Google retira da loja app usado por extremistas nos EUA

A rede social Parler se tornou um refúgio para personalidades de extrema direita que afirmam ter sido censuradas por outras plataformas

sab, 09/01/2021 - 10:03
Lionel BONAVENTURE Logo do Google Lionel BONAVENTURE

O Google anunciou na sexta-feira a remoção do aplicativo Parler de sua loja online por permitir "conteúdo extremista" que poderia incitar a violência como a vista esta semana no Capitólio dos Estados Unidos.

A rede social Parler se tornou um refúgio para personalidades de extrema direita que afirmam ter sido censuradas por outras plataformas.

"Estamos cientes das postagens no aplicativo Parler que buscam incitar a violência em curso nos Estados Unidos", declarou o Google em resposta a uma pergunta da AFP.

"Para distribuir um aplicativo no Google Play, exigimos que os aplicativos implementem um controle robusto contra conteúdo extremista", acrescentou a empresa, referindo-se à sua loja de aplicativos para dispositivos móveis com sistema operacional Android.

Seguidores do presidente Donald Trump e de sua tese de fraude eleitoral nas eleições presidenciais migraram para redes sociais alternativas que não filtram suas declarações infundadas.

Essa migração favoreceu algumas plataformas como Parler, Newsmax e Rumble, que rejeitam a abordagem de gigantes como Facebook e Twitter de marcar e limitar o alcance de teorias da conspiração.

Facebook e Twitter suspenderam as contas de Trump na sexta-feira, citando temores de mais incitação à violência, como as vistas na sede do Congresso americano na quarta-feira.

"Tendo em vista a contínua ameaça à segurança pública, estamos suspendendo o aplicativo da Play Store até que o mesmo resolva esses problemas", esclareceu o Google sobre o Parler.

De acordo veículos de imprensa, a Apple alertou Parler que seu app poderia ser removido de sua App Store se não tomasse medidas para evitar que seus usuários planejem atividades violentas em sua plataforma.

Parler e outros sites semelhantes têm sido palco de declarações racistas e antissemitas e atraem grupos que foram banidos de outras plataformas por postagens de ódio ou de promoção à violência.

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