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As autoridades sanitárias da Itália confirmaram nesta sexta-feira (20) mais dois casos de varíola de macaco, doença rara provocada por um vírus semelhante ao da varíola, que está erradicada no mundo desde 1980.

De acordo com o secretário de Saúde da região do Lazio, Alessio D'Amato, as duas pessoas estão ligadas ao "caso zero" de varíola de macaco no país, detectado na última quinta (19), em Roma, em um paciente recém-retornado das Ilhas Canárias, na Espanha.

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"Os dois casos suspeitos, relacionados ao caso zero italiano, foram confirmados, portanto sobe para três o número de casos de varíola de macaco", afirmou D'Amato. Todos os infectados estão em isolamento no Instituto Lazzaro Spallanzani, em Roma, principal referência no combate a doenças infecciosas na Itália.

"Essa não é uma doença nova e não deve gerar alarmismo. É uma varíola mais fraca, tem sintomas mais leves que a varíola tradicional. Precisamos ter grande atenção, mas nada de alarme", afirmou o diretor-geral do Spallanzani, Francesco Vaia, à emissora Rai Radio1.

O vírus da varíola de macaco pode ser transmitido por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola, como febre, dores musculares e o surgimento de bolhas na pele, embora de forma mais leve.

Casos da doença já foram confirmados em outros países nos últimos dias, como Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Reino Unido.

O nome "varíola de macaco" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno.

O primeiro caso em humanos data de 1970, na República Democrática do Congo, durante os esforços para a erradicação da varíola.

Da Ansa

O genótipo cosmopolita do sorotipo 2 do vírus da dengue foi detectado no Brasil pela primeira vez. Presente na Ásia, Pacífico, Oriente Médio e África, a linhagem é a mais disseminada no mundo, mas nunca tinha sido encontrado no território brasileiro. A identificação foi realizada em fevereiro em uma amostra referente a um caso ocorrido no final de novembro em Aparecida de Goiânia, em Goiás. O achado representa o segundo registro oficial desse genótipo nas Américas, após um surto no Peru, em 2019.

A detecção, liderada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública de Goiás (Lacen-GO), foi comunicada imediatamente às secretarias municipal e estadual de Saúde e ao Ministério da Saúde. Para informação à comunidade científica, um artigo foi publicado na plataforma de pré-print medRxiv, que permite a divulgação rápida de resultados, antes do processo de revisão por pares. O trabalho também foi submetido para publicação em revista científica e atualmente se encontra em fase de revisão.

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Nas Américas, linhagem cosmopolita do sorotipo 2 do vírus da dengue foi detectada em Goiás, no Brasil, e em Madre de Dios, no Peru (reprodução: Giovanetti e colaboradores)

O vírus da dengue possui quatro sorotipos, nomeados como 1, 2, 3 e 4, e cada sorotipo pode ser subdividido em diferentes genótipos (também chamados de linhagens), devido à presença de variações genéticas. O genótipo cosmopolita é uma das seis linhagens do sorotipo 2 do patógeno.

Para os pesquisadores, a chegada dessa cepa ao Brasil preocupa, porque existe a possibilidade de ela se disseminar de forma mais eficiente do que a linhagem asiático-americana, também conhecida como genótipo 3 do sorotipo 2, que atualmente circula no país.

“Ainda não sabemos como será a proliferação do genótipo cosmopolita no Brasil. Mundialmente, ele é muito mais distribuído e causa mais casos do que o genótipo asiático-americano, que circula no Brasil há anos. O quadro global indica que a linhagem cosmopolita tem capacidade de se espalhar facilmente”, afirma o coordenador da pesquisa, Luiz Carlos Júnior Alcantara, pesquisador do Laboratório de Flavivírus do IOC/Fiocruz.

A possibilidade de associação entre a linhagem cosmopolita e o aumento de casos de dengue no estado de Goiás em 2022 é, até o momento, descartada pelos cientistas com base no sequenciamento genético de amostras realizado no estado. Ao todo, cerca de 60 genomas foram decodificados pelos pesquisadores nas duas primeiras semanas de fevereiro. Estas amostras foram selecionadas de forma aleatória entre as amostras de casos de dengue confirmados pelo Lacen-GO nos meses anteriores. Aproximadamente metade pertencia ao sorotipo 1 e a outra metade ao sorotipo 2. Entre as amostras do sorotipo 2, apenas uma era do genótipo cosmopolita e todas as demais apresentavam o genótipo asiático-americano, atualmente circulante no Brasil.

“Os dados mostram que o surto de dengue em Goiás não é causado pelo genótipo cosmopolita”, declara Alcantara, acrescentando que a dengue tem comportamento cíclico no Brasil, que se relaciona com diversos fatores ligados ao vetor e ao vírus, assim como às condições climáticas e de vida da população.

Considerando a rápida identificação do genótipo cosmopolita, os pesquisadores avaliam que é possível agir para conter a sua disseminação. “A detecção precoce permite reforçar as medidas de controle. Esperamos que isso possa ajudar a limitar a propagação dessa linhagem no Brasil e nas Américas, onde já temos um cenário epidemiológico complexo, com múltiplos patógenos em circulação”, avalia a primeira autora do estudo, Marta Giovanetti, pós-doutoranda do Laboratório de Flavivírus do IOC/Fiocruz.

Entre as principais ações para conter a disseminação da dengue, está a eliminação de depósitos de água parada, que podem se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Conheça a estratégia 10 minutos contra o Aedes.

Vigilância genômica

Além das ações de combate à dengue, os pesquisadores enfatizam a importância de intensificar a vigilância genômica do agravo para mapear a possível circulação da linhagem cosmopolita e compreender melhor as rotas de introdução do vírus no país.

Árvore filogenética, que indica relação entre genomas virais de forma semelhante a uma árvore genealógica, mostra proximidade entre vírus isolados nas Américas e linhagens de Bangladesh (reprodução: Giovanetti e colaboradores)

Análises iniciais realizadas pelos cientistas mostram que o patógeno detectado no Brasil é semelhante a dois microrganismos isolados durante o surto registrado na província de Madre de Dios, no Peru, em 2019. Porém, ainda não é possível dizer que o genótipo cosmopolita foi introduzido no Brasil a partir do Peru.

“Considerando os genomas disponíveis, vemos que os vírus do Peru e do Brasil têm relação com genomas oriundos de um surto registrado em Bangladesh. Tudo indica que a introdução nas Américas ocorreu a partir da Ásia, provavelmente através de viagens intercontinentais. Porém, para compreender a dinâmica da dispersão no continente americano precisamos ter mais amostras sequenciadas”, esclarece Marta.

“A província de Madre de Dios faz fronteira com o estado do Acre, no Brasil. A vigilância genômica ativa nessa região, com sequenciamento genético de amostras do dengue 2, seria importante para entender essa introdução e orientar as ações para conter o espalhamento viral”, acrescenta a cientista.

A identificação do genótipo cosmopolita do vírus da dengue foi realizada a partir de um projeto de vigilância genômica de arbovírus em tempo real, liderado pelo Laboratório de Flavivírus do IOC/Fiocruz. Na iniciativa, os pesquisadores se deslocam para os Laboratórios Centrais de Saúde Pública dos estados (Lacens) e realizam a decodificação de genomas com equipamentos portáteis para sequenciamento genético. Desde 2020, o trabalho contempla também a vigilância genômica do Sars-CoV-2, causador da Covid-19, recebendo o nome de VigECoV-2.

“Em geral, passamos uma semana em cada Lacen e, nesse período, conseguimos gerar mais de 250 genomas. Fazemos as análises em tempo real e apresentamos os resultados ao Lacen, à Secretaria estadual de Saúde e ao Ministério da Saúde. O objetivo é que esses dados possam servir de apoio para políticas públicas de saúde”, destaca Alcantara, lembrando que a equipe do projeto também oferece treinamentos para os profissionais dos laboratórios.

Do site da Fiocruz

Durante evento com representante das Forças Armadas nesta terça-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ressaltou que está no combate a um dos vírus “mais mortais” até então, que é o “vírus da corrupção”. De acordo com o chefe do Executivo, que minimizou a Covid-19, vírus que matou milhares de pessoas em todo o mundo, a imprensa faz ataques ‘descomunais’ ao seu governo. 

Bolsonaro pontuou a interação existente no seu governo e que “dá certo”. “Aqui há um mesclado de civis e militares que se entendem, interagem, têm amor à sua pátria e querem o melhor do seu País”. 

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De acordo com o presidente, a interação também é vista no combate ao vírus. “Vemos essa interação no combate a um vírus, um dos mais mortais que se teve notícia ao longo de décadas do nosso País: o vírus da corrupção. [ele está] Praticamente vencido. Se um dia aparecer alguma coisa [suspeita de corrupção], vamos atrás”, assegurou. 

“A gente lamenta por parte da nossa imprensa os ataques descomunais”, ironizou. “Estamos há três anos e três meses com foco de inquietação, mas quem tem a consciência tranquila e Deus do outro lado, vence os obstáculos”, afirmou.

Ministério da Educação

O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu exoneração do cargo no dia 28 de março após ter áudios vazados realizando lobby com as verbas da pasta e pastores evangélicos a paeido do presidente Bolsonaro. 

Nos áudios vazados durante reunião com os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura, Ribeiro diz que prioriza pedidos dos pastores para liberação de verba a pedido do presidente Bolsonaro. “Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar”, diz. 

O ex-chefe da pasta está sendo investigado pelo conteúdo do áudio vazado.  

Um homem de 37 anos foi preso por suspeita de transmitir HIV propositalmente para mulheres na cidade de Pontalina, na região Central de Goiás. Após sua foto ser divulgada, supostas novas vítimas buscaram as autoridades. 

O inquérito foi instaurado há cerca de 15 dias, quando seis mulheres denunciaram o suspeito. Metade já tem o diagnóstico confirmado e as outras três esperam o resultado dos exames. 

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O suspeito, identificado como Leovaldo Francisco da Silva, trabalha como vigilante da Prefeitura. Ele foi preso preventivamente por lesão corporal gravíssima na segunda-feira (21), mas negou que sabia sobre sua doença.

Novas denúncias

Após a foto ser divulgada junto com suas iniciais, nessa terça (22), mais três mulheres procuraram o delegado Leylton Barros, que estima que o número de vítimas pode subir para 10.

A Polícia suspeita que ele sabia que a investigação já estava em curso para justificar o descobrimento da doença neste mês. Na verdade, ele teria sido contaminado em 2019 e, mesmo sabendo da condição, evitava usar preservativos. 

"Ele alega que soube que era soropositivo, só no início do mês, no dia 13 de março. Mas, nessa data, a investigação já havia começado", disse o delegado ao Uol.

  A herpes labial está entre os assuntos em alta no Brasil, após o participante do BBB Eliezer apresentar algumas feridas labiais. Acontece que o participante, trocou beijos com duas mulheres no programa. Essas atitudes causaram questionamentos nas redes sociais sobre a infecção e o LeiaJá consultou uma determatologista para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto.

A dermatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), Dra. Rossana Vasconcelos, esclareceu que existem dois tipos de herpes, esse em questão é a herpes simples que pode ser causada pelo vírus tipo um e dois. Em geral é localizado ou no lábio ou na região genital. Acredita-se que 90% da população já teve o contato com o vírus do herpes, porém a manifestação cutânea é dependente da imunidade específica. Sendo assim, algumas pessoas são naturalmente imunes e acabam não manifestando.

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Segundo Rossana, a manifestação pode ser causada por estresse, exposição solar, tanto doenças como medicamentos que afetam a imunidade. No início você tem uma base avermelhada na pele, seguida pela formação de pequenas bolhas agrupadas nessa base. Além daquilo que vemos visualmente, existe uma sensação de pinicação da pele, normalmente aparece antes da formação das lesões. Geralmente a herpes se  manifesta no mesmo local e em situações que abaixem a imunidade, citada acima. 

Transmissão 

Segundo a professora de medicina, a transmissão acontece pelo contato no período em que a pessoa está com a lesão. Sendo assim, a pessoa que tem herpes, não transmite o tempo todo só quando essas lesões aparecem. Outro ponto de alerta, é quando se faz algum procedimento que rompe barreiras, como peeling, algum procedimento a laser ou alguma alergia na pele, essas coisas podem facilitar as manifestações cutâneas, causadas pelo vírus da herpes simples. Com essa barreira rompida,  as lesões podem se disseminar, o que ficaria localizada no canto da boca, com essa barreira rompida poderia pegar a região toda em que sofreu aquela exposição. 

Tratamento

  O tratamento pode ser feito com uso de antiviral oral, método mais eficaz, antiviral tópico, além de soluções secativas nas lesões, ou também algum tratamento regenerador depois que esses ferimentos secam. Atualmente existem algumas vitaminas que podem aumentar a resistência, em relação ao vírus, onde se faz uma manutenção prolongada naquelas pessoas que estão tendo a herpes de repetição. Existe a opção do antiviral mais prolongado com uma dose menor de prevenção, existem algumas vacinas em desenvolvimento.

"Apesar de muitas vezes a gente controlar com esses tratamentos todos, tratando principalmente na época adequada, na fase inicial. O paciente pode ficar anos sem manifestar, aquela pessoa que tem pré-disposição é difícil a gente falar 'Olha você curou e nunca mais vai ter', porque as vezes em uma situação de baixa imunidade ela pode voltar", acrescentou a dermatologista.  

Um estudo realizado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia, acompanhou 3.308 bebês com síndrome congênita da zika até os 3 anos de idade e identificou uma mortalidade 11 vezes maior que a das crianças sem a doença. As principais causas das mortes variam de acordo com a idade, e entre elas estão anomalias congênitas, doenças infecciosas e parasitárias e causas relacionadas ao sistema nervoso central.

O estudo foi divulgado hoje (24) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e publicado na revista científica The New England Journal of Medicine. É a primeira pesquisa a acompanhar crianças diagnosticadas com a síndrome até o terceiro ano de vida e faz parte da Plataforma de Vigilância de Longo Prazo para Zika e suas Consequências, coordenada pelo Cidacs/Fiocruz Bahia.

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Para chegar a essa amostra de mais de 3 mil crianças com a síndrome congênita, foram analisados dados de mais de 11 milhões de recém-nascidos cadastrados no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), entre 2015 e 2018.

A síndrome congênita da zika ocorre por alterações no sistema nervoso central dos bebês causadas quando o vírus infecta as mães durante a gravidez. A forma mais conhecida da doença é a microcefalia, mas há também anomalias funcionais, como a dificuldade para engolir, ou sequelas clínicas, como a epilepsia.

Entre as mais de 3 mil crianças com a doença acompanhadas, houve 398 óbitos até os 3 anos de idade. Os pesquisadores identificaram que, para bebês que nascem com menos de 32 semanas ou menos de 1,5 kg, não há diferença na mortalidade quando as crianças com a síndrome são comparadas com as que não têm.

Já para crianças que nascem com 32 a 36 semanas, a síndrome causada pelo zika aumenta as chances de morrer até os 3 anos em nove vezes. E para aquelas que nascem após as 37 semanas, esse risco aumenta em 14 vezes.

O estudo mostra ainda que a chance aumentada de morrer se estende por todo o período de vida analisado. Até os 28 dias de vida, o risco é sete vezes maior do que para as crianças sem a síndrome. Já entre 1 e 3 anos de vida, a possibilidade chega a ser 22 vezes maior. Uma das autoras do estudo, a pesquisadora associada do Cidacs e professora assistente da London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM) Enny Paixão, explicou à Agência Fiocruz de Notícias que números tão alarmantes requerem ações após o nascimento que ajudem a melhorar a sobrevivência dessas crianças. “Precisamos de protocolos pós-natais bem estabelecidos, incluindo intervenção precoce, para ajudar a diminuir sequelas e melhorar a sobrevida delas”, defende.

Outra autora do trabalho, a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia Glória Teixeira, destacou a importância de aumentar a disponibilidade de leitos neonatais para evitar mortes por síndromes congênitas neurológicas.

"Nós observamos que as crianças morriam com maior frequência em localidades com poucos leitos de UTI neonatal. Essas crianças precisam de centros de reabilitação: elas nascem com menos neurônios e com neurônios danificados, mas têm neurônios passíveis de serem estimulados, o que pode melhorar o processo de cognição e motor", disse à Agência Fiocruz de Notícias.

"É fundamental disponibilizar serviços e profissionais capacitados para o atendimento no nível local. Os gestores e técnicos da Vigilância em Saúde dos três níveis de gestão devem trocar informações e pensar em estratégias para capilarizar as ações", disse a professora.

As pesquisadoras chamam atenção ainda para relevância da prevenção da infecção pelo vírus zika, que é uma das arboviroses carregadas pelo mosquito Aedes aegypti. Uma das principais medidas de prevenção contra a proliferação do mosquito é evitar o acúmulo de água parada e descoberta, onde o inseto possa depositar seus ovos e se reproduzir.

Hong Kong enfrenta seu pior surto de coronavírus, com um sistema de saúde em colapso e aumento das restrições à medida que a maior parte do mundo volta à normalidade. A política rígida de "covid zero" manteve o vírus fora da cidade por meses. Mas quando a variante ômicron penetrou em suas defesas, pegou as autoridades desprevenidas, com uma população perigosamente subvacinada.

A ômicron - altamente contagiosa - foi descoberta na comunidade local no final de dezembro. As autoridades proibiram voos de alguns países, limitaram as reuniões a duas pessoas e até lançaram uma ampla caça aos hamsters depois de encontrar casos positivos nesses roedores.

Mas essas medidas não conseguiram interromper a transmissão. Na sexta-feira, Hong Kong somou mais de 20.200 infecções nos últimos dois meses, superando o total de 12.000 acumulados nos dois primeiros anos da pandemia.

A chefe do Executivo local, Carrie Lam, admitiu esta semana que a quinta onda representava "um duro golpe".

O governo tenta encontrar um local para um mega-hospital temporário e busca ajuda da China continental para aumentar sua capacidade de testes e acelerar a construção de instalações de isolamento e quarentena.

"Acho que o governo nunca esteve preparado para um surto dessa escala", diz Karen Grepin, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Hong Kong. "A nossa estratégia de combate à covid nunca evoluiu apesar do vírus se ter tornado muito mais transmissível".

Hospitais e vacinação

A política de Hong Kong em surtos anteriores era hospitalizar todos os infectados, mesmo os assintomáticos ou com sintomas leves. Mas isso levou a imagens chocantes esta semana de funcionários atendendo pacientes idosos em leitos nas ruas.

Pacientes também foram vistos esperando em longas filas do lado de fora de hospitais e potencialmente expondo o resto da população. Mas "apenas uma pequena minoria precisaria estar no hospital", diz o epidemiologista Ben Cowling.

A recente mudança no governo convidando pessoas com sintomas leves a ficarem em casa não aliviou a pressão e havia 12.000 pessoas esperando por um leito de hospital na quarta-feira.

Até agora, as autoridades de Hong Kong seguiram a política de "zero covid" de Pequim, que consiste em eliminar a transmissão do vírus com confinamentos rigorosos, testes massivos e fechamento de fronteiras, embora especialistas em saúde alertem que esses muros não durarão para sempre.

"O custo superou os benefícios para Hong Kong em meados de 2021", escreveu David Owens, fundador da operadora de saúde OT&P, em um artigo. "Uma vez que vacinas eficazes estão disponíveis, essa abordagem negativa e a política de covid zero impactam negativamente as taxas de vacinação", observou.

Hong Kong tem uma das taxas de vacinação mais baixas do mundo desenvolvido e os críticos culpam as autoridades por terem feito pouco para reverter a situação, especialmente entre a população vulnerável. Apenas 43% das pessoas com entre 70 e 79 anos e 27% das pessoas com mais de 80% receberam duas doses.

"A imunidade do rebanho caiu para um nível baixo, com nossas crianças e idosos não vacinados quando a nova onda chegou", disse Kwok Kin-on, da escola de saúde pública da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Na sexta-feira, Carrie Lam disse que o governo planejava testar todos os 7,5 milhões de moradores, mas descartou a necessidade de um confinamento no estilo do continente.

O presidente chinês Xi Jinping havia instado as autoridades de Hong Kong dois dias antes a implantar "todas as medidas necessárias" para conter o surto.

"Não é mais uma decisão de saúde pública (...) É também uma decisão política", acredita Grepin, da Universidade de Hong Kong.

Indicadores do InfoDengue, sistema de monitoramento de arboviroses desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontam a região Sul do país como área de atenção em 2022, com tendência de expansão da atividade da dengue para maiores latitudes.

Surtos importantes de dengue ocorreram na região de Londrina/PR, Sengés/PR e Joinville/SC, no ano passado e anos anteriores, que podem indicar adaptação do vetor e alterações climáticas, tema que precisa ser melhor investigado.

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Um projeto para avaliar mudanças no padrão de temperatura do país e possível associação com o aumento da temporada de dengue já está em desenvolvimento pelo InfoDengue.

“Seria importante fomentar projetos de pesquisa na área de entomologia para estudar as mudanças de comportamento do Aedes aegypti”, explica Cláudia Codeço, coordenadora do InfoDengue.

Época de dengue

Períodos chuvosos atrelados ao calor são favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya. Há relatos de epidemias de dengue no Brasil desde 1846, mas foi em 1986 que ela reemergiu e rapidamente se espalhou pelo país tornando-se motivo de preocupação e alerta constante para a saúde pública.

“A antecipação do período de transmissão em alguns estados traz preocupação e pode levar a incidências altas, se não for feito o controle adequado dos vetores”, afirma a pesquisadora.

Segundo os indicadores do InfoDengue, além do Sul do país, encontram-se atualmente em situação de atenção: o noroeste de São Paulo/SP, região entre Goiânia/GO e Palmas/TO, passando pelo Distrito Federal/ DF, e alguns municípios isolados da Bahia, Santa Catarina e Ceará.

Dengue no Brasil e países vizinhos

Os pesquisadores do InfoDengue também apontam para o padrão de ocorrência da dengue no país em 2021, em particular na parte Oeste do Brasil, desde o Acre até o Mato Grosso, fato que coincidiu com a alta circulação do vírus em países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, ressaltando a importância de vigilância forte e articulada nas fronteiras. Rio Branco (Acre) sofreu com epidemia de proporções altas, com alto impacto na população já fragilizada com as cheias ocorridas no período.

Nos meses de inverno de 2021, observou-se atividade aumentada de dengue na região Nordeste, considerada atípica. Uma possível explicação foi a circulação de chikungunya na região.

“As duas doenças apresentam quadros clínicos semelhantes, especialmente em suas fases iniciais, o que dificulta a classificação baseada predominantemente em critérios clínico-epidemiológicos. Logo, pode ser que parte dessa atividade de dengue seja proveniente de uma dificuldade de diagnóstico diferencial. Isso aponta para a importância de fortalecer a vigilância laboratorial no país, com a implementação de vigilância sentinela para arboviroses”, alerta Codeço.

Já nos meses de primavera de 2021, houve um crescimento expressivo e antecipado da curva de dengue no centro oeste (MT, GO, DF) e ao longo da estrada Brasília-Belém, passando por Palmas/TO e sul do Pará, região que deve ser monitorada por encontrar-se com um padrão precoce de circulação de dengue. O Estado de São Paulo também teve em 2021 uma atividade aumentada de dengue, na região noroeste, capital e baixada santista.

O cenário apresentado pelo InfoDengue ressalta a importância de observar o comportamento do mosquito e manter o controle, para evitar os focos da dengue e combater o vetor.

InfoDengue

Atualmente, o sistema InfoDengue monitora dados de dengue, zika e chikungunya em todo o país de forma integrada analisando dados epidemiológicos de notificação, dados climáticos e dados de menção às doenças nas redes sociais realizando uma correção de atraso das notificações dos dados para agilizar a tomada de decisão. Boletins são enviados semanalmente para as secretarias de saúde com as informações.

Aplicativo InfoDengue

Com o objetivo de otimizar o tempo dos usuários do sistema de monitoramento online de arboviroses InfoDengue, o coordenador do projeto e pesquisador/professor da Escola de Matemática Aplicada da FGV, Flávio Coelho desenvolveu o primeiro aplicativo para celulares Android e IOS do InfoDengue ao identificar o aumento do acesso mobile ao site. A partir do aplicativo, é possível buscar a situação das arboviroses na região de interesse.

Por Camile Duque (Agência Fiocruz de Notícias) e Marcelle Chagas (InfoDengue)

A variante Ômicron do coronavírus continua a se espalhar como um incêndio em todo o mundo, causando um número recorde de novas infecções diárias que forçam confinamentos e decretos para novas restrições às vésperas de a pandemia completar dois anos.

Na quarta-feira, os Estados Unidos, o país com mais mortes por Covid-19 no mundo - pelo menos 832.000 - registrou cerca de 600.000 novos casos.

Esses números levaram ao adiamento da cerimônia de premiação do prestigioso Grammy Music Awards, marcado para 31 de janeiro, enquanto o Festival de Cinema de Sundance, agendado para 20 a 30 de janeiro em Utah, será realizado online.

Na América Latina, o Peru, país com maior taxa de mortalidade por covid-19 do mundo (612 mortes por 100.000 habitantes em um país de 33 milhões de habitantes), registrou 8.687 novos casos confirmados em 24 horas na quarta-feira, o maior número em oito meses. O governo reduziu a lotação em espaços fechados e estendeu o toque de recolher noturno para tentar conter essa nova onda.

Na Bolívia, mais de 10.000 novas infecções foram registradas na quarta-feira, um recorde desde o início da pandemia, e as autoridades estão especialmente preocupadas com a situação na cidade de Santa Cruz, o epicentro das infecções, onde se teme que a situação cresça fora de controle.

Carlos Hurtado, diretor de Epidemiologia do Serviço de Saúde do Governo Regional, explicou que "pelo terceiro dia da história (da pandemia) ultrapassamos 50% de positividade, ou seja, dos 100 exames realizados, 51 deram positivo".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu que acima de 50% de positivos a situação não está mais sob controle.

- Grávida perde bebê na porta do hospital -

Em todo o mundo, o coronavírus causou pelo menos 5,4 milhões de mortes e quase 300 milhões de casos. A ômicron é muito mais contagiosa do que as variantes anteriores, mas não está causando um aumento na mortalidade, de acordo com dados oficiais.

Na China, entretanto, onde os primeiros casos de covid-19 foram registrados no final de 2019, a estratégia das autoridades permanece "zero covid" e as novas restrições são rígidas.

Hong Kong, onde foram registradas cem casos de ômicron, fechará suas fronteiras a partir de sábado por duas semanas para viajantes de oito países, incluindo os Estados Unidos.

A vizinha Macau fará o mesmo a partir de domingo, para todos os viajantes internacionais.

A China praticamente erradicou as infecções graças às suas medidas drásticas, que incluem severos bloqueios e quarentenas, testes diagnósticos massivos e fechamento de fronteiras.

Segundo dados oficiais, o país registrou apenas 103.121 casos desde o início da pandemia. Mas os pequenos surtos detectados preocupam as autoridades às vésperas das Olimpíadas de Inverno de Pequim, que serão realizadas de 4 a 20 de fevereiro.

Na cidade de Xi'an, no norte, onde os 13 milhões de habitantes estão confinados há duas semanas, uma grávida de oito meses perdeu o bebê após um hospital lhe negar atendimento por duas horas porque ela não tinha um teste negativo para covid recente, de acordo com uma postagem nas redes sociais. Uma fotografia da mulher, sentada em um banquinho e cercada por uma poça de sangue, circula por todo o mundo.

A AFP não conseguiu verificar esta postagem, que foi apagada, mas a prefeitura de Xi'an anunciou a suspensão do diretor do hospital e outros funcionários e a abertura de uma investigação para eventos "que causaram grande preocupação e impacto negativo na sociedade”, de acordo com o texto divulgado pelas autoridades municipais.

Na França, onde foi registrado o número recorde de 332.252 novas infecções nesta quarta-feira, os deputados aprovaram um projeto de lei sobre o passaporte de vacinação, que será necessário para entrar em cinemas, bares e determinados transportes, por exemplo.

Na Itália, a vacinação se tornou obrigatória para maiores de 50 anos, ou seja, metade da população.

- Djokovic será deportado da Austrália? -

A situação de saúde também está impactando o Aberto de Tênis da Austrália. A realização da competição não está em questão, mas pode não ter o número um do mundo Novak Djokovic.

O jogador sérvio, que se opõe à vacinação obrigatória, obteve autorização médica para participar do torneio. Mas essa decisão provocou uma enxurrada de críticas na Austrália, país que sempre manteve medidas muito rígidas de combate à pandemia.

Djokovic foi bloqueado pelas autoridades de imigração ao chegar em Melbourne devido, oficialmente, a um erro administrativo em seu visto de entrada.

O jogador conseguiu adiar sua deportação do país na manhã desta quinta-feira, mas não está claro por enquanto se ele finalmente poderá entrar oficialmente na Austrália e jogar o torneio. O presidente sérvio acusou a Austrália de "maus tratos".

burs-bl/es/jc

Nesta segunda-feira (3), a Prefeitura do Recife anunciou a abertura de 40 leitos no Hospital da Pessoa Idosa, em Areias, Zona Oeste do Recife, para tratamento de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (srag), causadas pelo vírus H3N2.

Desse total, 30 leitos são de enfermaria e outros 10 de UTI. A previsão é que, até o fim do mês, a unidade tenha todos os seus 70 leitos ativados para esta finalidade, caso necessário.

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"Essa é mais uma iniciativa da Prefeitura do Recife para amparar a população nesse momento de alta de casos de gripe na cidade. Já ampliamos a vacinação, anunciamos reforço de equipe e agora colocamos leitos à disposição, mas recomendamos sempre a cautela, o distanciamento social e o uso de máscara, além da higienização das mãos como forma de ajudar no combate às doenças respiratórias", disse o prefeito João Campos.

Os leitos montados pela gestão municipal estão sendo gerenciados pelo Sistema de Regulação Estadual. O ambulatório e o Serviço de Apoio e Diagnóstico da unidade de saúde seguirão com suas atividades normais, oferecendo exames laboratoriais e de imagem, além de consultas médicas e não médicas como as de psicologia, enfermagem e serviço social. 

A Prefeitura do Recife salienta que todos os cuidados de isolamento necessários serão mantidos para a segurança de pacientes ambulatoriais.

O aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no último trimestre deste ano tem atraído atenção para uma velha conhecida da humanidade. A gripe, como é chamada popularmente, tem gerado surtos regionais pelo país impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo A(H3N2), batizada de Darwin.

A primeira identificação da nova cepa no país foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro.

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Tipos de Influenza

Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves. O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata.

Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadigas.

H3N2

A cepa Darwin (recém-descoberta na Austrália) faz parte do tipo A. Nos últimos meses, ela contribuiu para um aumento de casos de gripe em um período atípico no Brasil – que, assim como os países do hemisfério sul, possui uma circulação maior do vírus influenza no inverno (entre julho e setembro).

De acordo com Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC, o grande número de pessoas infectadas com o vírus da gripe também é resultado da combinação de uma circulação reduzida do vírus influenza em 2020 com a baixa adesão à campanha de vacinação desse ano.

O pesquisador lembra que os cuidados para evitar o contágio e a transmissão da gripe são os mesmos que a população têm usado para frear a transmissão da Covid-19.

“Distanciamento social, evitar aglomerações, uso de máscaras, higiene constante das mãos e etiqueta respiratória. São medidas que vimos que ao longo do ano passado e que provavelmente fizeram com que várias viroses respiratórias desaparecessem de circulação. E, com certeza, mitigaram a transmissão do coronavírus”, afirmou Fernando Motta.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre o vírus influenza e o subtipo H3N2:

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Do Portal Fiocruz

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concluiu os primeiros estudos de engenharia reversa em TV boxes não homologados pela Agência. Os estudos constataram a presença, nesses aparelhos, de malware – um software malicioso – capaz de permitir que criminosos assumam o controle do TV box para a captura de dados e informações dos usuários, como registros financeiros ou arquivos e fotos que estejam armazenados em dispositivos que compartilhem a mesma rede.

Técnicos da Agência também verificaram nos testes que durante a operação normal do TV box era realizada a atualização do malware via botnet e que um servidor de comando poderia operar remotamente os aplicativos instalados e realizar ataques de negação de serviço – DoS, do inglês Denial of Service – contra outro sistema em rede.

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Nos testes realizados, a Anatel utilizou equipamentos de TV box disponíveis em centros de comércio popular e em marketplaces, de modo a garantir que os dispositivos analisados estivessem nas mesmas condições experimentadas pelo usuário quando adquire um equipamento desse tipo.

Os testes - que contaram com a colaboração de técnicos da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) - tiveram suporte de peritos forenses e foram realizados por técnicos da Agência utilizando infraestrutura residencial nas mesmas condições que o consumidor final. Esses testes ainda continuarão a ser realizados, abrangendo outros modelos de TV box.

Homologação

Equipamentos de telecomunicações precisam de homologação da Anatel para serem comercializados e utilizados no Brasil. O processo de avaliação da conformidade e homologação busca garantir padrões mínimos de qualidade e segurança. Aparelhos não homologados destinados à recepção de sinais de TV a cabo ou de vídeo sob demanda podem acessar conteúdos protegidos por direitos autorais, o que é crime. Tanto a comercialização quanto a utilização de produtos para telecomunicações irregulares são passíveis de sanções administrativas que podem ir de advertência a multa.

Acesse o relatório técnico dos estudos de engenharia reversa em TV Boxes aqui.

Com informações da assessoria

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou nesta segunda-feira (20), que a Influenza A H3N2 é uma doença sazonal e que já vinha sido confirmada em diversos Estados brasileiros. Apesar de preocupante, a circulação do vírus deve ter poucos casos graves e internamentos, quando comparadas com as ocorrências da Covid-19.

"Precisamos, neste momento, de uma atenção redobrada, principalmente para as crianças, os idosos e pessoas com comorbidades severas, já que são grupos com maior risco para agravamento pela influenza", ressaltou o secretário André Longo, durante coletiva de imprensa realizada na sede da SES-PE.

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O secretário de Saúde também afirmou que foi comunicado neste último final de semana, por unidades privadas de saúde e por Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), do aumento de pacientes com sintomas gripais, quadros que podem ser provocados por diversos vírus, como a Covid-19 e a influenza, além de outros agentes.

Pernambuco registra 42 casos confirmados de influenza A (H3N2) laboratorialmente desde o sábado (18), nove são casos de Srag, com seis internados em enfermaria, dois em UTI e um óbito. A morte foi de um homem de 46 anos, residente no Recife.

Ele apresentou quadro de falta de ar no último dia 09/12, buscando atendimento em uma UPA no dia 10/12, quando foi entubado e transferido para a UTI do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), vindo a falecer no domingo (19). O homem, paciente renal crônico, teve o exame para Covid-19 negativo, sendo feito, posteriormente, o da influenza.

Também foram localizados 12 registros no sistema e-SUS, utilizado para registro de casos leves, a partir de informações que já estavam baixadas na SES-PE. Os demais, provavelmente também do e-SUS, não foram localizados, já que o sistema do Ministério da Saúde (MS) está fora do ar.

"Neste momento, é de suma importância que todos os pacientes com quadro de síndrome respiratória aguda grave (Srag) sejam testados para Covid-19 e, se negativarem, as amostras serão testadas no Lacen para uma possível infecção pela influenza", complementa o secretário.

André Longo assevera que o uso da máscara é uma medida comprovadamente eficaz para controlar diversas doenças, incluindo a Covid-19 e a Influenza. “Todos sabem que houve um certo relaxamento da população e isso tem seu grau de contribuição para a circulação viral. É preciso reforçar esse cuidado. Se a grande maioria das pessoas usar a máscara corretamente, vamos evitar a transmissão de qualquer um dos vírus, o estrangulamento da rede de saúde e que vidas sejam perdidas”, pontua.

 

Nesta segunda-feira (20), a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou 42 casos positivos da Influenza A H3N2 em todo o Estado, através de exames laboratoriais. Entre os casos, um homem de 46 anos, que tinha problemas renais crônicos, morreu.

O secretário de Saúde, André Longo, aponta que o vírus pode estar circulando em Pernambuco há um tempo, mas não se sabe desde quando. "A gente sabe que o vírus da Influenza tem uma incubação no entorno de 48h, então a gente acha que passou a circular com mais frequência nessas últimas duas semanas, provavelmente", diz.

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Os primeiros casos foram detectados na sexta-feira (17), mas Longo aponta que já era esperado que casos de Influenza surgissem no Estado. No entanto, ele avalia que demorou-se a falar sobre esse casos porque não havia conseguido detectar anteriormente. 

No entanto, atualmente há uma repercussão sistêmica, com as pessoas procurando o sistema de saúde com os sintomas gripais.

No sábado (18), o Governo de Pernambuco divulgou a confirmação de três casos da Influenza A H3N2, que estavam sendo investigados pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs/PE).

Esses primeiros casos estavam correlacionados e começaram a ser investigados após uma mulher de 48 anos procurar o Cievs, informando que o marido teve contato com trabalhadores que vieram de São Paulo e apresentou sintomas gripais. Ao realizar teste em laboratório particular o resultado deu positivo para influenza A e negativo para Covid-19.

A outra mulher, de 38 anos, é funcionária do casal que testou positivo e começou a sentir os sintomas no dia 11 de dezembro. Todos negam viagem a outros estados.

Perfil dos casos

 Dos 42 casos confirmados de influenza A (H3N2) laboratorialmente desde o sábado, nove são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), com seis internados em enfermaria, dois em UTI e um óbito. A morte foi de um homem de 46 anos, residente no Recife. Ele apresentou quadro de falta de ar no último dia 09/12, buscando atendimento em uma UPA no dia 10/12, quando foi entubado e transferido para a UTI do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), vindo a falecer no domingo (19/12). O homem, paciente renal crônico, teve o exame para Covid-19 negativo, sendo feito, posteriormente, o da influenza.

Também foram localizados 12 registros no sistema e-SUS, utilizado para registro de casos leves, a partir de informações que já estavam baixadas na SES-PE. Os demais, provavelmente também do e-SUS, não foram localizados, já que o sistema do Ministério da Saúde (MS) está fora do ar.

Um estudo desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou que pessoas vacinadas com as duas doses da própria Oxford-AstraZeneca e da Pfizer-BioNTech não produzem anticorpos suficientes contra a variante Ômicron.

A variante pode levar uma nova onda de infecções até mesmo em quem já se vacinou, mas a dose de reforço aumenta a concentração de anticorpos e podem melhorar a proteção. Mesmo com o aumento de casos e uma possível sobrecarga do sistema de Saúde, a forma mais grave da doença não deve se intensificar na maioria.

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O resultado das amostras analisadas mostra que o nível de anticorpos neutralizantes que impedem a entrada do vírus nas células em quem recebeu duas doses da AstraZeneca caíram abaixo do limite detectável em todos, exceto em um dos vacinados.

Quem recebeu a Pfizer registrou queda de 29,8 vezes e, em cinco vacinados, ocorreu a queda abaixo do nível de detecção.

O professor de Pediatria e Vacinologia e co-autor do estudo, Matthew Snape, ressalformou que os resultados apresentam só uma parte do cenário. “Eles só olham para os anticorpos neutralizantes após a segunda dose, mas não nos falam sobre a imunidade celular, e isso também será testado em amostras armazenadas assim que os testes estiverem disponíveis”, considerou.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante derivada da Covid-19 conhecida como Ômicron, já está presente em quase 20 países, incluindo o Brasil. Apesar de ter sido registrada pela primeira vez em 24 de novembro, na África do Sul, a nova cepa tem características relacionadas à maior capacidade de transmissão, e por conta disso, está se propagando em alta velocidade por quase todos os continentes.

Ao todo, estas são as regiões que as autoridades sanitárias locais já detectaram o Ômicron: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Botsuana, Canadá, Dinamarca, Escócia, Espanha, França, Holanda, Hong Kong, Inglaterra, Israel, Itália, Japão, Portugal, República Tcheca, Suécia e hoje Brasil, que teve casos confirmados hoje. 

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Vale lembrar que existe todo um processo para confirmar que uma infecção se dá pela variante Ômicron. Inicialmente, o paciente passa pelo diagnóstico de testes moleculares, conhecido como RT PCR, e após a identificação da amostra positiva, os responsáveis pela pesquisa realizam um sequenciamento genômico. Só assim é possível registrar qual cepa mutante a infecção se trata.

 

 

Nesta sexta-feira (19), o Brasil ultrapassou a marca de 22 milhões de pessoas que se contaminaram com a Covid-19 desde o início da pandemia, em março do ano passado. 

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nas últimas 24h, foram 13.355 novos infectados registrados no país. 

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Também nas últimas 24h, 226 brasileiros perderam a vida para o novo coronavírus, totalizando 612.370 pessoas que perderam a luta contra a doença no Brasil. A média móvel de mortes diárias provocadas pela Covid-19 está em 268. É o 18º dia seguido em que o indicador fica abaixo dos 300 óbitos.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde fez um alerta sobre a Europa ser o novo epicentro da Pandemia de Covid-19. O anúncio acontece por conta dos casos de infecções e mortes pelo vírus, que registrou alta em diversos países, como Alemanha, França, Dinamarca e Áustria. Vale lembrar que até mesmo países do continente asiático apresentaram o mesmo cenário nas últimas semanas.

Segundo a OMS, um dos fatores que explicam o fenômeno é a baixa adesão do plano de vacinação, que implica diretamente nas taxas de hospitalizações. Além disso, o órgão informou que apenas 47% dos cidadãos da Europa e Ásia Central já estão com o esquema vacinal completo. E ainda que existam países com mais de 70% dos habitantes completamente imunizados, outras nações ainda estão com 10%.

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De acordo com especialistas, ainda que o evento esteja em andamento no período mais frio do ano, o vírus não reage de forma diferente nessa época do ano, o que muda é apenas o comportamento das pessoas, ao ficar mais tempo em ambientes fechados. Prova disso, também foi a alta de casos de infecção e morte por Covid-19 entre janeiro e abril no Brasil, período em que as altas temperaturas estavam presentes.

 

 

Cientistas do Instituto Pasteur de Paris anunciaram que identificaram em morcegos do norte do Laos uma cepa do vírus muito parecida com a do SARS-CoV‑2, que originou a Covid-19.

As conclusões da pesquisa ficaram disponíveis a partir desta quarta-feira (22) na plataforma científica "Research Square", de livre acesso.

O estudo ainda não foi avaliado de forma independente por outros pesquisadores, antes de ser publicado em uma revista científica, como acontece habitualmente.

Os cientistas franceses, ao lado de seus colegas do Instituto Pasteur do Laos e da Universidade Nacional deste país, integraram entre o fim de 2020 e início de 2021 uma missão na região norte do Laos para analisar diferentes espécies de morcegos que vivem em cavernas calcárias.

"A ideia inicial era tentar identificar a origem desta epidemia", explicou à AFP Marc Eloit, diretor do laboratório especializado na descoberta de novos patógenos no Instituto Pasteur de Paris.

Após análises das diversas mostras obtidas e, graças a dados coincidentes, "suspeitamos que alguns morcegos insetívoros poderiam hospedar o vírus".

As amostras foram recolhidas em uma região que faz parte de um imenso relevo cárstico, com formações geológicas calcárias, ideais para abrigar colônias de morcegos, que vai do Laos até o norte do Vietnã e o sul da China.

"Laos compartilha este território comum com o sul da China, repleto de cavernas onde vivem os morcegos, e por isso decidimos explorar por este lado", explica Marc Eloit. O que acontece nesta região é representativo de todo o ecossistema das cavernas.

As sequências dos vírus encontrados nos morcegos são quase idênticas às do SARS-CoV-2 (nome científico do vírus da covid-19) e os cientistas conseguiram demonstrar que é capaz de contaminar células humanas.

Os vírus examinados, no entanto, não tinham o que é conhecido como "local de clivagem da furina", uma função presente no SARS-CoV-2, que ativa a proteína Spike.

Esta proteína é a que permite ao vírus melhorar seu poder de penetração nas células humanas e, por este motivo, é a chave do poder patógeno do vírus que se propagou por todo o planeta.

- O mistério da propagação do vírus -

Várias hipóteses poderiam explicar o elo perdido nos vírus recentemente analisados, disse Marc Eloit.

"Talvez um vírus não patogênico tenha circulado primeiro entre os seres humanos antes de sofrer mutação", sugere o especialista.

"Ou talvez um vírus muito próximo dos vírus identificados possua este local de clivagem, e ainda não encontramos".

Mas a pergunta mais sensível é outra: "Como é possível que o vírus dos morcegos encontrado nas cavernas tenha acabado em Wuhan?", uma cidade que fica mais de 2.000 quilômetros ao norte.

Wuhan é a cidade chinesa considerada a origem oficial da pandemia de covid-19.

Até o momento não há uma resposta clara para esta pergunta.

Seja como for, este estudo "representa um grande avanço na identificação da origem do SARS-CoV-2", destaca Eloit.

A principal conclusão seria a de que existem vírus muito próximos ao SARS-CoV-2 nos morcegos, capazes de infectar o homem sem um animal intermediário, como os pangolins.

No fim de agosto, um grupo de especialistas que recebeu a missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de elaborar um relatório sobre a origem da covid-19 advertiu que as investigações estavam em um "ponto morto".

Os cientistas que deram o sinal de alerta integraram a equipe de 17 pesquisadores que a OMS enviou à China, onde trabalharam com outros 17 cientistas chineses.

A investigação inicial, no mês de janeiro, resultou em um relatório conjunto, divulgado em 29 de março, que não apresenta uma resposta clara às incógnitas.

Metade da população adulta do Recife completou o esquema vacinal contra a Covid-19 com duas doses ou com a vacina da Janssen. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (6), nas redes sociais do prefeito João Campos (PSB).

O gestor acrescentou que 93,7% do público acima dos 18 anos tomou pelo menos a primeira dose. Ele agradeceu o apoio à campanha de imunização e destacou a importância de manter os cuidados contra o vírus.

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"Obrigado a cada pessoa que fez sua parte e foi tomar sua vacina. Vamos continuar incentivando quem não tomou ainda e vacinando incansavelmente, de domingo a domingo. Com foco, dedicação e mantendo os cuidados, vamos vencer a Covid-19", escreveu na publicação.

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