempo para cumprir a promessa do governador Sérgio Cabral de entregar o estádio no prazo. Desde o início das obras, o Maracanã já sofreu seguidos atrasos e ganhou diversas datas de entrega. Inicialmente, era dezembro de 2012, prazo que foi estendido para fevereiro deste ano. Na sequência, 15 de abril se tornou a nova data. E agora é 27 do mesmo mês.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, voltará ao Brasil no início de março. Na sua agenda, ainda não confirmada pela Fifa, ele vai visitar o reformado Mineirão pela primeira vez desde a inauguração, no fim do ano passado.

A informação foi anunciada por Tiago Lacerda, secretário estadual de Minas Gerais para a Copa do Mundo (Secopa/MG), em sua página no Twitter. De acordo com o secretário, Valcke visitará o Mineirão no dia 6 de março.

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Será a segunda viagem do secretário-geral da Fifa ao Brasil neste ano. Entre o fim de janeiro e início de fevereiro, ele passou por Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Fortaleza, onde assistiu aos dois primeiros jogos da nova Arena Castelão, o primeiro estádio da Copa do Mundo a ser inaugurado.

O Mineirão foi reinaugurado no dia 21 de dezembro em cerimônia que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, entre outras autoridades. Nem Valcke e nem Joseph Blatter, presidente da Fifa, estiveram presentes no evento.

O estádio recebeu seu primeiro jogo somente neste ano. O clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG foi disputado na nova arena no dia 3 de fevereiro, em um dos primeiros jogos do Campeonato Mineiro.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, lamentou que todos os estádios relacionados para a Copa das Confederações tenham atrasado as obras e adiado o prazo de inauguração previsto no compromisso original com a entidade. Mas ponderou que o novo prazo, "fixado de comum acordo até meados de abril", ainda dá tempo suficiente para a competição se realizar com êxito. "Eu preferia que os prazos fossem cumpridos e (os estádios) entregues em dezembro de 2012, como previsto mas, enfim, as cidades precisaram desse tempo adicional. O que não é possível é atrasar além desse limite", avisou o dirigente.

Valcke lembrou que, após a inauguração das arenas, ainda é preciso um cuidadoso trabalho de testes de todos os itens, relacionados à segurança, operacionalidade e funcionamento dos equipamentos e serviços. "É fundamental testar todos os itens para evitar contratempos. O jogo teste que realizamos ontem (domingo, no Arena Castelão), mostrou pequenos problemas que precisam ser corrigidos", observou. Valcke deu a declaração após inspecionar no início desta tarde as obras do Estádio Nacional de Brasília, palco da abertura da Copa das Confederações, em 15 de junho.

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Ele fez a inspeção em companhia do ministro do Esporte, Aldo Rebelo; do governador do DF, Agnelo Queiroz; e do presidente do Comitê Organizador Local (COL) da Copa, José Maria Marin. A programação incluía uma parte festiva para marcar o início da contagem regressiva para os 500 dias antes da Copa do Mundo, mas essas atividades foram canceladas por causa da tragédia que aconteceu em Santa Maria, neste final de semana.

Valcke disse que enviou mensagem à presidente Dilma Rousseff em nome da Fifa solidarizando-se com o povo brasileiro. "Hoje é um dia muito triste para o Brasil. Por isso suspendemos as atividades festivas e mandamos uma carta de pêsames e de solidariedade para com as famílias atingidas por essa tragédia", enfatizou. Mas a Fifa e o COL mantiveram a visita de inspeção ao estádio, que está com 87% das obras concluídas e inauguração, com três meses de atraso, marcada para 21 de abril, data de aniversário da cidade.

Ainda em Brasília, Valcke firmou um memorando de entendimento com o Ministério das Comunicações para acelerar as medidas voltadas para o funcionamento dos sistemas de telefonia, internet, sinais de rádio e TV e todas as mídias necessárias ao êxito da competição. "Essa é uma área fundamental para a Copa", disse o dirigente. Ele elogiou a equipe encarregada das obras do Estádio Nacional, comandada pela engenheira Maruska Lima e definiu o estádio como "espetacular" e "um dos mais bonitos" que já viu no mundo.

Para o dirigente, a nova arena de Brasília, pelas suas características, "ficará como um legado importante" para a população após os jogos. Ele disse que o trabalho de acompanhamento das obras nas seis cidades que sediarão jogos "vem sendo muito bem encaminhado". Em seguida, Valcke viajou para Salvador, onde foi inspecionar as obras da Arena Fonte Nova, que também sediará jogos da Copa das Confederações. A inspeção se estende nesta quarta-feira às obras do Maracanã. Ainda no Rio, ele encerra a agenda, na quarta, com uma reunião de avaliação geral com a direção do COL.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, confirmou nesta quarta-feira (28) dois amistosos que o Brasil fará em junho de 2013, antes da estreia na Copa das Confederações, marcada para o dia 15 de junho, em Brasília, contra adversário ainda indefinido. No dia 2, a seleção brasileira enfrenta a Inglaterra, no Maracanã. E no dia 9, será a vez de jogar contra a França, no Mineirão.

Como o Mineirão e o Maracanã serão utilizados na Copa das Confederações, ambos são entregues para a administração da Fifa a partir do dia 27 de maio. Assim, a entidade precisava liberar os dois estádios para que o Brasil pudesse fazer os amistosos de preparação em junho, o que aconteceu nesta quarta-feira, quando Valcke fez o anúncio durante uma entrevista coletiva em São Paulo.

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O amistoso contra a Inglaterra já tinha sido anunciado na semana passada pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, mas Valcke alertou na última segunda-feira que o Maracanã ainda dependia da liberação da Fifa, o que foi feito agora, em reunião do Comitê Organizador Local da Copa (COL) em São Paulo. No caso do jogo contra a França, a divulgação aconteceu nesta quarta mesmo.

Assim, o Brasil passa a ter três amistosos já programados antes da Copa das Confederações. No dia 6 de fevereiro, o confronto será também contra a Inglaterra, no Estádio de Wembley, em Londres. Mas a CBF ainda tenta aproveitar duas datas reservadas pela Fifa em março para compromissos de seleções nacionais e procura adversários para ajudar na preparação brasileira.

O novo técnico da seleção brasileira, portanto, deve ter apenas cinco amistosos para preparar a equipe antes da estreia na Copa das Confederações. Esse desafio caberá a Luiz Felipe Scolari, que já foi contratado pela CBF para substituir o demitido Mano Menezes e será anunciado oficialmente como o treinador do time do Brasil apenas na manhã desta quinta-feira.

O secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, fez na tarde desta segunda-feira uma vistoria nas obras da reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. E aproveitou a visita para reforçar que não há mais tempo disponível para novos atrasos na entrega do estádio.

A previsão de entrega do Maracanã é fevereiro do ano que vem, dois meses depois do prazo inicialmente estipulado pela Fifa para os estádios que vão receber jogos da Copa das Confederações de 2013. Por isso, Valcke falou com um certo tom de cobrança nesta segunda-feira.

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"Não tem outra opção, não tem outra alternativa. O Maracanã tem que estar e vai ficar pronto", avisou o dirigente, após vistoriar as obras que já atingiram 80% de conclusão. "Não há um único dia para desperdiçar, mas temos confiança de que vai estar tudo pronto."

Apesar da Copa das Confederações estar marcada para acontecer entre 15 e 30 de junho, com o Maracanã sendo palco de três jogos (inclusive a grande final), a Fifa exige que os estádios sejam entregues alguns meses antes para que sejam testados para receber a competição.

Valcke lembrou que a Fifa já abriu exceções para as sedes da Copa das Confederações. "Tem duas cidades (Recife e Salvador) que vão entregar em meados de abril, muito além do prazo de dezembro, mas nossa equipe técnica garante que vão estar prontas", disse.

Também presente da vistoria, o ministro do Esporte mostrou confiança na entrega do estádio do Rio dentro do prazo. "O Maracanã começou o ano com 20% das obras prontas e vai terminar com 80%", afirmou Aldo Rebelo, dizendo que o ritmo da construção está acelerado.

Depois da visita desta segunda-feira ao Rio, Valcke realiza nesta terça a vistoria nas obras de Curitiba. Na quarta, ele faz o mesmo em São Paulo, onde ficará até o final da semana - no sábado, também na capital paulista, acontece o sorteio dos grupos da Copa das Confederações.

Depois de nova visita ao Brasil, em que realizou vistorias em duas cidades (Manaus e Cuiabá) e participou de reunião do Comitê Organizador Local (COL) no Rio, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez nesta quinta-feira um balanço da preparação brasileira para o Mundial de 2014. Ele destacou que "a organização está no caminho certo", mas reconheceu que ainda tem uma certa preocupação com a confirmação de Recife como uma das sedes da Copa das Confederações em 2013.

A Copa das Confederações tem quatro sedes já garantidas: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza e Rio. Por conta dos atrasos nas obras, a definição sobre Recife e Salvador ficou para novembro, apesar de ambas terem entrado no calendário de jogos anunciado em maio pela Fifa. Agora, porém, a preocupação parece estar restrita à capital pernambucana, como Valcke admitiu nesta quinta-feira.

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"Ainda temos que monitorar Recife para a Copa das Confederações e faremos uma última vistoria para tomada de decisão", afirmou Valcke. Diante da indefinição sobre duas sedes da competição que serve como teste para o Mundial e acontecerá de 15 e 30 de junho de 2013, a Fifa preparou duas tabelas alternativas de jogos, não divulgadas, que contemplam o torneio com quatro ou cinco cidades.

Apesar da preocupação com Recife para a Copa das Confederações, Valcke fez um balanço positivo da preparação brasileira. "Não há problema crítico", avaliou o dirigente, que, no passado, chegou a fazer duras cobranças e reclamou publicamente dos atrasos do Brasil. No caso dos 12 estádios do Mundial, ele revelou nesta quinta-feira que "não há nenhuma obra em zona crítica, nenhuma em vermelho".

Além de Valcke, a reunião desta quinta-feira no Rio contou com a presença do presidente do COL e da CBF, José Maria Marin, do secretário executivo do ministério do Esporte, Luis Fernandes, e dos ex-jogadores Bebeto e Ronaldo, que fazem parte do COL. "Estamos na mais completa harmonia, com o objetivo de mostrar ao mundo que o Brasil tem competência de realizar uma grande Copa", avisou Marin.

Assim, após os três dias de compromissos em Manaus, Cuiabá e Rio, Valcke encerrou nesta quinta-feira a segunda rodada de vistorias que faz neste ano no Brasil - antes, em junho, ele passou por Natal, Pernambuco e Brasília. Agora, a próxima visita do secretário-geral da Fifa está agendada para outubro, quando pretende inspecionar as obras do Mineirão, em Belo Horizonte, e do Maracanã, no Rio.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), afirmou nesta terça-feira que o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, "não está convidado" para discutir o projeto da Lei Geral da Copa na Casa. Durante a manhã, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Casa já rejeitou a presença de Valcke, em substituição ao presidente da entidade, Joseph Blatter, para participar da audiência pública marcada para o dia 11 de abril sobre o tema.

"O senhor Jérôme Valcke não está convidado pelo Senado da República, muito menos pelas comissões, para vir falar em nome da Fifa", afirmou Eduardo Braga. "Nós queremos ouvir o Blatter", reforçou o senador.

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Na segunda-feira, Valcke confirmou presença na audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Seria sua primeira visita ao Brasil desde a polêmica declaração de que o País precisava de um "chute no traseiro" para acelerar a organização da Copa de 2014. Na época, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, pediu à Fifa a troca do interlocutor, mas não foi atendido.

"Os nossos convites têm endereço certo. Não levamos em consideração outra pessoa. Quando convidamos um ministro, não queremos ouvir um ascensorista", afirmou o presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, Roberto Requião (PMDB-PR). A assessoria de Requião informou que não será marcada a audiência para qual Valcke se ofereceu. Um novo convite será encaminhado a Blatter para que ele próprio compareça ao Senado.

O projeto da Lei Geral da Copa foi aprovado na semana passada pela Câmara e agora vai tramitar de forma conjunta por três comissões do Senado, entre elas a de Educação, Cultura e Esporte. Na próxima terça-feira, o ministro Aldo Rebelo estará na Casa para falar sobre o tema.

Eduardo Braga disse que após a reunião na manhã desta terça-feira entre líderes governistas e a ministra da secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi confirmada a previsão de que o projeto da Lei Geral da Copa não vai tramitar em regime de urgência.

O líder do governo espera que o projeto seja votado em plenário até a primeira quinzena de maio. "Se for votado na primeira quinzena de junho, não será nenhum drama", avaliou Eduardo Braga. "O importante é que a gente não crie no Senado um clima de dificuldade para o diálogo."

Em uma rápida entrevista concedida a jornalistas após encontro com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, evitou responder se o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, ainda é o interlocutor com o governo brasileiro nas questões referentes à realização da Copa do Mundo de 2014.

"Jérôme Valcke continua trabalhando para a Fifa", afirmou, mas sem responder se o secretário-geral ainda exercerá o papel de interlocutor nas discussões. Ao responder a essa pergunta sobre Valcke, Blatter falou em três idiomas: francês, inglês e espanhol.

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Dilma recebeu Blatter após a crise provocada pelas declarações de Valcke, que disse que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" para preparar o Mundial. Compareceram à audiência no Palácio do Planalto o ministro do Esporte, Aldo Rebelo e os ex-jogadores Ronaldo Nazário - membro do Comitê Organizador Local - e Pelé, escolhido pelo governo brasileiro para ser o embaixador da Copa.

Questionado por repórteres sobre qual seria a solução para o episódio, Blatter respondeu com uma pergunta: "Vocês podem me dar um tempo para tomar uma solução?". Bem-humorado, Pelé disse que o seu papel é "apagar as fogueiras".

"Falei para a presidente que daqui para frente não é para me chamar de ministro (em 1995, Fernando Henrique Cardoso criou o Ministério de Estado Extraordinário do Esporte, escolhendo Pelé para tomar conta da Pasta). É para me chamar de bombeiro. Estou aqui para apagar as fogueiras, é isso que estou fazendo. Graças a Deus acho que daqui pra frente vamos caminhar em harmonia sem nenhuma confusão", declarou.

Sobre a troca na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o presidente da Fifa afirmou que a saída de Ricardo Teixeira e a chegada de novas pessoas é uma "passagem natural que acontece o tempo todo no mundo".

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