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Animais estão sendo abatidos para alimentar outras espécies no Zoológico Metropolitano de Zulia, na Venezuela. Entre os animais mortos estão patos, porcos e cabras. Os administradores do parque teriam optado por esta medida por causa da escassez de comida devido à crise no país.

Já entre os animais desnutridos estão um leão africano, um tigre de bengala, um jaguar, aves de rapina e demais animais carnívoros. A denúncia foi feita por trabalhadores do parque. O zoológico não recebe mais visitante.

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Segundo a imprensa local, os pumas, resgatados do tráfico de fauna, apresentam o quadro mais graves. Imagens dos animais divulgadas no jornal Panorama deixaram as pessoas chocadas. 

A Venezuela enfrenta uma escassez de alimentos e remédios e hiperinflação, que, de acordo com o FMI, poderá subir para 13.000%. Um casal de condor dos Andes em extinção também passou semanas sem se alimentar de forma adequada.

Conforme a imprensa local, a ave é considerada a maior e mais pesada do mundo, atingindo 3,3 metros de extensão. 

Também há registro de aves de rapina e corujas comendo companheiros de gaiola. Outras medidas tomadas pelo zoológico estão a caça de iguanas, que crescem selvagens no zoológico, e a pesca de tilápias nas lagoas do parque.

 

Três meses depois do acidente que marcou a história da Chapecoense, na busca pelo título da Copa Sul-Americana, o time catarinense voltará a disputar uma partida internacional oficial na noite desta terça-feira (7), em Maracaibo, às 21h45 (horário de Brasília), na partida que vai abrir o Grupo 7 da Copa Libertadores. Ainda abatido pelas duras perdas da tragédia, a Chapecoense não sonha alto, mas projeta fazer bonito em sua primeira vez na principal competição do continente.

Para tanto, terá de superar o Zulia, rival mais modesto da chave, que tem ainda o Lanús, da Argentina, e o Nacional, do Uruguai. Assim como a Chapecoense, o Zulia faz sua estreia na Libertadores. Um tropeço nesta terça deve reduzir bastante as chances do time catarinense de se classificar para a fase de mata-mata.

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Ciente disso, o técnico Vagner Mancini poupou os titulares na vitória sobre o Criciúma, por 2 a 0, no sábado (4), na última rodada do primeiro turno do Campeonato Catarinense. Com isso, os titulares ganharam uma "folga" extra para encarar uma dura viagem até Maracaibo. Foram quase 30 horas de transporte, desde a saída de Chapecó no sábado, passando por duas conexões, até a chegada à cidade venezuelana, na madrugada desta segunda.

Mancini ainda não conta com todos os inscritos do time neste primeiro jogo na Libertadores. Alguns permaneceram em Santa Catarina, casos de Alan Ruschel e Neto, dois dos sobreviventes do acidente aéreo que matou 71 pessoas, no fim de novembro, na Colômbia. Ainda não há prazo certo para a dupla voltar aos gramados. Mas ambos foram incluídos na lista de inscritos da Chapecoense na competição.

Para esta aguardada estreia na Libertadores, Vagner Mancini terá ao menos uma baixa. O volante Amaral foi submetido a uma cirurgia no joelho e ficará afastado da equipe por cerca de seis meses. Seu substituto deve ser Luiz Antônio, que vem agradando ao treinador por atuar em diferentes posições, tanto no meio-campo como na lateral. Nesta terça, ele deve ser titular como primeiro volante.

No embalo do título simbólico da Sul-Americana, cujo segundo jogo não pôde ser disputado em razão do acidente aéreo, a Chapecoense deve entrar em campo nesta terça escalada com Artur; João Pedro, Fabrício Bruno, Nathan e Reinaldo; Luiz Antônio, Andrei Girotto e Dodô; Arthur, Wellington Paulista e Niltinho.

E a Chapecoense terá pela frente um um adversário que entrará em campo cheio de motivação para estrear com vitória em sua primeira Libertadores.

"Estou muito feliz pela estreia, pessoalmente. E feliz pelo Zulia, que também terá sua primeira Libertadores. O time está preparado e bastante motivado para este compromisso", disse o meia Juan Arango, ex-capitão e máximo artilheiro da história da seleção venezuelana, que é a grande referência da modesta equipe.

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Hugo Chávez, venceu as eleições para governador em 20 dos 23 Estados do país onde ocorreram sufrágios no domingo, informou nesta segunda-feira o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela. Chávez, de 58 anos, está em Cuba desde a semana passada, onde foi submetido à quarta cirurgia contra o câncer. Os partidários do bolivariano conquistaram os governos estaduais de importantes redutos da oposição, como Zulia e Mérida. Os opositores conseguiram manter os governos de apenas dois dos sete Estados que comandavam, Miranda e Lara; além disso, venceram as eleições no Estado de Amazonas.

As eleições estaduais do domingo aconteceram menos de uma semana após Chávez partir para Cuba, onde foi operado. Ele sofre de câncer desde meados de 2011. As eleições foram amplamente vistas como um referendo sobre o movimento bolivariano fundado por Chávez, se ele terá sobrevida política no caso de seu mentor sucumbir ao câncer ou não ter condições de saúde para assumir a presidência em 10 de janeiro de 2013.

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O governador de Miranda, Henrique Capriles, conseguiu se reeleger com pouco mais de 40 mil votos de diferença sobre seu principal adversário, o ex-vice-presidente Elias Jaua, do PSUV. No Estado de Lara, onde fica Barquisimeto, quarta maior cidade do país, o vencedor foi Henri Falcon, um ex-militar que era aliado a Chávez mas em 2008 se desentendeu com o presidente e passou para a oposição.

Os chavistas, contudo, elegeram governadores dos importantes estados de Zulia, Carabobo e Mérida. Em Zulia, o governador Pablo Pérez, de 43 anos e visto como uma das figuras mais importantes da oposição, foi derrotado pelo candidato do PSUV, Arias Cárdenas. A capital de Zulia, Maracaibo, é a segunda maior cidade do país e o Estado é um dos centros da indústria petrolífera.

"A realidade é que os chavistas provaram que o movimento deles está institucionalizado o suficiente na sociedade venezuelana, pelo menos em um nível regional, e isso mesmo sem Chávez", disse o cientista político Miguel Tinker Salas, professor de Estudos Latino-americanos na Universidade Pomona, em Claremont, Estado da Califórnia (EUA).

A eleição do domingo foi a primeira, nos 14 anos de Chávez na presidência, em que o bolivariano não participou ativamente, nem pedindo votos durante a campanha e nem viajando pelos Estados em apoio aos correligionários. Jorge Rodríguez, chefe de campanha do PSUV, disse que a vitória significa que o mapa da Venezuela "foi pintado de vermelho".

Capriles disse aos seus partidários, após sua vitória em Miranda, que era "difícil vir aqui hoje e exibir um sorriso", fazendo referência à derrota da oposição, em um sentido mais amplo. "Esse é um momento difícil, mas em todos os momentos difíceis as oportunidades podem surgir", afirmou. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), 54% dos 19 milhões de eleitores votaram, uma participação que ficou bem abaixo dos 80% que foram às urnas em 8 de outubro, quando Chávez derrotou Capriles. O jovem governador de Miranda devolveu a derrota no domingo, obtendo 582 mil votos (51%) e vencendo o ex-vice-presidente Elias Jaua, que obteve 534 mil sufrágios (47%). Jaua foi encarregado pessoalmente por Chávez de derrotar Capriles em Miranda.

Chávez deverá tomar posse para um quarto mandato em 10 de janeiro de 2013. Mas se suas condições de saúde não permitirem, a Constituição da Venezuela exige que novas eleições sejam convocadas em 30 dias. Chávez, antes de partir para Havana na semana passada, nomeou o ex-chanceler e atual vice-presidente Nicolás Maduro como seu possível sucessor e disse que se o pior acontecer, Maduro deverá se candidatar e liderar o PSUV.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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