iOS 14.5: iPhone ganha nova função de privacidade

Criticada pelo Facebook, a atualização permitirá que os usuários decidam se querem ou não compartilhar seus dados com os aplicativos

por Kauana Portugal ter, 27/04/2021 - 09:56
Pixabay Os clientes poderão escolher se querem ou não ativar a localização dos aplicativos instalados no celular Pixabay

A mais recente atualização operacional da Apple está causando um rebuliço no mundo da tecnologia. O iOS 14.5 entrega aos clientes as chamadas “funções de privacidade reforçadas”, prometidas pela empresa há dez meses atrás, e que agora tornam-se realidade nas mãos dos usuários. A principal mudança tem relação com os dados dos clientes, que poderão escolher se querem ou não ativar a localização dos aplicativos instalados no celular.

O Facebook, composto por um conglomerado de startups voltadas para o desenvolvimento de aplicativos, tem alertado incansavelmente sobre os perigos da  atualização, que, segundo ele, fará com que pequenos negócios quebrem, decretando a falência. A explicação para isso tem relação com o volume de dados extraído dos celulares, uma espécie de mosaico valiosíssimo, composto pelas preferências e hábitos dos usuários, além de dados sobre a sua rotina e localização geográfica.

A quantidade de dados coletados através do celular pode parecer assustadora, mas ajuda a automatizar anúncios e criar um arquétipo virtual do usuário, facilitando processos de venda no geral. No caso do iPhone, um número único, chamado de IDFA (sigla em inglês de Identificador para Anunciantes) também é gerado, funcionando como uma verdadeira “pegada” deixada nos sites e aplicativos durante a navegação.

Os anúncios deixarão de existir?

Na era em que a indústria de anúncios digitais tornou-se uma das mais valiosas do mundo, a Apple tem irritado os desenvolvedores ao disponibilizar um serviço em que o usuário poderá escolher se disponibiliza ou não as suas informações. De toda forma, isso não significa que o número de anúncios irá diminuir.

Ao cortar o fluxo de dados, os anúncios exibidos para os usuários serão menos relevantes e os apps poderão cobrar menos dos anunciantes. Ou seja, a publicidade baseada em um grande número de aplicativos gratuitos está recebendo um duro golpe, o que exige uma rápida adaptação de companhias como o Twitter, TikTok e Facebook.

Quais mudanças aguardam o Android?

De acordo com dados do Google, o sistema operacional Android aparece em mais de 90% dos smartphones brasileiros, resultando em uma proporção de nove em cada dez dispositivos usados no país. Por enquanto, estes usuários não serão impactados, mas existe uma forte expectativa de que o Google adote o mesmo padrão inaugurado pela Apple.

 

 

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