Agricultoras descobrem nova fonte de renda familiar
As artesães produzem em um galpão da antiga Estação Ferroviária da cidade de Baturité, no Ceará
Um grupo de agricultoras de Baturité, região serrana do Ceará, que lidava com a vida dura na roça, decidiu abrir um empreendimento e mudar de ofício. A equipe descobriu no artesanato uma nova fonte de renda familiar. Com o nome de Baturiarte, a microempresa conta com o apoio da Prefeitura da cidade e do Sebrae no Ceará.
O cotidiano das mulheres começa e termina em um galpão da antiga Estação Ferroviária da cidade, onde elas se revezam entre várias tipologias. A descoberta desses talentos foi em uma rodada de negócios, promovida pelo Sebrae em Fortaliza. Elas viram, pela primeira vez, uma bolsa feita com fibra de taboa. Entusiasmadas, voltaram a Baturité e pediram que o escritório da instituição na região oferecesse uma capacitação para a confecção de peças com a fibra. O curso começou e, desde então, as artesãs da Baturiarte vem se especializando na nova matéria-prima, e vendendo os artesanatos para os Estados de Minas Gerais, Pernambuco, Brasília e Rio Grande do Norte.
De acordo com Fabiana Giselle, articuladora regional do Sebrae no município, as palhas de bananeira, fibras de taboa ou cipós constituem mais que matéria-prima - são uma parte da Mata Atlântica que se refaz nas mãos das artesãs, em forma de criatividade e negócio. “A região tem mais de 150 artesãos cadastrados. A nossa proposta é integrar motivação econômica, empreendedorismo e negócios, de forma a reforçar a economia criativa e garantindo a inclusão social desses grupos”, explica.