Tópicos | Vilas e Favelas

Na manhã deste sábado (2), o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) promoveu atos de protesto contra a fome, a miséria e o desemprego em cidades de diversos estados do país. No Recife, o ato ocupou a loja do Supermercado Extra, na Avenida João de Barros, bairro do Espinheiro, Zona Norte da cidade. Com cartazes e gritos de ordem, cerca de 200 pessoas participaram da manifestação no interior do estabelecimento. A Polícia Militar (PM) foi chamada para conter o movimento.

Com convocatória feita pelas redes sociais, os atos deste sábado (2) pretendiam protestar contra os altos preços dos alimentos no país e contra o atual governo, comandado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). As manifestações ocorreram no Rio Grande do Norte, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.

##RECOMENDA##

No Recife, capital pernambucana, os manifestantes se concentraram na Praça do Derby, na região central, e seguiram a pé até o Supermercado Extra da Avenida João de Barros. Segundo postagens nas redes sociais do MLB, as famílias participantes do ato reivindicavam cestas básicas no estabelecimento. A Polícia Militar foi chamada para conter o movimento. "Não seremos intimidados e iremos resistir até que tenhamos nossas cestas garantidas", diz a publicação.

[@#video#@]

O LeiaJá entrou em contato com a PM, através de sua assessoria, e aguarda retorno. Mais  informações em instantes.

 

Representantes da luta popular em Pernambuco, tendo à frente o Movimento De Luta em Bairros, Vilas e Favelas (MLB-PE), realizaram na manhã desta terça-feira (22) um protesto em uma unidade do Carrefour na Torre, na Zona Norte do Recife. A ação ‘Natal Sem Fome’, realizada anualmente para conseguir a entrega de cestas básicas às famílias assessoradas em estado de vulnerabilidade social, foi acompanhada de denúncias contra os altos preços dos alimentos.

O grupo também protestou contra a suposta conduta racista da rede, em decorrência do assassinato do trabalhador João Alberto Freitas, de 40 anos, assassinado pelos seguranças de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Também fizeram parte da articulação os a União da Juventude Rebelião (UJR-PE), a União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UESPE), o Movimento Olga Benário Pernambuco e o Movimento Luta de Classes (MLC). Segundo a coordenadora do núcleo estadual do MLB, Natalia Lucia foram reunidas cerca de 300 pessoas na ocasião, a maior parte delas famílias de ocupações assessoradas pelo movimento.

Como a ação ocorre todos os anos, passando por diferentes estabelecimentos comerciais, o LeiaJá perguntou à coordenadora se a escolha de 2020 teve algum motivo especial. 

“Primeiro, pela questão do assassinato do jovem trabalhador (em Porto Alegre). Todo ano a gente organiza essa atividade, já fizemos em shoppings, em Recife e Olinda. Esse ano foi especificamente no Carrefour porque a gente quis denunciar a questão do racismo. A maioria das famílias com quem a gente trabalha são negras e aí vimos a necessidade de fazer uma atividade simbólica, com um peso maior”, explicou a militante.

Um ofício solicitando a entrega de 1000 cestas básicas a famílias pobres do Recife já havia sido enviado com antecedência, mas não se obteve resposta.

A visita ao supermercado passou por momentos tensos. Começando por volta das 9h30, a reunião foi interrompida por equipes do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) da Polícia Militar de Pernambuco. Segundo Natalia, os agentes foram acionados pelo estabelecimento e a princípio quiseram intimidar os manifestantes.

Em vídeo, os policiais estão sem identificação nos uniformes, mas é possível identificar seus rostos e o que é conversado com um outro coordenador do MLB, Davi Meira. Os PMs argumentam que foram chamados porque a situação se tratava de agitação em um local privado, e a rede teria o direito de recorrer.

Após algumas horas sem chance de diálogo, o gerente da loja aceitou conversar com os movimentos presentes. Em um acordo na presença de um advogado, o Carrefour aceitou a submissão do ofício à matriz no estado de São Paulo. Nesse novo documento, foram solicitadas apenas 300 cestas básicas, que devem contemplar as famílias presentes no ato.

O LeiaJá tentou entrar em contato com a unidade em questão, mas não obteve sucesso. O Carrefour tem até o fim da tarde desta terça, conforme acordo, para dar um retorno sobre a participação no ‘Natal Sem Fome’. O MLB-PE informa que, caso não haja confirmação das entregas, realizará um outro protesto sem aviso prévio na mesma loja no Grande Recife.

Cerca de 400 famílias carentes estiveram no Shopping Guararapes na manhã desta quarta (17) para reclamar dos altos preços dos alimentos. A maioria das pessoas integra o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), responsável pela realização da campanha Natal Sem Fome, que visa a beneficiar famílias carentes no fim do ano. Algumas lojas do centro comercial chegaram a fechar as portas, temendo algum tipo de tumulto. 

“Não houve qualquer tipo de arrastão, levante ou ‘rolezinho’. O que aconteceu foi que as famílias foram ao shopping para reclamar dos preços altos das comidas e pedir para que as lojas nos ajudassem doando cestas básicas para que a gente pudesse fazer a campanha esse ano. As lojas fecharam porque quiseram”, explica Cleber Santos, coordenador do MLB. A maioria das famílias que compõe o Movimento reside em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

##RECOMENDA##

Segundo ele, o Shopping Guararapes se comprometeu em doar cestas básicas para as famílias. De acordo com a assessoria do Shopping Guararapes, a administração está em contato com as lideranças do Movimento e não houve nenhum tipo de tumulto. O Hiper Bompreço e demais lojas que haviam fechado parcialmente voltaram a funcionar após da saída das famílias. 

DENÚNCIA – Segundo funcionários do Shopping Guararapes, os integrantes do MLB teriam pago uma quantia de R$ 10 para receber as cestas básicas das lojas. Questionado a respeito dessa prática, o coordenador do Movimento assegurou que a campanha Natal Sem Fome é unicamente voluntária e que os participantes não praticam nenhum tipo de extorsão aos lojistas. Ainda segundo Cleber, os participantes se organizam para fretar um ônibus para levá-los aos shoppings durante a campanha, mas a cota seria de exclusiva responsabilidade das famílias, sem nenhum tipo de coação do MLB.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando