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A cidade de Memphis, no sul dos Estados Unidos, se preparava nesta sexta-feira (27) para possíveis manifestações em reação à difusão, prevista para o fim do dia, de um vídeo chocante que mostra o espancamento mortal de um homem afro-americano por cinco policiais também negros.

Temendo uma reação potencialmente explosiva, o presidente Joe Biden pediu que as manifestações sejam "pacíficas" e os mais altos funcionários condenaram esta tragédia nos termos mais enérgicos.

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A morte de Tyre Nichols em 10 de janeiro remete à do também afro-americano George Floyd, assassinado por um policial branco em maio de 2020. Na ocasião, as manifestações contra o racismo e a violência policial incendiaram o país sob o lema "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam).

"Quando meu marido e eu chegamos ao hospital e vi meu filho, já estava morto. Fizeram picadinho dele. Tinha hematomas por todas a parte. Sua cabeça estava inchada como uma melancia", disse, aos prantos, RowVaughn Wells, mãe de Nichols, em entrevista nesta sexta à CNN.

Wells disse aos jornalistas não ter visto o vídeo, mas advertiu que é "horrendo".

A chefe de polícia de Memphis, Cerelyn Davis, disse que as imagens das detenções do jovem de 29 anos são "iguais ou piores" do que as da surra contra Rodney King em 1991, que provocaram distúrbios que se estenderam por dias em Los Angeles e deixaram dezenas de mortos.

"Pretendemos compartilhar o vídeo através de um link no YouTube para que todos possam vê-lo", destacou, acrescentando que o que se vê mostra uma "espécie de efeito de grupo" entre os cinco policiais. "Ninguém mexeu um dedo para intervir", disse Davis.

- "Mamãe! Mamãe!" -

Um dos advogados da família de Nichols, Ben Crump, deu alguns detalhes do vídeo nesta sexta.

Nichols "chama sua mãe três vezes. Suas últimas palavras são 'Mamãe! Mamãe! Mamãe!'", disse ao lado de Wells, que abaixou a cabeça, emocionada.

Em 7 de janeiro, policiais de Memphis quiseram deter Nichols por causa de uma infração de trânsito. Quanto os agentes se aproximaram, "houve um enfrentamento" e "o suspeito fugiu", segundo a polícia.

Por fim, Nichols foi pego e detido em circunstâncias que as autoridades até agora têm evitado descrever com precisão. A ordem precisa dos fatos e sua duração ainda geram dúvidas, assim como o tempo que transcorreu antes de que a vítima recebesse tratamento médico.

Nichols queixou-se de ter dificuldade para respirar durante a detenção e foi hospitalizado. Ele morreu três dias depois.

Os cinco policiais foram demitidos, acusados de homicídio e presos. Quatro deles foram posteriormente liberados sob fiança.

O vídeo do ocorrido "é absolutamente assustador", disse David Rausch, diretor do FBI no Tennessee, que investigou a detenção.

O diretor do FBI, Christopher Wray, se disse "horrorizado" e o procurador-geral americano, Merrick Garland, anunciou que foi aberta uma investigação federal sobre o caso.

- "Contra toda violência policial" -

Ao expressar seu horror, os advogados da família, assim como os pais do jovem elogiaram a "rapidez" das medidas tomadas contra os policiais.

Seu sogro disse que a família estava "muito satisfeita" com as acusações.

O reverendo Al Sharpton, um afro-americano famoso da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, disse ter falado com a família Nichols e pretende viajar a Memphis nos próximos dias.

"O fato de que estes agentes (de polícia) sejam negros torna isto ainda mais impactante para nós", afirmou em nota.

"Não se deve permitir que estes agentes ocultem suas ações por trás do fato de que são negros. Somos contra toda violência policial, não só a brutalidade policial cometida pelos brancos", acrescentou.

Nesta sexta, a polícia patrulhava a cavalo as ruas do centro de Memphis.

George Klein, que viajou de Atlanta, Geórgia, para assistir a shows na capital do blues, disse à AFP que estava "preocupado" com a possibilidade de violência à noite.

"O único que se pode fazer é evitar ir parar onde (as coisas vão) se complicar", disse este aposentado de 79 anos.

Em Washington, capital americana, e em outras cidades do país, a polícia se preparava para possíveis manifestações.

Familiares e amigos de vítimas do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, fizeram uma vigília em frente à casa noturna na madrugada desta sexta-feira (17). A caminhada começou na Praça Saldanha Marinho e seguiu em silêncio até a boate, a uma quadra de distância. Foi apresentada uma coreografia de dança retratando os eventos da tragédia e uma colagem de mensagens e imagens na fachada da Kiss. Uma maneira de extravasar a saudade e o sofrimento impostos pela tragédia que deixou 242 jovens mortos e mais de 600 feridos. O caso completa dez anos nesta sexta-feira.

O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Gabriel Rovadoschi, agradeceu os participantes. "É muito importante ver tanta gente compartilhando desse momento, estando junto, caminhando junto, trilhando junto e registrando a história junto. E tendo a coragem de enfrentar o que a gente tem enfrentado de lembranças, de memórias. Sabemos que juntos a gente consegue muito mais".

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Para quem perdeu alguém naquele 27 de janeiro de 2013, essa história não pode ser esquecida nem silenciada.

Parte da programação para resgatar a memória após os 10 anos do incêndio ocorreu hoje na Praça Saldanha Marinho em Santa Maria é uma exposição que traz fotos de jovens que morreram na tragédia com a simulação de como estariam hoje. Umas das homenageadas é a Andrielle, filha de Ligiane Righi.

“Eu sinto que a gente tem que falar e eu prometi para a minha filha que eu não ia deixar cair no esquecimento o que aconteceu com ela e com as amigas, então todo esse movimento que está aqui é uma ajuda para não deixar cair no esquecimento. Tem que ser lembrado, tem que ser falado. As pessoas esquecem muito rápido, tem que ter memória. Os jovens têm o direito de sair e se divertir e voltar com segurança para casa, porque a preocupação com minha filha era na rua, o ir e vir. Para mim ela estava segura ali dentro [da Boate Kiss]. Foi provado o contrário. E nada mudou, infelizmente. Em dez anos não aprenderam com o que aconteceu. Mas a gente segue, a gente está lutando pela filha que ficou e para que nenhum pai e nenhuma mãe passe pelo que a gente passa até hoje”, disse Ligiane 

Após 10 anos, o caso continua sem que ninguém tenha sido responsabilizado. O júri que havia condenado 4 pessoas em 2021 foi anulado por questões processuais. Ainda não há data para novo julgamento.

“É uma vergonha do Judiciário. Pegar firulas, detalhes processuais que não prejudicaram em nada o julgamento”, disse Paulo Carvalho, 72 anos, pai do Rafael Carvalho, outra das vítimas no incêndio na boate.

A psicóloga Ariadna de Andrade disse que há pessoas que criticam as ações que mantém viva a discussão em torno do caso da Boate Kiss.

“Uma coisa muito importante de pensar é que esse pedido de esquecer também tem a ver com o sentimento de impunidade. A gente sempre conversa também que quando acontece um crime como este e isso passa impune, a sensação que fica é de que se a gente não honra os mortos como que cuidamos da vida. Poderia ter sido nós, os nossos parentes. Se a gente não honra os nossos mortos, é como se de que valeu a vida deles ou de que vale a nossa vida se não tem algo que dê segurança e garantia de que a nossa passagem por aqui está segura”, disse Ariadna.

Outras ações continuam nesta sexta para relembrar uma das piores tragédias da história do Brasil, com culto ecumênico e diversos eventos, entre debates e lançamentos de livro e de campanha. As homenagens e atividades vão até dia 28.

Nesta sexta-feira (20), ativistas de cidades de todo o mundo realizam uma vigília a Luz de Velas em homenagem às pessoas que falecerem em decorrência da HIV/AIDS e para cobrar assistência adequada às pessoas que convivem com a doença. No Recife, a mobilização acontecerá das 15h às 17h, na sede do Ministério da Saúde, localizada no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul.

Neste ano, o evento tem como tema "Uma grande luta pela saúde e pelos direitos das pessoas vivendo com HIV/AIDS" e pede a retirada da emenda 95/2016, que congela os recursos do SUS e da Educação até 2036. O limite dos gastos impacta diretamente na assistência integral às pessoas vivendo com HIV/AIDS.

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Para o coordenador geral do GTP+, Wladimir Reis, a Emenda 95 é inconstitucional. “A emenda tem provocado diversos impactos no SUS por causa do congelamento do piso do gasto federal com a saúde para o financiamento do sistema público. Precisamos de investimento e ampliação das pesquisas em busca de uma vacina Anti-HIV, acesso à medicamentos para doenças oportunistas e de um atendimento de saúde humanizado. Não há respostas sem participação comunitária e sem ativismo. Por isso estamos mais uma vez fazendo esse ato em busca do direito das pessoas vivendo com HIV/AIDS”, afirma.

No Recife, a mobilização está sendo organizada pelo Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+), em parceria com a Articulação AIDS de Pernambuco, a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS de Pernambuco, a Rede Nacional de Travestis, Mulheres Transsexuais e Homens Trans Vivendo e Convivendo com HIV - núcleo Pernambuco, o Movimento Nacional das Cidadãs Positivas – Núcleo PE e o Fórum de Mulheres de Pernambuco.

Candlelight

A vigília com velas acesas pelos falecidos da AIDS, conhecida como Candlelight, teve sua primeira edição em 7 de maio de 1983, na cidade de Nova Iorque. Na ocasião, o ato foi articulado por mães, parentes e amigos de vítimas da doença.

Serviço//XVIII Vigília à luz de velas

Data: 20 de maio de 2022 (sexta-feira)

Hora: 15h às 17h.

Local: Ministério da Saúde – Sede Recife.

Endereço: Boa Viagem Corporate – Rua Prof. Aloísio Pessoa de Araújo, 75 - Boa Viagem.

 Para marcar o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher, o Levante Feminista convocou, para esta quinta-feira (25), uma vigília nacional para cobrar justiça pelos crimes de feminicídio no país. No Recife, as manifestantes se concentraram na Praça do Diário, no bairro de Santo Antônio, às 16h30, realizando passeata até o Palácio do Campo das Princesas, também na área central da capital pernambucana, onde chegaram por volta das 18h. Lá, a mobilização se uniu ao ato de mulheres transexuais e travestis contra o transfeminicídio.

Além de girassóis e velas, as manifestantes carregaram placas com os nomes das mulheres vítimas de violência. “Muitos crimes cometidos contra a mulher e as mulheres que foram assassinadas ainda não tiveram justiça. Os processos são lentos e o número de mulheres vítimas de violência aumentou na pandemia”, comenta Itanacy Oliveira, que atua junto à Rede de Mulheres Negras e a Casa da Mulher do Nordeste.

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Também presente no ato, a vereadora do Recife Dani Portela (Psol) ressaltou a importância do encontro entre as mobilizações de mulheres negras e mulheres transgêneras. “Os dois atos denunciam o aumento da violência contra as mulheres e contra os corpos LGBTQIA+. O Brasil é o quinto país mais violento do mundo para as mulheres, mas se essa mulher for transexual ou travesti é o primeiro. Nossa luta é contra violência contra as mulheres, sejam elas cis, trans ou travestis”, pontua a parlamentar.

Amigos e colegas de Halyna Hutchins se reuniram no domingo (24) à noite em Burbank, perto de Los Angeles, para uma vigília em homenagem à diretora de fotografia que morreu ao ser atingida por um tiro de uma arma cenográfica usada pelo ator Alec Baldwin durante uma filmagem.

A tristeza e a revolta dominaram Burbank, cidade vizinha de Los Angeles e sede de muitos estúdios de cinema e televisão. Os participantes questionavam como foi possível acontecer a tragédia.

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"Tive o prazer de trabalhar com Halyna", afirmou a atriz Sharol Leal. "Era uma mulher maravilhosa, estamos muito chocados", acrescentou.

Halyna Hutchins morreu ao ser atingida por um tiro no torso na quinta-feira (21) passada, quando Baldwin usou uma arma cenográfica nas filmagens do western "Rust", segundo o relatório preliminar da investigação.

O diretor do filme, Joel Souza, de 48 anos, que estava atrás de Halyna enquanto preparava uma tomada, foi ferido, hospitalizado e já recebeu alta.

A tragédia provocou um aumento nos pedidos para proibir o uso de armas de fogo reais nos sets de Hollywood.

No domingo, uma petição no site change.org que demanda a proibição de armas de fogo reais nos sets e a melhoria das condições de trabalho das equipes de filmagem reunia mais de 22.000 assinaturas.

"Não há desculpa para que algo assim aconteça no século 21", diz o texto da petição lançada pelo roteirista e diretor Bandar Albuliwi.

“É urgente abordar os alarmantes abusos (das leis trabalhistas) e as violações de segurança que ocorrem nos sets de filmagem, como condições desnecessárias de alto risco e o uso de armas de fogo reais”, disse Dave Cortese, democrata eleito para o Senado da Califórnia, em um comunicado no sábado.

"Pretendo apresentar um projeto de lei que proíbe o uso balas reais em filmagens na Califórnia para evitar esse tipo de violência sem sentido", acrescentou.

A série policial "The Rookie", cuja trama se passa em Los Angeles, decidiu no dia seguinte ao disparo proibir todas as munições reais em seu set, uma medida que entrou em vigor imediatamente, segundo a revista especializada The Hollywood Reporter.

- Arma "fria" -

A investigação prossegue sobre o papel da especialista responsável pela segurança das armas no filme, Hannah Gutierrez Reed, de 24 anos. A jovem preparou a pistola, que foi colocada em um carro ao lado de outras duas armas.

O assistente de direção Dave Halls, considerado um profissional experiente, entregou a arma para Baldwin durante um ensaio de uma cena e informou que era uma "arma fria", termo da indústria cinematográfica para identificar um armamento sem bala real.

Halls "não tinha ideia de que a arma estava carregada com munição real", afirmou um agente do gabinete do xerife do condado de Santa Fe.

Depois do tiro, Gutiérrez Reed recebeu a arma e recolheu o cartucho usado, antes de entregá-lo à polícia.

O canal NBC News afirmou no domingo que a reputação de Halls sofreu um grande abalo por permitir práticas inseguras no set.

"Não criou um ambiente seguro", afirmou Maggie Goll, designer que trabalhou com Halls, que mencionou o bloqueio das saídas de emergência ou a falta de reuniões sobre a segurança.

Nenhuma acusação foi anunciada no caso, mas a tese de acidente parece prevalecer. Baldwin está em liberdade depois de ter sido interrogado.

Um juiz emitiu um mandado de busca que autoriza as forças de segurança a apreender equipamentos relacionados com as filmagens, assim como as armas e munições utilizadas como acessórios, e os figurinos usados pelo ator e o restante da equipe durante o incidente.

Uma campanha de arrecadação de fundos iniciada pelo sindicato dos diretores de fotografia para a família de Halyna Hutchins superou 180.000 dólares no domingo, muito acima da meta inicial de 10.000 dólares.

Um memorial será erguido na Catedral da Arquidiocese de Olinda e Recife, no Alto da Sé, em homenagem às vítimas e profissionais envolvidos diretamente com a Covid-19. Uma vigília vai inaugurar o tributo no dia 12 de março, data em que a pandemia completa um ano em Pernambuco.

O monsenhor Albérico Bezerra, da Catedral Metropolitana do Santíssimo Salvador, vai receber fotos das vítimas fatais e profissionais da saúde ou de serviços essenciais até a próxima sexta-feira (5). As lembranças dos acometidos pelo vírus devem ser enviadas para e-mail memorial.catedraldeolinda@gmail.com. Já a dos profissionais da linha de frente devem seguir para o e-mail saude.catedraldeolinda@gmail.com.

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“Esta vigília será uma oração silenciosa que vai nos unir às vítimas e a seus familiares e nos sustentará na esperança de dias melhores”, comentou o monsenhor. Devido às restrições de convivência, para que mais fiéis participem do momento de oração, a celebração também será transmitida pelas redes sociais da Arquidiocese de Olinda e Recife e pela Rádio Olinda.

O memorial fica exposto até 11 de abril e o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, pede orações para este momento de sintonia. “Façamos deste momento uma oportunidade para, em comunhão, elevarmos a Deus nossas preces pelo fim da pandemia, sabendo que Ele olha por nós”, ressaltou.

Uma semana depois da primeira mobilização realizada em conjunto com os movimentos sociais, a família do garoto Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, que faleceu após cair do nono andar do edifício Píer Maurício de Nassau, que integra o conjunto residencial popularmente conhecido como “Duas Torres”, no Centro do Recife, voltará ao local para realizar uma vigília. O novo ato está marcado para acontecer às 15h da próxima sexta (12) e tem como mote o pedido de justiça pela morte de Miguel, que foi deixado sozinho no elevador por Sarí Côrte Real, primeira dama da cidade de Tamandaré, no litoral sul de Pernambuco e patroa de sua mãe, a trabalhadora doméstica Mirtes Santana. Côrte Real responderá em liberdade provisória por homicídio culposo, isto é, quando não há intenção de matar.

“O protesto será pacífico, mas não será silencioso”, avisa o comunicado divulgado pela família de Miguel. De acordo com o material, para as 16h, é prevista a “primeira onda de barulho”: “ficaremos um minuto fazendo barulho com instrumentos, pés batendo no chão, palmas, gritos e etc, e quando pararmos, todos gritarão: ‘mais uma hora se passa e a justiça não faz nada’ (faremos isso a cada uma hora)”, explica o material de divulgação.

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A programação inclui, às 17h, uma leitura de poesia por “pessoas pretas”. A organização pede ainda que pessoas que integrem o grupo de risco para a Covid-19 não compareçam e que os presentes respeitem o distanciamento social, utilizem máscaras e disponham de álcool em gel.

Centenas de pessoas participaram na noite desta quinta-feira (9) de uma vigília em Toronto em memória dos 176 mortos, incluindo 63 canadenses, na queda de um avião ucraniano no Irã. Em uma vigília em Toronto, que tem uma grande comunidade iraniana, muitos expressaram pesar e tristeza.

"Alguém têm que nos responder o que aconteceu. Eram pessoas inocentes que morreram", disse Yasmin Roshan, 43 anos, que perdeu dois amigos no acidente e participou da vigília com sua filha de nove anos. Roshan culpa o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo que ocorreu.

Na sexta-feira passada, Trump ordenou o assassinato de um general iraniano no Iraque. Em resposta, Teerã atacou bases com soldados americanos no Iraque. Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou que o Boeing 737 foi derrubado por um míssil, provavelmente por engano.

"Todos partiram e não sabemos por que motivo. É direito da comunidade e de todos saber exatamente o que aconteceu", disse Sam, 55 anos. Na multidão alguns gritavam: "Queremos justiça!". 

Também foram realizadas vigílias em Ottawa e Montreal. Na capital, Trudeau depositou uma coroa de flores durante cerimônia celebrada fora do Parlamento.

Os vencedores do sorteio da Mega-Sena acumulada pretendem fazer doações para a Vigília Lula Livre, montada em Curitiba desde que o ex-presidente Lula foi preso em abril de 2018. O grupo, composto por 49 assessores da liderança do PT na Câmara dos Deputados, ganhou R$ 126 milhões. Não foi revelado quanto eles preveem doar para a vigília. 

O sorteio da Mega-Sena aconteceu na última quarta-feira (18). De lá para cá, comemorações, brincadeiras e até críticas irônicas foram disparadas sobre o assunto. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, por exemplo, chegou a ironizar: “grupo de petistas fica milionário e, aparentemente, não há roubo na parada. Foi um mero acidente”.

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Nessa quinta-feira (19), também surgiu uma incógnita porque segundo o estatuto petista, quem for membro do PT tem de contribuir com um percentual de 2% a 20% do salário para ajudar na manutenção da legenda, mas a presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (RS) disse que os vencedores não precisam “pagar dízimo”.

"Não. O prêmio não entra na regra. Mas quem quiser doar uma parte, será muito bem vindo", afirmou Hoffmann.

Milhares de pessoas participaram, na noite desta quarta-feira (14), de uma vigíla em memória das vítimas do massacre de El Paso, onde um atirador matou 22 pessoas e feriu outras 26 em um supermercado no dia 3 de agosto.

A multidão, comovida, ocupou a maior parte da arquibancada do estádio de beisebol desta cidade do Texas, na fronteira com o México. O público era majoritariamente americano, mas muitos mexicanos cruzaram a fronteira para participar da vigília.

O atirador, um jovem branco de 21 anos armado com um fuzil de assalto, declarou aos investigadores que o ataque tinha como alvo os "mexicanos" que estavam no supermercado. 

Oito mexicanos morreram no ataque. Foram "injustamente atacadas pela cor de sua pele, sua cultura e seu idioma", disse em espanhol Jesús Seade, subsecretário para América do Norte da chancelaria mexicana, que participou da cerimônia com outros funcionários e políticos do país vizinho.

"Não deixaremos que o ódio provoque mais ódio", disse o governador do Texas, Greg Abbott, ao denunciar o "terrorismo doméstico".

Convocadas pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, centenas de pessoas se reuniram em Caracas com velas nas mãos em vigília para homenagear as vítimas da repressão militar que estavam nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro. Esperado, Guaidó não compareceu à atividade.

Acompanhado pela mulher, Carolina, as filhas Sara e Sofia, e a sobrinha Nazaré, o comerciante Paulo Matías disse que ainda há muita gente com medo da repressão do regime de Nicolás Maduro. "Não tem mais gente porque as pessoas estão com medo do que aconteceu outro dia em Altamira", afirmou o empresário, carregando a filha menor nos ombros.

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O Deputado Richard Blanco disse que "o ato foi também por 47 pessoas que morreram nestes anos de repressão, 937 pessoas presas, segundo relatório de Direitos Humanos, e pela saída de Nicolás Maduro, que é um presidente inconstitucional".

O padre Wilfredo Corniel, que já viveu no Brasil, celebrou parte do ato religioso. Ele disse ao 'Estado' que todos foram convocados pelo autodeclarado presidente interino Juan Gaudó "para rezar pelas pessoas que faleceram nos protestos, para que cesse a violência de Estado contra os manifestantes". Também "contra a usurpação, pela paz e por um governo de transição".

Para o religioso, o Estado venezuelano não pode apoiar grupos paramilitares para que matem manifestantes. "Chega de derramamento de sangue pelo governo." Ele trabalha na paróquia São Miguel Arcanjo, numa das favelas de Caracas, com cerca de 120 mil pessoas. "É uma favela muito perigosa", disse./COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Dezenas de pessoas se reuniram em torno do memorial em uma vigília na sexta-feira (19) à noite pelo 20° aniversário do massacre na Escola de Ensino Médio de Columbine, em Littleton, no Colorado.

Em 20 de abril de 1999, 12 estudantes e uma professora foram assassinados por dois adolescentes com várias armas e bombas de fabricação caseira. A dupla atacou a instituição, cujo nome se tornou uma triste referência para tiroteios em escolas.

Desde então, houve vários tiroteios em instituições de ensino nos Estados Unidos.

Apenas em 2018, 17 estudantes e professores foram mortos por um ex-aluno da Escola de Ensino Médio Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, no estado da Flórida, em fevereiro. Em dezembro de 2012, 27 pessoas - crianças em sua maioria - foram vítimas de outra tragédia desse tipo na Escola de Ensino Fundamental Sandy Hook, em Newton, Connecticut. Em 2007, na escola Virginia Tech, em Blacksburg, no estado da Virgínia, 32 morreram em um episódio similar.

Na sexta-feira (19), sobreviventes de Columbine, familiares e amigos se reuniram para relembrar a tragédia em Littleton. Acenderam velas, rezaram e depositaram flores junto às placas com os nomes de seus entes queridos. No memorial, na parte de dentro, uma das paredes contém biografias das vítimas gravadas no mármore. A parede externa enumera os feridos no ataque.

"Nunca se esqueçam", diz a inscrição na pedra. No início da semana, a sobrevivente Amanda Duran manifestou sua irritação com os persistentes tiroteios nas escolas. "Por 19 anos estive triste e de coração partido, mas agora o que eu realmente sinto é raiva", disse Amanda.

"Eu pensei que alguém fosse propor mais leis para as armas de fogo, ou que passariam a exigir testes psicológicos antes da compra de armas", desabafou Amanda, que tinha 15 anos no momento do ataque.

"Mas nada disso aconteceu, e isso me incomoda, me deixa furiosa", afirmou, em entrevista à AFP. As marcas do que ocorreu em Columbine continuam presentes.

A adolescente americana Sol Pais, de 18, obcecada com a tragédia em Columbine, provocou o fechamento de escolas e uma intensa busca policial em Denver, esta semana. Sol viajou da Flórida para o Colorado, onde comprou uma arma e munição. Foi encontrada morta na quarta-feira. Ela teria cometido suicídio.

Dean Phillips, agente especial responsável pelo escritório do FBI em Denver, disse que Sol havia feito comentários no passado que expressavam "uma obsessão" com Columbine e seus autores.

Sem sentir segurança em deixar sua filha de 17 anos sozinha na Escola Raul Brasil, Débora de Andrade, de 35 anos, ficou na frente do portão durante todo o período de aula da menina na segunda-feira (1º). Há 21 dias, o massacre de Suzano deixou 10 mortos e os pais ainda fazem vigília e vão buscar as crianças mais cedo. Além disso, criticam a falta de psicólogos, policiais e professores. "Todo mundo ainda está em choque. Os alunos estão devastados e os professores, também. Muitos faltaram e os estudantes ficaram com aula vaga, sem supervisão", conta ela.

A estudante Thais de Oliveira Laurindo, de 17 anos, afirma que das seis aulas de segunda-feira, véspera de um feriado municipal, teve apenas duas, por falta de docentes. Os alunos foram liberados para ficar no pátio ou na quadra. "Mas eu ainda estou muito assustada com tudo o que houve. Olho para o pátio e lembro da tragédia, não queria nem sair da sala."

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A contadora Juliana Ribeiro, de 35 anos, mãe de duas alunas do 1.º e do 3.º ano, diz que a ausência dos professores deveria ser um alerta para a necessidade de mais cuidado com a saúde psicológica de todos os que viveram a tragédia. "Os funcionários estão sofrendo com o que aconteceu e não conseguem sozinhos dar suporte aos alunos. Por isso, seria importante a presença de profissionais de fora, que não vivenciaram o massacre, para ajudar nessa recuperação", diz.

Coordenadora da equipe de apoio psicológico à escola Raul Brasil, Marilene Proença, diretora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a presença dos profissionais da área foi pensada para um auxílio de emergência, mas as equipes continuam atendendo no Centro de Atenção Psicossocial (Caps). "Continuamos trabalhando como equipe de apoio. Quem organiza todas as ações é a Secretaria Estadual de Educação."

Um grupo de pais se organiza pelas redes sociais para solicitar uma reunião com a diretoria. Em uma carta, eles reclamam de não ter acesso à informação sobre o que está sendo feito para melhorar a segurança e para dar suporte psicológico imediato aos alunos e funcionários. "Há crianças que estão comendo no banheiro na hora do recreio, com medo de ficar no pátio. Outras ficam planejando fuga", diz o texto.

Reforço

Procurada, a Secretaria Estadual de Educação informou que "funcionários das Diretorias de Ensino foram mobilizados para reforçar a equipe da escola, considerando a falta de professores que ainda não haviam retornado às atividades". "Essa é uma estratégia que seguirá acontecendo para evitar que estudantes fiquem com aulas vagas", ressaltou.

Na mesma nota oficial, afirmou que "técnicos do Centro de Referência e Apoio à Vítima, da Secretaria Estadual de Justiça, continuam na escola para atendimentos individuais e coletivos". Também há reuniões com grupos voluntários que devem atuar "em ações de apoio psicológico e formativo" até o mês de agosto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de militantes petistas irá passar a virada do ano, nesta segunda-feira (31), nas mediações da sede da Polícia Federal, em Curitiba, em solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde o dia 7 de abril deste ano. A vigília denominada “Lula Livre” teve início às 9h da manhã e deve reunir um grande número de pessoas. 

Além de confirmada a presença da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, uma comitiva de deputados e caravanas do Brasil inteiro devem participar do ato. Um convite compartilhado nas redes sociais da senadora pede para que “ninguém solte a mão de ninguém”. 

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Uma vaquinha virtual chegou a ser criada para arrecadar fundos com o objetivo de custear o evento como transporte e para que uma ceia seja montada no alojamento. A vigília foi organizada pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT e a Secretaria Municipal de Mulheres do PT de São Paulo. 

Já na terça-feira (1), a expectativa é que de forma simbólica a militância e aliados de Lula “abracem” o quarteirão da PF. “Onde um inocente cumpre injusta pena, num abraço simbólico e amoroso ao nosso eterno Presidente Lula. Todos em Curitiba no dia 1”, diz outro texto publicado por Gleisi. 

A senadora avisou que o ano de 2019 vai ser um ano cheio de desafios e falou novamente sobre resistência. “Temos que lutar pela nossa jovem democracia, o que requer que nós enfrentemos os processos de injustiça. O primeiro deles é contra o nosso ex-presidente Lula. Não é possível que o Lula, aos 73 anos, ainda esteja preso em Curitiba por crimes que não cometeu. Essa Lava Jato, que foi iniciada de forma certa, desvirtuou e passou a perseguir o PT e passou a perseguir Lula. Nós não podemos permitir”, ressaltou.

A legenda também organizou um “Natal com Lula” sempre ressaltando a necessidade de libertar o ex-presidente. No entanto, segunda a cientista política Priscila Lapa, a tendência é que haja uma resposta no sentido de manter a condenação. “Dificilmente haverá algum tipo de regalia ou algum tipo de relaxamento até porque Bolsonaro, boa parte de sua popularidade, está relacionada ao combate a corrupção e ao próprio antipetismo”, ressaltou em entrevista ao LeiaJá. 

Uma igreja em Detroit, Michigan, que já foi liderada pelo pai da lenda da música Aretha Franklin, realizou uma vigília nesta quarta-feira (15) pela "rainha do soul".

Franklin recebeu visitas na terça-feira do ícone musical Stevie Wonder e do ativista pelos direitos civis Jesse Jackson, em meio a uma avalanche de bons desejos chegados de todas as partes, disse uma porta-voz.

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Dezenas de pessoas se reuniram na igreja batista de New Bethel para um culto às 05h00 locais (06h00 de Brasília), dedicado a esta cantora de 76 anos que durante cinco décadas influenciou diferentes gerações como uma das divas da música popular.

Poucos detalhes foram concedidos sobre a condição da artista e de sua doença, mas afirmaram que estão dando cuidados paliativos e que ela está cercada por sua família e seus amigos.

A vigília na igreja de New Bethel para a criadora de sucessos inesquecíveis como "Respect", "Natural Woman" e "I Say a Little Prayer" contou com a presença de ministros de diferentes igrejas da área de Detroit.

O pai da cantora, CL Franklin, foi pregador em New Bethel, onde uma jovem Aretha começou a cantar música gospel.

A 18 vezes vencedora do Grammy manteve laços com a igreja ao longo dos anos, fazendo contribuições financeiras e organizando eventos.

"Ela dá aos necessitados, aos sem-teto", assegurou a assistente de Franklin, Fannie Tyler, aos meios de comunicações reunidos, enquanto agradecia à igreja pela vigília.

"Ela amaria ter estado aqui", afirmou Tyler.

Franklin influenciou muitas gerações de cantores, desde a diva do pop Mariah Carey à falecida cantora Whitney Houston, passando por Alicia Keys, Beyoncé, Mary J. Blige e pela britânica Amy Winehouse.

Foi a primeira mulher a entrar no Hall da Fama do Rock and Roll e cantou na cerimônia de posse de dois presidentes: Bill Clinton e Barack Obama.

"Assim como as pessoas em todo o mundo, Hillary e eu estamos pensando em Aretha Franklin", disse o ex-presidente Clinton na segunda-feira pelo Twitter.

Também na segunda, Beyoncé dedicou o seu show em Detroit a Franklin, enquanto Chaka Khan, a "rainha do funk" e contemporânea de Aretha Franklin, tuitou: "vou dormir esta noite com o coração pesado e com uma oração para a minha irmã de alma".

O juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública do Paraná, Jailton Tontini, impôs multa de R$ 5,5 milhões ao PT e à Central Única dos Trabalhadores pelo suposto descumprimento de liminar que determinou o desmonte da vigília em frente à Polícia Federal do Paraná, onde está preso, em Sala Especial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para cumprimento de pena de 12 anos e um mês na Operação Lava Jato. O juiz ainda autorizou o uso de força policial para o cumprimento da ordem.

O magistrado havia decidido, em 19 de abril, que os grupos pró e contra Lula que ocupavam as redondezas da Superintendência da Polícia Federal pagassem multa diária de R$ 500 mil caso não deixassem o local. Com a soma dos dias, o valor pelo suposto descumprimento chegou aos R$ 5,5 milhões.

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Segundo o magistrado, determinou-se ao oficial de justiça que se dirigisse até o local e verificasse se a ordem liminar estava sendo cumprida e, em caso negativo, quem a estava descumprindo.

"A diligência foi realizada pelo servidor, o qual possui fé pública, e se infere das certidões, fotografias e vídeos de sequência n.º 113 e 114 que a decisão liminar proferida por este Juízo não está sendo cumprida pela CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES - CUT e pelo PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT, mesmo cientes do inteiro teor da liminar, das consequências do descumprimento e da decisão de sequência n.º 85", anotou.

O juiz determinou ainda "que se oficie à Exma. Governadora do Estado do Paraná, Sra. Maria Aparecida Borghetti, ao Exmo. Secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Sr. Julio Cezar dos Reis, e à Exma. Sra. Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Audilene Rosa de Paula Dias Rocha, solicitando o auxílio de força policial para o imediato cumprimento da ordem liminar proferida pelo Poder Judiciário do Estado do Paraná, conforme, aliás, mencionado na própria decisão".

Defesas

Em coletiva de imprensa, a CUT do Paraná afirmou que existia um acordo para a manutenção de quatro barracas com as autoridades. "No acordo, também, poderíamos usar o som. Aí, numa outra ata que houve, foi retirado o som para que conseguisse dialogar e fazer só o bom dia e o boa noite. Fazer com que tivesse menos barulho. De agora em diante, está aí. A gente vai recorrer e vai ficar aqui. Vamos recorrer à segunda instância e manter as barracas que estiverem aqui".

Já o PT do Paraná afirmou que o partido deve manter a vigília. "As tendas ficarão aqui. A vigília será mantida. Vamos negociar e vamos debater judicialmente para que o acordo seja cumprido. Como estamos aqui há mais de 50 dias com muita paciência e tolerância, por não aceitar provocação, ficaremos aqui enquanto não for libertado o Lula".

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), disse em entrevista ao Jornal da Eldorado nesta quarta-feira, 9, que pediu à Justiça Federal para que os militantes que acampam perto da sede da Polícia Federal em solidariedade ao ex-presidente Lula, condenado e preso na Operação Lava jato, sejam retirados de lá.

"O prédio da PF não é uma penitenciária e a Justiça não pode violar a lei. Conversei com desembargadores do TRF-4 de Porto Alegre e fui muito bem recebido", disse Greca. "O município merece respeito da Justiça Federal, mas Justiça tem seu tempo e talvez por isso os prédios caiam em SP por abandono."

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Ainda de acordo com o prefeito curitibano, o monitoramento feito pela Polícia Militar do Paraná e a Guarda Municipal para manter a segurança do local, onde já houve um ataque a tiros que deixou ao menos dois feridos, custa cerca de R$ 10 mil por dia.

"Temos um monitoramento da PM e da Guarda, isso custa dinheiro, mas os ânimos estão acirrados. O PT e o MST colocam em antipatia a população civil de Curitiba", disse. "Tudo que for preciso para proteger os moradores eu vou fazer. A Justiça não tem direito de criar desarmonia na minha cidade", disse Greca

Lula cumpre a pena de 12 anos de prisão na sede da PF em Curitiba desde 7 de abril, dois dias depois de ter tido a prisão decretada pelo juiz Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá (SP) e após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter-lhe negado um habeas corpus. O ex-presidente foi condenado em segunda instância pelo TRF-4 de Porto Alegre.

Desde então, militantes do PT, MST, CUT e outros movimentos sociais acampam perto da sede da PF em Curitiba em vigília pela libertação do ex-presidente. O local também tem recebido visitas de líderes do PT e de outros partidos.

Com a impossibilidade de visitarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, parlamentares aliados se revezam para ir a Curitiba e evitar que a "vigília" em apoio ao petista se esvazie. Além disso, o PT organiza programações culturais para tentar manter as atividades diárias em frente ao prédio da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense, onde o ex-presidente cumpre pena desde o último dia 7.

Nesta sexta-feira, 20, o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) e o ex-ministro Aloísio Mercadante estiveram no local durante a manhã. Os discursos dos petistas insistem na manutenção da pré-candidatura de Lula à Presidência da República, mesmo preso, e defendem a liberdade do ex-presidente, condenado na Operação Lava Jato.

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"A hora agora é de resistência, eles acham que vão nos ganhar no cansaço, criam todo tipo de dificuldade, mas esse acampamento aqui é uma semente da resistência", afirmou Pimenta, em discurso para os apoiadores. Nas redes sociais, o PT divulga vídeos insistindo que a vigília seja mantida enquanto Lula estiver preso. "Nós só saímos da rua com o Lula junto conosco. Liberem o Lula que nós vamos embora", disse Pimenta. "Lutar pela liberdade de Lula é fundamental, toda militância nossa tem que estar aqui", declarou Mercadante.

Na tarde de hoje, os deputados federais do Paraná Enio Verri e Zeca Dirceu visitariam o local onde estão os manifestantes. O grupo convocou ainda um ato com acendimento de luzes de velas e celulares para 18h30. Para amanhã, o PT anunciou a presença da filósofa Marcia Tiburi, recém filiada ao partido no Rio de Janeiro, e uma "caravana feminista" em Curitiba.

Há um acampamento montado para que os manifestantes passem a noite, a cerca de um quilômetro do prédio da PF. Todos os dias, os protestantes vão à região perto do cordão de isolamento do prédio para gritar "bom dia" ao ex-presidente e promovem atividades durante o dia. Além dos discursos políticos, há rodas de músicas e outras programações, que passam por partidas de futebol, como na tarde de hoje, e até aulas de ioga e meditação, ocorridas na quinta-feira, 19.

Visitas

O ex-presidente, a princípio, só está autorizado a receber visitas de advogados no dia a dia e de familiares em dias determinados, assim como os outros detentos. Aliados alegam que Lula merece um tratamento diferenciado porque seria um "preso político". A juíza da Vara de Execuções Penais Carolina Moura Lebbos tem negado que outras pessoas entrem na sala especial onde o petista está preso.

Na última terça-feira, 11 senadores da Comissão de Direitos Humanos do Senado - todos aliados ao petista - visitaram Lula após terem informado à juíza que fariam uma "vistoria" no local. A magistrada autorizou a inspeção. Na Câmara, uma comissão externa da Casa anunciou que outra vistoria será feita na próxima terça-feira, 24. Ainda não houve manifestação judicial sobre o ato. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias também aprovou uma visita ampla ao ex-presidente, ainda sem data agendada.

Nesta quinta-feira, 19, o ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, e o teólogo Leonardo Boff, amigo do ex-presidente, também tentaram visitá-lo, mas foram barrados no prédio da Polícia Federal. O PT publicou fotos de Boff, que tem 79 anos, sentado em uma cadeira de plástico aguardando autorização em frente à guarita da Superintendência da PF.

A juíza Carolina Lebbos não permitiu a visita e disse que não há nenhuma notificação de violação a direitos humanos que justificasse uma nova inspeção no local onde o petista cumpre a pena.

Por Fabio Filho 

A mobilização de centrais sindicais, movimentos e partidos em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tem se resumido a Curitiba, onde ele está preso desde o último sábado (7). Nesta quarta-feira (11), o assunto será o mote principal de uma vigília no Recife, marcada para iniciar a partir das 14h, na sede da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), no bairro de Santo Amaro. 

Mais cedo, membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fecharam rodovias federais no estado. Os atos aconteceram  quilômetro 98 da BR-101, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e no quilômetro 135 da BR-232, em Caruaru, no Agreste do Estado. As estradas foram fechadas por cerca de duas horas a partir de um bloqueio feito por pneus queimados. Por volta das 9h30 as vias já estavam liberadas.

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Além do MTST e da CUT, grupos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e partidos como PT, PSOL e PCdoB também encabeçam as mobilizações em defesa de Lula. 

Agenda de mobilizações

No próximo sábado (14), outra manifestação está prevista para acontecer, desta vez na Praça da Independência, em frente a Ocupação Marielle Franco, a partir das 14h. Como a data marca um mês do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, o ato ecumênico como tema “Marielle presente, Lula livre”. 

Já na terça-feira (17), o protesto terá concentração a partir das 16h, no Parque 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro. Também estão sendo organizados atos e atividades de panfletagem em outras cidades pernambucanas como Petrolina e Caruaru. 

O ex-presidente Lula está preso desde o último sábado (7) para cumprir a pena de 12 anos e um mês de reclusão, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a noite no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, acompanhado dos filhos e correligionários. Após a decretação da prisão pelo juiz Sérgio Moro, no início da noite desta quinta-feira (5), o ex-presidente, condenado a 12 anos e um mês de prisão no processo do caso tríplex do Guarujá, tem até às 17h desta sexta (6) para se apresentar "voluntariamente" à Polícia Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato.

Até o momento, Lula não informou se vai se entregar no prazo determinado pelo juiz Moro, se vai aguardar o cumprimento do mandado de prisão ou se pretende resistir. Ele não discursou no carro de som durante o ato da noite de quinta, apenas acenou por volta das 2h desta sexta e desceu para cumprimentar alguns aliados.

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A ex-presidente Dilma Rousseff, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e os candidatos à Presidência Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D'Ávila (PC do B) estiveram presentes ontem à noite no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em apoio ao petista. Moradores de ocupação do MTST em São Bernardo também fizeram caminhada até o local. Contudo, durante a madrugada, o número de apoiadores caiu. Eles prometem voltar ao local ao longo do dia. Às 7h desta sexta, não havia movimentação em frente ao prédio do sindicato.

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