Para Oi, plano de melhoria entregue à Anatel é ‘robusto’
Para a Oi, o plano de melhoria de qualidade de serviço apresentado à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) atende às exigências do órgão. Na avaliação do diretor de Finanças e Relação com os Investidores da Oi, Alex Zornig, o documento é “robusto”. A operadora foi proibida de vender chips pela agência reguladora em cinco estados (Amazonas, Amapá, Roraima, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul) do País.
O presidente da Oi, Francisco Valim, considerou que os pontos abordados no plano estavam em linha com a demanda do órgão. Ele, no entanto, não entrou em detalhes sobre os itens enviados e os ajustes solicitados pela Anatel.
Segundo o executivo, a Oi tem um plano agressivo de melhoria de qualidade e que parte do investimento de 24 bilhões de reais, para o período de 2012 a 2015, contempla esses pontos, sendo que 80% serão para infraestrutura e rede. Dentro desse orçamento, 2 bilhões de reais vão ser direcionados para atender aos pedidos da Anatel. “Já estávamos investindo em melhorias, porque entendemos que qualidade é um diferencial na nossa oferta de valor. Por isso, conseguiremos aplicar as medidas nos próximos meses”, assinala.
Valim acredita que a restrição de vendas de chips não terá impactos significativos “nem para pior, nem para melhor” nos resultados da companhia. “Essa é uma situação pontual que vai ser resolvida em breve”, ressalta. Ainda sem previsão para voltar a comercializar nos cinco estados, ele não arriscou uma data para retomada. “É uma decisão da Anatel.”
A Oi medirá o impacto da punição após a volta das vendas. A companhia não espera ganhos em estados em que outras opeoradoras foram proibidas de comercializar linhas.
Sobre a implementação de novas torres para expansão de sua rede, a Oi identificou que será preciso instalar de 4 mil a 6 mil para a operação móvel. Atualmente, são 15 mil. O compartilhamento da estrutura, que tem sido discutido pelo setor, é algo que a operadora enxerga como positivo. “Essa composição só seria viável daqui para frente e não para trás. O custo de adaptação seria um impeditivo”, aponta Valim.
De olho no 4G
A corrida para iniciar as ofertas em 4G vai começar em breve e a Oi trabalha para desenhar e promover sua oferta de quarta geração para conquistar clientes que buscam qualidade e alta velocidade no uso de internet móvel. O plano estratégico de quatro anos prevê que grande parte dos investimentos sejam realizados em rede, incluindo ainda recursos para 4G.
De acordo com Valim, há ainda dúvidas sobre o roadmap de atualização de aparelhos para suportar 4G e que a Oi está fazendo as movimentações necessárias para ofertar a nova geração de rede. O presidente aponta que a Oi está ainda discutindo com fornecedores para acelerar o passo e que, inicialmente, vai seguir o plano de Anatel de oferecer o 4G em seis cidades.
*A jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da Oi