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Para os feras que escolheram o curso de engenharia cartográfica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o próximo domingo (13) e a segunda-feira (14) serão dias normais de prova. A decisão foi confirmada após o Ministério da Educação suspender a medida cautelar por não ter avaliado completamente o curso da instituição.

A UFPE entrou com recurso junto ao MEC, em dezembro do ano passado, solicitando a retirada da graduação em Engenharia Cartográfica da lista de cursos suspensos porque tiveram desempenho considerado insatisfatório na avaliação pelo Conceito Preliminar de Curso (CPC), em 2011.

Os alunos de Engenharia Cartográfica foram inscritos para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) porque o MEC não informou à Universidade que não haveria prova específica para a área.

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou no final da tarde desta quarta-feira (19), que entrou com recurso junto ao Ministério da Educação (MEC) solicitando a retirada da graduação em engenharia cartográfica da lista de cursos suspensos que tiveram desempenho considerado insatisfatório na avaliação do ministério pelo Conceito Preliminar de Curso (CPC), nos anos de 2008 e 2011. A instituição de ensino usa como argumento que, entre vários pontos, o curso teve avaliação do CPC de 2008 reconsiderada em 2011, subindo assim de 2 para 3.

De acordo com a UFPE, a correção pode ser visualizada no endereço eletrônico do MEC. Além disso, a universidade alega que a nota 3 (CC – Conceito de Curso) corresponde ao CPC corrigido.

Após o pedido de retirada do curso de engenharia cartográfica da lista dos que tiveram maus resultados, a UFPE aguarda pronunciamento do MEC para divulgar novas ações referentes à graduação. No que diz respeito aos cursos que perderam autonomia (ciências sociais (bacharelado), história (licenciatura) e engenharia de minas), até a próxima sexta-feira (21) a universidade afirma que vai encaminhar novo recurso ao ministério. 

Para quem deseja uma carreira profissional embasada nos universos do cálculo e da geografia, a engenharia cartográfica é a melhor opção. Responsáveis pela criação de mapas utilizados para compor dados de diversos sistemas sensores, incluindo sistemas orbitais, aéreos, sensores a bordo de embarcações marítimas ou fluviais e instrumentos para levantamentos terrestres, esses profissionais estão em alta no mercado. 

Mas para se tornar um engenheiro cartográfico é necessária uma formação superior de cinco anos. A graduação é oferecida no estado, apenas, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Dividido em 10 períodos o curso tem seus primeiros dois anos com cadeiras semelhantes a todos os ramos da engenharia, como química, física e desenho. Em seguida os alunos recebem formação específica contando, entre outras disciplinas, com topografia, geodésia, cadastro e cartográfica.

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A função que um engenheiro cartográfico desenvolve oferece condições para os engenheiros civis trabalhar na construção de prédios, estradas, barragens, redes de água e esgoto ou de energia elétrica. Os profissionais são muito procurados por indústrias e grandes construtoras, além das prefeituras do interior que sempre precisam de projetos de loteamento. Atividades como fazer o cadastro técnico rural e urbano do município e atualização de sistemas cadastrais para a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) também fazem parte da vida de um engenheiro cartográfico.

O estudante do curso, Carlos Fabrício, decidiu fazer esse ramo da engenharia depois que viu que a profissão existia. “O curso não é muito divulgado, só escutamos falar em engenharia civil. Quando olhei em um site e vi sobre a graduação, não tive dúvidas, queria trabalhar com mapas e dados”, completa Fabrício.

A pouca divulgação do curso também implica na concorrência no vestibular da UFPE. No ano passado (2011), a concorrência do curso foi de 1,9 para uma vaga. 

Outro problema que a graduação enfrenta é a evasão dos alunos ao longo dos semestres. “Ainda estou no segundo período, semestre passado existia 30 alunos na minha sala, hoje só tem a metade. No nosso departamento as placas dos formandos também assustam, são apenas 6 ou 7 profissionais, não passa disso, mas por um lado é bom porque o mercado nos procura”, acrescenta o estudante..

As vagas de estágio e de emprego no curso são diversas, mas é aconselhável que o aluno só estagie quando tiver completado a metade do curso, devido à especificidade da graduação ser dada apenas nos três últimos anos. Graduados e com experiência profissional, os engenheiros cartográficos estão aptos a entrar no mercado com salário inicial de R$ 2,500 a 3000 reais.

 

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