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Apple, Applis, Xaiomi, Xiaomi, você sabe qual a pronuncia correta das marcas de celular? Será que está todo mundo falando errado? O Hi!Tech foi para rua saber se a galera está com a língua afiada na hora de falar suas marcas favoritas. Além disso, notícias da Gamescom 2019 e YouTube também estão por aqui. Ficou curioso? Confere o vídeo!

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A jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, não fará mais parte do quadro de apresentadores da Rádio Globo. Assim como Maju, os atores Otaviano Costa e Adriane Galisteu também foram demitidos e deixarão de comandar o programa "Papo de Almoço".

De acordo com informações do colunista Daniel Castro, o trio recebeu uma notificação da dispensa. Segundo Daniel, a Rádio Globo está passando por um momento de reestruturação e exibirá em breve uma programação voltada para conteúdos de música popular.

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No Twitter, na manhã desta quinta-feira (30), Otaviano Costa, que em abril deste ano optou por não renovar o seu contrato com a TV Globo, desmentiu a notícia sobre sua saída da rádio. "A verdade é que fui convidado pela nova direção a permanecer em sua nova grade. Acabei não aceitando esse convite, por estar com outro planejamento profissional neste momento", declarou.

Quanto a Maju, ela permanece normalmente na emissora apresentando a previsão do tempo no "Jornal Nacional".

As frutas regionais da Amazônia estão ganhando cada vez mais espaço na economia, cosmética, artesanato e gastronomia de todo o Brasil. No ambiente acadêmico não é diferente. Esses frutos chamam muita atenção devido às propriedades funcionais, que auxiliam na prevenção e tratamento de doenças.

De acordo com a professora do curso de Nutrição da Universidade da Amazônia (Unama), Aline Ozana, alguns alimentos como o açaí, a castanha-do-Pará, camu camu, cacau, maracujá, cupuaçu, buriti e sacha ichi têm sido destaque em pesquisas nacionais e internacionais. Segundo a professora, impulsionar novas pesquisas sobre as propriedades desses alimentos agregará valor aos produtos locais, estimulando o consumo e o mercado e trazendo benefícios à saúde da população. “Grande parte desses alimentos têm ação antioxidante e antiflamatória, auxiliando na prevenção de doenças cardiovasculares e câncer”, explicou Aline Ozana.

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Essas características já foram temas de trabalhos e pesquisas acadêmicas e são abordadas em oficinas profissionalizantes ofertadas pela Universidade da Amazônia (Unama). Esse assunto será discutido durante a palestra “Novos conhecimentos sobre as propriedades dos alimentos regionais”, que compõe a programação do II Congresso Brasileiro de Nutrição e integra o II Congresso Multidisciplinar de Saúde, promovido pela Unama. O evento ocorrerá nos dias 30 e 31 de março e 1 de abril, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. Outras informações e as inscrições estão disponíveis no site eventos.sereduc.com.

Por Luisa Cedrim/Ascom Unama.

 

 

 

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Jantares de noivado com temas especiais, churrascos e almoços diferenciados fazem parte do planejamento de muitas pessoas que desejam celebrar uma ocasião com familiares e amigos. Alguns resolvem fazer os comes e bebes por conta própria. Outros, por suas vezes, escolhem sair para restaurantes e bares para comemorar. Porém, para quem deseja unir a facilidade de ter as comidas prontas com a comodidade do lar, existe uma profissão, ainda pouco difundida, de personal chef, um cozinheiro profissional, contratado exclusivamente para cozinhar em ocasiões especiais na casa dos clientes.

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Durante quatro horas, o cozinheiro Paulo Felipe Vasconcelos, de 30 anos, faz os pratos para o evento que é contratado. Há cerca de três meses, o estudante de gastronomia assumiu a profissão de personal chef e acredita ser o melhor ramo do mercado. “Eu estou realizado com o que eu faço. Ir à casa das pessoas para fazer a refeição daquele momento especial é um ato de sentimento. Não tem como não dar o meu melhor”, comenta.

O chef propõe aos clientes, primeiramente, buffets temáticos, como churrascos, jantares de comida japonesa, feijoadas, entre outras especialidades, a depender do evento sugerido. “Sou chamado para comemorações como jantares de noivado, de casamento, aniversário, entre outros. O serviço é personalizado, então eu dou sugestões e o cliente escolhe aquilo que lhe agrada”, explica Vasconcelos.

Os preços do serviço prestado pelo cozinheiro variam de acordo com a quantidade de pessoas que comparecerão à festa. Geralmente, os valores são de R$ 35 a R$ 45 por pessoa. Dentro do valor cobrado estão inclusos a mão de obra de Paulo Felipe e os insumos. “Eu compro tudo e levo, a depender do que for, pré-pronto. Em relação às panelas e utensílios, levo todos os meus também. A única coisa que eu peço é que a pessoa tenha uma geladeira e um fogão”, diz.

Em relação ao seu faturamento, Paulo Felipe diz que é a mesma quantia oferecida em uma cozinha industrial. “Eu consigo ganhar, em média, dois salários mínimos. Isso levando em consideração que trabalho, geralmente, apenas nos fins de semana”, conta.

Tomando como base o trabalho de personal chef, é importante que quem for se aventurar empreendendo na área tenha conhecimento do segmento gastronômico. Para isso, é primordial que a pessoa se especialize. “O aluno de gastronomia não vai aprender receita, mas sim vai aprender a gerenciar um ambiente de culinária. Par isso, os estudantes são preparados para coordenar, planejar e supervisionar. Grande parte dos estudantes já tem o amor pela cozinha e pela comida”, explica a coordenadora do curso de gastronomia do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) no Recife, Sandra Marinho. É importante, também, que o empreendedor da área saiba que observar o mercado, segundo a analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Valéria Rocha. “Primeiramente o futuro empresário tem que observar se tem habilidade no que quer se aventurar. Depois, é importante observar o que os clientes mais procuram e o que ele pode e quer oferecer”, comenta a analista do Sebrae.

Interessados em contratar o serviço do personal chef Paulo Felipe podem entrar em contato com o telefone (81) 99128-6222. Pelo mesmo contato é possível obter mais informações sobre o serviço.

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O Parque Dona Lindu recebe até o próximo dia 10 de maio um evento especial. A Feira de Orquídeas, que está montada na área lateral do parque, oferece mais de 200 variedades de flores, sendo com diversos tipos de cores. Além disso, espaço está comercializando mais de 10 mil plantas. Os interessados podem visitar diariamente sempre das 8h às 18h.

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Em entrevista ao Portal LeiaJá, um dos sócios da Feira Paulo Nasi falou sobre o evento e quem  faz parte dele e qual a origem das plantas. “São três pessoas que compõem o evento. O mais veterano trabalha e estuda as orquídeas há mais de 20 anos. Em relação às plantas, algumas são cultivadas em Aldeia, Região Metropolitana do Recife e as demais são de mais de 50 fornecedores dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Minas Gerais”, relatou o empreendedor.

A procuradora Cristiane Caetano, que passou um bom tempo escolhendo uma flor, optou pela orquídea. Moradora do bairro de Setúbal, ela contou que sempre frequentas a feira, e que aproveita para adquirir algumas para o seu apartamento. “Levo para casa, mas posteriormente deixo na casa da minha mãe, porque ela reside em casa e fica melhor para cultivar”, falou.

Além do espaço de venda, todos os sábados e domingos às 10h acontecem minicursos de cultivo de orquídeas. Com duração de uma hora, os interessados podem participar gratuitamente.  

Milenar provérbio romano. De força indiscutível como conselho aos que se aventuram falar sobre o que não sabem ou fazer o que está além de suas habilidades. O jovem contemporâneo reproduziria o antigo lema com um descolado "te manca, velho. Fica na tua".

Depois de ler os artigos de Adriano Oliveira e Maurício Romão, autoridades sobre ciência política e leitores privilegiados de pesquisas de opinião, eu me arrisco a desobedecer o velho dito. Não para contraditar ou para desdizer, apenas meter o bedelho onde não fui chamado, mas que trata de assunto estimulante para qualquer cidadão.

Uma preliminar antes de entrar no mérito do assunto: meu respeito profissional pelos articulistas é de tal ordem que não hesitaria em tê-los como conselheiros se poder tivesse para tanto. Eles sabem disso.

O tema é a interpretação das recentes pesquisas do Datafolha e a questão magna é a majoritária tendência de mudança revelada pelos entrevistados e a quem esta tendência beneficia.

Afirmo com convicção: a maioria quer mudança. Ora conselheiro Acácio, qual é a novidade? Os números estão aí dizendo. Então para não ser confundido com a ridicularia solene do personagem eciano, vou expor minhas razões.

 

1. Em todas as eleições, somente existem dois caminhos ou, digamos, duas propostas dialeticamente opostas: continuidade ou mudança;

 

2. De um modo geral, a experiência do jogo democrático das competições eleitorais demonstra que as mudanças se operam, entre 8 e 12 anos, alternando forças política e ideologicamente opostas seja por fadiga de material, seja por desgaste das políticas públicas praticadas;

 

3. Na história da novel democracia brasileira tem sido assim: FHC 8 anos (governo de quatro continuado por mais quatro anos); Lula 8 anos (governo de mudança em  4 e de continuidade em mais 4 anos). Aqui há um dado curioso: a "Carta aos Brasileiros" do então candidato Lula, abjurando tudo o que disse ele, disseram os documentos oficiais, os economistas do PT, e, em particular, largando de mão toda a maluquice da heterodoxia econômica. Tradução: cambiar, pero no mucho;

 

4. Com Dilma, Lula prorrogou a lógica da mudança e aproveitando os bons ventos da economia, creditou-se integralmente das melhorias da elevação da renda do brasileiro; deu um porre de consumo generalizado à base social; assumiu  a condição de novo "pai dos pobres" (o autêntico é vô Getúlio), e verdadeira mãe dos muito ricos; metamorfoseou-se em Dilma, a "mãezona (fake) do PAC" e logrou alargar o ciclo de poder para doze anos; 

5. Com Dilma, sem Dilma, apesar de Dilma, a mudança é inexorável por uma simples razão: pior não pode ficar. O governo derrete e joga na população o óleo fervente da Petrobrás; a gerentona distribui esporro em quarenta ministros e adjacentes; a gestão política é comandada pelos notórios de sempre; a política econômica e seus antigos pilares ruíram e austeridade não rima com eleição, mas sua falta rima com inflação e com a intoxicação dos juros altos. Reformas estruturais, nem pensar.

6. Vai mudar. E nos primeiros dias de janeiro de 2015, serão ministrados remédios amargos ao povo brasileiro que se imaginava a salvo da reprise de filmes de terror: tarifaço, arrocho salarial, arrocho orçamentário, juros em ascensão, contas externas desequilibradas, câmbio (quem sabe?). Vai mudar e pode ser com Dilma ou o Padrinho: sob a euforia do hexacampeonato mundial de uma Copa onde tudo vai funcionar. Neste glorioso momento, ela ou ele escreve um "Bilhete aos brasileiros" prometendo o inverso de 2002, ou seja, 2015 o ano de grandes mudanças. O eleitor brasileiro vai adorar. De estelionato eleitoral, a gente entende. Lembrem-se do Cruzado II nas eleições de 1986.

O domingo me assusta como me assustam todos os dias que mandam o recado do tempo. O recado do tempo traz as cenas guardadas no velho baú do passado.

O passado é insuportável. É uma crônica de perdas e faltas: ninguém resiste olhar para trás e dá de cara com o mundo que não existe mais.

Então, não olhe para trás. Ou então, retire do baú o passado em pedaços. Pedaços que não machuquem. O passado por inteiro é uma estrada pontilhada de cruzes. E quanto mais extenso é o tempo da memória maior é a extensão e a intensidade das dores e desta palavra única que revela a lembrança que ficou: SAUDADE! 

O outro recado do tempo – o reverso da medalha – é o futuro.

O futuro é o tempo da esperança. Nada mais angustiante do que esperar; nada mais falso do que a esperança. O futuro é uma invenção para aliviar outra invenção medonha da criatura humana: o tempo.

O tempo não existe. Portanto não se parte e nem se mede. Tem uma dimensão cósmica. Misteriosa. Imensurável. É um rio correndo. O agora já foi. É passado. O depois não chegou. É futuro. Uma espécie de linha do horizonte que se distancia quando a gente imagina que está mais perto. O domingo, a semana, os meses, os anos, os séculos, estas medidas, fomos nós que inventamos e, sobre nós, o tempo na sua dimensão humana deixa marcas profundas.

O domingo me assusta porque me empurra para pensar na certeza da finitude e na ilusão da tríade passado-presente-futuro.

Entro em parafuso: fim e recomeço. O primeiro dia da semana que chega ou último da semana que finda?

Depende das convenções, das crenças e, sobretudo daquilo que eu quero que seja o meu domingo já que o tempo é uma invenção humana. Então, vou inventá-lo a partir da inspiração que nos foi legada pelo sopro poético de Vinicius: porque ontem foi sábado (houve um “casamento...um divórcio e um violamento...um espetáculo de gala...uma mulher que apanha e cala...um grande aumento do consumo...um beber e  um dar sem conta...um grande acréscimo de sífilis...todos os bares estão repletos de homens vazios/todos os namorados estão de mãos entrelaçadas/todos os maridos estão funcionando normalmente/todas as mulheres estão atentas”), hoje, o meu domingo é de quietude e nele não há lugar para os pecados capitais.

A preguiça é o descanso merecido que invade os corpos; o máximo de luxúria permitido são corpos horizontais e castamente abraçados; a saciedade dos quereres mata de inveja a inveja; a gratidão das rezas cura o veneno do orgulho; o coração enternecido pela dádiva da vida não deixa lugar para a ira; sei que nada me pertence, para desgosto da avareza; e como o meu domingo foi feito para brincar com crianças e, com elas comer doces, a gula dominical está perdoada.

Lá fora, o amanhecer é vagaroso. O sol se espreguiça e com ele tudo caminha sem pressa. Há um silêncio que acaricia e uma paz que conforta. O meu domingo convida para o encontro e para a renovação do afeto, em qualquer lugar, em todos os lugares, todas as horas.

Amanhã é dia de recomeço. Viver não é uma trégua entre fim e começo. A vida é o milagre da ressurreição. Vale a pena abraçá-la quotidianamente. E sempre aos domingos.

O programa de adaptação de novas variedades de uva de mesa no Médio São Francisco será analisado. O Secretário de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Marcelino Granja, viaja para Petrolina, Sertão do Estado, onde será realizada a inspeção.

A ação pretende implantar para teste e avaliação pelo menos 68 novas variedades de uvas sem semente e duas variedades com semente. Destas, serão selecionadas 30 novas variedades com maior probabilidade de adaptação às condições agro-ecológicas do vale do médio São Francisco.

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A iniciativa é fruto de convênio, assinado em 2011, entre a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia e o Ministério da Integração Nacional, através da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF). O valor do acordo é de R$ 2,9 milhões – sendo R$ 2,4 milhões provenientes da CODEVASF e R$ 492,8 mil da SECTEC. O convênio tem validade até novembro de 2015.

A busca pela introdução de novas variedades pretende reduzir os impactos da queda na comercialização das uvas, que decorre basicamente da dependência dos produtores das três espécies cultivadas e que se adaptaram há mais de 15 anos ao clima e ao solo da região. Essas variedades possuem um alto custo de produção, dependem de reguladores de crescimento e são muito suscetíveis às chuvas. Nesse sentido, essa ação procura adaptar novas variedades que superem essas dificuldades.

Medida espera que as 30 novas variedades que conseguirem se adaptar tenham produtividade de 30 toneladas por hectare, além de apresentar alta qualidade de sabor e aparência, resistentes a longos períodos de armazenagem e tenham resistência à chuva, oferecendo duas safras por ano.

Com informações da assessoria

“Não sou biografável”. Assim se define o poeta cuiabano Manoel de Barros. Por se considerar um “ser letral”, jamais permitiu gravar entrevistas que tivessem por suporte as “traquitanas tecnológicas” da modernidade. Resistiu mais de meio século porque “não saía de dentro de mim nem para pescar”. 

A gentil demanda e sutil insistência do diretor Pedro Cezar dobraram o poeta. Resultado: o público brasileiro ganhou o documentário premiado no Festival de Cinema de Paulínia (2009) Só dez por cento é mentira – A desbiografia oficial de Manoel de Barros, vertido em DVD pela Biscoito Fino.

Contou ponto o neologismo desbiografia, uma das paixões do poeta, (admirador dos desheróis de Chaplin), antecedida pela saborosa expressão do próprio autor na definição de sua obra literária: “Só dez por cento é mentira. Noventa por cento do que escrevo é invenção”.

Manoel de Barros inventa poesia para ser sentida e para aumentar o mundo. Anticanônico confesso: “nunca fiz um soneto, uma rima, terceto, um sexteto...a poesia não precisa ser explicada. Aí deixa de ser poesia. Vira prosa. Poesia não é para explicar. Não é para escrever, é para descumprir. Dirige-se á sensibilidade. À percepção sensível do leitor. Quero dar encantamento. O poeta vê o que não existe. Os olhos vêem. A lembrança revê. O poeta transvê. Quem busca a verdade só vai encontrar beleza”.

Abílio, o irmão, reconhece que ele veio ao mundo com uma disfunção congênita: nasceu poeta em tempo integral. Anomalia incurável. Ao resolver as questões básicas da sobrevivência com a exploração das fazendas em Mato-Grosso, regozijou-se: “comprei o ócio e ficar à toa é ficar à disposição da poesia”. Deu adeus às coisas práticas da vida. Seu mundo é um cômodo de 3x4; seus utensílios, lápis e pequeninos blocos. Não usa computador para escrever porque na ponta do lápis, diz ele, “está um nascimento”.

Do resto, cuida a dedicada Estela, a esposa, autêntica “guia de cego” de quem revogou o mundo prático, não dirige automóvel, já deu o que tinha, recebe mesada e com miúda caligrafia procura e é procurado pelas palavras. Deste encontro, faz um tipo de armação que é o gorjeio, ou seja, a musicalidade poética. Não é o poeta da paisagem. É o poeta da palavra. Não aceita a adjetivação de “poeta pantaneiro”. Barros e a natureza se fundiram. Houaiss enxergava semelhanças entre ele e São Francisco de Assis na humildade diante dos seres e das coisas.  

Sua fonte de poesia é o baú da infância. A criança “erra na gramática, mas acerta na poesia”. Encantou-se com a menina que disse: “a borboleta é a cor que avoa”. Falou e poetou. “Inspiração só conheço de nome”.

De fato, para Manoel de Barros o que vale é a artesania que descreve o poder de quem descobre, em vez de ouro, as desimportâncias. Inventa inutensílios; revela sentimentos na pedra que no, Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo, proclama: “Pedra sendo tenho o gosto de jazer no chão [...] Há outros privilégios de ser pedra: a – Eu irrito o silêncio dos insetos. b – Sou batido de luar nas solitudes. c – Tomo banho de orvalho de manhã. d – E o sol me cumprimenta por primeiro”.

Premiadíssimo, manteve-se, até os anos 80, recoberto por um temperamento arredio e avesso às convivências literárias, quando Millor Fernandes o descobriu e botou a boca no trombone. Aí a mídia se deu conta do poeta que hoje, com 95 anos de lucidez, é o mais lido no Brasil. Com senso de humor, o mais avançado estágio da inteligência, Manoel se gaba de ter inventado “o idioleto manoelês, o dialeto que os idiotas usam para falar com as paredes e as moscas”.

Na infância, o estalo poético lhe foi dado pelos sermões do Padre Vieira, lidos precocemente. Quanto às influências, é difícil definir diante de tamanha originalidade. Porém, a poesia manoelina tem traços do modernismo brasileiro, do simbolismo francês (Rimbaud), da inventividade de Guimarães Rosa e de vozes e visões que somente a ele é dado o privilégio de ouvir, enxergar e sentir.

Diante da cruel e inevitável pergunta de como gostaria de ser lembrado, não hesitou: “Permanecer como poeta. O ser biológico é sujeito às variações do tempo. O tempo só anda de ida. A poesia amarra o tempo no poste”.

 

O Sítio da Trindade recebe centenas de pessoas diariamente para conferir um pouco da programação de São João que já agita o Recife. Além de boa música, o público também pode conferir um pouco da culinária típica da festa. Nossa equipe conversou com um dos comerciantes, que falou um pouco sobre as suas expetativas de venda no período.

E quem for conferir o local também vai encontrar muito mais do que música. Lá estão à venda roupas e acessórios confeccionados por costureiras contratadas pela Prefeitura do Recife. A procura tem sido grande, o que deixa as vendedoras satisfeitas com o negócio.

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