EUA e Europa fazem simulação contra hackers

A simulação envolve aproximadamente 100 especialistas em computação de 16 países da Europa e dos Estados Unidos

idgnowpor Nowdigital sex, 04/11/2011 - 11:35

Quase 100 especialistas em computação de 16 países da Europa e dos EUA se uniram para realizar ciberataques críticos contra agências de segurança e centrais elétricas da União Europeia (UE) como parte de um exercício de simulação, nesta quinta-feira, 3/11.

O evento, chamado de Cyber Atlantic 2011, foi o primeiro exercício conjunto entre a UE e os Estados Unidos. Duas situações foram simuladas. A primeira foi um ataque ATP (ameaça persistente avançada, em inglês) secreto e direcionado para extrair e publicar informações sigilosas online de agências de cibersegurança dos países membros da União Europeia.

Especialistas de segurança da Agência de Segurança da Informação e Redes da Europa (ENISA) afirmaram que esse tipo de ataque é possível de ser realizado na vida real. “É o tipo de ameaça que está por aí, apesar de não ser baseado em nenhuma situação específica. Escolhemos ameaças que pensamos ser reais, e não tornamos nossa vida mais fácil”, explicou o porta-voz da instituição, Graeme Cooper.

A segunda simulação teve como foco a destruição do chamado  controle supervisor e sistemas de aquisição de dados (SCADA) em estruturas de geração de energia. Essa ameaça é levada muito a sério por autoridades da União Europeia, especialmente após as alegações de que o grupo hacker Anonymous tentou invadir centrais elétricas da França e a difusão do ataque Stuxnet nas instalações nucleares do Irã.

Mais de 20 países da UE estiveram envolvidos nos exercícios, sendo 16 deles ativamente, com a Comissão Europeia fornecendo direcionamento de alto nível e o Departamento de Segurança dos EUA também dando suporte para as equipes nacionais de emergência participantes.

O objetivo do evento é explorar como a União Europeia e os EUA podem se engajar e cooperar em suas infra-estruturas de informações críticas, além de seguir o primeiro teste de estresse de cibersegurança pela Europa, o Cyber Europe 2010, realizado no ano passado.

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Evento simulou ciberataques contra agências de segurança e centrais elétricas da UE

As lições aprendidas a partir do Cyber Atlantic 2011 serão usadas para planejar futuros exercícios cibernéticos entre EUA e União Europeia.

“Precisamos fazer mais para entender a maneira como as coisas funcionam. Focamos na parte de TI (tecnologia da informação), obviamente, mas também deve haver questões mais amplas sobre o que aconteceria se dados sensíveis de segurança fossem roubados. Isso vale tanto para proteger sistemas de TI quanto para lutar contra invasores e malware”, diz Cooper.

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