Tópicos | votação

O prefeito Geraldo Júlio participou, neste domingo (4), da eleição dos conselheiros tutelares da capital. Logo pela manhã, o gestor municipal compareceu à Policlínica Lessa de Andrade, no bairro da Madalena, e votou na eleição que, pela primeira vez, ocorre de forma unificada em todo o país para definir os profissionais que garantem os direitos preconizados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Coordenado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), o processo eleitoral está sendo realizado em noventa pontos da cidade, com 317 urnas disponíveis. Qualquer residente do Recife tem direito ao voto que determinará a nova composição de quarenta conselheiros atuantes nos oito conselhos tutelares das Regiões Político-Administrativas (RPA) do Recife. 

##RECOMENDA##

Segundo o Comdica, o voto no Recife só pode ser feito em apenas um candidato da RPA onde reside o eleitor. O novo conselho eleito pode ser acionado nas ocasiões nas quais crianças e adolescentes têm seus direitos ameaçados ou violados pelo Estado, sociedade, pais ou responsáveis. Os conselheiros eleitos neste domingo serão empossados em 2016, no dia 10 de janeiro. 

As três emendas apresentadas pela bancada de oposição ao pacote fiscal que aumenta as alíquotas do ICMS, IPVA e ICD foram aprovadas, nesta segunda-feira (28), pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa (Alepe). As proposições serão avaliadas no Plenário da Alepe em primeira votação na tarde de hoje.

A primeira emenda apresentada propõe a retirada do pacote o aumento da alíquota do ICMS sobre a gasolina, de 27% para 29%, e sobre o setor de telecomunicações, de 28% para 30%. “Sugerimos a supressão desses aumentos por entender que eles têm um caráter de gerar mais inflação e reduzir o poder de compra dos pernambucanos, penalizando ainda mais os menos favorecidos”, explicou o deputado Silvio Costa Filho (PTB), líder da bancada.

##RECOMENDA##

A oposição também propôs que as medidas apresentadas pelo governo tenham caráter provisório, vigorando por 12 meses prorrogáveis por mais 12. E, por fim, também foi apresentada emenda ampliando o número de faixas de cobrança do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) sobre os automóveis, com o objetivo de preservar os carros populares. A proposta é que o IPVA incidente sobre carros com até 120 cavalos (cv) de potência seja de 2,7%; de 3% entre 120 cv e 150 cv; de 3,5% de 150 cv até 180 cv, e de 4% acima de 180 cv.

Quem acompanha a articulação do governo federal em Brasília para aprovar a recriação da CPMF talvez não imagine que os deputados do PT no Rio Grande do Sul foram os críticos mais duros do projeto que vai aumentar a carga tributária no Estado a partir de 2016. Da mesma forma, enquanto o presidente do PSDB, o senador Aécio Neves, prega um discurso inflamado contra a alta de impostos no Brasil, no RS os deputados tucanos ajudaram a aprovar a medida que eleva as alíquotas de ICMS.

A votação da última terça-feira, 22, na Assembleia Legislativa gaúcha mostrou que, muitas vezes, as diferenças de postura no plano regional e no nacional podem soar como 'incoerência ideológica' dos partidos. Para entender melhor a dinâmica da votação é preciso lembrar que, desde janeiro, o Rio Grande do Sul é governado por José Ivo Sartori, do PMDB. Só que no Estado, diferente do que ocorre nacionalmente, o PT faz uma oposição cerrada aos peemedebistas, ao lado de partidos como PC do B e PSOL.

##RECOMENDA##

A base governista de Sartori é composta principalmente por PSDB, PP e PDT. Questionados pela reportagem, petistas e tucanos no Rio Grande do Sul justificaram com naturalidade o fato de um mesmo partido adotar posições diferentes na discussão sobre impostos atualmente. Para o deputado Adilson Troca (PSDB), o PT está no governo federal desde 2003 e, mesmo assim, não foi capaz de evitar a crise que atinge o País hoje, enquanto Sartori, que assumiu em janeiro, não tem culpa pelos problemas que encontrou no RS.

"Não é uma contradição. Com 13 anos (de administração petista), o governo federal já deveria ter arrumado a casa. E aqui o governo (de Sartori) assumiu e pegou uma casa totalmente arrasada", explicou Troca. "Se eu estivesse hoje no Congresso Nacional, votaria contra (elevação ou criação de impostos)", completou o deputado, ressaltando que, no caso do RS, a elevação do ICMS é uma medida extrema, mas, nesse momento, necessária.

O deputado Enio Bacci usa um argumento parecido para justificar a opção da bancada do PDT em votar a favor do projeto do governo gaúcho. "Não tenho dúvida de que no plano nacional nós devemos tomar uma posição firme contra o aumento de impostos porque há uma diferença. Aqui no Rio Grande, o Sartori chegou agora. Lá em Brasília, o governo está há vários mandatos coordenando um trabalho e não fez o serviço que deveria ser feito", afirmou.

Do lado petista, Luiz Fernando Mainardi tampouco vê incoerência. "O Partido dos Trabalhadores não é contra alta de impostos. Só achamos que tem imposto e imposto. É preciso analisar cada tipo de tributo", disse o parlamentar. "O que nós sustentamos é que o aumento linear da alíquota do ICMS não resolverá o problema das finanças do Rio Grande do Sul, porque incide diretamente sobre a competitividade das empresas e, portanto, haverá uma diminuição do consumo."

Um dos críticos mais severos à elevação tributária no RS, o deputado Juliano Roso (PC do B) reconhece que seu partido tem restrições ao projeto de recriação da CPMF como foi apresentado pelo governo federal. Segundo ele, o tributo não deveria incidir sobre todas as movimentações financeiras, ficando restrito a valores acima de R$ 20 mil. "É o que sempre defendemos, mas, em última instância, vamos apoiar a Dilma. Temos compromisso com a presidenta", avisou.

Exceção

Nem todos os deputados gaúchos viram diferenças entre a situação federal e a estadual na hora de votar. Ao contrário do que fez o restante da bancada do PSDB, o tucano Jorge Pozzobom se opôs à alta do ICMS. Mesmo apoiando o governo de Sartori, ele preferiu manter sua convicção de que não se combate crise elevando carga tributária.

"Tenho um histórico na minha vida pública de ser sempre contra aumento de imposto. Além disso, o nosso presidente nacional, senador Aécio Neves, emitiu uma nota oficial contra todo e qualquer tipo de aumento de alíquota de tributo", lembrou Pozzobom. "Portanto, seguindo a coerência do que o PSDB vai fazer lá (em Brasília) e a minha posição pessoal, eu vou continuar com aquele pensamento de ser contra aumento de imposto independentemente de ser oposição ou governo."

Entre a noite de terça-feira e a madrugada de quarta, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou com o placar apertado, de 27 a 26, os dois projetos de lei encaminhados pelo governador Sartori para elevar alíquotas do ICMS no Estado, depois de uma sessão longa e tensa marcada por protestos nas galerias. A estimativa é que as medidas proporcionem uma arrecadação anual extra superior a R$ 2 bilhões para o Estado a partir de 2016. A proposta pode dar espaço a um efeito cascata e motivar iniciativas similares de outros governos estaduais que também enfrentam dificuldades financeiras.

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade do financiamento empresarial de empresas e partidos. A decisão, tomada por oito votos contra três, ocorre às vésperas de análise da presidente Dilma Rousseff sobre um projeto de lei aprovado no Congresso, que permitia as doações de empresas até o limite de R$ 20 milhões. Com o resultado do julgamento da Corte, a presidente deve vetar o texto aprovado pelo Legislativo. De acordo com o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, a decisão "valerá daqui para frente e valerá para as eleições de 2016 e 2018", disse.

Votaram pela inconstitucionalidade das doações por empresas os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski e o ex-ministro Joaquim Barbosa (que foi substituído pelo ministro Edson Fachin). Já os ministros Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Celso de Mello, decano da Corte, votaram pela constitucionalidade das doações de empresas.

##RECOMENDA##

A proibição, pelo STF, do financiamento por pessoas jurídicas, abre brecha para que a presidente Dilma Rousseff vete o texto votado no Congresso na semana passada, quando a Câmara aprovou projeto de lei que regulamenta a chamada PEC da Reforma Política e prevê, entre outras coisas, o limite nas doações de empresas a partidos, permitindo o financiamento por pessoas jurídicas em até R$ 20 milhões. Contudo, ainda tramita no Congresso Nacional uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pode acrescentar a doação empresarial na Constituição Federal. Ou seja, se aprovada, a PEC poderia "constitucionalizar" novamente as doações de pessoas jurídicas.

O decano da Corte, ministro Celso de Mello, votou contra a proibição das doações de empresas, sob argumento de que é "preferível" ter o "controle real" das doações. "Se alguma doação fosse proibida só teríamos certeza de que não a conheceríamos, mas nunca teríamos a certeza de que nunca teria existido", afirmou o ministro. De acordo com ele, a possibilidade de que pessoas jurídicas contribuam com as campanhas e candidatos não contraria a constituição.

"Longe de negar a existência de interesses condenáveis nas contribuições feitas a candidatos e partidos. O que se afirma é que não se pode ver nesse fato isolado fundamento suficiente para conclusão radical de que toda e qualquer contribuição por pessoa jurídica é inconstitucional", disse Celso de Mello.

Além do decano, votaram nesta quinta também as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber e ambas acompanharam o voto de Fux, pela inconstitucionalidade do financiamento empresarial. Já o ministro Teori Zavascki, pediu a palavra para acrescentar modificações ao seu voto, proferido em sessões anteriores.

Embora tenha votado pela permissão das doações de pessoas jurídicas, Zavascki propôs algumas limitações e foi acompanhado por Celso de Mello e Gilmar Mendes, que acabaram vencidos. A proposta era de liminar as doações de pessoas jurídicas que tivessem contratos com a administração pública, além de impedir que uma mesma empresa possa doar para partidos que concorrem entre si. Além disso, Zavascki sugeriu que uma empresa que doasse para uma campanha fosse impedida de fechar contrato com a administração pública até o fim do mandato.

Gilmar Mendes

O julgamento teve início em abril do ano passado, mas ficou suspenso até agora devido a um pedido de vista (mais tempo para análise) pelo ministro Gilmar Mendes. A discussão voltou à pauta da Corte em sessão realizada nessa quarta, 17, mas não pode ser concluída por falta de tempo suficiente. Ao proferir seu voto, Mendes fez uma longa sustentação oral, que se estendeu por mais de cinco horas, com duras críticas ao PT. Ele votou pela constitucionalidade das doações de empresas, divergindo da maioria dos ministros da Suprema Corte. No voto, o ministro sugeriu que a ação, proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), é uma tentativa de manipular a Corte para "atuar no processo democrático à revelia do Congresso".

Para Mendes, há uma tentativa por parte da entidade, orquestrada com o PT, de fazer uma reforma política pela via judicial e garantir a manutenção do partido no poder através da "asfixia" da oposição. Isso porque, segundo ele, o partido que ocupa o governo já recebe "financiamento público" oriundo de repasses ilegais oriundos do esquema de corrupção na Petrobrás.

Durante a sessão, o ministro afirmou que vedar as doações empresariais e permitir um teto igual para todas as pessoas físicas de doação significa "criminalizar o processo político-eleitoral no Brasil, além de ser um convite à prática reiterada de crimes de lavagem de dinheiro".

Deputados adiaram novamente a votação do parecer substitutivo, apresentado há uma semana, ao texto que altera o Estatuto do Desarmamento. A votação prevista para nesta quinta-feira (17) ficou para a próxima terça-feira (22). O objetivo é que os parlamentares analisem as últimas modificações feitas pelo relator Laudívio Carvalho (PMDB-MG). O parlamentar disse que incluiu mudanças no texto até a noite dessa quarta (16). Segundo ele, as contribuições continuam sendo apresentadas e analisadas, e um novo texto será entregue nesta sexta (18) à noite.

“Isso é democrático. Podemos discutir mais ainda. É positivo”, afirmou, ao acrescentar que ainda ouviu categorias, como a de caçadores, e críticos das alterações, como os deputados Alessandro Molon (PT-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP).

##RECOMENDA##

O parecer que substitui pontos do projeto original (PL 3.722/12), apresentado na última semana, reduz a idade mínima exigida para a aquisição de armas, de 25 para 21 anos, e amplia o direito ao porte para outras categorias além das previstas na lei atual, incluindo deputados, senadores, agentes de trânsito, taxistas, aposentados das polícias e das Forças Armadas e servidores do Poder Judiciário.

O texto também modifica a validade das certidões de registro e porte de armas, atualmente de três anos. De acordo com o aprovado na comissão especial que analisou o projeto, o registro das armas de fogo será feito uma única vez, sendo dispensadas as avaliações e exames periódicos que revalidariam a posse. O relator acrescentou que o registro pode ser cassado se o cidadão cometer alguma ilicitude. A validade do porte de arma, de acordo com o parecer, passa dos atuais três anos para dez anos. Ao manter a exigência do exame inicial, Carvalho acrescentou, para o caso de porte, a obrigatoriedade de um curso de capacitação com carga mínima de dez horas e aprovação em prova prática.

De outro lado, Carvalho recuou em pontos do texto original, apresentado em 2012, pelo deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC). Enquanto o autor do PL sugeriu que a quantidade de armas passasse para dez por cidadão, o relator considerou que seis armas de fogo, como previsto na lei vigente, são suficientes.

O Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826) foi criado há 12 anos como medida para reduzir o número de homicídios e a violência no país. Segundo números do governo, entre 2003 e 2014, a lei resultou na retirada de circulação de mais de 130 mil armas no país, mas alguns parlamentares questionam a eficácia da regra e argumentam que o Estado não consegue garantir segurança pública aos cidadãos.

Os defensores do atual estatuto criticam o texto e dizem que aumentará o acesso a armas e, com isso, o risco para a sociedade.

 

Em quatro dias, deputados podem decidir se mudam ou não as regras previstas no atual Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826). Criado há 12 anos, o estatuto, no período de 2003 a 2014, resultou na retirada de circulação de mais de 130 mil armas no país. A proposta, na época, era adotar uma medida para reduzir o número de homicídios. Hoje, muitos parlamentares questionam a eficácia da lei.

Em 2012, o deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) foi o autor de uma proposta (PL 3.722/12) que revogava o estatuto. O texto avançou este ano, quando foi criada uma comissão especial para analisar as regras. Na última semana, o relator do PL, deputado Laudívio Carvalho (PMDB-MG), apresentou substitutivo ao que foi proposto por Peninha. Carvalho recuou em muitos pontos, retomando previsões do estatuto, como a quantidade de munições permitidas por ano e mantendo requisitos criados para o come rcio de armas de fogo, munições e acessórios. Por outro lado, fez alterações polêmicas, reduzindo, por exemplo, a idade minima exigida para a aquisição de armas, de 25 para 21 anos.

##RECOMENDA##

“Como o Congresso pode aprovar a redução da maioridade e uma pessoa com 21 anos continuar sem poder comprar uma arma? Isso é uma incoerência”, afirmou. São pontos como esse que prometem esquentar a sessão de votação, marcada para o próximo dia 17. Na reunião em que foi apresentado o parecer, a divisão de opiniões já tinha ficado clara e um pedido de vista adiou a decisão sobre o texto que, se aprovado, vai ao plenário da Câmara para depois ser apreciado pelo Senado.

O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que foi contrário à redução da maioridade penal, segue a mesma linha em relação à mudança do limite para o acesso a armas. O parlamentar cita outros pontos do texto que, segundo ele, devem ser integralmente rejeitados, como a ampliação do direito ao porte para outras categorias, além das previstas pelo estatuto. O relator incluiu na relação de categorias com direito ao porte, deputados, senadores, agentes de trânsito, aposentados das polícias e das Forças Armadas e servidores do Poder Judiciário, entre outros profissionais.

“Ele [o relator] permite o porte de arma para uma série de categorias, entre as quais a dos taxistas. É risco maior para os próprios taxistas, seja porque no trânsito normalmente há conflitos, seja porque serão vistos como alvos fáceis de ladrões que queiram roubar armas. É uma irresponsabilidade”, disse Molon.

Para ele, a proposta “é preocupante” porque cria condições para que um número maior de pessoas tenha acesso a arma, “aumentando o risco para a sociedade”. Da mesma opinião, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que a flexibilização do estatuto “é uma forma de dizer que queremos uma guerra na sociedade civil”. Segundo Valente, o movimento pela revogação da atual lei é resultado da pressão da indústria de armamento nacional. É uma violação da cultura da paz”, completou.

O relator Laudívio Carvalho reagiu, garantindo que o parecer não tem esse objetivo. “Não estamos armando a população, Estamos devolvendo o direito de defesa ao cidadão a partir do momento em que o Estado é incompetente para garantir a segurança”, defendeu, destacando levantamentos que mostram a ocorrência de mais de 50 mil mortes anualmente por arma de fogo, “que não são causadas por cidadãos de bem”.

Registro e porte

Alvo também de críticas, o ponto do substitutivo que trata do registro e porte de armas traz uma mudança significativa em relação às normas atuais. Enquanto o estatuto define que a validade dessas duas certidões é três anos, sendo exigida a repetição de exames periódicos para que sejam renovadas, Carvalho estabelece, em seu texto, que o registro das armas de fogo será feito apenas uma vez. Para o relator, o documento equivale a um título de propriedade com validade nacional e, por isso, “não teria sentido uma renovação perio dica”. O registro dá direito exclusivamente a ter a arma dentro de casa ou nos limites de propriedades rurais e dependências.

O relator lembrou que mesmo com validade indeterminada, “o registro pode ser cassado se o cidadão cometer alguma ilicitude. Isso é um incentivo para tirar as armas da ilegalidade, porque uma pessoa que tem que sair, por exemplo, de uma propriedade rural para renovar o registro acaba não indo”, afirmou.

A validade do porte de arma, de acordo com o parecer, passa dos atuais três anos para dez anos. Carvalho garantiu que, mesmo com essas alterações, o texto endurece a atual lei. O argumento do parlamentar é que, além de manter a exigência dos exames previstos no Estatuto do Desarmamento para conceder registro e porte, ele incluiu novas obrigatoriedades, no caso de porte. “Eu endureci a lei. No atual estatuto, para ter o registro e porte, você precisa se submeter a exames. Agora, você faz uma única vez. No relatório, mantenho a exigência para porte e acrescento a obrigatoriedade de um curso de capacitac a o especi fica, com durac a o mi nima de dez horas e aprovação em prova prática”, disse. No parecer, Carvalho sugere que o cadastramento de armas seja sempre gratuito, para tornar a iniciativa mais atrativa e aumentar o controle.

As explicações não convenceram os parlamentares, que preferem a manutenção do Estatuto do Desarmamento. Tanto a ampliação do prazo para porte quanto a eternização do registro dificultam o controle sobre como são e quais são as armas que estão no Brasil. [A validade de três anos prevista no estatuto] é uma maneira de saber quantas e quais armas foram roubadas”, avaliou Alessandro Molon.

Molon defendeu a rejeição total do texto, mas admite que há chances de a proposta ser aprovada na comissão especial. “Mas, em plenário, minha expectativa é que seja rejeitada. Se for para mudar o estatuto, tem que ser para torná-lo mais rígido”, defendeu.

Munições e armas

Em relação ao texto original apresentado para revogar o Estatuto do Desarmamento, Carvalho recuou na alteração do número de armas permitidas. Enquanto o autor do PL sugeriu que a quantidade passasse para dez por cidadão, o relator considerou que seis armas de fogo, como previsto na lei vigente, são suficientes. Nessa relação é possível ter duas armas curtas de porte, duas armas longas de alma raiada e duas armas longas de alma lisa.

Também ficou mantidao número máximo anual de 50 cartuchos para cada arma de fogo de uso permitido, com exceção para atividades de caça e tiro desportivo por colecionadores, atiradores e caçadores desportivos e para uso diretamente em estandes, agremiac o es de cac a, escolas de tiro e empresas de instrução de tiro.

“O deputado Peninha propôs mudar para 50 munições por mês. Estou mantendo 50 munições por ano porque é o suficiente, mesmo com o argumento de pessoas que defendem mais para que possam treinar. O treinamento tem que ser feito nas escolas de tiro e não em uma propriedade”, afirmou.

Punições

Carvalho manteve os requisitos exigidos para a concessa o do porte e criou categorias de armas no lugar das classificações por arma especifica. Nesse caso, se o cidadão tem o porte para categoria armas curtas de repetição, ele podera portar um revólver nos calibres 38, 32 ou 22. Caso seja habilitado para mais de uma categoria, todas terão que ser descritas no Certificado de Registro de Porte de Armas de Fogo.

O relator lembrou que as atuais tipificações de crimes relacionados foram conservadas e sugeriu o agravamento de algumas penas. “Quero tirar da clandestinidade aquele que foi empurrado pelo atual estatuto e dizer que a lei é pesada. Não afrouxei a lei, pelo contrário”, afirmou, ao comparar a pena mínima para porte ilegal de arma – que varia entre 1 e 3 anos, de 2 a 4 anos e, dependendo das circunstâncias da prática, de 12 a 20 anos, segundo o substitutivo.

Minutos antes do início da votação na Câmara Municipal do projeto de lei que proíbe o serviço do aplicativo Uber na cidade de São Paulo, uma emenda apresentada pelo Executivo prevê a abertura de uma brecha para que, futuramente, a Prefeitura faça estudos para regulamentar o transporte individual de passageiros por meio de novas tecnologias.

O líder do governo, vereador Arselino Tatto (PT), disse contar com 30 votos para aprovar a emenda. É preciso 28. O texto ainda prevê que seja feitas formas de avaliar a qualidade do serviço prestado pelos taxistas. "O Uber já é proibido e vai continuar, até a Prefeitura fazer estudos sérios sobre o assunto."

##RECOMENDA##

Outros vereadores também estão apresentando projetos substituídos, que ainda serão analisados nesta quarta-feira (9).

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu nesta quinta-feira, 27, a validade do ato do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato, de homologar o acordo de delação premiada firmado pelo doleiro Alberto Youssef com o Ministério Público Federal (MPF).

Embora dois ministros ainda precisem concluir seu voto, a Corte já tem maioria formada para rejeitar um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Erton Medeiros, executivo da Galvão Engenharia, que questiona o ato de Teori Zavascki, de homologar a delação do doleiro, em dezembro do ano passado. A delação de Youssef e do ex-diretor Paulo Roberto Costa, ambos homologados pelo STF, deram origem a mais de 20 inquéritos contra parlamentares que investigam suposta participação de políticos no esquema que desviou recursos da Petrobras.

##RECOMENDA##

O plenário do STF retomou nesta tarde o julgamento que questiona a validade da delação. A defesa do empreiteiro entrou com um habeas corpus no STF em maio e o pedido havia sido rejeitado em maio pelo relator, ministro Dias Toffoli, mas o caso foi levado ao plenário após recurso apresentado pela defesa do executivo.

Nesta quarta-feira, 26, por maioria, a Corte reconheceu que cabe a análise do pedido apresentado pela defesa do executivo. Porém, os ministros ainda não haviam discutido o mérito da ação, ou seja, se a homologação do acordo tem validade.

O habeas corpus foi admitido por empate, com cinco ministros votando pela admissibilidade e outros cinco com entendimento contrário. No caso de empate em matéria penal prevalece sempre a decisão que favorece o réu. A discussão ocorrida hoje se deu apenas sobre se o colegiado do STF pode admitir um pedido de habeas corpus quando se trata de questionamento de decisão tomada individualmente por um ministro da Corte.

De acordo com o relator do caso em discussão, o ministro Dias Toffoli, a decisão desta tarde modifica o precedente do Supremo. "O meu voto foi por conhecer da possibilidade do habeas corpus ser apresentado contra atos de ministro do Supremo. A jurisprudência até agora estava no sentido de que habeas corpus contra ministro do Supremo não era conhecido", disse.

Votaram pela admissão do habeas corpus os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Já Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Luiz Fux votaram pela rejeição. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, não participa do julgamento já que a ação questiona uma decisão sua.

O advogado José Luís de Oliveira Lima, que representa o executivo, disse nesta quarta-feira, durante o julgamento, que "o Ministério Público induziu em erro o ministro Teori Zavascki". Segundo o advogado, a delação não deveria ter validade já que Youssef já descumpriu um outro acordo de delação, no caso Banestado. De acordo com Oliveira Lima, o MP "omitiu taxativamente" que sete dias antes de o acordo de delação na Lava Jato ter sido celebrado, que o juiz Sérgio Moro já havia dado decisão quebrado acordo firmado no caso Banestado, no início dos anos 2000. "Não há uma linha, uma frase no parecer do doutor Rodrigo Janot (sobre o pedido de habeas corpus) questionando essa afirmação", disse o advogado de defesa.

Representando o Ministério Público, a vice-procuradora-geral Ela Wiecko rejeitou a argumentação da defesa e disse que num acordo, o que interessa é a "confiabilidade das informações" prestadas pelo delator. Ela argumentou ainda que uma eventual quebra de acordo tem reflexo na contraparte oferecida ao colaborador, ou seja, na diminuição de benefícios concedidos ao réu que decide colaborar com as investigações.

O primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, disse que pretende convocar eleições gerais em breve e pediu aos eleitores para reeleger a ele e a seu partido. "Cingapura está em um ponto de mudança. Acabamos de completar 50 anos de sucesso. Agora estamos começando nossos próximos 50 anos de nacionalidade. Em breve convocarei eleições para pedir o seu mandato para assumir Cingapura nesta próxima fase da nossa construção da nação", disse Lee, neste domingo (23), em discurso televisionado, duas semanas após a cidade-Estado comemorar seu 50º ano de independência.

O Partido de Ação Popular (PAP) do premiê Lee tem governado ininterruptamente Cingapura nos últimos 50 anos, mas está lutando para manter sua popularidade com uma desaceleração econômica e o crescimento entre a população de preocupações sobre a superlotação.

##RECOMENDA##

Em 2011, o PAP ganhou 81 dos 87 assentos parlamentares, mas recebeu a menor quantidade de votos desde que Cingapura se tornou uma nação - 60,1% em comparação com quase 67% em 2006. Uma eleição geral deve ser convocada em Cingapura antes do final de Janeiro de 2017, mas é amplamente esperado que aconteça logo em meados de setembro deste ano. Lee e o PPA provavelmente esperam capitalizar sobre um forte senso de orgulho nacional gerado pelas celebrações de aniversário. A população se mobilizou neste ano para prestar suas últimas homenagens ao ex-primeiro-ministro Lee Kuan Yew, que morreu em março. O falecido Lee era o pai do atual primeiro-ministro e foi visto por muitos como fundador da Cingapura moderna.

Em um amplo discurso que abordou tanto política externa quanto interna, o primeiro-ministro Lee advertiu que Cingapura poderá se tornar um "país comum" se não manter a boa governança, e poderia facilmente sofrer de governo e economia fracos, entre outros problemas. Ele disse que esta eleição seria mais sobre a definição de uma liderança a longo prazo que sobre a formação de um próximo governo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), considera que a Casa não vai dar guarida à proposta de emenda à Constituição (PEC) aprovada pela Câmara que reduz a maioridade penal em casos de crimes hediondos, homicídio doloso (com intenção de matar) e lesão corporal seguida de morte. Para ele, o texto é um "retrocesso" na forma como lidar com crianças e adolescentes infratores.

O petista fez coro com a sugestão feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de defender o projeto de lei que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e aumenta o tempo de internação de menores infratores que cometem crimes hediondos e homicídio doloso é o melhor caminho para situação.

##RECOMENDA##

"O próprio Senado já vem votando mudanças no ECA que podem não ser objeto da concordância de todos nós, mas representa uma posição bastante diferenciada do que colocarmos na Constituição a redução da maioridade penal e condenarmos adolescentes e crianças a cumprirem penas como os adultos", afirmou.

Para o líder do PT, se a PEC da Câmara vier a ser apreciada pelo Senado, será derrubada. "Agora, se ela vier a ser votada, tenho a convicção de que ela não será aprovada. Não creio que existam três quintos dos senadores dispostos a votarem por essa proposição", disse.

O nome do ainda prefeito de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Ettore Labanca (PSB), foi aprovado quase que por unanimidade na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para presidir a Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), nesta quarta-feira (12). Indicado pelo governador Paulo Câmara (PSB), o socialista obteve 44 votos e apenas o parlamentar Edilson Silva (PSOL) se opôs. 

Companheiro de Labanca durante mais de 50 anos de vida pública, o deputado Romário Dias (PTB) foi à tribuna dar um testemunho em favor do novo diretor-presidente da Arpe. “Ettore ocupou todos os cargos a ele delegados com muita altivez e determinação. Peço aqui um voto de quem quer ver a Agência funcionando com todo vigor”, afirmou.

##RECOMENDA##

Apesar de liderar a bancada da Oposição, o deputado Sílvio Costa Filho (PTB) depositou confiança no indicado, apresentando, apenas, duas ressalvas. “Chama a atenção que a Arpe não tenha nenhum servidor de carreira, portanto iremos cobrar de forma permanente a convocação dos concursados. Outra questão é que o órgão retome o papel de fiscalizar as organizações sociais  da saúde (OSS), que foi retirado pela Procuradoria Geral do Estado e passou a ser da Secretaria Estadual de Saúde. Quem paga não pode fiscalizar”, cobrou.

Único deputado presente na sessão de hoje que foi contrário a indicação de Labanca, Edilson Silva justificou o voto pelo que chamou de “incompatibilidade política” do gestor com o cargo. “Precisamos de uma presidência da Arpe com perfil de maior independência”, afirmou. “Nosso desejo é que ele, à frente da Agência, não venha a ser mais um articulador político do governo”, disparou.

De acordo com o vice-líder do governo, o deputado Tony Gel (PMDB) garantiu que as questões pontuadas pelos colegas serão observadas. “O próprio Ettore Labanca disse ontem, na Comissão de Justiça, que se os concursados não forem chamados para assumir suas funções na Arpe, ele entregaria o cargo”, lembrou. “Nosso encaminhamento é com muita convicção de que teremos uma instituição atuante e fortalecida”, elogiou o peemedebista.

Perfil - Advogado por formação e com longa carreira política, Labanca terá mandato de quatro anos à frente da autarquia, que tem a missão de regular, de modo autônomo, os serviços públicos delegados pelo Estado.

Saída da prefeitura - Ettore Labanca já encaminhou a renúncia do cargo de prefeito à Câmara de Vereadores de São Lourenço da Mata e anunciou que deve se juntar ao Governo no próximo dia 15 de agosto. No seu lugar, assumirá a gestão municipal o vice-prefeito Gino (PSB).

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) define hoje (5) a lista tríplice para o cargo de procurador-geral da República. A entidade recebeu quatro candidaturas que vão disputar a vaga de Rodrigo Janot, atual procurador e candidato à recondução. Caberá à presidente Dilma Rousseff escolher um dos três mais votados para ocupar o cargo. Dilma não é obrigada a escolher o mais votado.

A votação está prevista para começar às 10h em todas as unidades do Ministério Público Federal (MPF) no país. A apuração será feita por meio de um sistema eletrônico interno. O resultado deve ser divulgado por volta das 19h. Além de Janot, concorrem ao cargo os subprocuradores Carlos Frederico Santos, Mario Bonsaglia e Raquel Dodge.

##RECOMENDA##

O mandato de Janot acaba dia 17 de setembro, mas ele pode ser reconduzido pela presidenta Dilma Rousseff por mais dois anos. Mesmo com essa possibilidade, a eleição interna entre 1,2 mil membros da Procuradoria-Geral da República tem de ser feita para a formação da lista. A apresentação da relação não é obrigatória, mas é feita pela associação de procuradores desde 2001. A entidade considera essa maneira a mais democrática de indicar seu representante.

Nos debates dos quais participou, Janot garantiu que vai continuar trabalhando para manter a independência do Ministério Público e intensificará o combate à corrupção. Ele chefia as investigações da Operação Lava Jato e foi criticado por integrantes do Senado após a deflagração da Operação Politeia, fase da Lava Jato deflagrada no mês passado, que fez buscas e apreensões nas casas dos senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE). Os parlamentares devem participar da votação da eventual recondução de Janot.

Durante o debate entre os candidatos, no dia 27 de julho, o procurador Carlos Frederico disse que sua plataforma se baseia em igualdade, inclusão e liberdade de expressão. Candidata ao cargo pela segunda vez, Raquel Dodge ressaltou a importância de bons salários na carreira. Segundo ela, a dignidade remuneratória é fundamental para que instituições com as características do MPU não se tornem instituições de passagem. Mario Bonsaglia ressaltou o respeito à autonomia institucional dos diversos ramos do Ministério Público e destacou a importância da valorização dos membros do MPU. Ele disse que, além de se preocupar com questões institucionais, estará atento às questões corporativas.

A presidente Dilma não é obrigada a nomear o candidato mais votado, porém o critério é observado desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para tomar posse, o procurador precisa ter o nome aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado e pelo plenário da Casa, em votação secreta.

[@#galeria#@]

Pela primeira vez uma cidade vai sediar os Jogos Olímpicos de Inverno e de Verão. Na manhã desta sexta-feira, Pequim foi escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional como sede dos Jogos de Inverno de 2022, batendo por apenas quatro votos a cidade de Almaty, no Casaquistão.

##RECOMENDA##

A corrida, porém, foi marcada por polêmicas e a escolha da chinesa também foi imediatamente seguida por críticas por parte de ativistas de direitos humanos e ambientalistas.

Durante o processo de seleção, cidades como Oslo, Estocolmo e Saint Moritz desistiram da candidatura diante da incapacidade de concorrer contra os orçamentos da China e do Casaquistão. As cidades europeias ainda realizaram referendos, com resultados negativo, em que suas populações se recusaram a pagar pelo evento.

O Comitê Olímpico Internacional (COI), assim, ficou com apenas duas opções em dois países com sérios problemas de direitos humanos. Nesta sexta-feira, ao receber 44 votos, Pequim bateu Almaty, que somou 40 apoios.

Além das acusações de violações de direitos humanos, as duas cidades têm algo também em comum: a falta de neve. Para que as modalidades de montanha sejam realizadas, será preciso viajar 195 quilômetros.

Mesmo assim, existem dúvidas sobre a necessidade que o governo terá de produzir neve, até mesmo para as montanhas. Na capital, as modalidades disputadas serão apenas em ginásios fechados, como patinação e hóquei.

Pequim, porém, promete um orçamento bem menor do que os de eventos anteriores. Se a cidade gastou US$ 40 bilhões em 2008 para os Jogos de Verão, a promessa agora é de um orçamento de apenas US$ 3,7 bilhões.

Assim que o nome da cidade chinesa foi anunciada, entidades atacaram o COI pela escolha. "Isso é um tapa na cara dos dissidentes políticos na China", indicou a Human Rights Watch, que quer saber quais garantias foram dadas pelo governo chinês de cumprimento de regras de direitos humanos.

Segundo o grupo, a repressão contra dissidentes tem sido "a pior em anos". Thomas Bach, presidente do COI, teve o apoio chinês para sua eleição ao cargo máximo na entidade olímpica.

ÁSIA - O movimento olímpico também mudou seu eixo para a Ásia, depois do evento no Rio de Janeiro em 2016. Em 2018, os Jogos de Inverno ocorrerão na Coreia do Sul, em Pyeongchang. Em 2020, os Jogos Olímpicos serão em Tóquio e, em 2022, em Pequim.

No caso da China, porém, atletas de modalidades de inverno não estão entre os mais competitivos. Mas Pequim promete investir US$ 30 milhões para treinar esses atletas. Em um claro sinal de falta de heróis nesse campo, um dos embaixadores da candidatura de Pequim foi Yao Ming, ex-jogador de basquete com passagem pela NBA.

A comissão mista que elabora a proposta da Lei de Responsabilidade das Estatais deve apresentar em agosto relatório preliminar sobre o tema. A votação deverá ocorrer até o dia 21, quando se encerram os trabalhos do colegiado, instalado em 18 de junho.

Criada por sugestão dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha - ambos do PMDB -, a comissão vai propor um projeto de lei para regulamentar dispositivos da Constituição e definir orientações gerais sobre a organização das empresas estatais, bem como mecanismos de fiscalização pública e governança interna.

##RECOMENDA##

O artigo 173 da Constituição determina que seja votada lei para estabelecer o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e das respectivas subsidiárias, inclusive no que diz respeito à função social e as formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade. Atualmente, por falta dessa legislação, cada estatal segue normas próprias.

Uma das atribuições da comissão é analisar o anteprojeto da Lei de Responsabilidade das Estatais apresentado por Renan e Cunha. Há ainda propostas sobre a organização, gestão e fiscalização das estatais de autoria dos senadores José Serra (PSDB-SP), Roberto Requião (PMDB-PR), Aécio Neves (PSDB-MG) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), que preside a comissão mista encarregada de aprofundar os estudos. Aprovado pela comissão, que tem como relator o deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), o texto do projeto de lei complementar vai passar pela análise das duas Casas do Congresso - Câmara e Senado.

*Com informações da Agência Senado

Terminou sem acordo a reunião do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com líderes partidários e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta terça-feira (14). O principal motivo do encontro era tentar definir se o projeto de lei que reduz a desoneração na folha de pagamento das empresas entraria na pauta de votação desta semana no Senado. A partir de sábado (18), o Congresso entrará em recesso parlamentar.

Além do projeto, outras matérias de interesse econômico que podem ter impacto no ajuste fiscal entraram na pauta da reunião. Segundo o ministro da Fazenda, está sendo estudada uma forma de o Senado acelerar a votação do o projeto de regularização de recursos lícitos que estão no exterior.

##RECOMENDA##

“Foi uma reunião muito produtiva, evidentemente a ação toda é do Senado, mas fiquei muito satisfeito de poder defender a necessidade de aprovar algo que já foi amplamente discutido, então acho que os resultados devem ser bastante produtivos”, afirmou Levy.

Apesar do tom otimista do ministro, o presidente do Senado anunciou que não houve acordo sobre nenhum dos temas tratados, mas garantiu que a Casa vai trabalhar até o fim desta semana em busca de avanços nesses temas. “Não há ainda acordo, mas estamos trabalhando para começar a apreciar essas matérias tão importantes para o país”, disse Renan ao sair do encontro.

Segundo ele, o projeto que faz alterações no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deverá ser tratado primeiro nas comissões permanentes do Senado e, depois, será definido um calendário para a votação no plenário. “A partir daí, nós possamos trazer a matéria para a ordem do dia do plenário. Estamos trabalhando para fazer isso rapidamente”, disse.

Um dia após se reunir em Pernambuco, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência contra Jovens Negros vota, nesta terça-feira (14), o parecer da relatora, deputada Rosangela Gomes (PRB-RJ). A reunião do colegiado está agendada para às 14h30. 

O texto, apresentado no último dia 7, gerou divergências entre os parlamentares do colegiado. Entre outros pontos do relatório, Rosângela afirma existir um genocídio da juventude negra, propõe a criação do Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens e defende a aprovação do Projeto de Lei 4471/12, que acaba com o chamado auto de resistência, registro em que policiais justificam mortes ou ferimentos durante prisões ou perseguições de suspeitos.

##RECOMENDA##

Rosangela defende também a unificação e a desmilitarização das polícias estaduais como aperfeiçoamento necessário para o sistema de segurança pública e a criação de um Fundo Nacional de Combate ao Racismo, a fim de financiar a Política de Igualdade Racial. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello negou a liminar para suspender a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, na Câmara dos Deputados. A partir de agora, a decisão depende do plenário da Corte, que pode se reunir apenas depois do recesso do Judiciário, que termina no dia 1º de agosto.

O pedido foi feito por um grupo de mais de 100 deputados de 14 partidos – PMDB, PSB, PDT, PT, PC do B, PPS, PROS, PSOL, PSDB, PV, DEM, PR, PSC e PTC – que questionam a condução de votações polêmicas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o resultado dessa votação.

##RECOMENDA##

Há mais de uma semana, o plenário da Câmara rejeitou uma proposta de redução da idade mínima penal e, após acordo com líderes, no dia seguinte, outro texto semelhante foi colocado em votação com algumas alterações. Cunha defendeu que, com a rejeição do texto que foi apresentado como substitutivo, uma emenda aglutinativa – que funde textos de outras emendas ou do teor do texto de proposição principal – poderia ser apreciada.

Na sexta-feira (10), o presidente da Câmara reforçou sua posição em uma manifestação enviada ao STF destacando que os parlamentares tentam “minar” o andamento legislativo. Segundo Cunha, não houve ilegalidade na votação. Cunha ainda rebateu os argumentos do grupo de deputados afirmando, na defesa que o Artigo 60 da Constituição Federal – que proíbe que uma matéria seja votada mais de uma vez na mesma legislatura – não pode ser aplicado ao caso de emendas aglutinativas. A justificativa do peemedebista é que o projeto só deve ser arquivado se o texto original for rejeitado.

A PEC da Maioridade Penal ainda precisa passar por um segundo turno de votações na Câmara para então ser analisada pelo Senado, também em dois turnos. Maioridade penal é a idade mínima para que uma pessoa pode ser julgada criminalmente por seus atos como um adulto.

Um mandado de segurança assinado por 102 deputados, de 14 partidos distintos, foi protocolado nesta quinta-feira (9), no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que seja anulada a votação da redução da maioridade penal, realizada na Câmara dos Deputados, semana passada. A emenda à Constituição determina que pessoas com 16 anos sejam penalizadas nos casos de crimes contra a vida.

Integrando a lista dos parlamentares contrários a votação, o parlamentar Sergio Vidigal (PDT-ES) avalia o processo como inconstitucional. “Acredito que a votação é inconstitucional por violar  a Constituição Federal, no artigo 60 do 5º parágrafo. Esta Casa é o berço das leis do nosso país, por isso não deve ser alvo ser alvo de manobras regimentais e constitucionais”, destaca Vidigal.

##RECOMENDA##

A ação dos deputados questiona a votação, com intervalo de apenas 24 horas, de dois textos semelhantes sobre maioridade. Na madrugada do dia 2 de julho, a Câmara aprovou uma emenda apresentada algumas horas antes que prevê a responsabilização criminal de jovens com 16 anos ou mais que cometerem homicídio doloso (quando há a intenção de matar), lesão corporal seguida de morte e crimes hediondos, como estupro. No meio político o assunto é visto como uma manobra do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB).

[@#galeria#@]

“Além do prazo regimental dos trabalhos da Comissão não serem cumpridos, muitos deputados não tem bandeira. É preciso entender que apenas a redução da maioridade penal não será uma fórmula mágica para acabar com a violência praticada por menores”, ressaltou o pedetista.

Os representantes políticos que apoiaram o movimento e assinaram o mandato de segurança são dos partidos: PMDB, PSB, PDT, PT, PC do B, PPS, PROS, PSOL, PSDB, PV, DEM, PR, PSC e PTC. Vidigal protocola ação no STF contra a redução.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, e demais aliados da base do Governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), viram o adiamento da votação do Projeto de Lei do Senado nº 131/2015 como uma vitória. A proposta que retira a obrigatoriedade de a Petrobras estar presente como operadora única do pré-sal e a desobriga da participação mínima de 30% dos investimentos nos blocos licitados, estava como o terceiro projeto da Ordem do Dia para ser avaliada nessa quarta-feira (8), mas, será instituída uma comissão parlamentar para debater a matéria no prazo de 45 dias. 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu retirar a proposta da pauta de votação e criar uma comissão especial com 27 membros, após a apresentação junto à Mesa Diretora de um requerimento assinado por 46 senadores, incluindo Humberto Costa e a totalidade da bancada do PT. O colegiado deverá ser indicado por líderes partidários nos próximos dias. 

##RECOMENDA##

Para Costa, o movimento contrário à proposta cresceu nos últimos dias na Casa e, agora, os senadores terão a oportunidade de debater o assunto com mais profundidade na comissão especial. “Não existe nenhuma situação de emergência que justifique a rápida apreciação do texto apresentado pela oposição. Os leilões só irão ocorrer nos próximos anos”, afirmou. "Não há justificativa cabível para a pressa. Interesse público, não é", reforçou. 

Em relação ao conteúdo da proposta, o parlamentar acredita que a matéria privatiza o petróleo brasileiro e prejudica a maior estatal do país e toda a população. “Essa proposta implode a condição da Petrobras como operadora única no pré-sal e abre as porteiras de um tesouro brasileiro para as multinacionais. É algo que, no nosso ponto de vista, solapa frontalmente a liderança da nossa maior empresa e a fragiliza diante das companhias estrangeiras, ansiosas por expandir sua presença no riquíssimo mercado brasileiro de óleo e de gás”, avaliou o petista. 

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira (8) que a reforma política deve ser a prioridade absoluta do Plenário até o recesso parlamentar, marcado para o dia 17 de junho. Os deputados aprovaram a proposta em segunda discussão a proposta nessa terça (7), mas falta votar os destaques, o que deve ocorrer na próxima terça-feira (14).

Além disso, Cunha afirmou que pretende colocar em votação uma proposta de regulamentação da reforma, que está sendo elaborada pelo relator da PEC, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Entre os pontos defendidos pelo presidente, está a fixação de um teto para as doações eleitorais, a redução do tempo de campanha e mudanças nos critérios para tempo de TV.

##RECOMENDA##

DRU - O presidente criticou o atraso no envio pelo governo da proposta que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU), que deve chegar à Câmara na próxima semana. “Em todos os anos em que a proposta foi aprovada, ela foi enviada em março, e nós estamos em julho”, disse. 

A medida permite ao governo desvincular parte de seus gastos e foi criada junto com o Plano Real, para ajudar o Executivo a cumprir suas metas de superavit. Cunha acredita na aprovação da proposta, mas ressaltou que ela seguirá o trâmite normal: admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, formação de uma comissão especial com prazo de 40 sessões para apresentar um relatório, depois prazo para emendas e votação da PEC em Plenário.

*Com informações da Agência Câmara.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando