Ataques cibernéticos a hospitais aumentam no Brasil

Instituições de saúde do país ocupam o quinto lugar no ranking das mais atacadas do mundo

por Katarina Bandeira qua, 06/01/2021 - 12:35
Pavel Danilyuk/Pexels Principal ataque feito por cibercriminosos é de ransomware Pavel Danilyuk/Pexels

Nem os hospitais escaparam da mira dos cibercriminosos em 2020. Um levantamento feito pela empresa de cibersegurança Check Point apontou que a quantidade de ataques direcionados a instituições de saúde, durante os meses de novembro e dezembro, aumentou 45% em todo o mundo. O crescimento dos ataques cibernéticos é maior que o registrado em outros setores, que tiveram crescimento geral de 22%, durante o mesmo período.

De acordo com os pesquisadores, o número médio de ataques semanais no setor de saúde girou em torno de 626 por organização em novembro, em comparação com os 430 ataques registrados no mês anterior. Entre as vítimas que tiveram um aumento na quantidade de ciberataques por organização, as instituições de saúde brasileiras estão entre as que mais sofrem, com um crescimento de 66%, atrás apenas de hospitais no Canadá (250%), Alemanha (220%), Espanha (100%) e Itália (81%).

Brasil segue no top 5 dos mais atacados. Foto: Check Point

Pressão mundial por conta da Covid-19

Um dos principais motivos para o aumento da ação dos cibercriminosos está no combate das instituições de saúde a pandemia do novo coronavírus. Isso as torna um alvo em potencial para ataques de ransomware, em que os cibercriminosos instalam um malware no sistema que criptografa ou impede o acesso a uma grande quantidade de arquivos, seja em um computador, sistema de dados ou rede interna. Para que a vítima possa voltar a ter acesso aos dados é preciso realizar o pagamento de um resgate. 

Em relação às regiões mais vitimadas, a Europa Central lidera com mais de 145% de ataques por organização, seguida pelo Leste Asiático (137%) e América Latina (112%) como os mais afetados; Leste Europeu (97%), Europa (67%) e América do Norte (37%) aparecem em quarto, quinto e sexto lugares respectivamente. A maioria dos ataques acontecem em fins de semana e feriados, exigindo uma necessidade de aumentar a segurança durante este período.

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