Tópicos | Vants

Para acelerar o processo de monitoramento da pandemia na Escócia, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido passou a transportar amostras e kits de testes da Covid-19 em drones. Com capacidade de carregar 3 quilos, os dispositivos tiveram a área de atuação expandida para cobrir até 64 km.

Os drones Swoop Aero serão guiados em uma central, localizada em Oban, e voarão automaticamente nas rotas já estabelecidas. O contato será mantido por meio de conexão 4G da Vodafone e via satélite, para garantir que a comunicação não seja perdida.

##RECOMENDA##

Após a fase de testes em 2020, os voos de Mull, Clachan-Seil e Lochgilphead para Lorn e o Hospital das Ilhas em Oban foram autorizados, e a empresa Skyports recebeu permissão da Autoridade de Aviação Civil para voos. A proposta é que a NHS possa escolher entre o agendamento de pedidos e o esquema on-demand, por meio de um sistema online.  

O presidente-executivo da Skyports, Duncan Walker, almeja voos médicos permanentes e acredita que a inovação o aproxime do objetivo. "Esta iniciativa é uma progressão natural de nossos testes recentes com o NHS na Escócia à medida que ampliamos nossas operações, apoiando uma rede mais ampla de hospitais e consultórios médicos à medida que continuam respondendo à pandemia Covid-19", disse à BBC.

A princípio, os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) vão atender as regiões entre Lorn e Islands Hospital em Oban, Mid-Argyll Community Hospital em Lochgilphead, Easdale Medical Practice em Clachan Seil e o Mull and Iona Community Hospital em Craignure.

O chefe de planejamento estratégico da Argyll and Bute Health and Social Care Partnership, Stephen Whiston, destacou a importância de qualificar o serviço de saúde em "comunidades mais remotas e insulares", e acrescentou, "este projeto de três meses trabalhando com Skyports fornecerá evidências críticas sobre os benefícios reais que esta tecnologia pode trazer para o NHS, não apenas em Argyll e Bute, mas em toda a Escócia".

O engenheiro de pesquisa aeroespacial norte-americano, Jean-Paul Reddinger, desenvolveu uma nova dobradiça na base da hélice utilizada em drones, que amplia sua capacidade de carga. Em modelos grandes, o dispositivo garantiu que objetos fossem elevados acima de 7,5 metros em dois segundos.

O artigo publicado no Science Daily indica que a nova dobradiça vai acoplada no apoio da lâmina e faz com que um drone do tamanho de um colchão king-size levante o peso de um ser humano. A diferença está na inclinação da pá que muda com a velocidade do rotor, o que deixa o empuxo mais sensível às variações na RPM e proporciona maior força e controle.

##RECOMENDA##

A descoberta estimula o uso de veículos aéreos não-tripulados (VANT's) para entregas. A demora para que os motores elétricos leves alterem a velocidade e o empuxo impacta na estabilidade e alcance do voo, o que não garantia a segurança no transporte. 

 

Quatro Veículos Aéreos Não-Tripulados (Vants) - pequenos aviões com câmeras e sem piloto, guiados remotamente - serão incorporados à PM e à Defesa Civil do Rio em novembro, mas poderão ter sua ação limitada por restrições da Aeronáutica. Montados no Brasil a partir de aeromodelos comprados em lojas especializadas e recheados pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) com tecnologia moderna, três deles se destinam ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM e um à Defesa Civil.

Desde 2011, porém, a Resolução AIC-N 21/10 do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) veda, entre outros pontos, que sobrevoem áreas habitadas, o que reduzirá seu uso. "Construímos demonstradores de tecnologia", resume o gerente do projeto, o major do Exército e professor do IME Jacy Montenegro Magalhães Neto. Cauteloso, ele afirma que Vants "não vão resolver problemas de segurança pública do Rio", mas destaca as vantagens da tecnologia.

##RECOMENDA##

Os Vants do Rio começaram a nascer há dois anos, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), órgão de fomento à ciência. Por edital, o IME obteve R$ 180 mil para o projeto. Montenegro já pesquisava o assunto desde 1999 e viu ali uma chance. "Chamamos os alunos e surgiram soluções lindas, tudo comprado no Brasil ou feito na bancada." Várias turmas participaram do projeto, agora em fase final de testes, antes da entrega gratuita dos aparelhos.

Aviõezinhos do Bope estão pintados de preto e ganharam escudo da caveira atravessada por punhal, sobre garruchas cruzadas. São aeromodelos de fibra de vidro com 3m de envergadura (de uma ponta à outra da asa) e 2,60m de comprimento, movidos a bateria. "A eletrônica é nossa", diz Montenegro. Cada aparelho tem duas câmeras: uma para o piloto - que usa óculos especiais que projetam o que veria na "cabine" - e outra para filmar o solo, com zoom de dez vezes, alta definição e imagens coloridas, que são gravadas. Cada voo é acompanhado por uma segunda pessoa.

"Nossos Vants estão preparados para voar até uma hora e podem ir a 100 km/h", diz o major, lembrando que "macetes" podem prolongar o voo. É possível, por exemplo, desligar o motor em parte da viagem e fazer o aparelho planar, economizando energia. Também foi preparado, com dinheiro da Faperj, um quinto aparelho, que ficará para pesquisas no IME.

Restrições

Em cumprimento à regulamentação do Decea, os Vants têm sido testados até agora em espaços aéreos segregados (sem outras aeronaves) - a Restinga da Marambaia, o Campo de Gericinó e o Centro Tecnológico do Exército, em Guaratiba, todos na zona oeste do Rio. Eles chegaram a entrar em ação no início de 2011, quando uma tromba d’água devastou a região serrana, mas sob supervisão direta da Aeronáutica.

Além de proibir voos de Vants sobre "cidades, povoados, lugares habitados ou grupo de pessoas ao ar livre" e impor a segregação de espaço aéreo, o Decea faz outras exigências. Entre elas, que a operação dos aparelhos não aumente o risco para "pessoas e propriedades (no ar e no solo)", que garanta o mesmo padrão de segurança de aeronaves tripuladas e, quando for usado aeródromo compartilhado (com aviões regulares), as operações das demais aeronaves parem durante decolagem e pouso dos Vants. Tudo isso inviabilizará o uso dos aparelhos no apoio a operações policiais em comunidades dominadas por traficantes, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando