Pagamento móvel via NFC movimentará US$ 100 bil em 2016
O valor gasto com pagamentos móveis via Near Field Communication (NFC) vai saltar de 4 bilhões de dólares em 2012 para 191 bilhões de dólares em 2017, conquistando a marca de 100 bilhões de dólares em 2016, prevê a ABI Research.
Segundo o instituto de pesquisas, apesar de a Apple não ter incluído a tecnologia NFC em seu mais recente smartphone, o iPhone 5, ou seu sistema operacional móvel, o iOS 6, seu uso vai crescer significativamente. Pontos de vendas equipados com a tecnologia também deverão aumentar. Hoje, para se ter uma ideia, apenas 2% dos comerciantes em todo o mundo estão equipados com terminais que contam com leitor de NFC.
Pagamentos móveis e a convergência entre os tipos de pagamento [proximidade, P2P e online] centralizados em um único aparelho NFC serão o ponta pé inicial da expansão do setor, impulsionando outros mercados associados como emissão de bilhetes, varejo e controle de acesso.
Fornecedores de smart cards, dispositivos de fabricante de equipamento original (do inglês OEM), operadoras de telefonia, provedores de serviços e redes de pagamentos podem certamente beneficiar-se da convergência desse mercado. “A convergência consumirá ao menos dois anos para tornar-se realidade”, avalia Phil Sealy, analista da ABI Research.
A ABI acredita que os setores de transporte e emissão de bilhete serão os primeiros a observar vantagens com a convergência. A previsão é que, até 2017, 26% de todos os aparelhos com NFC tenham uma aplicação de geração de bilhete a partir do modelo.
"As autoridades de transporte terão a capacidade de oferecer serviços de valor agregado, incluindo planejamento de rotas, boletins de atraso, tabelas de tempo, ou propagandas com ofertas para gerar novas fontes de receita”, avalia Sealy.
John Devlin, diretor de prática da ABI, alerta, no entanto, que ainda existem uma série de barreiras que precisam ser superadas para que a convergência tenha sucesso.
"Os modelos de negócio ainda não foram claramente identificados e não há estudos de casos reais para demonstrar o potencial de retorno”, indica. De acordo com ele, esse cenário justificaria o fato de que fabricantes, como a Apple, não incluíram a tecnologia NFC em seus aparelhos.