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A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar um possível caso de estupro de vulnerável em Araripina, no Sertão de Pernambuco. A vítima seria uma criança de dois anos e o suspeito pelo crime, o pai, de 45 anos. O caso teria acontecido no Conjunto Asa Branca, no Alto da Boa Vista, após a menina passar o sábado (16) com o genitor, que atualmente é separado da mãe.  

O boletim de ocorrência da Polícia Militar descreve que a mulher pediu para o pai da criança ficar com a filha no fim de semana. Na noite do dia 16, quando ele levou a vítima à mãe, a genitora percebeu que as partes íntimas da menina apresentavam inchaço e vermelhidão. Diante da suspeita de crime sexual, a criança levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araripina e transferida ao Hospital Regional de Ouricuri.  

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Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito foi “autuado em flagrante” e que “após os procedimentos administrativos, o autor foi encaminhado para a audiência de custódia e ficará à disposição da justiça”. 

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Iporá, cumpriu, no dia 23 de junho, mandado de prisão preventiva em desfavor de investigado pela prática de estupro de vulnerável. Durante a transcurso da investigação foram descobertas cinco vítimas, todas vulneráveis, o que motivou a representação pela cautelar.

Após o protocolo do pedido de prisão, mais duas vítimas procuraram a delegacia, sendo uma delas, sobrinha do investigado, que relevou que foi abusada dos 13 aos 17 anos.

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O preso já responde a uma ação penal pelo crime de estupro de vulnerável, crime ocorrido no ano de 2020. O investigado apresentava-se perante a comunidade como “pastor” e diante da facilidade em relacionar com vários fiéis, aproveitava a confiança para cometer os crimes contra a dignidade sexual de vulneráveis.

Da assessoria.

Um técnico de enfermagem contatado pela Secretaria de Saúde do Amazonas (SES) foi preso por suspeita de estuprar uma paciente recém-operada dentro Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, em Manaus. O homem, de 41 anos, foi detido no sábado (27), dentro da unidade. 

Familiares denunciaram o abuso e apontaram que o técnico teria se aproveitado do momento da troca de curativo da cirurgia de apêndice da paciente para tocar na vagina dela. A vulnerabilidade da vítima foi constatada pela falta de meios de defesa. 

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O suspeito foi levado ao 4º Distrito Integrado de Polícia, onde ficou à disposição da Justiça. A SES informou que ele integrava o quadro de servidores em regime temporário e confirmou a exoneração após tomar ciência do caso. Uma sindicância foi aberta para apurar o ocorrido e ajudar nas investigações. 

As ciberdefesas dos sistemas de abastecimento de água potável dos Estados Unidos são "absolutamente inadequadas" e vulneráveis a ataques de hackers em larga escala de hackers, disse um funcionário de alto escalão do governo americano, nesta quinta-feira (27), pedindo para não ser identificado.

"Há uma resistência inadequada para igualar (as capacidades) do setor criminal", disse o funcionário.

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O governo tentou atender a cibersegurança da infraestrutura, mas há limitações pelo fato de a grande maioria destes serviços ser oferecida por empresas privadas.

O tamanho do desafio ficou claro em maio do ano passado, quando um ataque deixou temporariamente fora de serviço o importante oleoduto Colonial Pipeline.

Funcionários que falaram com os repórteres sob condição de anonimato mostraram um plano para que as empresas de água cooperem com o governo para tentar selar as falhas de segurança. Como acontece em outros existentes nos setores elétrico e de gás, o programa é, no entanto, de adesão voluntária.

Outro problema é que existem cerca de 150.000 fornecedores de água diferentes para atender 300 milhões de americanos, segundo o funcionário ouvido pela AFP. Também aumenta a vulnerabilidade o fato de se tratar de sistemas cada vez mais automatizados, com computadores que gerenciam o tratamento, o armazenamento e a distribuição.

"Esses processos, quero destacar, podem ser vulneráveis a ciberataques (...) Estamos particularmente preocupados que se lance um ciberataque para, por exemplo, manipular processos de tratamento e produzir água insegura, ou também para danificar infraestrutura hídrica, ou mesmo parar o fluxo de água", completou esta fonte.

Com a pouca quantidade de postos de vacinação na periferia - apontada em reportagem do LeiaJá - a prefeitura do Recife afirmou que têm disponibilizado transporte gratuito aos centros do 'Plano Vacina', por meio de parceria com aplicativos de transporte. Porém, as informações sobre o uso desses ‘vouchers’ não são claras. Falta mais transparência sobre quem foi beneficiado e quantas viagens doadas foram utilizadas.

Questionada pelo LeiaJá, a prefeitura do Recife afirmou que são duas as parcerias que estariam ajudando no transporte para locais de vacinação. Segundo a gestão municipal, a parceria com a Uber - firmada pelo Governo de Pernambuco - seria para facilitar o deslocamento das cidadãos comuns para os pontos de vacinação, enquanto que a parceria com a 99 Táxi seria para voluntários que atuam nos pontos de imunização.

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Nossa equipe também tentou informações para detalhar os números e entender a efetividade destas parcerias na busca pela imunização de moradores de periferia. A prefeitura informou ao LeiaJá que “dados sobre a quantidade de viagens devem ser apuradas com a empresa”.

E o que diz a 99?

A 99 Pop explicou que doou aproximadamente 20 mil vouchers ao Recife no valor unitário de R$ 30. Entretanto, afirmou que não detém os números finais da iniciativa e enfatizou que a responsabilidade sobre a logística e o destino final das doações é da prefeitura do Recife.

"Em Recife, no caso do transporte de profissionais da saúde, as corridas doadas auxiliam no deslocamento até os centros de imunização”, pontuou a 99 em nota.

E o Uber?

Moradores do Recife e também das cidades de Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Camaragibe também teriam sido beneficiados por vouchers da Uber, que firmou parceria com o Governo de Pernambuco.

O LeiaJá buscou a empresa para obter dados das viagens gratuitas ofertadas à capital. A plataforma comunicou que doou 120 mil códigos de R$ 25 para o “público idoso” dos cinco municípios do Grande Recife.

Perguntada sobre o quantitativo de corridas realizadas, a Uber respondeu que não abre os dados de quanto já foi utilizado em viagens. "A empresa só divulga o dado geral de doação que é de 480 mil viagens", afirmou.

A Uber detalhou que as viagens são doadas diretamente aos governos e o uso fica a critério de quem recebeu.

Os vouchers da Uber estão sendo usados?

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco não especificou as corridas feitas na capital e informou que esses dados são de responsabilidade do Uber.

O órgão afirmou que o aplicativo não doou determinado número de corridas, e sim, cupons com o desconto total de R$ 200 mil no serviço.

Na época do anúncio, o apoio foi descrito pelo secretário Geraldo Julio como essencial para avançar com a campanha estadual.

"De fevereiro para cá, já foram feitas 3.337 viagens, o equivalente a R$ 39.033 dos R$ 200 mil. Ou seja, foram utilizados apenas pouco mais de 20% da doação", estimou a secretaria em nota.

Desencontro de informações

O próprio material de divulgação da parceria com a Uber apresenta divergência, ao apontar que foram garantidas "7.500 viagens gratuitas de ida e volta". Neste caso, o número de corridas disponibilizadas pelo preço de cada cupom ficaria em R$ 187.500, menos do que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico afirma ter recebido.

Sem considerar as áreas em que a Uber não costuma atender e as limitações na estrutura dos bairros mais vulneráveis, o material da parceria chega a acrescentar que "é muito importante que o local de vacinação escolhido para fazer o transporte seja o mais perto possível da residência do idoso. Assim, ninguém se prejudica e todo mundo se imuniza".

Vacina em casa

A Secretaria de Saúde afirmou também que pessoas acamadas estão sendo visitadas por enfermeiros e técnicos de enfermagem para a aplicação em domicílio. Segundo a prefeitura, 9.254 pessoas receberam uma dose em casa. Destas, 6.938 concluíram o esquema de proteção com as duas doses ou com a dose única da Janssen.

Sem plano para pontos de vacinação em periferias

Por hora, sem intenção de expandir os pontos para áreas de difícil acesso, a prefeitura do Recife entende que descontos em restaurantes, lanchonetes e em outros estabelecimentos, pode fazer com que a população mais carente receba as duas doses.

Para incentivar a conclusão do esquema vacinal, criou o Passaporte Recife Vacina, com os benefícios garantidos aos que já foram imunizados contra a Covid-19.

Total de vacinados no Recife

Ao todo, 1.237.614 pessoas estão aptas ao imunizante na capital, mas só 422.827 pessoas tiveram o esquema vacinal garantido. Dados atualizados pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) mostram que o Recife acumula 145.838 casos e 5.067 mortes relacionadas à pandemia.

Os locais de vacinação contra a Covid-19 no Recife funcionam todos os dias, das 7h30 às 18h30, mediante agendamento.

Os centros informados pela Prefeitura são:

- Sest Senat (Porto da Madeira)*;

- Porto Digital (Bairro do Recife);

- Unicap (Boa Vista)*;

- Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos*;

- Parque de Exposição de Animais, no Cordeiro;

- Unidade de Cuidados Integrais (UCIS) Guilherme Abath, no Hipódromo;

- Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro*;

- Ginásio Geraldão, na Imbiribeira*;

- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na Tamarineira*;

- Parque da Macaxeira, na Macaxeira*;

- UPA-E do Ibura;

- UniNassau, nas Graças.

*representam pontos híbridos que atendem como centro e drive-thru.

Os locais exclusivos na modalidade drive-thru são:

- Fórum Ministro Artur Marinho - Justiça Federal de Pernambuco (Avenida Recife), no Jiquiá;

- Juizados Especiais do Recife, na Imbiribeira;- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária;

- Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Bairro do Recife;

- BIG Bompreço de Boa Viagem;

- BIG Bompreço de Casa Forte;

- Carrefour (Torre).

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu em investigação que uma mulher de 28 anos e um homem de 39 anos são culpados de matar o próprio filho de um ano e dois meses de vida. O crime aconteceu na manhã do dia seis de julho, no Norte de Minas.

O casal foi indiciado por homicídio qualificado, abandono de incapaz e maus-tratos. Além disso, o homem também irá responder por estupro de vulnerável. Eles foram presos em flagrante pela PCMG no dia sete de julho e permanecem no sistema prisional desde então. 

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A mulher já tinha passagem por tráfico de drogas, receptação e abandono de incapaz. O homem já havia sido condenado por estupro de vulnerável e tinha passagem por ameaça, lesão corporal, dano, roubo e homicídio.

Durante exame de necropsia, foram verificados no corpo da criança lesões nas costelas, rompimento da alça intestinal e dilaceração anal. Os irmãos da vítima prestaram informações à PCMG e disseram que as agressões eram constantes por parte dos pais.

Conforme divulgado pela polícia, na noite do crime, a vítima não queria dormir e, por isso, foi agredida pela mãe em cinco momentos distintos, com vários golpes. Ela assumiu ter dado tapas e murros na criança, durante a madrugada, porque a menina não queria dormir.

A mulher contou ainda que o companheiro também agrediu a menina com um soco e, além disso, teria visto movimentos embaixo da colcha que poderiam implicar no crime de abuso sexual. O homem negou as acusações, alegando apenas ter visto a vítima sofrer agressões por parte da mãe.

A presença do presidente Jair Bolsonaro em Belém, no Pará, aglomerou famílias carentes que esperavam receber cestas básicas. Durante horas, centenas de pessoas formaram uma extensa fila na entrada do 8º Depósito de Suprimentos, onde o gestor participava de uma cerimônia e deixou o local sem cumprimentar os populares.

A dificuldade de sobreviver em meio à crise econômica intensificada pela pandemia fez com que a aglomeração fosse formada na tarde da sexta-feira (23). A situação ficou tensa, pois a população acreditava que o presidente doaria alimentos. No entanto, Bolsonaro apenas participou de um ato simbólico.

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Ao lado do ministro da Cidadania, João Roma, do Turismo, Gilson Machado, e do superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Gilberto da Silva, Bolsonaro entregou só duas cestas básicas na solenidade e posou para fotos.

A intensão do gestor era reforçar o projeto Brasil Fraterno, lançado em março deste ano sob coordenação do Programa Pátria Voluntária, mas os populares se revoltaram ao considerar que foram usados para representar uma suposta popularidade do presidente.

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O investimento federal no projeto é de R$ 65,5 milhões e deve beneficiar cerca de 178 mil famílias em condição vulnerável. A expectativa é que sejam distribuídas 468.155 cestas básicas. 

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu, na manhã dessa quarta-feira (17), um idoso de 70 anos pelo crime de estupro de vulnerável. As vítimas foram as próprias netas dele, uma adolescente de 14 anos e uma de 20. O fato foi registrado em Paritins, a 369km da capital Manaus..

A delegada Alessandra Trigueiro, titular da DEP, relatou que a denúncia foi realizada no dia 5 de fevereiro deste ano, pela vítima de 20 anos, que informou que sua irmã estava sendo abusada sexualmente pelo próprio avô.

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“Iniciamos as investigações e constatamos que a adolescente sofria os abusos desde os sete anos de idade. A jovem que fez a denúncia também disse que sofreu os abusos, em razão dele fazer ameaças a elas e da dependência financeira que tinham dele”, acrescentou a delegada.

A autoridade policial ressaltou que solicitou à Justiça pelo mandado de prisão em nome do idoso; e a ordem judicial foi expedida pela juíza Juliana Arrais Mousinho, 1ª Vara da Comarca de Parintins. "Após tomar conhecimento da ordem judicial, fugiu para o estado do Pará e retornou para Parintins na terça-feira (16), e realizamos sua prisão nesta quarta-feira”, detalhou.

O idoso irá responder por estupro de vulnerável e permanecerá custodiado na carceragem da unidade policial, à disposição da Justiça.

Com informações da PC-AM

Policiais civis de Alagoas prenderam no início da manhã desta quinta-feira (3) um estuprador de crianças. O acusado tem 43 anos, e foi preso por prática de estupro contra as duas filhas biológicas e a sobrinha.

“A primeira vítima, que teve coragem de denunciar foi a sobrinha, a qual ao falar para mãe, esta contou a irmã, foi quando as filhas emocionadas revelaram que eram abusadas há anos. O autor mantinha conjunção carnal com as filhas, dentre outros atos libidinosos”, revelou a delegada Adriana Gusmão, titular da Delegacia Especializada dos crimes Contra a Criança e o Adolescente (DCCCA).

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O autor do crime foi preso pela equipe da Delegacia Especializada, no bairro do Prado, em Maceió.

Projeto que tipifica o homicídio de vulnerável, enquadrando-o como crime hediondo, aguarda deliberação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), o projeto (PL 214/2020) altera o Código Penal (Decreto-Lei n 2.848, de 1940) e tem como relator o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

 De acordo com o texto, o homicídio de vulnerável passará integrar o rol de crimes hediondos, que de acordo com a Lei 8.072, de 1990, são inafiançáveis e imprescritíveis. Os crimes cometidos contra menores de 14 anos, idosos acima de 80 anos e pessoa com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental, se tornarão qualificados, inafiançáveis e imprescritíveis, independente das circunstâncias em que for cometido.

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Girão mencionou relatório elaborado pela Fundação Abrinq, segundo o qual, em 2017, foram 11.733 homicídios com as vítimas com idades entre zero a 19 anos. O senador defende a adoção de “medidas eficazes para prevenir e punir rigorosamente homicídios dessa natureza".

“O assassinato de crianças e adolescentes é crime de consequências lastimáveis. As famílias ficam destruídas emocionalmente e os sonhos daqueles que se foram são interrompidos de maneira precoce e abrupta. Ademais, no caso da morte de jovens de pouca idade, cuja capacidade de defesa e reação são reduzidas, a dor e a irresignação são ainda mais intensas”, argumenta na justificativa da proposta.

*Da Agência Senado

O Papai Noel se modernizou para não deixar de participar da campanha de Natal solidário dos Correios, iniciada nesta quarta-feira (18). Há mais de 30 anos proporcionando alegria para crianças em vulnerabilidade, neste ano, as famosas cartinhas só poderão ser enviadas e escolhidas através do site do bom velhinho

O próprio Papai Noel vai lançar a campanha às 15h, no canal do YouTube dos Correios. Em função da pandemia, toda a operação foi remanejada para o ambiente virtual.

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As cartinhas devem ser escritas à mão por crianças de até 10 anos, em situação de vulnerabilidade social, e fotografadas ou digitalizadas para ser enviadas ao Blog do Papai Noel. Atenção para a nitidez das imagens para que o doador compreenda o pedido.

Para tornar-se um 'Papai Noel', basta entrar na página e clicar no campo "Adotar Agora". Com base na localidade informada, serão disponibilizadas as cartinhas e sugestões de locais para a entrega dos presentes. Após a escolha, um e-mail de confirmação é enviado. Para visualizar as cartinhas já adotadas, basta acessar o campo "Minhas Cartas".

A mudança visa evitar aglomerações e, por isso, os presentes serão divididos em unidades dos Correios para a entrega presencial, também informados na página. A entidade ressalta que o protocolo de segurança sanitária será devidamente atendido.

Criticado por humilhar a influenciadora Mariana Ferrer, outra vítima de estupro que confrontou Cláudio Gastão da Rosa Filho nos tribunais, relata que o advogado já havia adotado práticas repreensíveis para constrangê-la, na tentativa de safar um abusador. Em entrevista à revista Veja, a empresária Sandra Bronzina lembrou da intimidação que sofreu por parte do defensor, quando ainda era adolescente.

Aos 13 anos, ela foi raptada e abusada por um estranho ao sair do colégio, no Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O sequestrador a estuprou durante uma hora e meia, e só a libertou com vida após incessantes súplicas.

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O suspeito foi identificado e preso meses depois. No dia da sentença, ela lembra que entrou sozinha em uma sala majoritariamente ocupada por homens e foi humilhada por Rosa Filho, que usou um antigo trauma como estratégia de defesa. Abusada durante a infância pelo próprio pai, aos 11 anos, Sandra o denunciou após assistir uma aula sobre crimes de pedofilia.

“Minha mãe foi impedida de me acompanhar na audiência. Ela pediu para que eu tivesse cuidado com as palavras, porque meu estuprador era um homem endinheirado e havia contratado o melhor advogado de Santa Catarina. Tranquilizei minha mãe e disse que tinha a verdade ao meu lado. Mas, quando entrei na sala, a primeira coisa que Gastão falou para mim foi: 'eu já vi aqui que você foi estuprada pelo seu pai antes'. Como um homem estudado olha para uma criança e diz algo desse tipo? Eu fiquei revoltada. Disse a ele que não entendia o motivo da pergunta, porque o crime cometido pelo meu pai em nada diminuía a gravidade do crime que o cliente dele havia cometido. Ele já estava querendo fazer um drama psicológico em cima da história do meu pai", recordou a empresária, de 29 anos, em entrevista à Veja.

Mais tarde, já aos 25 anos, ela encontrou o advogado em um evento e decidiu fazer contato. “Resolvi cumprimentá-lo. Na hora que cheguei, ele esticou a mão e se apresentou. Disse que o conhecia, pois ele havia defendido meu estuprador quando eu tinha 13 anos. Para minha surpresa, ele repetiu a mesma frase: 'eu lembro de você, você já tinha sido estuprada pelo seu pai antes'. Fui ao banheiro chorar e entrei em pânico. O Gastão me ligou depois, pediu desculpas e me disse que nunca mais defendeu um estuprador após o meu caso. Como se viu na audiência da Mari Ferrer, o que ele falou para mim não era verdade. É um sujeito sem escrúpulos e com zero sensibilidade", revelou.

Na sua opinião, o caso Mari Ferrer deve ser aproveitado para qualificar o sistema de acolhimento às vítimas de estupro. “Isso acontece com muitas Marianas. Após o estupro, meu exame de corpo delito foi feito por um homem. Na delegacia, a psicóloga me perguntou se eu tinha sentido um orgasmo. Depois, perguntou por que eu estava chorando quando soube que o meu hímen havia sido rompido. Eu era só uma criança de 13 anos.  Pessoas como o Gastão só contribuem da pior forma para esse sistema. É preciso haver um protocolo que impeça o advogado de tratar as vítimas dessa forma em casos de estupro”, protestou.

Embora o desconhecido que a estuprou tenha sido sentenciado, o suspeito do abuso contra a influenciadora, o empresário André de Camargo Aranha foi absolvido da acusação de estupro de vulnerável, o que representa uma vitória para Rosa Filho. A defesa da vítima vai recorrer da decisão.

Um sargento da Polícia Militar do Ceará foi preso em flagrante por estupro de vulnerável na tarde da sexta-feira (21). O suspeito foi encaminhado para a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) e, em seguida, ao presídio militar.

A prisão ocorreu após denúncias. Em nota, a PM disse que "não compactua com quaisquer atitudes dessa natureza e que venham a macular a imagem da corporação".

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A corporação ressaltou que o crime está sendo investigado, garantindo ao policial o direito de defesa. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informou ter determinado a instauração de procedimento disciplinar para apurar o caso.

Incêndios, agricultura intensiva, extração de minério e petróleo, ocupações ilegais de terras: a pandemia do novo coronavírus agravou todos as mazelas da Amazônia e está causando grandes estragos entre seus maiores defensores, os indígenas.

Região crucial para a saúde do planeta, a bacia do Amazonas, que abriga a maior floresta tropical do mundo, se estende por 7,4 milhões de quilômetros quadrados e ocupa quase 40% da superfície da América do Sul, no território de nove países: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana francesa.

Quase três milhões de indígenas residem ali, distribuídos em 400 comunidades, segundo a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Sessenta delas vivem em isolamento.

Confira a seguir uma crônica de como o novo coronavírus se propagou pela floresta.

- Isolados, não cuidados -

Em meados de março, a preocupação com o novo coronavírus chega a Carauari, cidadezinha do interior do Amazonas, onde os moradores estão entre os mais isolados do mundo. Sem comunicação por terra, a viagem de barco dali até a capital, Manaus, a 788 km de distância, dura uma semana.

A princípio, o coronavírus era um problema distante para seus habitantes, que vivem em casas de palafita às margens das águas escuras do rio Juruá, afluente do Amazonas.

Mas o anúncio de um primeiro caso em Manaus provoca uma onda de pânico. Aqui ninguém se esquece do massacre causado por doenças trazidas pelos colonos europeus, que dizimaram quase 95% dos povos originários americanos, que não tinham imunidade contra elas.

"A gente fica pedindo a Deus para essa epidemia não vir pra cá. A gente faz o possível, lava as mãos para se prevenir, como mostra a TV", diz José Barbosa das Gracas, de 52 anos, em frente a seu pequeno comércio na cidade.

O primeiro caso entre os indígenas brasileiros foi registrado no começo de abril: uma jovem kokama de 20 anos, cujo povo vive perto da fronteira com a Colômbia. Esta profissional de saúde trabalhava com um médico que testou positivo para o vírus.

- Pedidos de ajuda -

Conscientes do aumento do risco, caciques e outras personalidades dão o alerta: existe risco de "genocídio", de desaparecimento de suas comunidades, "em toda a bacia amazônica".

"Não há médicos em nossas comunidades, não há material de prevenção", reclama no fim de abril, no Equador, José Gregorio Díaz, da Coordenação de Organizações Indígenas da Bacia do Amazonas.

Naquele momento, metade dos primeiros dez casos detectados na cidade colombiana de Letícia, na tríplice fronteira com o Peru e o Brasil, vem do território brasileiro. "Ficar doente aqui sempre dá medo, mas hoje sentimos mais medo do que nunca", lamenta a moradora Yohana Pantevis, de 34 anos.

"É a morte anunciada de boa parte da população brasileira. Se a doença entrar na Amazônia, não teremos forma de assistir as populações: as distâncias são enormes e os recursos, muito pequenos", denunciou um mês depois, no fim de maio, Sebastião Salgado, o célebre fotógrafo brasileiro, de 76 anos.

"Corre-se o risco de transmitir o coronavírus aos indígenas e viver uma catástrofe. Eu chamo isto de um genocídio, que é a eliminação de uma etnia. Acho que o governo de [Jair] Bolsonaro se dirige a isso porque sua posição desde que chegou ao poder é 100% contrária aos indígenas", disse.

No começo de junho, o emblemático cacique e ativista Raoni Metuktire, do povo kayapó, acusou em uma entrevista à AFP o presidente de querer "se aproveitar" do novo coronavírus para eliminar seu povo.

- Refugiados na floresta -

Em meados de junho em Cruzeirinho, pequena localidade indígena da Amazônia brasileira, as casas de madeira estão quase vazias: a maioria dos moradores fugiu para a floresta por medo de se contagiar.

"Preferiram levar suas coisas para a floresta e evitar qualquer contato", disse à AFP Bene Mayuruna, que decidiu ficar no povoado.

O Exército brasileiro envia uma equipe de profissionais de saúde para atender os moradores que ficaram.

- Barreiras e plantas medicinais -

A uma semana de barco de Cruzeirinho, os moradores da reserva indígena de Umariaçu adotam uma estratégia diferente: barrar o o acesso a seus povoados de forasteiros.

"Atenção, terra indígena. Fechada por 15 dias", diz um cartaz na entrada da área de 5 mil hectares, onde vivem cerca de 7.000 indígenas perto da fronteira com o Peru e a Colômbia.

Para não depender do sistema de saúde pública brasileiro, frequentemente saturado, os nativos também recorrem a seus conhecimentos ancestrais.

Em meados de maio, um grupo do povo sateré mawé, com penas e cocares de plantas trançadas, viaja pelo rio em busca de plantas medicinais.

"A gente tem tratado todos os sintomas que temos sentido com os próprios remédios caseiros, que nossos antepassados vieram passando", conta à AFP André Sateré Mawé, que vive em uma aldeia perto de Manaus.

Eles preparam, por exemplo, infusões com casca de carapanaúba, uma árvore com propriedades antiinflamatórias, ou saracuramirá, utilizada popularmente no tratamento da malária.

- Perder tudo -

Em Manaus, Maria Nunes Sinimbú, de 76 anos, vê morrer em menos de um mês cinco membros de sua família, inclusive três de seus filhos, acometidos pelo novo coronavírus.

"Minha filha não acreditava na força desta doença. Ela continuou trabalhando e viajando normalmente, sem tomar os devidos cuidados", lamenta esta professora aposentada.

A Rede Eclesial Pan-amazônica estimou no fim de julho que 27.517 indígenas tinham sido contagiados e 1.108 morrido com a COVID-19. Cento e noventa povos originários foram afetados pela pandemia, segundo esta ONG católica.

Vários líderes indígenas morreram vítimas do novo coronavírus, inclusive o cacique Paulinho Paiakan em meados de junho no Pará, e Santiago Manuin no começo de julho no Peru.

Nesta quarta, 5 de agosto, o cacique Aritana Yawalapiti, do alto Xingu e uma das lideranças indígenas mais influentes do Brasil, morreu em um hospital de Goiânia por complicações respiratórias causadas pelo novo coronavírus.

- Cultura indígena ameaçada -

Nos confins da Amazônia, o novo coronavírus traz um duro dilema para os indígenas: ficar nas aldeias com muito poucos recursos médicos ou ir para a cidade correndo o risco de ficar privados de seus ritos funerários ancestrais.

Lucita Sanoma sofreu essa dor inimaginável em 25 de maio, quando seu bebê de dois meses foi enterrado a 300 km sem que ela soubesse. A criança morreu de pneumonia em um hospital de Boa Vista, capital de Roraima, no noroeste do Brasil.

Como caso suspeito de COVID-19, seu enterro foi imediato, atendendo às diretrizes do governo por razões sanitárias. Mas isto contraria totalmente a cultura yanomami, na qual os restos mortais são deixados na floresta por duas semanas e, posteriormente, cremados.

As cinzas são recolhidas em uma urna e, muito tempo depois, são enterradas em uma nova cerimônia.

Do lado colombiano, no departamento (estado) do Amazonas, Remberto Cahuamari, líder da comunidade ticuna, fala no começo de junho de seu temor de que o desaparecimento dos "abuelos" (avós) por causa da COVID-19 ponha em risco a transmissão de conhecimentos.

"Se eles chegarem a acabar, ficaríamos com nossos jovens que, no futuro, não conheceriam nada das nossas culturas, dos nossos usos e costumes. É disso que temos medo", diz à AFP usando um cocar de penas na cabeça, um colar de presas no peito e uma máscara cirúrgica no rosto.

A isto se soma o isolamento. Nesta região, onde a maioria dos deslocamentos se faz em embarcações, os povoados às margens dos rios ficam ainda mais isolados com a suspensão do tráfego fluvial na tentativa de conter o avanço do novo coronavírus.

- Medo dos garimpeiros -

Para os yanomami, o perigo vem de fora, em particular dos garimpeiros que invadem regularmente seu território, que se estende por mais de 96.000 km2 na fronteira entre o Brasil e a Venezuela e que abriga cerca de 27.000 indígenas.

"Se não tivesse isso, a gente estaria tranquilo", diz o cacique Mauricio Yekuana, cuja máscara branca contrasta com a tinta preta das pinturas que adornam seu rosto.

Segundo as ONGs, cerca de 20.000 garimpeiros atuam nestas terras em busca de ouro, incentivados pelos projetos do presidente Bolsonaro, que quer "integrar" estas regiões às "maravilhas da modernidade".

Estes garimpeiros são todos "possíveis transmissores" de COVID-19, denuncia o Greenpeace Brasil.

Segundo um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se medidas não forem tomadas, 40% dos yanomami que vivem perto das zonas de extração de ouro poderiam contrair o novo coronavírus.

- Desmatamento bate recordes -

Enquanto os olhos do mundo estão na pandemia, os incêndios aumentam, depois que em 2019 o grau de devastação do fogo causou indignação no planeta.

O objetivo é acelerar o desmatamento para abrir caminho para o plantio de soja ou a criação de gado, exportações-chave do Brasil.

"Em muitas áreas onde tenho trabalhado (...), só falta queimar, mas a floresta já foi cortada. Então, a história pode ser vista de outro ângulo: quando vão queimá-la?", diz Erika Berenguer, pesquisadora das universidades de Oxford e Lancaster, acrescentando que se teme a ocorrência de "problemas respiratórios pela fumaça, que se somarão ao coronavírus".

Quando não são cúmplices, as autoridades vêm sua capacidade de combater o desmatamento limitada pela pandemia.

As últimas cifras confirmam os maiores temores: o desmatamento na Amazônia aumentou 25% no primeiro semestre do ano em comparação com o mesmo período de 2019, quando já tinha batido um recorde, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

E os especialistas temem um agosto particularmente trágico, já marcado por incêndios devastadores no Pantanal mato-grossense.

O campeão da última temporada do reality ‘American Ninja Warrion’, Drew Drechsel, foi preso na última terça-feira (4), após uma acusação de estupro de vulnerável. Drew teria mantido relações sexuais com uma adolescente entre 2015 e 2017.

De acordo com o site americano TMZ, Drew foi preso em sua residência em Saint Cloud, na Flórida, e encaminhado para New Jersey, onde ocorreu o crime, para ser julgado. Nos Estados Unidos, cada Estado tem a sua lei de idade de consentimento. Em New Jersey, a idade para o consentimento de relações sexuais é de 16 anos. Antes disso, é considerado estupro de vulnerável.

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O juiz encarregado do caso pediu a prisão de Drew por considerar que ele é um ‘risco para a comunidade’ e que poderia fugir. Segundo os documentos ao qual o site americano teve acesso, a vítima teria feito a denúncia em julho de 2019. Ela revelou que se conheceram em 2014 em um evento e a partir daí iniciaram trocas de mensagens.

Os abusos teriam iniciado em 2015, quando a jovem tinha 15 anos e o acusado 26. Nos documentos, ela afirma que Drew a convidou para conhecer sua academia como um presente pelo seu aniversário de 15 anos, onde ocorreu a primeira relação sexual, depois que a namorada de Drew deixou o local.

A jovem afirmou que no dia seguinte contou sobre o encontro a sua mãe, que confrontou Drew sobre o ocorrido e, apesar dele não negar a relação sexual, afirmou que não sabia a idade da menina. Ainda nos documentos, ela relata que manteve encontros com Drew por mais dois anos e que houveram diversas relações sexuais, além dele pedir constantemente que ela fizesse chamadas de vídeos nua com ele.

Ainda segundo o TMZ, os policiais encontraram pornografia infantil no celular de Drew e mensagens da jovem pedido que ele apagasse as mensagens entre os dois.

Atualmente, o vencedor do reality é casado e tem um filho de oito meses. Drew fechou todos os seus perfis nas redes sociais, além dos da sua esposa e do seu filho.

Nesta segunda (13), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 30 anos. No entanto, as políticas em defesa da juventude ainda esbarram no contexto violento ao qual os menores da periferia estão inseridos. Passivos de um amplo conjunto de limitantes, a criminalidade os seduz com a promessa de emancipação econômica, porém o envolvimento os aprisiona em um ciclo vicioso de apreensões e rouba as aspirações de um futuro em liberdade. Com o poder de mudar de direção, jovens decidiram se reunir em uma rede de apoio para evitar o encarceramento da população menor de idade de Olinda.

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Com 762 jovens - entre 12 e 21 anos - atendidos atualmente pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) informa que Pernambuco registrou a queda de 46,7% na quantidade de menores infratores inseridos no sistema e de 63% na taxa de ocupação, em comparação à última década. No mesmo período, foram construídas seis unidades, que ampliaram a oferta de vagas em 49,5%, passando de 810 para 1.211, em 23 unidades.

O levantamento da Secretaria de Defesa Social (SDS) também compara o número de homicídios envolvendo menores na década, que sofreu um leve aumento. Para o órgão, os números são positivos e foram conquistados por programas como o Atenção Redobrada, Juventude Presente, e as 103 Casas das Juventudes, que ampliam o debate sobre as políticas voltadas à faixa etária em todo estado. O aporte de 44,9% no orçamento da Funase nos últimos 10 anos também influenciou na melhoria do sistema, que prevê o gasto R$ 166,4 milhões para este ano.

Acompanhe os índices da criminalidade envolvendo jovens em Pernambuco:

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Já os internos ou egressos da Funase apoiam-se nas iniciativas Novas Oportunidades e Vida Aprendiz para deixar o crime e assumir postos de trabalho. Os cursos de capacitação ofertados aos menores surtiu efeito na taxa de reincidência. Em 2016, 61,8% dos que já haviam cumprido medida socioeducativa foram apreendidos novamente, enquanto em 2019, a SDS aponta que 44% voltaram ao sistema. 

Mesmo com a atuação de Organizações não governamentais (ONGs), que lutam contra a violação do ECA, apresentar novos horizontes aos jovens em situação vulnerável passa por fatores além da ressocialização. “Eu via casos de crianças que poderiam ser adotadas por famílias dignas e o sistema engolir esse processo, e a criança era obrigada a voltar para uma família que era abusiva, que colocou o filho na prostituição [...] Está faltando uma política pública séria e investimento”, denuncia a diretora do Espaço Criança ARH, Núbia Mesquita.

Empoderar-se é um ato de mudança

Rede com adolescentes de 12 a 21 anos debatem políticas voltadas à juventude de Olinda/cortesia

Com a missão de se opor à inserção de menores na criminalidade e exercer o art. 4 do ECA, que diz respeito a participação de crianças e adolescentes nas políticas sociais, em 2019, o estudante de pedagogia Lucas da Silva juntou-se com outros jovens para idealizar a rede MobilizAÇÃO Jovem de Olinda. Integrado ao Coletivo Mulher Vida (CMV) desde os 14 anos, ele acredita que o empoderamento é capaz de transformar o destino de um adolescente, que passa a identificar seu papel social e começa a reivindicar seus direitos. “Eles levam isso para os espaços onde estão e realizam projetos nas escolas”, destaca.

A rede é composta por cerca de 40 jovens, entre 12 e 21 anos, que reúnem-se mensalmente para uma experiência coletiva educativa, marcada por rodas de debate e dinâmicas que proporcionam o entendimento sobre a garantia dos direitos preconizados. “Cada encontro a gente tenta ser o máximo de dinâmico, e que seja um local de acolhimento onde eles se sintam bem para voltar. A ideia é que seja um lugar que você esteja permanentemente”, pontua.

Apesar de ter pouco mais de um ano de atividade, a MobilizAÇÃO Jovem de Olinda incorporou dois integrantes no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Olinda (COMDACO), que fiscaliza a execução das determinações do ECA em contato com os conselhos tutelares.

Um grupo de católicos abriu uma casa de acolhimento para pessoas em situação de rua no Recife. O objetivo é oferecer a essa população vulnerável menos riscos de contrair a Covid-19.

 A Casa de Acolhimento e Misericórdia funciona no bairro de Afogados, Zona Oeste da capital. O domicílio tem capacidade para 16 pessoas, com três quartos, quatro banheiros, sala, capela, cozinha, varanda e quintal.

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Todos os cômodos foram mobiliados com doações da Cáritas Brasileira Nordeste 2, Paróquia Santo Antônio dos Prazeres, Comunidade Obra de Maria e Prefeitura do Recife. A alimentação no primeiro mês foi garantida pela Paróquia Nossa Senhora da Paz e pelo projeto Tribunal Solidário do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

O primeiro aluguel de R$ 1,4 mil foi pago por um padre. O do mês seguinte, que vence em 10 de maio, depende da captação de voluntários.

Atualmente, o seminarista idealizador do projeto, Ítalo Maciel, e outros nove homens com idade entre 25 e 50 anos estão no local. Alguns são dependentes químicos e estão sendo acompanhados por profissionais do Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) do bairro. Na residência, eles são ensinados sobre os 12 passos propostos pela Pastoral da Sobriedade. "Em caso de atendimento médico, os voluntários acompanham nas consultas e ajudam a adquirir e a fazer a correta administração dos remédios", afirma Ítalo.

No abrigo, o grupo cria galinhas e, em breve, vão cuidar de uma horta. São realizados momentos de oração, com leitura do Evangelho do dia e recitações de terços. Cerca de 15 voluntários estão envolvidos na manutenção da residência. "Não queremos impor nada rígido porque o objetivo é que eles [os acolhidos] se sintam bem à vontade. O que se exige é uma disciplina natural de uma casa em tempos de quarentena, ou seja, ninguém pode sair", diz o seminarista.

A expectativa é que seja incluída a qualificação profissional na rotina dos moradores. O projeto prevê cursos após o período de pandemia. Interessados em ajudar com doações ou como voluntário podem entrar em contato com o perfil do projeto no Instagram @casadeacolhimentoemisericordia.

Moradores do Sítio Histórico de Olinda denunciam que, desde o fim do ano passado, pessoas em situação de rua estão invadindo as instalações da unidade operacional da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e fazendo uso da água tratada. Diante do crescimento da população carente, a insatisfação pela falta de políticas públicas foi estimulada nesse sábado (18), quando dois jovens em condição vulnerável, de aproximadamente 20 anos, foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no Mercado da Ribeira com sintomas do novo coronavírus.

A empreendedora Márcia Lessa conta que acionou o SAMU no último sábado (18) para atender aos jovens, ambos identificados como Felipe. Os dois apresentavam sintomas de Síndrome Respiratória Grave Aguda (SARS).

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Moradora do Sítio Histórico há 20 anos, ela alimenta cerca de 45 pessoas em situação de rua e lembra que, desde a última semana, começou a perceber que algumas estavam apresentando sintomas semelhantes ao do novo coronavírus.

“Quando voltei no sábado, Felipe não tinha forças, já estava complemente debilitado, convulsionando”, descreveu. Segundo Márcia, ele foi encaminhado para o Hospital Tricentenário, onde não realizou teste para a Covid-19. Conforme o relato, ele foi diagnósticado com dengue, mas foi-lhe receitado um remédio para piolho, antes de ser liberado. A assessoria da unidade de Saúde informou que o paciente não apresentava quadro grave e se recusou a tomar duas injeções.

Receituário do paciente solicitando a compra de remédio para parasitas   Foto: Cortesia

Sem apresentar melhora, o Samu foi acionado novamente no domingo (19). Porém, o jovem não quis prosseguir com o atendimento. “Ele disse que não ia porque para levar duas injeções e voltar do tricentenário queimando de febre a pé, era melhor ficar deitado, relatou a voluntária. Ainda em contato com Felipe Nascimento, ela descreveu seu atual quadro de saúde: “ele disse que não está sentindo cheiro, não está sentindo gosto e está com muitas dores no corpo, dor de cabeça e febre, mas continua na rua”, complementou. Márcia ainda indicou que o outro jovem segue hospitalizado, no entanto, o Hospital Tricentenário alega que não há nenhum paciente internado com este nome.

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A reportagem do LeiaJá entrou em contato com as secretarias de Saúde de Olinda e do Estado para confirmar o óbito, visto que o último boletim epidemiológico do município registrou 23 mortes e 253 pacientes confirmados com a infecção. A restrição de documentos e a dificuldade de identificação do paciente impediu a checagem por parte dos órgãos.

Nesse fim de semana, o Samu precisou visitar duas vezes o Mercado da Ribeira para atender aos populares   Foto: Cortesia

Diante do aumento gradativo da população carente, moradores da região perceberam que, no fim do ano passado, a unidade da Compesa localizada nos arredores do mercado foi invadida e as instalações tornaram-se abrigo. “Uma moradora relatou pra gente que desde novembro do ano passado, eles tão usando o prédio pra tomar banho, fazer necessidades fisiológicas, fizeram uma cozinha improvisada com fogão à lenha [...] é uma área que não deveria tá circulando pessoas que não tivessem autorização”, confirmou o coordenador da Sociedade de Defesa da Cidade Alta (Sodeca) Nathan Nigro.

Além do controle sanitário, os moradores pedem ações para garantir a segurança na região. Eles contam que episódios de violência e consumo de drogas aumentaram junto com o acúmulo de pessoas vivendo nas ruas da localidade. "Nem a Compesa, nem a prefeitura podem dizer que não sabiam", complementa Nigro ao reforçar que, desde o início de 2020, as duas entidades foram comunicadas sobre as condições enfrentadas na área turística.

A companhia de abastecimento garante que o grupo não tem acesso a àgua tratada  Foto: Reprodução/Facebook/Sodeca

A Compesa esclareceu que a água do Reservatório da Ribeira não passa por qualquer tipo de manuseio humano, pois ela entra e sai da unidade em tubulações. Em relação a invasão às dependências, a companhia informou que já fez contato com a prefeitura para que os identificados sejam levados para abrigos. Só nessa segunda-feira (20), um vigilante foi disponibilizado para controlar o acesso ao local. A nota ainda reitera que os padrões de qualidade estabelecidos Portaria de Consolidação nº 05/2017, Anexo XX, relacionada aos procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano, são atendidos.

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos de Olinda confirmou o contato feito pela Compesa e apontou que vai intensificar os cuidados com a população vulnerável da área a partir desta quarta-feira (22). Dois pontos de higienização, com capacidade para 40 atendimentos diários cada, serão disponibilizados pelo município. Um ficará localizado no Estádio Grito da República, no bairro de Rio Doce; e o outro na chamada casa das 3 Marias, no Carmo.

Após o cadastro, os populares vão receber kits de higiene e vão poder tomar banho. Em seguida, alimentação será fornecida. O Ponto de Cuidado à higienização de Rio Doce funciona já nesta quarta (22). Já o do Carmo aguarda a montagem da estrutura por parte do Governo do Estado e deverá iniciar os atendimentos só em abril.

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Em tempos de uma pandemia sem cura e o distanciamento entre pessoas, a solidariedade e o amor ao próximo são os principais remédios para manter viva a esperança de dias melhores. Para garantir que pessoas em situação de rua não sofram ainda mais com a fome, uma ONG criou a “Árvore do Bem” e, além do alimento, leva carinho em meio à covid-19. Diariamente, cerca de 30 lanches são “pendurados” e distribuídos no município de Limeira, no Interior de São Paulo.

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Mantido por doações e pelo esforço dos cerca de 30 voluntários, há seis anos o grupo Juntos para o Bem promove ações em prol da população mais vulnerável do município. Diante do contexto de isolamento domiciliar – recomendado para frear a proliferação do vírus - a idealizadora e comerciante Gislaine Honorato instalou um varal com pães em frente a sua loja, localizada na Avenida Rio Claro. "O objetivo é despertar nas pessoas o desejo de ajudar o próximo sem julgar", afirmou

No local, a partir das 19h, os lanches são pendurados e sucos são disponibilizados para que os populares possam se alimentar gratuitamente. Cada lanche é acompanhado por uma mensagem motivacional, escrita à mão em cada saco para reforçar a esperança para encarar a pandemia. "Foi a primeira vez nestes seis anos que percebi tamanha tristeza e medo da parte deles. Alguns me falavam chorando que não queriam morrer assim com esse vírus. Sensibilizada, pensei em como poderia acalmar um pouco o coração de cada um”, explicou Gislaine.

Como a Árvore do Bem sobrevive de doações, interessados em colaborar devem entrar em contato com Gislaine através do contato (19) 99204-8479.

Confira
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Um pastor de 53 anos, que não teve o nome revelado, foi preso por estupro de vulnerável. O líder da Assembléia de Deus do município de Ouro Branco, no Sertão de Alagoas, estava na companhia de uma garota de 12 anos. Ele afirmou à polícia que a menor era sua namorada e que os pais da menina, que também são evangélicos, tinham consentido o relacionamento.

A TV Gazeta aponta que os policiais do 7º Batalhão de Polícia Militar (7º BPM) foram checar uma denúncia e bateram na porta da igreja, onde o flagrante aconteceu. O pastor disso aos agentes que estava na companhia de sua namorada e quando os policiais checaram a idade da vítima constataram que se tratava de uma menor de idade.

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Por conta do crime de estupro de vulnerável o pastor foi preso e levado para a Delegacia de Santana do Ipanema. O 7º BPM confirma que a criança e o idoso já mantinham a relação há um ano - tudo com a permissão dos pais da garota. 

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