Millennials relembram infância no 'museu dos sons antigos'

O barulho da internet discada, dos brinquedos Tamagochi e até mesmo o toque do celular Nokia, o “tijolão”, são alguns dos sons disponíveis no site. Confira

por Kauana Portugal qua, 28/07/2021 - 11:27
Reprodução/YouTube Internet discada em uma versão antiga do sistema Microsoft Windows Reprodução/YouTube

A maior parte dos adultos com idades entre 26 e 40 anos lembram da barulheira característica da internet discada e dos videocassetes, itens essenciais para os amantes do cinema na década de 1990 e início dos anos 2000. De maneira quase que afetiva, um destes jovens millennials, o norte-americano Brendan Chilcutt, encontrou um jeito de preservar alguns dos seus sons favoritos: no Museum of Endangered Sounds (museu dos sons ameaçados, em tradução livre).

Entre os sons disponíveis no site criado por Chilcutt em 2012, estão os produzidos pelo jogo Pac-Man, pela internet discada, os brinquedos Tamagotchi e até mesmo o toque (ou ringtone) do celular Nokia, o antigo “tijolão”. 

Todas as notas sonoras ficam disponíveis na abertura do site, organizadas a partir de imagens que ilustram do que se trata, basta clicar. Para encerrar a reprodução é preciso clicar novamente. Além de relembrar a sonoridade da infância, é possível selecionar várias opções ao mesmo tempo, criando uma canção, ou “música industrial”, conforme explica o aviso no início da navegação.

Segundo o criador do museu, é quase impossível imaginar um mundo em que não seja possível ouvir sons como o da versão 95 do sistema Microsoft Windows e “uma geração de crianças crescerá sem conhecer os ruídos de uma televisão de tubo”. 

“E quando o mundo inteiro tiver dispositivos com interfaces de toques elegantes e silenciosas, para onde nos voltaremos para ouvir o som dos dedos batendo nos teclados qwerty? [tipo de teclado comum em máquinas de escrever, celulares e computadores mais antigos]” questiona. Na página, Brendan Chilcutt também disponibiliza seu e-mail para que os apaixonados por sons antigos entrem em contato.

COMENTÁRIOS dos leitores