Evento prova que tecnologia pode ser sinônimo de educação
Entre os participantes, professores e alunos do ensino público unidos por um só objetivo: aliar matérias “tradicionais” do ensino médio com a inovação tecnologica
Smart Cities, design, células empreendedoras, oficinas de vídeo e áudio e mostra de games. Estas foram as atividades que movimentaram o evento Nave de Portas Abertas, que reuniu cerca de 500 visitantes no Núcleo Avançado de Educação (Nave) na Escola Técnica Estadual Cícero Dias, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Entre os participantes, professores e alunos do ensino público unidos por um só objetivo: aliar as matérias “tradicionais” do ensino médio com a tecnologia.
Dentro dos diversos laboratórios e salas da escola, mentes jovens aprendiam e compartilhavam conhecimento sobre as disciplinas lecionadas do núcleo, que têm como maior destaque a utilização da programação de games. E para aproximar os alunos desta metodologia, nada melhor do que abrir as portas para a comunidade, explica a diretora de educação da Fundação Oi Futuro, Paola Scanpini.
“Queremos disseminar estas boas práticas compartilhando com esse publico as praticas pedagógicas inovadoras que são aplicadas na Cícero Dias. A cada ano, nossa programação está mais intensa e maior. Só nas primeiras horas de evento, recebemos mais de 300 participantes, ou seja, o Recife tem sede de tecnologia”, ressalta a diretora.
Compartilhando o mesmo sentimento de satisfação, o coordenador multimídia do Nave, Luiz Francisco Araújo, reforça a importância de dar aos jovens a oportunidade de inserção no universo tecnológico. “Estes meninos gostam muito de Facebook, internet e games, o desenvolvimento de jogos é o gancho que atrai os estudantes. Por exemplo, movimento uniforme pode ser um assunto chato para os jovens, mas quando é aplicado em um título eletrônico, pode ser tornar até divertido” explica.
E o resultado desta metodologia diferenciada é consequência de orgulho para muitos alunos. Presente na mostra de jogos, o estudante do 1º ano Paulo Menezes, de 18 anos, apresentou aos visitantes seu título eletrônico direcionado para tablets com Android, o “Questões Cruzadas”. “Reunimos perguntas de vestibulares e aplicamos isso em um game. O usuário precisa ler a questão, responder corretamente e ir avançando níveis”, conta.
Ele, que pretende prestar vestibular para Ciências da Computação e já participou do evento duas vezes, explica que esta é a chance de mostrar para comunidade o que é produzido durante todo ano. “Estamos mostrando nosso potencial e exibindo nosso portfólio pessoal. Os participantes se interessam pelo resultado e querem fazer o mesmo, é muito legal”, complementa o estudante.
Com o desejo de prestar o mesmo vestibular de Paulo Menezes, o aluno da Escola Técnica Estadual Professor José Luiz de Mendonça, José Lucas da Silva, de 17 anos, precisou sair de Gravatá para curtir o evento, e, na opinião do jovem, valeu a pena. “Tudo que envolve computação me interessa. Gostei bastante das atividades e pretendo estar presente neste encontro no próximo ano”, pontua.
E as atividades não se resumiram aos games, também englobaram o mundo dos vídeos, por exemplo. Palestrando sobre o universo dos vloggers e portando um moletom do game DotA, o aluno do 3º ano Ayrton Félix, de 18 anos, explicou para os presentes que o YouTube pode render dinheiro para os internautas. “Muita gente não sabe que essa plataforma dá dinheiro, o pessoal se interessou tanto que tivemos que repetir a oficina”, finaliza Félix.