Sistema de saúde da Irlanda paralisado por ciberataque

'Aconteceu um ataque importante de ransomware contra os sistemas de informática do HSE', anunciou o organismo no Twitter

sex, 14/05/2021 - 08:34
Francois PICARD A Irlanda foi obrigada a paralisar o sistema virtual de saúde após um ataque cibernético similar ao que afetou um oleoduto nos Estados Unidos Francois PICARD

O serviço público de saúde da Irlanda, o HSE Ireland, anunciou nesta sexta-feira (14) que foi obrigado a paralisar seu sistema devido a um ciberataque com um "ransomware", programa de roubo de dados.

"Aconteceu um ataque importante de ransomware contra os sistemas de informática do HSE", anunciou o organismo no Twitter.

"Por precaução decidimos suspender todos os nossos sistemas para protegê-los deste ataque e para avaliar de maneira detalhada a situação com nossos sócios na área de segurança", completou o HSE Ireland.

O ciberataque contra o HSE utilizou um software malicioso semelhante ao que atacou a Colonial Pipeline, operadora de um enorme oleoduto nos Estados Unidos que reiniciou todo seu sistema na quinta-feira à noite depois de ter sido paralisado no último fim de semana. O ataque foi executado pelo grupo criminoso DarkSide, informou o FBI.

A saúde pública irlandesa enfrenta "um problema bastante grave", afirmou o diretor geral do HSE, Paul Reid, ao canal estatal RTE. "Tomamos a medida de precaução de apagar muitos de nossos sistemas chave para protegê-los", reiterou. Ele explicou que o ataque foi concentrado no acesso aos dados armazenados nos servidores centrais.

O HSE pediu desculpas pelos problemas provocados a seus pacientes e afirmou que a vacinação não será afetada, "seguindo adiante como estava previsto".

A vacinação contra a Covid-19 está aberta para pessoas com mais de 50 anos na Irlanda, onde a doença matou 4.937 pessoas, segundo os dados oficiais.

A maternidade Rotunda de Dublin anunciou o cancelamento de todas as consultas, com exceção para as mulheres grávidas de 36 semanas ou mais.

Fergal Malone, diretor da unidade, explicou que o "problema envolve os computadores que se conectam aos históricos eletrônicos de saúde".

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