Celular: ameaças usando pornografia como 'isca' dobraram

Em 2019, mais de 40 mil usuários de smartphones caíram em golpes que usaram pornografia para atraí-los

por Katarina Bandeira qua, 22/07/2020 - 16:41
Pixabay Aquivos vêm disfarçados de vídeos pornográficos ou pacotes de instalação para Android Pixabay

Mais de 40 mil usuários de smartphones caíram em golpes que usaram pornografia como "isca" para atraí-os até links suspeitos, em 2019. Os dados são da empresa de cibersegurança Kaspersky, que revelou que os ataques contra dispositivos móveis usando este tipo de conteúdo mais que dobrou de frequência. De acordo com o relatório da empresa, um total de 42.973 usuários foram vítimas desse tipo de ataque no ano passado, contra 19.699, em 2018.

A promessa de conteúdo adulto esconde técnicas de phishing, spam e até ransomwares. De acordo com a Kaspersky os arquivos vêm disfarçados de vídeos pornográficos ou pacotes de instalação relacionados a conteúdo adulto para Android. A empresa consultou 200 tags pornô populares nesse banco de dados e descobriu que, cerca de metade delas (99) continha alguma ameaça voltada para dispositivos mobile. 

No mesmo relatório a empresa identificou que, apesar do aumento de iscas em dispositivos móveis, os ataques voltados para PCs estão seguindo tendência oposta, com queda de quase 40% nas ameaças identificadas durante o mesmo período. Programas de publicidade, usados para redirecionar os usuários para páginas de anúncio indesejadas, continuam sendo a ameaça móvel mais agressiva, tanto na variedade quanto no alcance de vítimas. 

O principal vilão do conteúdo adulto é um anúncio detectado como AdWare.AndroidOS.Agent.f - responsável por 35,18% dos ataques contra usuários móveis em 2019. 

Sobre as ameaças, quase dois em cada cinco usuários atacados no PC atrás de conteúdo adulto foram atingidos pelo Trojan-Downloader (39,6%), que permite aos invasores instalar, posteriormente, outros tipos de malware.  O número de usuários atacados por malware "caçadores" de credenciais para acesso a sites pornográficos caiu, enquanto o número de ataques de malware continua crescendo, aumentando 37% de 2018 a 2019 e atingindo 1.169.153 ataques no ano passado. 

Entre os perigos identificados ao entrar em sites suspeitos estão imagens pessoais vazada, assinaturas roubadas, senhas, além de extorsão sexual.

Para se proteger das ameaças de conteúdo adulto, a Kaspersky recomenda o seguinte:

Preste atenção à autenticidade do site. Não acesse nenhuma página até ter certeza de que ela é legítima. Verifique se o endereço se inicia com "https". Confirme se o site é genuíno, cheque duas vezes o formato da URL ou a ortografia do nome da empresa, e pesquise por análises de sites que pareçam suspeitos;

Atualize os programas de segurança em seus dispositivos;

Não faça o download de software "pirata" e nem de qualquer outro conteúdo ilegal, mesmo que tenha sido redirecionado a partir de um site legítimo;

Nas configurações do seu smartphone, ative o bloqueio de instalação de programas de fontes desconhecidas; instale apenas aplicativos de lojas de aplicativos oficiais;

Use uma solução de segurança confiável para proteção abrangente contra uma ampla gama de ameaças, como o Kaspersky Security Cloud.

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