Armadilha inteligente é nova arma contra Aedes aegypti
Objetivo é criar produto conectado à internet, conectando usuários e órgãos públicos
Na guerra de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo um sensor capaz de identificar o sexo dos insetos pelo barulho que fazem. Conhecer tal característica é essencial neste caso, em que apenas as fêmeas são vetores das doenças. Segundo os cientistas, a tecnologia tem taxa de 90% de precisão.
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“Nossa meta, agora, é transformar esse sensor em um produto eletrônico, uma armadilha inteligente que possa ser comercializada”, disse o professor do ICMC Gustavo Batista, que também é coordenador do projeto. De acordo com o docente, quem possuir a armadilha em casa poderá realizar a contagem dos mosquitos em tempo real e tomar providências para o combate.
Com o apoio do Google, a pesquisa prosseguirá com a realização de testes fora do laboratório, onde não há controle em relação à temperatura, umidade e demais condições ambientais, nem sobre as espécies de insetos que poderão adentrar a armadilha. Depois desta fase, será preciso desenvolver um protótipo do equipamento. A estimativa é de que seu custo para os consumidores não ultrapasse R$ 200,00.
A ideia é que o usuário possa conectar o equipamento à internet, possibilitando que os dados obtidos pelas armadilhas gerem mapas de controle para os órgãos públicos. Também será possível criar aplicativos para alertar e orientar a população no combate ao Aedes aegypti.