TIM inaugura primeiro laboratório 5G do Nordeste

Empresa quer levar tecnologia para áreas além da telefonia

por Katarina Bandeira qui, 17/10/2019 - 17:31

Campina Grande - A TIM inaugurou nesta quinta-feira (17), o primeiro laboratório 5G do Nordeste. Após testes em Florianópolis (SC) e Santa Rita do Sapucaí (MG), a operadora de telefonia traz o projeto Living Lab para Campina Grande, na Paraíba, em parceria com a Nokia e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e demonstra querer tomar a frente da corrida de implementação da tecnologia no Brasil.

'O 5G vai além do smartphone', diz Head da TIM, Janilson Bezerra. Ao falar da tecnologia ele faz projeções a respeito do uso do 5G em áreas diferentes do mobile, como reconhecimento facial, uso de realidade aumentada e na Internet das Coisas (IoT), com carros autônomos, por exemplo.

Esse é, inclusive, o foco da implementação da tecnologia pretendida pela TIM. Enquanto o leilão 5G não acontece - esperado para 2020, a companhia aproveita para realizar testes com tratores, drones e transmissões de vídeo em tempo real.

O fim da espera

A parceria com a UFCG coloca os holofotes no VIRTUS (Núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologia da Informação Comunicação e Automação). O centro de pesquisa é o responsável pelos testes com a tecnologia que demonstra ser 10 vezes mais rápido do que seu antecessor 4G, além de possuir duas antenas instaladas para testes na área externa.

Em uma das demonstrações realizadas durante a inauguração está justamente a da velocidade da rede, que pode chegar a 1GB, em smartphones.

Mas como trazer o 5G para dentro da cidade?

Quando falamos de frequências de rede, quanto maior é a frequência, menor a área alcançada por ela. Por conta disso, fazer a instalação de antenas, como as presentes no VIRTUS, mais próximas das áreas urbanas acaba sendo um desafio não apenas para as operadoras, mas também para as prefeituras das cidades que pretendem fazer uso desta tecnologia.

O Head de inovação, Janilson Bezerra, explica que a estratégia da TIM é utilizar os biosites, antenas camufladas em postes de iluminação, que servem para estender o sinal de internet a áreas maiores sem a necessidade de uma antena tradicional.

"No Rio de Janeiro a gente tem mais de 500 biosites instalados. Estamos tentando levar essa tecnologia para São Paulo. Essa é uma forma de vencer essa barreira urbanística". Além da capital carioca, em Recife é possível observar dois biosites na orla de Boa Viagem, que ampliam os sinais 4G para os clientes da operadora e que, de acordo com Janilson, devem servir para fazer o mesmo com o 5G, no futuro. "A gente tem interagido muito com as cidades e os municípios de forma geral para promover essa reflexão de que é necessário flexibilizar (a instalação desses dispositivos), explica o Head.

O leilão do 5G ainda não tem data para acontecer. A expectativa é que em 2020, a Anatel conclua o processo para que, enfim, o Brasil possa receber a tecnologia tanto para uso mobile quanto para aumentar ainda mais a conexão entre dispositivos inteligentes.

*a jornalista viajou a convite da TIM

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