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Os promotores da Holanda devem indiciar quatro pessoas por assassinato no caso da derrubada, com um míssil russo, de um avião de passageiros na Ucrânia em 2014, e o julgamento começará em março de 2020, anunciaram nesta quarta-feira (19) as famílias das vítimas.

"Um julgamento começará em 9 de março de 2020 contra quatro pessoas acusadas de assassinato", afirmou à imprensa Silene Fredriksz, que perdeu um filho e sua nora na tragédia, pouco depois de um encontro das famílias das vítimas com as autoridades holandesas sobre a investigação.

A companhia Malaysia Airlines anunciou nesta terça-feira (2) que alcançou um acordo com uma família australiana que perdeu quatro integrantes no voo MH17, derrubado sobre a Ucrânia em 17 de julho de 2014 com 298 pessoas a bordo.

Anthony Maslin e Marite Norris, de Perth (sudoeste da Austrália) perderam os filhos Evie, de 10 anos, Mo, 12 e Otis, 8, e o avô das crianças, que viajavam no Boeing 777 da Malaysia Airlines.

A companhia aérea informa em um comunicado que alcançou um "acordo confidencial com a família Maslin e a ação (apresentada contra a empresa) foi retirada".

A empresa informou que não revelará os detalhes do acordo "por respeito à privacidade da família".

A Malaysia Airlines indicou ainda que uma "quantidade substancial" de parentes de vítimas alcançou acordo com a companhia, enquanto outros "continuam buscando compensação com demandas apresentas em suas respectivas jurisdições".

Um advogado que representa as famílias de seis integrantes malaios da tripulação do MH17 afirmou à AFP que a empresa apresentou uma oferta para encerrar o caso com a proposta de uma quantia em dinheiro em junho do ano passado, mas as famílias rejeitaram o valor.

"Outra proposta foi apresentada em janeiro, mas ainda estamos examinando", disse o advogado Saw Wei Siang.

O voo MH17 foi derrubado no leste da Ucrânia em 17 de julho de 2014. O Boeing havia decolado de Amsterdã e seguia para Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo, em sua maioria holandeses.

Uma investigação criminal da Holanda concluiu em setembro que um míssil BUK, de origem russa, foi lançado de uma área controlada pelos rebeldes pró-Moscou do leste da Ucrânia e atingiu o avião.

Mas não aponta quem disparou o míssil. A investigação não acusa diretamente Moscou de ter fornecido o míssil. A Rússia negou envolvimento no caso.

A Malaysia Airlines afirma que o avião sobrevoava um espaço aéreo sem restrições e que cumpriu todas as regulamentações exigidas.

A Rússia vetou no Conselho de Segurança, nesta quarta-feira (29), uma resolução para criar um tribunal especial para julgar os responsáveis pela queda do voo MH17 sobre o leste da Ucrânia, em julho de 2014, que provocou a morte de 298 pessoas.

Onze dos 15 membros do Conselho de Segurança votaram a favor do texto, redigido por Austrália, Bélgica, Malásia, Holanda e Ucrânia. A Rússia vetou, enquanto Angola, China e Venezuela se abstiveram.A sessão do Conselho de Segurança começou com um momento de silêncio em homenagem às vítimas.

"Sobre quais fundamentos se pode assegurar que a investigação será imparcial?", questionou o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, em discurso no Conselho após a votação. Churkin perguntou ainda como esse tribunal poderia resistir a um "agressivo fundo de propaganda na mídia".

A Rússia elaborou um projeto alternativo de resolução que não inclui um tribunal, mas que pede uma investigação internacional completa. Antes, o ministro malaio dos Transportes, Liow Tiong, fez um apelo aos membros do Conselho para que adotassem a resolução, afirmando que um tribunal de Justiça seria o mais adequado.

"Todas as pessoas que viajam de avião estarão mais expostas a riscos, se os autores não prestarem contas", alegou. O voo MH17 foi derrubado em 2014 por rebeldes do leste da Ucrânia durante um confronto entre as Forças Armadas de Kiev e os separatistas pró-russos.

Agentes holandeses afirmaram nesta segunda-feira (11) que, mesmo sem tem acesso ao local do incidente, vão dar continuidade tanto à apuração para descobrir as causas da queda do voo MH17, da Malaysia Airlines, quanto à investigação criminal para determinar os responsáveis. Segundo o Coordenador de Segurança e Antiterrorismo da Holanda, Dick Schoof, mais de 200 policiais e sete promotores estão trabalhando pela incriminação dos suspeitos.

"Todas as atenções agora vão para a investigação", disse Schoof. Se algum responsável será levado a corte pelo crime "é assunto para uma discussão diplomática", afirmou.

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O voo MH17 caiu no dia 17 de julho em uma área dominada por separatistas ucranianos, possivelmente atingido por um míssil. Todas as 298 pessoas a bordo, a maioria delas holandeses, morreram na queda.

A missão internacional responsável pela recuperação dos restos mortais das vítimas foi suspensa na semana passada devido à falta de segurança na região, onde o conflito entre separatistas pró-Rússia e o governo da Ucrânia continua. No entanto, o comandante da polícia holandesa, Gerard Bouman, informou a uma comissão do Parlamento nesta segunda-feira que a procura inicial no local do incidente foi mais eficiente do que se acreditava. "É nossa convicção que agora nós temos a maior parte dos restos mortais e dos pertences aqui na Holanda", Bouman afirmou.

Os especialistas forenses responsáveis pelo caso já voaram de volta para a Holanda e agora trabalham em uma base militar. Eles já identificaram 65 vítimas e esperam que as análises de DNA ajudem a identificar os restos mortais das outras.

O Conselho de Segurança holandês, que lidera uma investigação internacional para descobrir as causas da queda do avião, já informou em nota que não vai "determinar culpados ou responsáveis" em suas conclusões. O conselho deve publicar um relatório preliminar no começo de setembro, baseado na análise das gravações da cabine do piloto, dos radares e de fotos de satélite.

Também nesta segunda-feira, o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, chamou de "assassinato em massa" o caso da queda do MH17. "Vamos ser bem claros sobre o que aconteceu", disse Abbott, em visita à Holanda para discutir o desastre com o premiê holandês, Mark Rutte. "298 pessoas inocentes foram assassinadas." Fonte: Associated Press.

A equipe de especialistas forenses, liderados pela Holanda, que ficaram responsáveis pelos restos mortais das vítimas da queda do voo MH17 da Malaysia Airlines identificou 23 corpos nesta sexta-feira (8). Entre os identificados estão 18 holandeses, dois malaios, um canadense, um alemão e um britânico, informou o porta-voz do Ministério da Justiça, Jean Fransman. As famílias já foram notificadas.

O voo MH17 caiu no leste da Ucrânia em 17 de julho, possivelmente atingido por um míssil. Todas as 298 pessoas a bordo morreram na queda. Os separatistas pró-Rússia que lutam contra o governo ucraniano negam terem atirado no avião, mas um insurgente de alto escalão afirmou à Associated Press que os militantes estavam envolvidos no incidente.

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O chefe da equipe forense, Arie de Bruyn, disse nesta sexta-feira que 228 caixões chegaram à Holanda, mas eles "algumas vezes continham os restos mortais de mais de uma pessoa". O grupo está trabalhando em uma instalação militar na cidade holandesa de Hilversum.

Segundo De Bruyn, os corpos estão sendo separados em 703 grupos. "Como pode-se notar, esse número é muito maior que o de vítimas", ele destaca. Cerca de 176 corpos estão relativamente intactos. Outros 527 deixaram apenas restos parciais.

As arcadas dentárias e as impressões digitais das vítimas foram coletadas e os especialistas estão montando perfis com as informações de DNA, em um processo que deve levar meses. "Sempre que identificarmos alguém, mesmo se for difícil contar às famílias que temos apenas uma parte dos corpos, nós diremos a eles", prometeu de Bruyn.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, suspendeu as operações de recuperação dos restos mortais das vítimas da queda do avião. Segundo o premiê, as equipes de busca corriam riscos devido ao conflito entre separatistas e o governo da Ucrânia na região próxima ao local do incidente. Fonte: Associated Press.

Investigadores e peritos forenses australianos e holandeses desistiram de chegar ao local do acidente com o voo MH17 da Malaysia Airlines neste domingo (27), por conta de falta de segurança em virtude do conflito na região. "Se não houver segurança, os peritos não podem fazer seu trabalho", disse o chefe da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Alexander Hug.

Segundo ele, os rebeldes que controlam a região advertiram a missão para não ir ao local e que, segundo informações que possui, há conflito próximo ao local do acidente. A decisão de abandonar a missão foi tomada há pouco e a OSCE tomará uma decisão amanhã sobre a viagem da missão.

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Ao mesmo tempo, a imprensa local ucraniana divulgou informação de que o conflito moveu-se para Donetsk, reduto dos insurgentes, onde vivem 1 milhão de pessoas.

O governo da Malásia havia comunicado, pouco antes neste domingo, o envio de peritos internacionais após ter fechado um acordo com o líder do movimento separatista ucraniano.

"Com o envio de equipes policiais, a Holanda, Austrália e a Malásia trabalharão juntos para alcançar a justiça para as vítimas", disse o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, acrescentando que as três nações haviam formado uma coalizão para resguardar o local do acidente com o avião.

A Austrália já iniciou o envio de policiais desarmados para o local, como parte de uma missão em cooperação com a Holanda para recuperar os corpos de passageiros que ainda não foram resgatados, acrescentou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, em declaração feita separadamente à do premiê malaio.

As autoridades que investigam o acidente de 17 de julho, deixando mortas as 298 pessoas que estavam à bordo, na maioria holandesas, ficaram frustradas com a impossibilidade de ter acesso total ao local em razão do conflito entre rebeldes pró-Rússia, liderados por Alexander Borodai, e forças do governo ucraniano.

Após fechar um acordo com Borodai, a Malásia enviaria 68 homens da polícia na quarta-feira como parte do grupo internacional, disse o premiê. "Necessitamos também de que os peritos tenham acesso irrestrito ao local do acidente para entender precisamente o que ocorreu com o MH17", acrescentou.

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