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A marca Zara recebeu muitas críticas nas redes sociais, com pedidos de boicote, após o lançamento de uma campanha publicitária. Ativistas apontaram que as fotos da campanha "The Jacket" se assemelham a imagens da guerra entre Israel e Hamas. As fotografias foram retiradas do ar pela empresa.

As imagens mostravam a modelo Kristen McMenamy segurando um manequim embrulhado em um plástico branco. O ambiente das fotos parece ter sido montado com estátuas e blocos de gesso danificados. Na manhã desta terça-feira (12), a Zara postou um comunicado em sua página no Instagram, no qual lamentou o ocorrido, chamando-o de “mal-entendido”.

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"A campanha foi criada em julho e feita em setembro e apresenta esculturas inacabadas, e foi criada com o único propósito de apresentar peças de vestuário feitas à mão num contexto artístico".

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A rede de lojas ainda disse que alguns consumidores enxergaram algo além do que se pretendia quando a campanha foi criada, mas que retirou as imagens de seu site e redes sociais em respeito às opiniões divergentes e críticas.

 

As lojas Zara no Brasil seguiram a tendência da rede na Europa e começaram a cobrar aos clientes pelas sacolas e envelopes. Nas redes sociais, a mudança foi criticada.

Desde o início do mês, quem não levar sua própria sacola e se recusar a pagar pelas embalagens vai sair da loja com a peças na mão. A Zara incluiu as sacolas na sua lista de produtos e vende a unidade por R$ 0,60, enquanto os envelopes custam R$ 0,80.

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A rede alegou que a cobrança faz parte de uma política sustentável e que a proposta é estimular os clientes a reduzir a geração de resíduos. As sacolas e envelopes são produzidos com papel 100% reciclado e o lucro com as vendas será revertido em iniciativas ambientais, defendeu.

A mudança não agradou muito os consumidores do Brasil, que criticaram e fizeram piada com a opção da empresa.

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Mais um caso de racismo foi registrado nas lojas Zara, dessa vez na unidade localizada no Shopping Bahia. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem negro sendo abordado pelo segurança da loja e sendo obrigado a abrir a sua bolsa para que fosse verificado se ele havia furtado alguma coisa da loja.

Nas imagens é possível ver o homem, tratado como suspeito pelos funcionários da Zara, abrindo a bolsa e mostrando cartões, documentos e afirmando que tem condições para comprar qualquer item da loja.

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Por meio de nota, a Zara afirmou que está apurando todos os detalhes da ocorrência:

A Zara Brasil informa que, juntamente com a administração do Shopping da Bahia, está apurando todos os detalhes relacionados ao fato ocorrido na tarde de terça-feira, no centro comercial, para tomar as providências necessárias e evitar que episódios como esse se repitam. Por meio de investigação realizada até o momento, e até a finalização da mesma, tomou-se a decisão de afastar do serviço uma funcionária da loja. A empresa lamenta o ocorrido neste episódio, que não reflete os valores da companhia.

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Reincidência 

Essa não é a primeira vez que a Zara é acusada de racismo. No dia 14 de setembro desse ano, uma unidade do Shopping Iguatemi, em Fortaleza, Ceará, foi acusado de criar um código para indicar a entrada de clientes que tivessem "um perfil indesejado".

Essa prática serviu para discriminar a delegada negra Ana Paula Barroso, que foi impedida de entrar na unidade. A Zara afirmou na época que impediu a entrada da delegada porque ela estava usando a máscara de forma errada.

Na ocasião, ela estava tomando um sorvete. No entanto, outras pessoas, que não eram negras, tiveram o acesso permitido, mesmo sem usar a máscara de forma correta. 

Após um inquérito finalizado, a polícia do Ceará concluiu que o gerente da unidade praticou crime de racismo contra a delegada "por recusar, impedir acesso ao estabelecimento comercial, negando-se a servir , atender ou receber cliente ou comprador".

A partir do caso de uma delegada vítima de racismo na loja Zara do Shopping Iguatemi, em Fortaleza, em setembro, a Polícia Civil do Ceará encontrou indícios de que a unidade discrimina clientes pela cor da pele e pelas roupas.

O delegado-geral da Polícia Civil do Estado, Sérgio Pereira, ouviu de ex-funcionários da loja de departamentos que havia orientação para identificar pessoas que "tivessem estereótipos fora do padrão da loja", clientes negros e vestidos com "roupas mais simples", com o código Zara Zerou. A mensagem era transmitida pelo sistema de som para que a equipe ficasse em "estado de alerta", explica o delegado.

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"A partir daquele momento aquela pessoa não seria mais tratada como cliente, mas como uma pessoa nociva ao atendimento normal. E, a partir dali, aquela pessoa deveria ser acompanhada de perto por funcionários", detalhou Pereira em entrevista coletiva.

A delegada Arlete Silveira, diretora do Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis, classificou a orientação como um "código de conduta de abordagem". "Quando chega alguém fora do perfil do consumidor da Zara, alguém diz Zara Zerou. É como se aquela pessoa deixasse de ser um consumidor para se tornar uma pessoa suspeita dentro do estabelecimento", afirmou.

A Zara não é formalmente investigada no inquérito concluído nesta semana com o indiciamento do gerente da loja do Iguatemi, Bruno Filipe Simões Antônio, por crime de racismo, mas poderá ser responsabilizada na esfera civil por danos morais.

"O acusado agiu deliberadamente praticando o crime de racismo e, segundo a investigação, havendo a possibilidade de ser uma política da loja", pontua o delegado-geral da Polícia Civil do Ceará. "A gente vê indícios fortes de que esse tipo de tratamento discriminatório já foi registrado diversas vezes no mundo todo, não só aqui no Brasil", acrescenta.

A Polícia Civil confirmou ao Estadão que abriu uma segunda frente de investigação para apurar a conduta da empresa. O Ministério Público do Ceará disse que pediu acesso ao inquérito policial, mas questionado sobre o motivo do requerimento de compartilhamento, não retornou até o fechamento da reportagem.

O caso aconteceu no dia 14 de setembro. A delegada Ana Paula Barroso registrou boletim de ocorrência após ter sido barrada na entrada da loja e denunciou o gerente por racismo. O funcionário nega que tenha discriminado a delegada. A versão dele é a de que Ana Paula tentou entrar na unidade sem máscara enquanto tomava um sorvete e, por isso, ele teria "orientado" o local adequado para que ela terminasse de comer.

Filmagens do shopping mostram que, minutos antes da abordagem, pessoas brancas entraram sem máscara na loja e não foram confrontadas por funcionários, inclusive foram atendidas pelo gerente. "Houve um tratamento diferenciado. Dois pesos e duas medidas", disse o delegado. "Quem é negro sabe que muitas vezes o preconceito e muito discreto, mas causa um dano irreparável."

Com a repercussão do caso, a Polícia Civil foi procurada por outras pessoas que disseram ter sido vítimas de racismo na unidade. Os relatos estão sob análise preliminar.

COM A PALAVRA, A ZARA

A reportagem busca contato com a assessoria da loja para comentar o caso. O espaço está aberto para manifestação.

A Polícia Civil do Ceará apresentou em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (19), vídeos que comprovam que clientes brancos entraram na loja Zara de Fortaleza sem o uso correto da máscara e não foram barrados - diferente do que aconteceu com a delegada negra Ana Paula Barroso - que foi impedida de entrar no espaço no dia 14 de setembro.

Ana estava consumindo um sorvete e não usava a máscara corretamente. Ela denunciou a loja por racismo, mas a Zara disse por meio de nota que a abordagem não teve nenhuma ligação com a questão racial, mas pelo uso incorreto da proteção contra a Covid-19.

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No entanto, o inquérito policial afirma que Ana Paula Barroso teve um tratamento diferente em relação aos outros clientes brancos que entraram na loja, mesmo sem usar a máscara e/ou estarem se alimentando.

Clientes brancos sendo atendidos sem o uso correto da máscara no mesmo dia que delegada foi barrada. Foto: Reprodução

"Nas imagens, é possível ver quando a vítima é expulsa do local, quando minutos antes, o mesmo funcionário atendeu uma cliente que, mesmo não consumindo nenhum alimento, não fazia o uso correto da máscara. A cena foi observada em outras situações onde outros clientes também não foram retirados da loja ou abordados para que utilizassem a máscara de forma correta", informou a Polícia Civil.

Com o fim do inquérito, a polícia do Ceará concluiu que o gerente da unidade praticou crime de racismo contra a delegada "por recusar, impedir acesso ao estabelecimento comercial, negando-se a servir , atender ou receber cliente ou comprador".

Posicionamento da Zara

A Zara Brasil, que não teve acesso ao relatório da autoridade policial até sua divulgação nos meios de comunicação, quer manifestar que colaborará com as autoridades para esclarecer que a atuação da loja durante a pandemia Covid-19 se fundamenta na aplicação dos protocolos de proteção à saúde, já que o decreto governamental em vigor estabelece a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes públicos. 

Qualquer outra interpretação não somente se afasta da realidade como também não reflete a política da empresa. A Zara Brasil conta com mais de 1800 pessoas de diversas raças e etnias, identidades de gênero, orientação sexual, religião e cultura. Zara é uma empresa que não tolera nenhum tipo de discriminação e para a qual a diversidade, a multiculturalidade e o respeito são valores inerentes e inseparáveis da cultura corporativa. A Zara rechaça qualquer forma de racismo, que deve ser combatido com a máxima seriedade em todos os aspectos.

A delegada Ana Paula Barroso foi barrada ao tentar entrar na loja Zara do shopping Iguatemi, em Fortaleza. Ela revela que ficou "consternada" e em "estado de choque" ao se deparar com a situação que descreve como racista. 

Ela tentava entrar na Zara com a sacola de outra loja, quando foi abordada pelo gerente do estabelecimento que tentou afastá-la com a justificativa de que seria uma norma de segurança. Ana Paula chegou a perguntar se era pelo sorvete e em seguida questionou o segurança do mall sobre o ocorrido.

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O chefe de segurança do shopping chegou a indagar o funcionário da loja sobre o que aconteceu."Ele foi logo dizendo que não tinha preconceito e que tinha amigos negros, gays e lésbicas", contou a delegada Ana Claudia ao site O Povo.

A vítima do racismo fez um boletim de ocorrência e pediu as imagens internas do shopping para arrolar ao seu caso. A loja Zara não cedeu as imagens. A delegada enviou um ofício ao estabelecimento, mas não obteve retorno e a Polícia Civil pediu o mandado de busca e apreensão cumprido nesta segunda-feira (20).

A rede de lojas Zara, do grupo espanhol Inditex, passa por uma reorganização mundial baseada em foco maior nas vendas digitais e que envolve também o encerramento de lojas de menor porte. O plano da empresa foi traçado em 2020 e, no Brasil, começou ainda no ano passado, com o fechamento de lojas nas cidades de Joinville (SC) e São José dos Campos (SP), segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Neste ano, haverá fechamentos em mais cinco cidades: Vila Velha (ES), Uberlândia (MG), São Bernardo (SP), Campo Grande (MS) e Goiânia (GO). A previsão, segundo fonte próxima ao assunto, é de que a rede fique com 49 lojas no País, das 56 existentes, antes da execução do plano.

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Em todo o mundo, a Inditex tinha cerca de 7,4 mil lojas antes da pandemia, número que deve ficar entre 6,7 mil e 6,9 mil depois da reestruturação.

Os critérios para escolha das lojas que saem do portfólio da empresa são tamanho e localização. A estratégia é manter grandes lojas, com potencial para alavancar a estratégia online da companhia. Para atingir essa meta, esses estabelecimentos deverão passar por uma modernização.

Já as lojas menores, consideradas satélites e localizadas em cidades com menor fluxo de clientes, perdem relevância nesse novo posicionamento.

A Inditex, grupo varejista dono das marcas Zara, Bershka, Pull & Bear e Massimo Dutti, anunciou em junho do ano passado o fechamento de 1,2 mil lojas em todo o mundo, enxugamento que será compensado pela abertura de 500 unidades.

As vendas do grupo caíram 44% no primeiro trimestre fiscal de 2020, em relação ao ano anterior, em razão da pandemia de covid-19, segundo o jornal inglês The Guardian. De fevereiro a abril de 2020, a Zara registrou um prejuízo de € 443 milhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Actually I'm in Havana" é mais do que uma frase, é um sentimento que a estilista cubana Idania del Rio estampou em suas primeiras camisetas quando criou a marca Clandestina em 2015. Recentemente, a gigante espanhola Zara lançou uma coleção com a frase: "Mentally I'm in Havana". Seria uma cópia?

A marca cubana tem uma loja no coração de Cuba, entre prédios antigos e carros dos anos 50 que transitam todos os dias por Habana Vieja. E atrai dezenas de turistas.

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É a moda "à la cubana", que se adapta às limitações de insumos e aproveita o impulso à iniciativa privada usando reciclagem, reivenção de peças, frases de efeito e a ruptura estética.

Há alguns dias seus clientes fora da ilha enviaram fotos de peças da Zara com frases similares às da marca.

"A mais evidente é Actually I'm in Havana (Na verdade estou em Havana). A Zara lançou a camiseta com a frase Mentally I'm in Havana (Mentalmente estou em Havana)", diz Idania del Rio.

"Não copia a frase literalmente, muda uma palavra, mas o sentido é igual. Não mudou Havana por Beirute. O sentido da frase, o que significa, é muito parecido", diz a estilista.

A Clandestina tem uma coleção "País em Construção", nas cores amarelo e preto. A Zara tem camisetas com as mesmas cores e a frase "Under Construction", denunciou a marca cubana em um vídeo em suas redes sociais.

A estilista diz que os advogados explicaram que entrar com um processo é muito difícil. E acredita que o melhor que pode acontecer é que a Zara deixe de vender as peças em talvez um mês, mas não graças a reclamação da Clandestina, e sim por seu negócio de "fast fashion", em que tudo acaba rápido.

A AFP contactou o Inditex na Espanha, proprietário da marca Zara, mas não recebeu resposta.

A marca não tem lojas em Cuba. Em 2009 abriu uma em acordo com uma empresa estatal com intermediários, que ficou aberta por poucas semanas antes de fechar definitivamente.

Clientes do Shopping Recife, na Zona Sul da capital pernambucana, ficaram assustados na tarde deste sábado (21) quando uma tubulação de água estourou e uma das vitrines da Zara foi inundada. Os corredores do centro de compras ficaram bem molhados, mas segundo o próprio estabelecimento, tudo já foi resolvido.

O próprio Shopping explicou, em suas redes sociais, que o vazamento de água ocorreu em virtude de um problema na tubulação de água gelada. Ainda de acordo com o centro de compras, o reparo foi rapidamente feito e as lojas funcionaram normalmente durante o restante do dia.

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O nome da loja de roupas de grife Animale está entre os assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta terça-feira (19) depois que auditores do trabalho flagraram funcionários em condições de trabalho análogo à escravidão. A grife A. Brand, que é uma marca do grupo Soma, mesmo dono da Animale, também explorava trabalhadores em oficinas precárias.

Situação degradante e perigosa

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De acordo com a reportagem do Repórter Brasil, entre as irregularidades previstas, havia funcionários bolivianos trabalhando mais de 12 horas por dia, correndo risco de acidentes, dormindo no local de trabalho onde havia baratas e instalações elétricas irregulares que junto a pedaços de tecido e botijões de gás geram risco de incêndio. Em troca, os funcionários recebiam apenas uma média de R$ 5 reais pela fabricação de peças que são vendidas por cerca de R$ 698 nas lojas e sem pagamento mensal, apenas por peça.

Segundo a reportagem que revelou o caso, o cliente pagava os R$ 698 à loja, que repassava R$ 55 a empresas intermediárias. Por sua vez, essas empresas pagavam R$ 22 às oficinas de costura e o empregado recebia delas apenas R$5 ou R$6. Uma delas, a CM Confecções, registrada como Moura Duarte Confecções, também trabalha para outras empresas como a Daslu e a Maria Filó. 

Havia ainda crianças que brincavam com retalhos de tecido e entre as máquinas de costura nas três oficinas visitadas pelos auditores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, com o auxílio de auditores da Receita Federal na região metropolitana. Também não foi encontrado abastecimento de água potável nem entradas de ventilação. 

“Fomos surpreendidos”

O grupo Soma, responsável pelas marcas, afirmou ao Repórter Brasil que “lamenta que suas marcas tenham sido associadas aos lamentáveis fatos, informando, por fim, que está colaborando com as autoridades públicas nas investigações e que vem tornando ainda mais rigorosa a fiscalização de sua cadeia produtiva” e que “mesmo sem receber qualquer evidência das constatações e sem assumir responsabilidades trabalhistas pelos fatos levantados, o Grupo se comprometeu a realizar uma ajuda humanitária a tais trabalhadores, em valor equivalente às verbas que receberiam se empregados fossem, o que foi aceito pelo Ministério do Trabalho”. O valor pago pela empresa foi de R$100.000. 

O grupo alegou também que não tinha conhecimento da situação precária em que se encontravam as oficinas, da jornada de trabalho feita pelos costureiros nem do valor pago como remuneração aos funcionários. Perguntada sobre seu conhecimento a respeito da “quarteirização” de funcionários, uma vez que a empresa contratava trabalhadores que eram subcontratados de empresas terceirizadas, o grupo responsável pela Animale diz que todos os seus colaboradores “assinam contratos em que se comprometem a cumprir a legislação trabalhista vigente e a não realizar a contratação de trabalhadores em condições degradantes e/ou irregulares” e que ao tomar conhecimento dos fatos, “incrementou ainda mais a fiscalização de sua cadeia produtiva” contratando uma consultoria externa para homologar, fiscalizar e certificar toda a cadeia de produção.  

Moda e escravidão

A escravização de funcionários em busca de grandes volumes produção com mão de obra barata no mundo da moda não é novidade ou exclusividade da Animale e da A. Brand. Anteriormente, outras grandes marcas também foram flagradas explorando o trabalho degradante em sua cadeia produtiva. A Zara e a M. Officer são exemplos de lojas conhecidas no Brasil e fora dele que já foram flagradas explorando mão de obra escrava.

De acordo com dados do aplicativo Moda Livre, o Brasil contabiliza 37 marcas de roupa responsabilizadas por exploração de mão de obra análoga à de escravo nos últimos oito anos. Um exemplo é a rede de lojas de roupas Riachuelo, que pertence ao empresário Flávio Rocha, foi condenada por jornadas exaustivas que impediam os funcionários de ir ao banheiro e tomar água a vontade. 

Repercussão

Na internet, o caso está sendo amplamente comentado e até dividindo opiniões de internautas a respeito do que caracteriza trabalho análogo à escravidão, sobre teiceirização, reforma trabalhista e pagamento de trabalho por demanda e não através de salários fixos por mês. Confira: 

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LeiaJá também 

--> Ato público condena portaria do trabalho escravo

A Zara Brasil, rede de lojas de roupa, firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em São Paulo que amplia a responsabilidade da empresa em casos de trabalho escravo. O acrodo também prevê pagamento de R$ 5 milhões pela rede.

Em 2011, 15 trabalhades que produziam roupas para marca foram resgatados em condições degradantes, o que levou a Zara a firmar um TAC que, na época, representou um marco na erradicação ao trabalho em condições análogas à escravidão. Uma fiscalização, entretanto, constatou o descumprimento de algumas cláusulas.

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Para fortalecer a condição do trabalhador, foi proposto este novo TAC. Agora a responsabilidade jurídica da empresa em caso de constatação de trabalho análogo a de escravo ou trabalho infatil é maior e o descumprimento acarreta em R$ 5 milhões em multa, que serão revertidos para projeto social. A Zara também deverá fazer a anotação dos contratos de trabalho nas carteiras dos empregados prejudicados. 

O acordo tem vigência imediata e prazo imediato. A abragência é nacional. 

A marca Zara apresentou suas desculpas e suspendeu um vigilante e a gerente de uma de suas lojas na França depois que, no sábado, foi impedido o acesso a uma cliente que usava véu, disse à AFP um responsável do grupo.

O caso, que aconteceu no dia seguinte aos atentados de Paris, foi filmado e compartilhado nas redes sociais, causando grande polêmica e pedidos de boicote à marca espanhola de 'prêt-à-porter'.

A cliente, que usava um hijab (véu islâmico que cobre apenas a cabeça), foi proibida de entrar na loja da Zara em Plaisir (oeste de Paris).

"O vigilante disse para que ela tirasse o véu, o que a cliente negou, o que é absolutamente normal" de acordo com a lei francesa, declarou nesta terça-feira Jean-Jacques Salaün, diretor-geral da Zara França.

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"Foi uma iniciativa pouco feliz da parte de um vigilante. Este tipo de atitude não existe na Zara e nunca existiu uma posição do grupo nesse sentido", disse.

O responsável acrescentou que "é feita uma investigação", no âmbito da Zara e de seus pessoal de segurança. "Enquanto isso, o vigilante e a gerente da loja foram sancionados", esclareceu.

A lei francesa, que proíbe cobrir o rosto em locais públicos, se refere aos véus integrais, como a burca e o nicab.

O responsável da Zara França explicou que ligou para a cliente discriminada para apresentar suas desculpas em nome do grupo e condenar esse ato logo que se inteirou do incidente. "Desculpas que essa senhora aceitou", disse.

Durante alguns minutos da manhã de ontem (23), o empresário espanhol Amancio Ortega, dono da grife Zara, ficou à frente de Bill Gates, fundador da empresa de tecnologia Microsoft, como o homem mais rico do mundo, de acordo com o ranking em tempo real divulgado pela revista norte-americana Forbes.

Os ativos do dono da Inditex, empresa responsável pela marca Zara e por outras companhias têxteis, chegaram a valer US$ 79,6 bilhões, ante US$ 78,1 bilhões do fundador da Microsoft. À tarde, porém, as ações da holding de Ortega sofreram depreciação e devolveram o posto de mais rico do mundo a Gates.

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Foi a primeira vez que Amancio Ortega assumiu a ponta do ranking da Forbes. No ano passado, as ações da Inditex se valorizaram em 50%, o que explica a ascensão de Ortega. Ontem, cada papel chegou a ser vendido na bolsa a um valor recorde de € 33,99. Segundo a Forbes, os dois multimilionários vão se alternar no topo durante as próximas semanas.

A revista Forbes destaca que a ascensão de Ortega é ainda mais impressionante quando se leva em conta que o ranking calcula as fortunas em dólar. Há um ano, o euro chegou a valer US$ 1,27, mas se desvalorizou e hoje é cotado a US$ 1,10.

Ele detém uma participação de 59,3% na Zara, que hoje é considerada a maior varejista de moda do mundo, à frente da Gap e H&M. A empresa tem mais de 6 mil lojas em 90 países.

Filho de um trabalhador ferroviário, Ortega é cofundador da Zara, junto com a esposa, Rosalia Mera. Inicialmente eles vendiam roupões de banho e lingeries. Em agosto de 2013, Rosalia morreu em decorrência de uma hemorragia cerebral e sua filha Sandra Ortega Mera herdou sua participação na empresa. Atualmente, Sandra é a segunda pessoa mais rica da Espanha, com uma fortuna de US$ 7,3 bilhões.

Desde a morte de Rosalia, existe muita especulação a respeito de quem vai gerenciar o conglomerado espanhol depois de Ortega.

Sua segunda esposa Flora Perez, de 61 anos, faz parte da diretoria da Inditex e sua filha Marta, 31 anos, que passou por treinamentos na empresa, incluindo o trabalho em uma loja, é amplamente esperada para assumir o posto do pai, embora a empresa não a tenha confirmado como sucessora.

Ranking

Além de Gates e Ortega, também figuram na lista das maiores fortunas o investidor Warren Buffett (US$ 64,4 bilhões), o empresário mexicano das telecomunicações Carlos Slim (US$ 62,5 bilhões), o fundador da Amazon, Jeff Bezos (US$ 49,9 bilhões) e o criador da Oracle, Larry Ellison (US$ 47,6 bilhões).

O grupo ambientalista Greenpeace realizou neste sábado uma série de "ações de sensibilização" em frente a lojas da marca espanhola Zara, como parte de uma campanha contra o uso de substâncias perigosas nos tecidos de suas peças.

O Greenpeace organizou manifestações em frente às lojas da Zara em França, Alemanha, Espanha, Suécia e México para denunciar o uso de produtos tóxicos nos tecidos usados pela marca, e a falta de compromissos da empresa com relação ao tema, informou a ONG em Paris.

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Militantes da organização simularam desfiles de moda, com modelos usando máscaras de proteção contra produtos químicos. Apenas na França foram feitas estas manifestações em frente a 19 lojas da Zara, inclusive a situada na avenida Champs Elysées.

Na cidade de Toulouse, vinte manifestantes do Greenpeace exibiam cartazes que denunciavam a "Zara Tóxica". Em Nice, um grupo de manifestantes exibia máscaras de proteção e cartazes onde se lia "Tóxico".

"Decidimos atacar a Zara porque é uma das principais marcas de moda prêt-à-porter na França. C&A e Marks and Spencer já limparam sua cadeia produtiva e é o momento de a Zara limpar a sua", disse à AFP Nadine Kerdat, militante do Greenpeace em Nice.

Enquanto isso, em Lyon, um grupo de militantes organizou o desfile de "moda tóxica" em frente à loja da Zara na praça Bellecour, diante de uma multidão de curiosos.

O dia de protestos ocorre depois da publicação de um informe do Greenpeace initulado "A face tóxica da moda", em que o organismo revela o resultado de análises feitas com peças das maiores marcas mundiais.

Estes estudos revelaram a presença de etoxilatos de nonilfenol, produtos considerados suspeitos de afetar a reprodução humana e incidir em certos tipos de câncer.

A Zara respondeu ao estudo, informando na sexta-feira que "deseja" cessar todo uso de substâncias perigosas em suas peças.

O Greenpeace, no entanto, considerou a resposta "insuficiente" e pediu à marca que "adote um compromisso confiável e ambicioso para parar de usar estas subsâncias químicas perigosas".

O serviço de imprensa da Zara na Espanha não pôde ser localizado no sábado.

Segundo o Greenpeace, outras grandes marcas como Puma, Adidas, Nike, H&M, Marks and Spencer e Li-Ning já se comprometeram a não usar qualquer substância perigosa em seus produtos.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou hoje pedido para que o representante da Zara no Brasil e os sócios do grupo AHA, empresa intermediária da marca no País, sejam chamados para prestar depoimento na Comissão de Direitos Humanos. Eles deverão comparecer à Alesp na próxima quarta-feira. Segundo a assessoria de imprensa do deputado Carlos Bezerra, vice-presidente da comissão, se os responsáveis não se apresentarem ficará evidenciada a necessidade da instalação de uma CPI para investigar o trabalho escravo no estado.

Na semana passada, Bezerra protocolou o pedido de abertura da CPI, que já conta com 41 assinaturas, mais do que o mínimo exigido, de 32. Neste mês, uma fiscalização do governo federal flagrou trabalhadores estrangeiros em situação análoga à escravidão, operando em oficinas contratadas pela marca espanhola Zara. As investigações, iniciadas em maio deste ano, levaram os fiscais a duas casas na periferia da cidade de São Paulo, onde 16 bolivianos recebiam R$ 2 por peça produzida. O trabalho era feito em um ambiente insalubre e sem condições mínimas de trabalho, segundo o relatório da ação.

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Estão em andamento no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) outras 20 investigações contra grifes de roupas nacionais e internacionais. Como os processos correm em sigilo, os nomes das marcas não foram divulgados

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