PCR mira violência nas escolas municipais
Ação será integrada a entidades de defesa da criança e do adolescente
Enfrentar a violência e intensificar a segurança dos estudantes da rede municipal de ensino do Recife através de ações preventivas. Esse será o principal objetivo do programa “Escola Segura do Recife”, lançado nesta tarde pelo prefeito do Recife, João da Costa (PT), em evento realizado no auditório do Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife.
Pelo programa de enfrentamento à violência nas escolas do Recife, duas ações preventivas intensificarão a mediação de conflitos nas escolas da rede. Na primeira, 212 promotores da paz – estagiários das áreas de psicologia, assistência social, direito, entre outras áreas -, trabalharão dentro das escolas solucionando e ajudando a resolver conflitos existentes entre os alunos. Por meio destes agentes, ainda será possível promover e planejar atividades educativas (palestras e atividades) voltadas para o conhecimento dos danos causados pela violência. Em cada turno, as escolas terão dois promotores. Além disto, o programa possibilitará que os órgãos públicos de segurança trabalhem de forma integrada por meio do Núcleo de enfrentamento. Ou seja, os conflitos existentes serão solucionados numa parceria entre o Núcleo criado pela prefeitura com o Juizado da infância e juventude, Conselho Tutelar, Gerência de Proteção a Criança e ao Adolescente (GPCA) entre outros.
Com essas duas medidas, a ideia é promover um ambiente confortável para o estudo, como assegura a secretaria de educação de Recife, Ivone Caetano. “Queremos fomentar a cultura de paz nas escolas e ter uma ambiente mais saudável. Enquanto tivermos brigas em sala de aula os alunos terão dificuldades em aprender”, ressaltou. Ainda de acordo com Ivone, neste primeiro momento, algumas escolas foram escolhidas, mas o pensamento é estender o programa para toda a rede de ensino. “Estamos implantando esse projeto em 53 escolas, mas pretendemos estender para todas as escolas. Essas primeiras foram selecionadas por apresentarem maiores números de conflitos no ano”, explicou.
Para a vice-diretora da Escola Municipal Arraial Novo do Bom Jesus, Gertrudes Cabral, as ações serão de suma importância. “Será muito importante este programa, pois a escola é um espaço de formação humana e não de conflitos”, ressaltou a gestora otimista com o resultado final. Se para a gestora o programa é encarado de forma positiva, para os estudantes não é diferente. “Agora ficaremos mais seguros. Acho que será bom. Com segurança aprendemos mais”, falou a estudante do 6º ano do ensino fundamental, Rayra Alicia Paula, 12. Ao todo, mais de 34 mil estudantes serão beneficiados com o programa.