Engenharia cartográfica em alta no mercado
Os engenheiros cartográficos são os responsáveis pela criação de mapas
Para quem deseja uma carreira profissional embasada nos universos do cálculo e da geografia, a engenharia cartográfica é a melhor opção. Responsáveis pela criação de mapas utilizados para compor dados de diversos sistemas sensores, incluindo sistemas orbitais, aéreos, sensores a bordo de embarcações marítimas ou fluviais e instrumentos para levantamentos terrestres, esses profissionais estão em alta no mercado.
Mas para se tornar um engenheiro cartográfico é necessária uma formação superior de cinco anos. A graduação é oferecida no estado, apenas, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Dividido em 10 períodos o curso tem seus primeiros dois anos com cadeiras semelhantes a todos os ramos da engenharia, como química, física e desenho. Em seguida os alunos recebem formação específica contando, entre outras disciplinas, com topografia, geodésia, cadastro e cartográfica.
A função que um engenheiro cartográfico desenvolve oferece condições para os engenheiros civis trabalhar na construção de prédios, estradas, barragens, redes de água e esgoto ou de energia elétrica. Os profissionais são muito procurados por indústrias e grandes construtoras, além das prefeituras do interior que sempre precisam de projetos de loteamento. Atividades como fazer o cadastro técnico rural e urbano do município e atualização de sistemas cadastrais para a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) também fazem parte da vida de um engenheiro cartográfico.
O estudante do curso, Carlos Fabrício, decidiu fazer esse ramo da engenharia depois que viu que a profissão existia. “O curso não é muito divulgado, só escutamos falar em engenharia civil. Quando olhei em um site e vi sobre a graduação, não tive dúvidas, queria trabalhar com mapas e dados”, completa Fabrício.
A pouca divulgação do curso também implica na concorrência no vestibular da UFPE. No ano passado (2011), a concorrência do curso foi de 1,9 para uma vaga.
Outro problema que a graduação enfrenta é a evasão dos alunos ao longo dos semestres. “Ainda estou no segundo período, semestre passado existia 30 alunos na minha sala, hoje só tem a metade. No nosso departamento as placas dos formandos também assustam, são apenas 6 ou 7 profissionais, não passa disso, mas por um lado é bom porque o mercado nos procura”, acrescenta o estudante..
As vagas de estágio e de emprego no curso são diversas, mas é aconselhável que o aluno só estagie quando tiver completado a metade do curso, devido à especificidade da graduação ser dada apenas nos três últimos anos. Graduados e com experiência profissional, os engenheiros cartográficos estão aptos a entrar no mercado com salário inicial de R$ 2,500 a 3000 reais.