A startup Voltz começou a vender em outubro a primeira scooter elétrica do Brasil a receber certificação do Denatran. A EV1 foi desenvolvida pela empresa como uma opção acessível para destravar o trânsito das grandes cidades sem causar poluição. Com uma bateria portátil de lítio, a scooter pode ser abastecida em qualquer tomada. Uma carga completa leva cerca de quatro horas e custa menos de R$ 1.
O abastecimento da moto consome apenas 1 kilowatt/hora (kwh), o que custa, em média, R$ 0,56 no Brasil, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a bateria cheia, a EV1 pode rodar até 60 quilômetros.
##RECOMENDA##Além de gerar economia para o dono da moto, a EV1 não emite poluentes no meio-ambiente, enquanto uma moto nova movida a gasolina produz até dois gramas de monóxido de carbono por quilômetro rodado, segundo dados do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot).
A primeira leva de scooters será oferecida aos clientes que fizeram o test ride da EV1 em Recife no último mês. Com lançamento programado para a próxima terça-feira (26), a cidade foi escolhida para ser a primeira a receber o projeto porque tem o pior trânsito do país, segundo o levantamento internacional “Traffic Index”, divulgado no ano passado.
A expectativa da Voltz é vender 1,3 mil motos até o fim deste ano e chegar a 3.000 em 2020, a partir da estratégia de levar a scooter para outras nove capitais brasileiras que também têm o trânsito caótico, segundo o “Traffic Index”, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza. Disponível nas cores preta, cinza, branca, azul marinho, azul sepang, vermelho, e laranja e com preço fixado em R$ 9 mil, a moto será comercializada pela internet. As dez cidades com piores índices de trânsito terão showrooms da Voltz, onde o cliente pode conhecer a scooter pessoalmente, num modelo semelhante ao feito pela americana Tesla, pioneira em carros elétricos.
No local, também será oferecida assistência técnica. Um dos trunfos da Voltz é a mecânica da EV1. Enquanto uma scooter comum tem mais de 600 peças, o modelo da Voltz tem apenas 100. A confiança da startup na moto é tanta que os mecânicos vão usar camisas brancas durante o trabalho. Ao contrário de modelos internacionais, a moto foi desenhada para funcionar bem nas cidades brasileiras, com particularidades que atrapalham o desempenho dos veículos, como ruas esburacadas e asfalto malcuidado. O motor da scooter é de tecnologia europeia, da marca Bosch, enquanto o pneu é da Maxxis, uma das maiores fabricantes do mundo. A carenagem é fabricada e montada na China.
*Da assessoria