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A renomada estilista britânica Vivienne Westwood morreu, aos 81 anos, nesta quinta-feira (29), em Londres, anunciou sua família.

"Vivienne Westwood morreu hoje (quinta-feira) em paz e acompanhada por sua família em Clapham, no sul de Londres. O mundo precisa de pessoas como Vivienne para mudar para melhor", afirmaram os familiares em uma mensagem postada na conta no Twitter da estilista.

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Seu marido, Andreas Kronthaler, garantiu que "estávamos trabalhando até ao fim e isso me deu muitíssimas coisas para seguir em frente. Muito obrigado, querida", segundo um comunicado citado pela agência PA.

Westwood se destacou principalmente por seu estilo de moda "punk", provocador e rebelde.

Ela conseguiu se sobressair nas passarelas desde a década de 1970, quando o design de moda era uma disciplina artística praticamente monopolizada pelos homens.

"Seu estilo punk mudou as regras da moda nos anos 1970 e ela foi muito admirada por sua coerência com seus valores ao longo de sua vida", disse a secretária de Estado para a Cultura britânica, Michelle Donellan, em mensagem também no Twitter após o anúncio de sua morte.

Além de seus desenhos, Westwood ficou conhecida por seus comportamentos provocativos.

Em 1992, ela foi sem calcinha ao Palácio de Buckingham para receber o título da Ordem do Império Britânico das mãos da própria rainha Elizabeth II e posou para os fotógrafos levantando sua saia.

Nos últimos anos, devido ao seu compromisso com o meio ambiente, incentivou as pessoas a comprarem menos roupas.

Além disso, apoiou a causa do australiano Julian Assange, fundador da polêmica rede WikiLeaks, e em diversas ocasiões se opôs à sua possível extradição para os Estados Unidos.

Assange está preso em Londres desde 2019, aguardando o processamento do pedido de extradição aos Estados Unidos, que o acusa de ter divulgado segredos militares americanos em 2010 sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. Se condenado nesse país, ele pode passar anos na prisão.

Vivienne Westwood lançou um chamado contra as mudanças climáticas ao apresentar, neste sábado (3), uma coleção de prêt-à-porter dedicada a Veneza, enquanto, para o libanês Elie Saab, a primavera chegará cheia de variantes e transparências.

- Vivienne Westwood, o planeta e Veneza -

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Vivienne Westwood aproveitou seu desfile em Paris para pedir a participação em uma marcha contra as mudanças climáticas a ser realizada em Londres, antes da conferência de dezembro em Paris que visa a um acordo mundial sobre o problema.

A coleção foi, ainda, uma homenagem vibrante a Veneza, seu carnaval, seus personagens da Commedia dell'arte e suas máscaras. Os modelos evocaram a prosperidade e riqueza cultural da cidade, embora não tenha faltado o toque punk característico da britânica.

"Veneza foi o maior celeiro artístico do Ocidente, é incrível o que aconteceu ali", comentou Vivienne. "Mas obviamente, por causa das mudanças climáticas, Veneza irá desaparecer. Somos os últimos a poder fazer algo. Por isso, digo-lhes que saiam para se manifestar, algo tem que ser feito já."

A ex-rainha do punk convocou a participação em uma marcha popular por medidas envolvendo o clima, a justiça e o emprego, em 29 de novembro, na capital inglesa. Como conciliar as preocupações ambientais com a moda? "Sempre digo: comprem menos, escolham bem e façam com que as coisas durem."

- As princesas de Elie Saab -

Estilista das princesas do Oriente Médio, mas também de boa parte das casas reais da Europa e de estrelas de Hollywood, Elie Saab integra, desde 2003, o clube exclusivo da alta-costura. Talvez, por isso, sua coleção de prêt-à-porter tenha mantido a sofisticação em seus materiais: gaze, bordados e crepe de seda dão o tom de sua coleção de verão.

Este ano, o criador libanês decidiu variar ao máximo as opções e dar uma grande liberdade de escolha às clientes. "Quis apresentar uma mulher que absorve as características da marca e se sente livre para usá-las à sua maneira", diz Saab em uma mensagem entregue aos convidados de seu concorrido desfile, que aconteceu em uma área coberta montada no Jardin des Tuileries.

Os tons foram do preto às cores vivas: rosa, verde e azul, às vezes contrastando com o branco. Laços, renda e transparência fizeram parte do jogo de libertação primaveril, em que não faltaram as estampas florais, um elemento recorrente da marca.

Em matéria de acessórios, Saab lançou uma carteira de linhas retas, batizada de "A 31".

A veterana estilista britânica Vivienne Westwood venderá a partir deste sábado uma camisa em apoio ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado há mais de quatro meses na embaixada do Equador em Londres, anunciou em seu blog.

A camisa branca unissex, que leva o slogan impresso em inglês "Eu sou Julian Assange" (I'm Julian Assange) sobre uma foto do rosto da estilista com um penteado inspirado no ex-hacker australiano, custará 40 libras esterlinas (65 dólares) na internet.

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"Camisas para Julian: Você pode mostrar o seu apoio a um herói real visitando www.viviennewestwood.com", escreveu em seu blog a estilista ruiva de 71 anos, incansável defensora de causas diversas.

"As doações para o WikiLeaks foram bloqueadas, mas 100% do lucro das vendas da camisa pode ajudá-los a financiar seu trabalho", acrescentou.

Westwood vestiu a camisa durante uma visita realizada na semana passada a Assange na embaixada do Equador, onde o australiano ainda espera uma resolução para o caso, depois que o governo de Rafael Correa concedeu asilo político em agosto.

Assange buscou refúgio na embaixada no dia 19 de junho para evitar uma iminente extradição para a Suécia, onde é suspeito de crimes de agressão sexual, mas onde ainda não foi formalmente acusado.

O ativista, de 41 anos, teme que o objetivo final seja entregá-lo para os Estados Unidos, onde poderia ser julgado e sentenciado à morte por expor dezenas de milhares de documentos confidenciais de seu governo através do WikiLeaks.

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