Agricultoras descobrem nova fonte de renda familiar

As artesães produzem em um galpão da antiga Estação Ferroviária da cidade de Baturité, no Ceará

por Samara Loppes sab, 18/08/2012 - 12:21
Divulgação/Sebrae Os artesanatos são feitos com fibra de taboa Divulgação/Sebrae

Um grupo de agricultoras de Baturité, região serrana do Ceará, que lidava com a vida dura na roça, decidiu abrir um empreendimento e mudar de ofício. A equipe descobriu no artesanato uma nova fonte de renda familiar. Com o nome de Baturiarte, a microempresa conta com o apoio da Prefeitura da cidade e do Sebrae no Ceará.

O cotidiano das mulheres começa e termina em um galpão da antiga Estação Ferroviária da cidade, onde elas se revezam entre várias tipologias. A descoberta desses talentos foi em uma rodada de negócios, promovida pelo Sebrae em Fortaliza. Elas viram, pela primeira vez, uma bolsa feita com fibra de taboa. Entusiasmadas, voltaram a Baturité e pediram que o escritório da instituição na região oferecesse uma capacitação para a confecção de peças com a fibra. O curso começou e, desde então, as artesãs da Baturiarte vem se especializando na nova matéria-prima, e vendendo os artesanatos para os Estados de Minas Gerais, Pernambuco, Brasília e Rio Grande do Norte.

De acordo com Fabiana Giselle, articuladora regional do Sebrae no município, as palhas de bananeira, fibras de taboa ou cipós constituem mais que matéria-prima - são uma parte da Mata Atlântica que se refaz nas mãos das artesãs, em forma de criatividade e negócio. “A região tem mais de 150 artesãos cadastrados. A nossa proposta é integrar motivação econômica, empreendedorismo e negócios, de forma a reforçar a economia criativa e garantindo a inclusão social desses grupos”, explica.

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