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O Central foi rebaixado para a Série A-2 do Campeonato Pernambucano nesta segunda-feira (17), depois de perder para o Vitória das Tabocas por 2x0 em partida disputada no Lacerdão. O time fez apenas um ponto, em nove disputados, e terminou como lanterna do quadrangular do rebaixamento.

Em três jogos, o Central perdeu duas vezes e empatou uma. E mesmo que tivesse vencido o duelo de hoje, a vitória do Sete de Setembro sobre o Retrô por 1x0 deixou uma distância impossível de ser alcançada. O Vitória, que bateu a Patativa, também foi rebaixado. Retrô e Sete de Setembro permanecem na A-1 para o ano que vem.

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É terceira queda da Patativa, após 1998 e 2004. Em 2018, o time chegou à sua primeira final do torneio terminando como vice-campeão.

Uma rivalidade oriunda da Zona da Mata agora terá palco na elite do futebol pernambucano. Vitória e Vera Cruz, estreiam no estadual contra duas forças do Recife: Santa Cruz e Sport, respectivamente. Ambos os jogos acontecem nesta quarta-feira (24), e a reportagem do LeiaJá separou um resumo de como chegam as equipes do município de Vitória de Santo Antão para os confrontos. 

Vera Cruz

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O Vera Cruz vai receber o Sport na Arena de Pernambuco às 19h. Diferente do Leão, que não terá pausa de uma temporada para a outra, o Galo do Maués vem se preparando há um mês, desde o dia 25 de janeiro.  

Foram 10 contratações, três por empréstimo proveniente do Retrô, ex-equipe do novo treinador, Rômulo Oliveira, que na última temporada chegou às quartas de finais da competição. 

Sob o comando de Rômulo, a equipe espera repetir a posião conquistada pelo técnico em 2020 com o Retrô. Foto Felipe Ribeiro/Vera Cruz

Entre os reforços, destaque para o atacante Pedro Maycon que em 2019 chegou a ser anunciado no Santa, depois de ganhar destaque no Decisão. Edson é um dos remanescentes para ficar de olho. O atacante, chamado de Edgol, foi importante na campanha do acesso.

Além dele chegaram: Felipe Ramos, (Zagueiro); Ramirez (volante); Sid (atacante); Pedro Maycon, Mantega (meia-atacante); Vitinho (meio campo); Danielzinho (lateral direito); Gaibu (Goleiro); Antony ( Lateral esquerdo). 

Vitória

Assim como seu rival, o Vitória treina basicamente há um mês. O time ainda enfrenta um Santa Cruz com alguns dias de férias, mas com uma preparação curta no jogo que começa às 21h30. Já a equipe de Santo Antão começou seus trabalhos no dia 25 de janeiro.

Fernando China chega para comandar a equipe pela quinta vez. Com ele, em 2019, o clube conseguiu uma vaga para a disputa da Série D. O técnico recebeu até aqui 11 reforços.  

Equipe do Vitória das Tabocas vem trabalhando há mais de um mês. Foto Reprodução/Facebook

Um deles foi Juninho, velho conhecido da torcida. Quem também tem chance de se destacar é o reforço Natan Gomes, que aos 25 anos já chegou a atuar na Europa pelo Viseu, e pelo Espinho, em Portugal, nas divisões de acesso. No seu currículo, o jogador também conta com passagem no sub-20 do Flamengo.

Também chegaram: Marcelo Nikácio, Nathan (atacante); Diogo Peixoto (meio campista);Juninho, Vitor Carlos (volante); William Salvaterra, Patrick Florindo (meia-atacante); Geovane Santos, Maheus Vitor (zagueiro) Rogerinho (lateral esquerdo) Preto (goleiro).

O Santa Cruz encerrou sua preparação para a largada do Campeonato Pernambucano 2021, que acontece nesta quarta-feira (24), contra o Vitória das Tabocas, no Arruda. E, no último dia de treinos, o time realizou os testes de Covid-19, cada vez mais habituais, e para alegria do torcedor Coral o pontapé inicial na temporada será com todos jogadores negativos para a doença. Durante toda semana de trabalho o foco do novo treinador João Brigatti foi nos fundamentos. 

Apenas uma semana de trabalho, pouco se compararmos com temporadas normais em que prepararão chega a durar 30 dias, mas a pandemia obrigou que o trabalho fosse feito dessa forma e por isso o foco maior não foi a parte física e sim os fundamentos e bolas paradas. O trabalho da terça ainda contou com o tradicional rachão.

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Com todos jogadores negativados para a Covid-19, o Santa Cruz só não conta para o duelo com o lateral esquerdo Leonan que teve constatada uma lesão grau 1 na coxa e vai ficar de fora dos dois primeiros jogos. De resto, Brigatti terá todos à disposição. 

“Fizemos um esboço do time, treinamos em três oportunidades (até o treino desta terça). É um grupo que assimilou e aceitou muito bem a nossa proposta de trabalho, e tenho certeza que a partir de amanhã será posto à prova. Lógico que há muitas situações de ajustes, mas num grupo inteligente como o nosso, tenho certeza que ao longo dos jogos e dos treinos esses ajustes virão o mais rápido possível”, disse o treinador.

Logo depois do gol de Marquinhos, na suada vitória do Sport na primeira partida do quadrangular do rebaixamento, nesta quarta-feira (29), imagens da transimssão flagraram uma briga entre integrantes das comissões técnicas das equipes. Nas cenas é possível ver o zagueiro Adryelson do Sport agredindo, com um soco, o massagista do time adversário, que já tinha sido agredido por um membro da comissão rubro-negra.

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O árbitro acabou não vendo a agressão. O massagista foi expulso e o integrante da comissão do Sport tomou apenas amarelo.

Depois de perder para o Santa Cruz no domingo (19) e ficar de fora das quartas de finais do Campeonato Pernambucano, o Sport vai disputar o quadrangular do rebaixamento. O vexame histórico de ser eliminado na primeira fase é mais assustador, quando se observa a campanha rubro-negra. Foram apenas duas vitórias em nove partidas: contra Afogados e Central.

Ou seja, o Sport agora briga para não cair de divisão contra times que não venceu esse ano: Petrolina, Vitória e Decisão. Nem o torcedor mais pessimista imagina uma queda do Leão, mas o histórico ruim é inédito na Ilha do Retiro.

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Relembre

Logo na segunda rodada, na Arena de Pernambuco, o Sport recebeu o Vitória e empatou em 1x1 com gol de Juninho. Na quarta rodada novo empate, dessa vez com o Decisão. O jogo que aconteceu no Lacerdão terminou 0x0. O último adversário foi o Petrolina, dias antes do futebol parar. O resultado foi outro 0x0. 

Quadrangular de rebaixamento

O primeiro jogo da caminhada é contra o Vitória no próximo domingo (26) na Ilha do Retiro. Na quarta-feira (29) é a vez de enfrentar o Decisão. A equipe fecha o quadrangular do rebaixamento no dia 2 de agosto, diante do Petrolina.

De virada, o Náutico venceu o Vitória das Tabocas na Arena de Pernambuco. A equipe saiu atrás no início do primeiro tempo, mas buscou a virada com Matheus Carvalho e o criticado Salatiel. O jogo desta quarta-feira (5) deixou o Náutico na liderança do estadual com 10 pontos, um a mais do que o Santa Cruz, que tem um jogo a menos.

O JOGO

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O Vitória foi para cima logo no início e abriu o placar aos 3 minutos após cobrança de escanteio. O Tricolor das Tabocas seguiu controlando o jogo. Só aos 12 o Náutico levou perigo em cruzamento que passou na frente de Matheus e Salatiel. No lance seguinte o empate. Escanteio cobrado, Lombardi cabeceou na trave e na sobra Matheus estufou as redes.

O Vitória seguiu com a bola. Já nos 30 do 1° tempo o Timbu equilibrou as ações. Salatiel levou perigo após bom passe de Lucas Paraíba, na sequência Matheus Carvalho tocou e deixou Salatiel na cara do gol. O atacante não desperdiçou e marcou, espantando a má fase. O Náutico foi para o intervalo com a vantagem no placar. Antes do fim um vacilo na defesa alvirrubra deixou Thomaz na cara do gol, mas Marcão saiu para abafar e evitou o gol de empate.

No segundo tempo as equipes caíram de rendimento. Foi só aos 15 da 2° etapa que a primeira chance aconteceu pelos pés do meia Wires do Vitória que chutou com perigo. O Vitória tentava repetir o controle de bola da primeira etapa, mas não criava. Assim como o Náutico que não obrigou o goleiro Felipe a nenhuma defesa no segundo tempo. A melhor chance foi depois de uma tabelinha entre Erick e Bahia aos 36, mas o lateral finalizou muito mal.

O Vitória tentou através da bola parada chegar até a área do Náutico, mas não foi capaz de chegar ao empate. Com a vitória o Náutico chegou a 10 pontos e lidera a competição. Com 9 pontos Santa Cruz está na segunda colocação com um jogo a menos.

O Náutico volta a campo no sábado (8), mas Pela Copa do Nordeste, para enfrentar o Botafogo-PB, no Almeidão, às 16h. Na segunda-feira (10), o Timbu recebe, nos Aflitos, a equipe do Afogados pelo Pernambucano. A partida inicia às 20h.

FICHA DE JOGO

Local: Arena de Pernambuco

Competição: Campeonato Pernambucano

Náutico: Marcão; Bahia, Lombardi, Dumas, Daltro; Wagninho (Rafael Ribeiro), Rhaldney (Miro), Lucas PB; Jefferson Nem, Matheus Carvalho (Erick) e Salatiel. Téc: Gilmar Dal Pozzo

Vitória: Felipe Alisson; Lê Santos, Fabinho Vitória, Oséas (Marcos) e Walber; Wires, Paulo, Christian Grasse (Erverson) e Bruno Sacomani (Lucas Santos); Alex Bruno e Thomaz.

Gols: Fabinho Vitória (VIT), Matheus Carvalho, Salatiel (NAU)

Arbitragem: Anderson Luís Marques

Assistentes: Marcelino Castro de Nazaré e Jose Romão da Silva Neto.

 Cartões amarelos: Fabinho Vitória, Walber, Christian Grasse (VIT), Lombardi, Rhaldney, Erick Daltro (NAU)

Público: 1.400

Inaugurado no dia 3 de agosto de 1990, na cidade de Vitória de Santo Antão, em comemoração aos 345 anos da “Batalha das Tabocas”, o estádio Severino Cândido Carneiro, ou, simplesmente Carneirão, serviu de casa durante um bom tempo para o Vitória e o Vera Cruz, clubes da cidade.

Até competições internacionais foram disputadas no estádio, como a Libertadores de futebol feminino de 2012. Naquele ano as semifinais, disputa de 3° lugar, e a grande final do torneio continental foram disputadas lá.

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Hoje a realidade do estádio é bem diferente. O Vitória está na primeira divisão do pernambucano e manda seus jogos na Arena de Pernambuco, devido a situação ruim em que se encontra o Carneirão.

Desde o dia 1 março de 2017, em derrota por 1x0 para o Serra Talhada que o estádio não recebe um jogo de futebol. A situação é assustadora. O gramado praticamente não existe, ao invés disso, mato alto e vegetação. Parte do muro do estádio caiu, um pedaço da arquibancada cedeu e deixou buracos comprometendo a estrutura. São inúmeros os problemas visíveis.

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Mas afinal, porque um estádio que recebeu final de Libertadores feminina de 2012, chegou a esse ponto? Quais foram os motivos que levaram o Carneirão a atual situação vivida hoje que não permite ser realizado um jogo de futebol?

Em busca de respostas, o LeiaJá conversou com Márcio Souza, jornalista, e responsável pela coluna “Na Arquibancada” do portal Nossa Vitória. Segundo ele, tudo não passa de briga política.

“Acontece que, o presidente do Vitória é aliado do principal rival do atual prefeito, que comandou a cidade de 2009 a 2016. Nesse período, Paulo Roberto (presidente) foi secretário de Cultura, Turismo e Esportes na gestão, deu uma cuidada no campo, melhorou um pouco, mas deixou de cuidar do espaço quando seu aliado perdeu a eleição em 2016. Já em 2018, a vaidade política do atual prefeito Aglailson Júnior fez com que ele não desse nenhuma atenção ao estádio”, lamenta.

Márcio ainda completou: “Em 2016, Paulo Roberto, que é presidente do Vitória, foi candidato a prefeito contra o atual gestor da cidade e perdeu. 2017 o Vitória chegou a jogar no Carneirão, mas sem nenhum reparo. Mas é aquela história, o prefeito diz que ele (presidente do Vitória) era secretário e não ajeitou o campo para entregar pronto. E diz que não vai mexer porque o time é dele e ele deveria ter deixado o campo em ordem”, completa.

A vaidade da disputa política não recai apenas sobre o estádio. Os torcedores do clube e moradores da cidade de Vitoria de Santo Antão também sofrem com a distância.

“Dói no coração vê um estádio numa situação dessa. Eu tive o prazer de ver esse campo cheio com os dois clubes jogando desde criança. O Vera Cruz que eu gosto muito e o Vitória que eu sou torcedor. E agora está assim o estádio por conta de briga política”, nos conta emocionado o torcedor do clube, João Alves de 35 anos.

Atualmente o Vitória das Tabocas tem mandado seus jogos na Arena de Pernambuco que fica há cerca de 40km de distância do Carneirão, casa do Vitória. Na Arena, o público tem sido pouco. No jogo contra o Sport foram 2.354 ingressos vendidos. Contra o Central foram 942 ingressos e com América, apenas 581 ingressos. Somados, os três jogos não chegam nem a 4 mil ingressos vendidos. As informações são do Borderô da Federação Pernambucana de Futebol (FPF).

O tricolor das Tabocas ocupa a 8° posição na competição com 3 pontos. Dentro de “casa”,  além do baixo público o Vitória tem tido um desempenho ruim; perdeu para Sport e Central e venceu o América, somando seus únicos pontos na competição. A distância é um problema segundo João.

“A gente tem que ir para Arena para ver um jogo do Vitória. Muita gente não vai porque é longe e ingresso mais caro tendo um estádio desse aqui a gente tem que se deslocar”, lamenta.

Mas não é apenas a paixão pelo clube que trás saudade dos bons momentos vividos no Carneirão. Os jogos movimentavam a economia, como nos conta Gutierre José da Silva, morador da cidade há 40 anos. “Era muito bom, muito importante. O vendedor ambulante ganhava dinheiro. Isso no começo, nos primeiros cinco anos, até o atual presidente do Vitória se envolver com política. Ai hoje em dia é aquela vergonha, um diz que é o prefeito, o outro diz que é o clube, mas no fim são todos culpados. Só vai prestar depois que sair a politicagem”, salienta Gutierre.

Carente de entretenimento, a cidade de Vitória encontrou no Carneirão um local para reunir amigos e familiares: “Era divertimento para mim, para meus amigos. Para os bairros vizinhos e também para toda nossa cidade. Era bom para todos, mas infelizmente hoje está essa calamidade”, finalizou

A incerteza sobre o futuro do Carneirão não tem previsão de ter um fim. Nem o presidente do clube nem o atual prefeito demonstram interesse em uma trégua. Nossa equipe tentou entrar em contato com a diretoria do Vitória das Tabocas, mas até o momento não obtivemos resposta.

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Na próxima quarta-feira (6), o Náutico encara o Vitória em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Pernambucano, às 20h, nos Aflitos. O Timbu deve contar com dois desfalques no elenco, isso porque o volante Josa e o lateral-esquerdo Assis, se reapresentaram com dores musculares e é provável que ambos não tenham condições de entrar em campo.

Durante a partida contra o Salgueiro no último sábado, pela Copa do Nordeste, ambos foram substituídos durante o jogo, já acusando problemas físicos. Os dois atletas farão exames de imagem para saber a gravidade das lesões.

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“Jose sentiu um desconforto na arte inferior direita do abdômen e fará uma ressonância magnética para tentar confirmar a suspeita do primeiro diagnóstico médico. Já Assis, sentiu um desconforto na região posterior da coxa esquerda durante o jogo, quando foi realizar um passe, e fará uma ressonância para descartar a possibilidade de ser uma lesão muscular aguda. Os exames é que vão definir se existe lesão e se for o caso a extensão nos dois casos”, explicou o médico alvirrubro Rodrigo Sales.

 

Com várias competições simultâneamente e uma partida seguida da outra, o calendário do Santa Cruz deste ano ficou um tanto quanto apertado. Para o volante Jorginho, falta tempo até para treinar, contudo o atleta tricolor fez questão de ressaltar que não abre mão de jogar.

"Jogador não quer ser poupado. Mas o professor vai fazer o que for melhor para o time. Hoje sentimos, estamos ganhando ritmo com os jogos. Conseguimos segurar o ritmo até o final. Estamos trabalhando para melhorar ainda mais. Pesou a distância entre os jogos, até pela falta de treinamento", afirmou Jorginho.

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"Quem manda é o professor, mas sou um cara que sempre quer jogar. Nunca tinha passado por isso, é difícil, tempo de recuperação, não dá nem para treinar que domingo tem outra batalha", completou.

Mesmo treinando e jogando há pouco tempo, Jorginho garante que vê uma evolução na equipe do Santa Cruz. "Tenho feito o que o treinador está pedindo. Graças a Deus está todo mundo correspondendo ao que ele pede. É um esquema que venho treinando e eu gosto. O Júnior é chato quanto à isso e vem dando certo, ainda não está 100% porque estamos evoluindo"

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O cansaço parece ter vencido o Santa na noite desta quinta-feira (18), quando o tricolor estreou no Campeonato Pernambucano empatando com o Vitória das Tabocas, em pleno Arruda. Como era de se esperar, parte da torcida pressionou alguns atletas durante a partida. E o técnico coral não se sente nem um pouco incomodado com as cobranças, ele até defende.

"Eles já vêm jogando junto. Torcedor é isso, coração. Fundamental nos apoiar, ainda mais nesse período que estamos em reconstrução. Só do torcedor estar aí, presente, nos apoiando já mostra sua força. Não temos do que reclamar e o torcedor tem que ser chato mesmo. Aí o atleta se cuida, treina mais. Sem isso, não vai para frente", declarou Júnior Rocha.

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Ficou claro que os remanescentes da temporada 2017 foram os escolhidos para receber mais críticas. Algo que o comandante espera que os próprios atletas consigam reverter. "Quem pode mudar isso somos nós. Já vi na minha carreira vários atletas sendo criticados que, trabalhando, reconquistaram o torcedor. Não posso tirar jogador de campo por isso. Foi a história que estes atletas construíram e só eles podem mudar", afirmou.

Ainda assim, foi possível destacar uma evolução na equipe tricolor. Júnior preferiu elogiar o adversário e garante que, com o tempo, o time vai engrenar. "Tivemos mais oportunidades de gols hoje, evoluímos. Precisamos dar continuidade aos atletas, abrindo mão em alguns jogos pois eles não vão aguentar. No início não é fácil, se fosse todos os grandes ganhavam. Temos que ter frieza para avaliar, dando mérito às equipes também, que estão se preparando a mais tempo. Precisamos de tempo, calma e esse time vai crescer muito. Podem me cobrar", declarou.

Outra observação constante dos torcedores está no físico do goleiro Tiago Machowski. Da mesma forma que o arqueiro não foge do assunto, o treinador também fala abertamente sobre o problema. E pede paciência para que a solução apareça. "O Tiago está visivelmente fora de forma, não joga contra o América. Mas tecnicamente dispensa comentários. Ele vai ficar treinando essa parte física e isso não muda de um dia para o outro. Internamente, vamos trabalhar isso. Esses caras precisam de ritmo, treino físico e isso demora um pouco", disse.

Dividindo a atenção entre as duas competições, Júnior acredita que a Copa do Nordeste é um torneio mais complicado, porém não pretende focar apenas nela. "Esperávamos as dificuldades, os jogos estão muito colados. A Copa do Nordeste é feita por equipes que chegaram na final dos seus Estaduais, logo é mais difícil. Porém, em uma reconstrução, não dá para priorizar uma delas. Nosso jogo mais importante agora é contra o América. Preciso ver todo mundo jogando, vou colocar os meninos da base em campo", garantiu Júnior Rocha.

Noite de quinta-feira (18), estádio do Arruda, apenas 46 horas do empate com o Confiança-SE e o Santa Cruz já estava em campo novamente. Era a hora de estrear no Campeonato Pernambucano, diante do Vitória das Tabocas. Os próprios atletas assumiram o risco de atuar já que, por lei, sequer poderiam estar jogando. Mas com o time dito titular, era esperada uma vitória no primeiro encontro com a torcida em 2018. Entretanto, em uma partida de um lado sem forças e o outro sem inspiração, o empate acabou sendo condizente com o que foi apresentado.

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Foram apenas duas alterações do time que atuou pela Copa do Nordeste; Jeremias na vaga de Daniel Sobralense, lesionado, e Augusto Silva - enfim regularizado - no lugar de Renato Silveira que falhou no gol de Frontini. Entendendo seu papel de clube com mais peso na camisa, o Santa tentou apertar já nos primeiros minutos. Duas tentativas de fora da área se destacaram com Jorginho e Arthur, mas nada indefensável. Era preciso furar o bloqueio de um adversário com três zagueiros e dois laterais. O primeiro susto dos visitantes foi aos 24, em cobrança de falta que Arthur fez balançar o travessão de Dida.

Dois minutos depois, em uma bela jogada de Augusto pela direita, Robinho teve a chance de abrir o placar praticamente na pequena área. Travado, o atacante acabou mandando por cima da meta. A resposta do Vitória veio aos 28 em escanteio que Tiago saiu mal. Val Paraíba teve a chance de cabecear, mas mandou muito forte. Porém, o lance mais marcante da primeira etapa foi aos 39, quando Jeremias recebeu pela direita, tirou o zagueiro e tocou voltando. Augusto recebeu na área, dominou e tentou colocar, entretanto acabou batendo em cima do goleiro. Foi realmente o último lance de perigo da primeira etapa.

Faltou fôlego para vencer

O recomeço de partida trouxe um cenário parecido. Melhor no jogo, o tricolor apertava pelos lados do campo e o gol saiu ainda aos 10. Paulo Henrique carregou pela esquerda e tentou o chute. Mesmo pegando errado, ele acabou ajudando Jeremias que dominou e bateu cruzado, rasteiro, sem chances para Dida; Santa 1x0. Entretanto, o time das Tabocas decidiu crescer justamente na sequência. Em uma bela jogada de Felipe Almeida, o cruzamento achou a cabeça do, não tão grande, Thomas Anderson que deixou tudo igual aos 15 minutos. A surpresa foi desagradável, ainda mais por se tratar de um ex-jogador do clube.

Era a situação que o time visitante estava buscando. Tranquilidade para esperar a chance de marcar no contra-ataque. Por outro lado, os tricolores voltavam à necessidade de se expor na busca pelos três pontos; dever de quem joga em casa. O tempo era inimigo do Santa que tentava encontrar Augusto na área. Quando ele finalizou, aos 33, foi fraco, e em cima de Dida que defendeu com facilidade. Nem parecia que os tricolores haviam jogado na terça-feira. Sobrava tecnicamente, e também fisicamente na partida, como se o Vitória estivesse conformado com o resultado. Sem Arthur em campo, a bola parada que era uma arma coral, perdeu força.

Considerando o que se produziu durante a partida, o final de poucas emoções nem foi tão surpreendente. Faltava fôlego e quem fizesse os gols da Cobra Coral. No time das Tabocas, o problema era técnico. As várias oportunidades de sair jogando paravam em passes errados. O empate em 1x1 não foi um resultado que agradou ao torcedor, mas que coube perfeitamente com o que foi apresentado. Poucos fôlego para uns, pouca inspiração para outros.

FICHA DE JOGO

Campeonato Pernambucano - 1ª rodada

Local: Arruda

Santa Cruz: Tiago Machowski; Vítor, Augusto Silva, Genílson e Paulo Henrique; Jorginho, João Ananias e Jeremias (Robinho Mota); Robinho, Augusto (Anderson) e Arthur (Lucas Gomes). Técnico: Júnior Rocha.

Vitória das Tabocas: Dida; Felipe, Jonatha, Wires, Fabinho e Léo Carioca; Juninho, Thomas Anderson (Luiz Henrique) e Paulo Victor (Oliveira); Geovane (Dyorgenes) e Val Paraíba. Técnico: Fernando Lins.

Arbitragem: Deborah Cecília Cruz Correia

Assistentes: Gilberto Freire de Farias / Charles Rosa Pires

Gols: Jeremias (SCZ) / Thomas Anderson (VIT)

Cartões amarelos: Genílson (SCZ) / Juninho e Léo Carioca (VIT) 

Público: 4.292 torcedores

Renda: R$ 36.500,00

Tendo acompanhado a maior parte dos campeonatos estaduais do Nordeste, a comissão da técnica Emily Lima relacionou 22 jogadoras que atuam na região para mais uma etapa de trabalho na Granja Comary, em Teresópolis-RJ. Dentre as relacionadas, destaca-se a boa presença de atletas do Náutico, Sport e Vitória, que juntos somam 10 convocações para Pernambuco. Em fevereiro deste ano, a comandante da seleção brasileira de futebol feminino já havia feito o mesmo com equipes do Sudeste. Confira a lista completa:

Goleiras: Lorena (Sport Club do Recife/PE), Stefane (A. A. e Desportiva Vitória das Tabocas/PE), Mariana (Esporte Clube Vitória/BA) e Tatiane (Cruzeiro Futebol Clube/RN)

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Zagueiras: Bruna (Sport Club do Recife/PE) e Débora (Clube Náutico Capibaribe/PE)

Laterais: Joyce (A. A. e Desportiva Vitória das Tabocas/PE), Maria (Caucaia Esporte Clube/CE) e Jaciara (Alecrim Futebol Clube/RN)

Meio-campo: Rhayanna (Caucaia Esporte Clube/CE), Erica (União Desportiva Alagoana/AL), Amanda (Alecrim Futebol Clube/RN), Ana (Centro Esportivo São Gonçalo do Amarante/CE), Milena (Esporte Clube Vitória/BA), Ingryd (Sport Club do Recife/PE), Mayara (Clube Náutico Capibaribe/PE) e Paloma (A. A. e Desportiva Vitória das Tabocas/PE)

Atacantes: Lucilene (Botafogo Futebol Clube/PB), Milla (Sociedade Esportiva União/RN), Lidiane (Cruzeiro Futebol Clube/RN), Ana (Clube Náutico Capibaribe/PE) e Juliana (Sport Club do Recife/PE)

Campeão pernambucano em julho, o Sport liderou entre os times do Estado com quatro convocações. O Náutico, mesmo disputando a segunda divisão do campeonato brasileiro, teve três atletas relacionadas, mesmo número que o Vitória de Santo Antão, clube que costuma realizar boas campanhas no Brasileirão e Copa do Brasil.

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